Navegando por Autor "Aguiar, Danilo Rolim Dias de"
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Item Estrutura, conduta e desempenho do mercado exportador brasileiro de café cru em grãos e de café solúvel(Universidade Federal de Viçosa, 1996) Santos, Dione Fraga dos; Aguiar, Danilo Rolim Dias de; Universidade Federal de ViçosaA atividade cafeeira foi, ao longo do tempo, a principal fonte de receitas cambiais do Brasil. Aos poucos, foi suplantada por setores industriais e, apenas nos anos 80, pelo complexo agroindustrial da soja. Em 1995, as exportações do segmento cafeeiro responderam por 5,22% do valor total, exportado pelo País. Por ser uma atividade, em grande parte, voltada ao mercado externo, o complexo exportador de café em grão e de café solúvel é afetado pelas alterações, nas regras no mercado internacional do café, e também pelas práticas protecionistas de alguns países consumidores. Está, ainda, exposto aos padrões de consumo externo e à prática competitiva das grandes corporações internacionais, que dominam os mercados da Europa e dos EUA. Este estudo pretende analisar a estrutura e a conduta das empresas exportadoras de café em grão e de café solúvel, buscando um maior entendimento a respeito dos indicadores de desempenho do mercado cafeeiro. Utilizaram-se medidas de estrutura, especialmente as de concentração, como os índices parciais, relacionados com as quatro e as oito maiores empresas exportadoras de café em grão e de café solúvel, e o índice de Herfindahl-Hirschman. A análise desses índices mostrou que as empresas exportadoras de café em grão configuram uma estrutura pouco concentrada. Já as que exportam o café solubilizado formaram mercado mais concentrado. Paralelamente, nos dois mercados, houve a presença de intensa modificação de posição entre as empresas, evidenciando uma possível desorganização do setor. Os indicadores de desempenho, mais precisamente, as parcelas relativas do exportador, do produtor e do atacadista estrangeiro, para ambos os produtos, mostraram que o segmento mais afetado foi o do exportador brasileiro, que presenciou, durante o período analisado, persistente perda de participação. Alguns aspectos da conduta das empresas, no mercado exportador de café, podem ser ressaltados, como a verticalização de produção, promovida por algumas cooperativas produtoras de café, bem como o início de contratos de transferência tecnológica para as indústrias de café solúvel. Conclui-se que o segmento exportador de café, no Brasil, ressente-se de um maior comprometimento de seus agentes econômicos, no tocante à busca de competitividade. Esta busca inclui maiores investimentos nos processos produtivos, de gerenciamento e de estratégias, em nível das empresas exportadoras, visando à obtenção de economias de escala. Além disso, faz-se necessário implementar campanhas publicitárias institucionais, ou não, que colaborem na conquista de novos nichos de mercado e que fortaleçam o produto brasileiro, nos mercados já estabelecidos anteriormente.Item Gestão do risco de preço de café arábica por meio dos contratos futuros da BM&F.(Universidade Federal de Viçosa, 2004) Barros, Ather de Miranda; Aguiar, Danilo Rolim Dias de; Universidade Federal de ViçosaA elevada incerteza quanto ao preço de mercado na comercialização de produtos agropecuários, como o café, faz com que produtores rurais, empresas processadoras e intermediários de produtos agropecuários busquem diversas estratégias de hedge com contratos futuros para evitar preços indesejáveis. A estratégia de hedge é utilizada para reduzir o risco de preço. Porém, por meio da operação de hedge, o risco de preço pode não ser totalmente eliminado, já que o ganho obtido em um mercado pode compensar menos ou mais que proporcionalmente as perdas obtidas no outro mercado, dependendo do comportamento do diferencial entre o preço a vista e o preço futuro, denominado "base". Portanto, o hedger precisa conhecer o padrão de comportamento da base, nos vários períodos do ano e nas principais regiões produtoras, para escolher os contratos e os momentos de entrada e saída do mercado, visando estabelecer uma estratégia de hedge seletivo em que, além de reduzir seu risco de preço, possa obter lucro. O objetivo desta pesquisa foi avaliar os retornos que as estratégias de hedge com contratos futuros podem proporcionar aos produtores, cooperativas, armazenadores, exportadores e agroindústrias de café, das regiões do Sul de Minas e Cerrado (estado de Minas Gerais), Paulista e Mogiana (estado de São Paulo) e Paraná, principais regiões produtoras do país. O período utilizado para análise foi de junho de 1998 a dezembro de 2003. Adotou-se a definição de base como sendo o preço a vista menos preço futuro e o risco de base foi quantificado pelo coeficiente de variação. Os resultados permitem concluir que o contrato futuro de café arábica com vencimento em setembro apresenta os maiores fortalecimentos, enquanto que os menores fortalecimentos acontecem com o contrato com vencimento em dezembro. Todas