Navegando por Autor "Amaral, Dany Silvio Souza Leite"
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Item Biologia do bicho-mineiro do cafeeiro em plantas tratadas com calda Viçosa e com supermagro(2003) Amaral, Dany Silvio Souza Leite; Venzon, Madelaine; Mourão, Sheila Abreu; Rosado, Maria da Consolação; Alvarenga, Antônio de Pádua; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféNo cultivo de café o uso de caldas fitoprotetoras e biofertilizante enriquecido tem ação complementar na adubação, principalmente, com fornecimento (de) micronutrientes. O estado nutricional da planta pode influenciar seus mecanismos de defesa e resistência ao ataque de herbívoros. Neste estudo avaliou-se a influencia de plantas tratadas com a calda Viçosa e com o biofertilizante supermagro sobre o ciclo de vida de bicho-mineiro do cafeeiro, Leucoptera coffeella (Guérin-Méneville) (Lepidoptera: Lyonetiidae). Plantas de café com 6 meses de idade (cultivar Mundo Novo) foram tratadas quinzenalmente durante dois meses com calda Viçosa (CV), com supermagro (S) e com água (C). Após este período as plantas tratadas foram infestadas com adultos de L. coffeella, recém acasalados, por 24 horas. Foram selecionadas folhas com no mínimo quatro ovos, as quais foram colocadas em GERBOX ® contendo uma espuma com solução de hormônio de crescimento (Benzil Adenina). Avaliou-se o período de incubação dos ovos, a duração das fases larval e pupal, do ciclo de ovo adulto e a percentagem de emergência de adultos. O experimento foi conduzido em condições controladas 25± 1 ° C de temperatura, 70 ± 10 % de UR e fotofase de 14 h. Cada tratamento foi composto de 12 repetições. O período de incubação dos ovos foi significativamente menor em plantas tratadas com CV(5,5 ± 0,7 dias) do que em plantas tratadas com S (6,8 ± 0,6 dias) e C (6,5 ± 0,5 dias). A duração da fase larval foi maior em plantas tratadas com CV (8,9 ± 0,3 dias) do que em plantas tratadas com S (7,8 ± 0,4 dias) e com C (7,8 ± 1,1 dias). Não houve diferença entre os tratamentos na duração da fase pupal (CV = 6,3 ± 0,5 dias; S = 6,5 ± 0,5 dias; C = 6,5 ± 0,7 dias), na duração do ciclo de ovo a adulto (CV = 20,7 ± 0,9 dias; S = 20,9 ± 0,6 dias; C = 20,8 ± 1,2 dias) e na percentagem de emergência de adultos, em relação ao número de pupas formadas (CV = 94,7 ± 11,5%; S = 95,0 ± 15,8%; C = 90,9 ± 15,6%). Apesar da calda Viçosa ter apresentado efeito no período de incubacão e na duração da fase larval, quando comparado com a supermagro e o controle, não houve diferença na duração do ciclo total de ovo a adulto de L. coffeella. Outros estudos são ainda necessários para verificar os outros possíveis modos de ação desses produtos no controle do bicho-mineiro do cafeeiro.Item Efeito do óleo de Nim na oviposição e no desenvolvimento do bicho-mineiro do cafeeiro(2003) Rosado, Maria da Consolação; Venzon, Madelaine; Amaral, Dany Silvio Souza Leite; Ciociola, Américo Iório; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféDependendo da severidade do ataque de pragas, o cultivo do café pode ser inviabilizado quando medidas de controle não são empregadas. Em sistemas de cultivo de café onde não é permitido o uso de agrotóxicos, como o orgânico, para que o sistema seja viável há a necessidade do desenvolvimento de medidas alternativas de controle de pragas, em especial para o bicho mineiro Leucoptera coffeella (Guérin-Méneville) (Lepidoptera: Lyonettidae), uma das principais pragas da cultura. O uso de extratos e óleos de plantas com potencial inseticida é uma medida alternativa de controle permitida em plantios orgânicos. O objetivo deste trabalho foi avaliar a eficiência do óleo de nim (Azadirachta indica) na oviposição e no desenvolvimento de L. coffeella. Para avaliar o efeito do óleo de nim na oviposição de L. coffeella foi conduzido um experimento em gaiolas na casa de vegetação. Plantas de café tratadas com óleo de nim (NeemAzal TM -T/S) a 1.00% e plantas tratadas com água foram oferecidas as fêmeas de L. coffeella para oviposição. Foram feitas quatro repetições, utilizando-se seis plantas de café em cada repetição. Avaliou-se o número de ovos depositados em cada planta após dois dias da liberação de L. coffeella nas gaiolas. Não foi verificada diferença significativa na percentagem de ovos depositados em plantas tratadas com nim (15,1 ± 9.2%) ou com água (18,2 ± 7,3%). Um segundo experimento