Navegando por Autor "Azevedo, Angélica da Silva"
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Item As cafeiculturas do Cerrado Mineiro e do Sul de Minas no escopo das singularidades institucionais(Universidade Federal de Lavras, 2018-02-20) Azevedo, Angélica da Silva; Castro Junior, Luiz Gonzaga deNos últimos anos, a Nova Economia Institucional (NEI) tem se mostrado como uma importante abordagem teórica para o entendimento das diferenças no desenvolvimento econômico de países e regiões. O principal foco dessa teoria é que as instituições importam e que são passíveis de análise. Nesse sentido, o papel das instituições é colocado em foco para determinar as causas do crescimento, ou não, de uma determinada localidade. As instituições consistem nas regras gerais que orientam as interações humanas. Elas podem ser formais, como leis, regulamentos e a constituição, ou informais, como a cultura, os hábitos e os valores. Diante da possibilidade de aplicação da NEI para compreender as diferenças existentes entre duas localidades, empregou- se esse arcabouço teórico para determinar os aspectos que diferenciam o Cerrado Mineiro e o Sul de Minas na cafeicultura. As duas regiões são importantes para a cafeicultura mineira, sendo o Cerrado caracterizado como uma região inovadora, enquanto o Sul de Minas é visto como tradicionalista. Desse modo, o objetivo geral do trabalho é analisar o ambiente institucional vigente no Cerrado Mineiro e no Sul de Minas para identificar as singularidades institucionais de cada região. Para verificar essas singularidades, primeiramente foi realizado um resgate histórico da trajetória da inserção e desenvolvimento da cafeicultura em cada localidade. Em seguida, foi empregada a regressão logística para analisar 169 questionários aplicados aos cafeicultores das duas regiões. Por fim, foram realizadas 14 entrevistas com atores da cadeia do café, como produtores, membros de organizações de pesquisa e extensão e de cooperativas. As informações coletadas foram examinadas por meio da análise de conteúdo. Foram determinadas cinco categorias para a apresentação dos resultados, sendo elas educação, inovações e tecnologias, confiança e cooperação, modelo cooperativista e perfil dos cafeicultores. Os resultados permitem observar que há diferenças e semelhanças entre os produtores, além de apresentar de forma mais detalhada como a cafeicultura tem sido coordenada. As informações obtidas permitem concluir que as duas regiões possuem ambientes institucionais diferentes. Em cada região a cafeicultura iniciou e evoluiu de maneira própria. As análises quantitativas mostraram que existem diferenças significativas no que tange aspectos como relacionamento, gestão, educação, manejo, entre outros pontos levantados. Os resultados das entrevistas corroboram aqueles da regressão e ampliam a compreensão de como as instituições informais influenciam a ação dos atores da cafeicultura.