as localidades têm o contrato futuro com vencimento em setembro com os menores riscos de base. No Sul de Minas e Paulista, o maior risco de base se encontra no contrato futuro com vencimento em julho, enquanto que no Cerrado e Mogiana, o maior risco de base se encontra no contrato futuro com vencimento em março. Apenas o Paraná possui o maior risco de base no contrato com vencimento em maio. Mogiana obteve menor risco de base em quatro dos cinco vencimentos do contrato de café arábica disponível na BM&F, enquanto que o Paraná obteve o maior risco de base em três vencimentos. São poucas as oportunidades para hedge de compra, de forma que os contratos futuros de café arábica mostram-se mais adequados para hedge de venda. Os maiores ganhos com um hedge de venda de três meses ocorreriam quando iniciados nos últimos três meses do ano. Para um período de hedge de seis meses, as oportunidades para um hedge de compra são ainda menos freqüentes, e os enfraquecimentos são ínfimos, tornando esta estratégia inviável devido aos custos operacionais de utilização dos contratos futuros. Finalizando, é importante ressaltar que as análises desenvolvidas neste estudo são de grande valia para que os hedgers do mercado futuro cafeeiro planejem suas negociações de acordo com seus objetivos, tanto para aqueles que permanecem hedgeados por um período maior, como aqueles que permanecem por apenas um curto período, como um mês.Item Integração dos mercados internos e externos de café(Universidade Federal de Viçosa, 2005) Nogueira, Fernando Tadeu Pongelupe; Aguiar, Danilo Rolim Dias de; Universidade Federal de ViçosaA idéia de eficiência num mercado que envolve várias regiões espacialmente separadas está associada ao grau de integração que existe entre os vários mercados. Mercados integrados possuem informações mais precisas, o que possibilita a tomada de decisão empresarial e aumenta a renda de produtores rurais, favorecendo ainda a especialização e o comércio (aumentando a eficiência da movimentação dos produtos). Adicionalmente, os mercados integrados ajustam-se mais rapidamente a mudanças na economia e transmitem mais amplamente os efeitos de políticas públicas. Assim, o conhecimento do grau de integração de um mercado e dos fatores que o determinam atende aos interesses dos tomadores de decisão privada e dos formuladores de políticas públicas, visto que aumenta a racionalidade nas definições de ações públicas e privadas. Entretanto, apesar da relevância do tema e da importância do mercado brasileiro de café no contexto mundial, há carência de estudos sobre a integração desse mercado, em suas dimensões relacionadas com tipo de produto (café arábica e robusta) e geográfica (regional e internacional). Tais estudos poderiam embasar ações públicas e privadas com vistas em maximizar a eficiência de tão importante mercado. O objetivo deste estudo foi analisar a extensão, o padrão e o grau de integração do mercado brasileiro de café, bem como o grau de integração entre o mercado interno brasileiro de café e os mercados externos de café. Utilizou-se a teoria da co-integração (teste de Raiz Unitária, teste de Johansen, VEC - Vetor de Correção de Erros - e metodologia de GONZALO e GRANGER, 1995) na análise da extensão e do padrão do mercado brasileiro de café, e empregou-se a metodologia de PESARAN e SHIN (1996) para analisar o grau de integração. Os resultados obtidos permitem concluir que a extensão da integração do mercado brasileiro de café é dado por BAHIA, CEARÁ, MATO GROSSO, RONDÔNIA, ESPÍRITO SANTO, PARANÁ, SÃO PAULO e MINAS GERAIS, regiões que produzem diferentes tipos de café (café arábica e café robusta), de tal forma que essas localidades compartilham a mesma informação, no longo prazo. Conclui-se, também, que pertencem ao mercado brasileiro de café regiões distantes como BAHIA, RONDÔNIA e CEARÁ. Com relação ao padrão do mercado brasileiro de café, constatou-se que este não possui uma Unidade da Federação dominante, que se supunha ser MINAS GERAIS, maior produtor nacional de café. Aliás, nesse quesito, o que se verificou é que as variações nos preços no curto prazo são bem distribuídas entre todo o sistema, apesar da importância de MINAS GERAIS. Nota-se, ainda, existência de um provável mercado que abranja SÃO PAULO e MINAS GERAIS. Pelo fato de o Brasil ser grande exportador de café arábica, supunha-se que as regiões produtoras desse produto fossem mais integradas que as produtoras do robusta. No entanto, os resultados não foram condizentes com a suposição acima, visto que houve casos em que as produtoras de café robusta eram mais integradas que as produtoras de café arábica. Por fim, devido ao fato de o Brasil ser o maior exportador mundial de café, é de grande importância que se conheça o grau de integração entre o mercado interno de café (café arábica e café robusta) e o externo. Para isso, utilizou-se, como proxy do mercado externo, a média das quartas-feiras dos contratos futuros de café (café arábica para NYBOT e café robusta para LIFFE), primeiro vencimento (vencimento mais recente). Os resultados permitem concluir que o grau de integração entre o mercado brasileiro de café arábica e o externo é maior que o grau de integração entre o mercado brasileiro de café robusta e o mercado externo, o que pode ser justificado pelo fato de o mercado de café arábica ser mais importante para o Brasil.Item Integração espacial e efetividade do "hedge" no mercado brasileiro de café arábica(Universidade Federal de Viçosa, 2011-03-29) Nogueira, Fernando Tadeu Pongelupe; Aguiar, Danilo Rolim Dias deOs Estados de Minas Gerais e São Paulo são os maiores produtores nacionais de café arábica, razão pela qual qualquer alteração na oferta desta "commodity", nestes Estados, poderá refletir nos preços internos e externos do café. Assim, a integração espacial (co-movimentação dos preços em diferentes locais, medida pela correlação entre os preços) do mercado de café arábica nos Estados de Minas Gerais e São Paulo é de suma importância para a formulação de políticas governamentais para o setor, bem como para os agentes dessa cadeia produtiva, pois choques de preços em uma região podem ser transmitidos a outras regiões, levando a incertezas a respeito dos preços e rendas. Um dos instrumentos para minimizar os riscos de volatilidade de preços é o "hedge" (proteção), que utiliza contratos futuros que podem ser feitos no mercado nacional ou internacional. O objetivo deste estudo foi analisar a integração espacial do mercado de café arábica nos Estados de Minas Gerais e São Paulo, bem como as operações de "hedge" efetuadas pelos agentes dessa cadeia agroindustrial junto à BM&F e à CSCE. O período utilizado para análise foi de setembro de 1996 a outubro de 2000. Utilizou-se a teoria de co-integração (Teste de Raiz Unitária, Teste de Co-integração, Vetor de Correção de Erros e Teste de Causalidade de Granger) para analisar a integração espacial e utilizaram-se os modelos analíticos para estimação da razão de "hedge" ótima e da efetividade do "hedge". Os resultados permitem concluir que: (i) o mercado de café arábica do Cerrado, Sul de Minas, Mogiana e Paulista são integrados espacialmente, o que sugere que a difusão do fluxo de informação entre os agentes desta cadeia agroindustrial, nesses mercados, se transmita com rapidez e que o mecanismo de arbitragem funcione nesses mercados (estes mercados são eficientes, havendo, portanto, relação de equilíbrio no longo prazo); e (ii) as operações de "hedge", efetuadas na BM&F, são mais eficientes que as efetuadas na CSCE, o que sugere que a BM&F, por situar-se mais próxima dos produtores nacionais, disponibiliza contratos futuros cujos objetos são mais adequados a estes.Item Integração espacial e efetividade do "hedge" no mercado brasileiro de café arábica(Universidade Federal de Viçosa, 2001) Nogueira, Fernando Tadeu Pongelupe; Aguiar, Danilo Rolim Dias de; Universidade Federal de ViçosaOs Estados de Minas Gerais e São Paulo são os maiores produtores nacionais de café arábica, razão pela qual qualquer alteração na oferta desta "commodity", nestes Estados, poderá refletir nos preços internos e externos do café. Assim, a integração espacial (co-movimentação dos preços em diferentes locais, medida pela correlação entre os preços) do mercado de café arábica nos Estados de Minas Gerais e São Paulo é de suma importância para a formulação de políticas governamentais para o setor, bem como para os agentes dessa cadeia produtiva, pois choques de preços em uma região podem ser transmitidos a outras regiões, levando a incertezas a respeito dos preços e rendas. Um dos instrumentos para minimizar os riscos de volatilidade de preços é o "hedge" (proteção), que utiliza contratos futuros que podem ser feitos no mercado nacional ou internacional. O objetivo deste estudo foi analisar a integração espacial do mercado de café arábica nos Estados de Minas Gerais e São Paulo, bem como as operações de "hedge" efetuadas pelos agentes dessa cadeia agroindustrial junto à BM&F e à CSCE. O período utilizado para análise foi de setembro de 1996 a outubro de 2000. Utilizou-se a teoria de co-integração (Teste de Raiz Unitária, Teste de Co-integração, Vetor de Correção de Erros e Teste de Causalidade de Granger) para analisar a integração espacial e utilizaram-se os modelos analíticos para estimação da razão de "hedge" ótima e da efetividade do "hedge". Os resultados permitem concluir que: (i) o mercado de café arábica do Cerrado, Sul de Minas, Mogiana e Paulista são integrados espacialmente, o que sugere que a difusão do fluxo de informação entre os agentes desta cadeia agroindustrial, nesses mercados, se transmita com rapidez e que o mecanismo de arbitragem funcione nesses mercados (estes mercados são eficientes, havendo, portanto, relação de equilíbrio no longo prazo); e (ii) as operações de "hedge", efetuadas na BM&F, são mais eficientes que as efetuadas na CSCE, o que sugere que a BM&F, por situar-se mais próxima dos produtores nacionais, disponibiliza contratos futuros cujos objetos são mais adequados a estes.