foi conduzido no laboratório para avaliar o efeito do óleo de nim no desenvolvimento de L. coffeella. Folhas de café contendo ovos de L. coffeella foram pulverizadas com soluções aquosas do óleo de nim (0,25%, 0,50%, 0,75% e 1,00%), com Ethion (0,40%) e com água. Avaliou-se o número de minas formadas por folha, o tamanho das minas (comprimento máximo) e a percentagem de pupas formadas e de adultos emergidos. Não houve diferença entre o número de minas formadas em folhas tratadas com nim e com água, sendo estes números diferentes das folhas tratadas com Ethion, onde não houve formação de minas. Entretanto, apesar das minas terem sido inicialmente formadas nas folhas tratadas com nim, estas não evoluíram em tamanho, atingindo o comprimento máximo (mm) de 1,9 ± 0,6 (0,25%), 1,4 ± 0,8 (0,50%), 0,8 ± 0,7 (0,75%) e 1,2 ± 0,8 (1,0%), quando comparadas com o controle que atingiu em média 9.9 ± 3.5 mm. Não houve formação de pupas e adultos nas folhas tratadas com óleo de nim, enquanto que no controle, a percentagem de pupas formadas em relação às minas foi de 85,0 ± 22,4%, as quais deram origem a 100 % de adultos. Apesar das plantas tratadas com óleo de nim não terem sido repelentes à oviposição de L. coffeella, não houve evolução das minas inicialmente formadas, indicando que o óleo de nim tem efeito deletério no desenvolvimento do bicho mineiro. O óleo de nim, portanto, pode ser um produto alternativo aos agrotóxicos para o controle de L. coffeella.Item Estratégias de manejo ecológico de pragas na cafeicultura orgânica.(Universidade Federal de Viçosa, 2003) Amaral, Dany Silvio Souza Leite; Pallini, Angelo; Universidade Federal de ViçosaA produção de café orgânico vem crescendo no Brasil, como reflexo de um mercado mais exigente por tipos especiais de café. O manejo adequado dos herbívoros tem sido um desafio à cafeicultura orgânica, de forma que possa garantir a produção utilizando métodos sustentáveis de controle. Então, surge à necessidade de um manejo ecológico de pragas (MEP), que busque manipular os agroecossistemas de forma compatível com a natureza, preocupando-se com os processos e interações ecológicas que promovam fatores naturais de regulação das populações de herbívoros. O MEP tem como estratégia principal o aumento da diversidade funcional como forma de manejo ambiental, no intuito de alcançar a estabilidade do agroecossistema e como estratégias complementares à utilização, além de outros produtos, biofertilizantes e caldas fitoprotetoras. No capítulo I através da manipulação de leguminosas no cultivo de café (Coffea arabica L.) avaliou-se o efeito do aumento da diversidade de espécies de plantas e do aumento da complexidade de arquitetura de plantas sobre a população de bicho- mineiro (Leucoptera coffeella (Guér-Mènev.), Lepidoptera: Lyonetiidae) e de ácaro vermelho (Oligonychus ilicis, Acari: Tetranychida), além de efeitos sobre a opulação e ação de inimigos naturais. Os sistemas de diversidade de vegetação foram compostos através do plantio de leguminosas, em sistema parcialmente sombreado (com banana) e não sombreado (com guandu), onde se realizou um experimento com o aumento da diversidade de plantas. Em outro experimento onde se trabalhou a alteração da complexidade da vegetação avaliou-se a variação da altura das leguminosas sobre os artrópodos. Nos dois experimentos avaliou-se duas hipóteses relacionadas com o manejo de ecológico de pragas: (i) concentração de recursos e (ii) inimigos naturais. Assim, avaliaram-se folhas com minas de L. coffeella, quantidade de minas por folhas, proporção de minas predadas e parasitadas; e número total de O. ilicis, ácaros predadores da família Phytoseidade e ácaros da Família Tydeidae. O aumento da altura das leguminosas aumentou o ataque de L. coffeella. O aumento da diversidade de plantasdiminuiu a predação em sistemas parcialmente sombreados e aumentou em sistemas não sombreados. Os resultados indicam que o manejo da diversidade influencia o controle de pragas, no entanto deve-se determinar quais espécies de leguminosas mais adaptadas ao sistema do cafeeiro e que forneça condições para o desenvolvimento e atuação dos inimigos naturais. No capítulo II, foram conduzidos experimentos para verificar a ação da calda Viçosa (CV), da calda sulfocálcica (CS) e do iosupermagrolt (SM) sobre duas pragas chave do café: bicho-mineiro L. coffeella e ácaro vermelho O. ilicis; além da determinação da ação sobre o ácaro predador Iphiseiodes zuluagai (Acari: Phytoseiidae). Testou-se ação dos caldas fitoprotetoras e biofertilizante iisupermagrolt, através da avaliação dos seguintes efeitos: (1) efeito de repelência; (2) efeito de mortalidade; (3) efeito na biologia dos artrópodes. No teste de repelência adultos de L. coffeella foram expostos a plantas tratadas com SM, ou com CV, ou com CS e a plantas controle (água) e avaliou-se a percentagem de ovos depositados nas folhas; no teste com O. ilicis e I. zuluagai, foram conduzidos testes com chance de escolha em discos de folhas de café com uma metade do disco tratado com SM, ou com CV, ou CS, enquanto a outra metade foi aplicada água (controle). No teste de efeito de mortalidade avaliou-se o efeito de mortalidade dos produtos alternativos sobre ovos de L. coffeella e O. ilicis, além do efeito sobre fêmeas adultas do ácaro predador I. zuluagai. No teste do ciclo biológico, plantas de café tratadas, por dois meses, com SM, ou com CV e com CS foram oferecidas a L. coffeella e O. ilicis, assim avaliou-se o tempo médio para completar o ciclo ovo-adulto, além da taxa de oviposição de O. ilicis. A calda sulfocálcica, mesmo tendo controlado os herbívoros, não foi seletiva ao ácaro predador, o que pode limitar sua utilização no MEP. O biofertilizante iisupermagrolt e a calda Viçosa apresentaram resultados positivos no controle de pragas e seletividade ao ácaro predador, no entanto maiores estudos são necessários para determinar os mecanismos envolvidos no controle e sua ação sobre outros inimigos naturais.Item Repelência de caldas fitoprotetoras e biofertilizante na oviposição do bicho-mineiro do cafeeiro(2003) Amaral, Dany Silvio Souza Leite; Venzon, Madelaine; Rosado, Maria da Consolação; Mourão, Sheila Abreu; Alvarenga, Antônio de Pádua; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféNa cafeicultura, principalmente em sistemas orgânicos, as caldas fitoprotetoras e os biofertilizantes têm sido utilizados pelos produtores para a nutrição complementar das plantas. Além disso, estes produtos vêm sendo difundidos como eficientes para o controle do bicho-mineiro do cafeeiro, Leucoptera coffeella (Guér-Mènev.) (Lepidoptera: Lyonetiidae). No entanto, existem poucas informações técnicas sobre o efeito de tais produtos alternativos sobre a população deste herbívoro. É possivel que o efeito inseticida desses produtos esteja relacionado com a repelência ao bicho-mineiro de plantas tratadas, o que levaria a redução dos níveis de infestação da praga. Para verificar se estes produtos têm efeito repelente sobre o bicho-mineiro, foram conduzidos testes de chance de escolha em gaiolas (0,25 m 2 ) na casa de vegetação. Foram utilizadas plantas de café, cultivar Mundo Novo, com 6 meses de idade e 10 pares de folhas. Os tratamentos consistiram de plantas tratadas com calda Viçosa, com calda sulfocálcica, com biofertilizante supermagro e com água (controle). Em cada gaiola, um grupo de três plantas tratadas e três plantas controle, posicionadas equidistantes, foram oferecidas a 50 adultos do bicho-mineiro. Estes adultos foram deixados nas gaiolas para oviposição por um período de 24 horas. Cada um dos tratamentos foi composto de quatro repetições, sendo que cada repetição foi formada por uma gaiola com seis plantas. Em cada repetição realizou-se a alternância de posição das plantas tratadas e do controle para se evitar o efeito de posição das plantas na oviposição dos insetos. Avaliou-se o número de ovos depositados nas plantas tratadas e no controle. Verificou-se diferença significativa ( p < 0,05) entre a porcentagem de ovos depositados em plantas tratadas com os produtos alternativos e com água. Em plantas tratadas com a calda Viçosa a percentagem de oviposição foi de 23,3 %, sendo que o controle apresentou 76,8% dos ovos; a percentagem de ovos nas plantas tratadas com supermagro foi de 17,4 % enquanto que no controle foi de 81,6%; com a calda sulfocálcica houve 3,9% de oviposição enquanto obteve-se 96,1% no controle. Os resultados indicam a possibilidade da utilização da calda Viçosa, calda sulfocálcica e do biofertilizante supermagro para a redução populacional do bicho-mineiro. No entanto, são ainda necessários estudos para verificar os outros possíveis modos de ação desses produtos no controle de pragas e o efeito desses sobre os inimigos naturais.