Navegando por Autor "Camargo, Marcelo Bento Paes de"
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Item Análise das condições agrometeorológicas e fenológicas do cafeeiro arábica em Guaxupé, MG, no ano agrícola 2005-2006(2007) Meireles, Elza Jacqueline Leite; Camargo, Marcelo Bento Paes de; Pezzopane, José Ricardo Macedo; Fahl, Joel Irineu; Thomaziello, Roberto Antonio; Embrapa - CaféNeste trabalho são apresentados o balanço hídrico seqüencial decendial e uma análise dos principais eventos agrometeorológicos e fenológicos do cafeeiro arábica ocorridos no ano agrícola 2005-2006 no município de Guaxupé, localizado na região cafeeira do Sul de Minas Gerais. Pode-se verificar que o ano agrícola 2005-2006 foi caracterizado por uma temperatura média anual de 20,5°C, um índice pluviométrico de 1.117 mm, uma deficiência hídrica de 146 mm, um excedente hídrico de 348 mm e uma taxa de armazenamento médio de água no solo de 65 mm. De maneira geral, este ano agrícola foi menos chuvoso e mais frio que a média histórica (1960-2003). Os eventos fenológicos mais marcantes neste ano agrícola foram: a ocorrência de chuvas irregulares no início da primavera, que provocou vários florescimentos na região, acarretando o desenvolvimento irregular dos frutos do cafeeiro, e o longo período sem chuvas significativas no mês de janeiro, que prejudicou o crescimento vegetativo do cafeeiro, trazendo conseqüências à granação dos frutos. As perdas decorrentes do estresse provocado pelo veranico de janeiro na região de Guaxupé chegaram a 12%.Item Análise do balanço hídrico seqüencial decendial (2002) para a região cafeeira de Mococa, SP(2003) Meireles, Elza Jacqueline Leite; Camargo, Marcelo Bento Paes de; Fahl, Joel Irineu; Thomaziello, Roberto Antonio; Nacif, Antônio de Pádua; Bardin, Ludmila; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféO cafeeiro arábica é afetado nas suas diversas fases fenológicas pelas condições meteorológicas, principalmente a distribuição pluviométrica e temperatura do ar, que interferem na fenologia e na produção de grãos tanto nos aspectos quantitativos como qualitativos. Uma das formas de se caracterizar os períodos com excedentes e deficiências hídricas é através do balanço hídrico seriado ou seqüencial, normalmente utilizado no monitoramento agrometeorológico em base diária, decendial (10 dias), semanal ou mensal. Este trabalho apresenta o balanço hídrico seqüencial decendial com análise das condições termopluviométricas para Mococa, SP, região produtora de café arábica. Para a estimativa da disponibilidade hídrica do solo, utilizou-se o modelo de balanço hídrico de Thornthwaite & Mather (1955), em nível decendial, considerando a capacidade de água disponível de 100 mm. Os dados termopluviométricos são da estação meteorológica do IAC, localizada em Mococa, SP (latitude: 21°28’ S; longitude: 47°01’ W; altitude: 665m). A temperatura média mensal ocorrida de janeiro a dezembro foi de 23,8°C, estando 1,4°C acima da média normal, 22,4°C, para o mesmo período. Em outubro/2002 ocorreu a maior temperatura média (27,7°C) e julho/2002 a menor (19,7°C). Em relação à média normal, esses valores mostraram uma elevação da temperatura média do ar em torno de 4,4°C em outubro e de 0,7°C em julho. Em 2002, o total pluviométrico de janeiro a dezembro atingiu 1.448 mm, sendo que 48,7% das chuvas concentraram-se em janeiro-fevereiro e 33% em novembro-dezembro. Houve um excedente hídrico de 474 mm (janeiro e fevereiro) e outro de 114 mm (novembro e dezembro). De março a meados de novembro, a deficiência hídrica acumulada foi de 418 mm. A precipitação pluviométrica acumulada no período de janeiro a março esteve acima da média histórica, o que permitiu um bom desenvolvimento vegetativo dos cafeeiros e um bom início de granação dos frutos. A partir de março, teve início o período seco nesta região causando deficiência hídrica acentuada no solo. Abril foi um mês bastante seco, onde a deficiência hídrica atingiu 67 mm, o que comprometeu a formação dos botões florais (florada setembro/outubro) nesta região. Normalmente, entre abril e junho, ocorre também a maturação dos frutos, e a ocorrência de déficits hídricos moderados nesse período beneficiam a qualidade do produto. A deficiência hídrica elevada (209 mm), ocorrida entre abril e julho, associada às temperaturas elevadas nesta região influenciaram a fase final da granação e principalmente o período de maturação dos frutos. Com a chegada das chuvas em agosto, veio a primeira florada, bastante precoce. As chuvas ocorridas a partir de setembro, ocorreram de forma irregular e insuficientes, estendendo o período com déficit hídrico até o final do ano, provocando um baixo índice de enfolhamento das lavouras. Em meados de outubro, teve início um período com altas temperaturas, em média 5°C acima das médias históricas. Esta condição atípica provocou o crescimento vegetativo das plantas, retardando a floração das lavouras que tiveram alta produção em 2002, com possíveis conseqüências negativas para a produção de 2003.Item Avaliação de índices fisiológicos de produção para utilização em modelos de previsão de safra de café(2003) Fahl, Joel Irineu; Carelli, Maria Luiza Carvalho; Alfonsi, Eduardo Lauriano; Camargo, Marcelo Bento Paes de; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféCom o objetivo de estudar as características fisiológicas envolvidas no crescimento e na produção do cafeeiro, foram efetuadas avaliações durante três períodos produtivos (1999-2001), em lavouras de café conduzidas com diferentes utilizações de tecnologia em regiões sujeitas a diferentes condições edafoclimáticas , visando a estimativa antecipada de safra, através da utilização de modelos matemáticos. As avaliações foram realizadas em 14 propriedades (Unidades Experimentais - UEs) da região de Garça/ Marília, todas elas georreferenciadas. Neste trabalho são apresentados resultados das avaliações quantitativas do crescimento, frutificação e produção das plantas das 14 UEs, das quais procurou-se estabelecer relações entre os diversos índices fisiológicos de produção, visando identificar aqueles que apresentam maior facilidade de obtenção, isenção da interferência do avaliador e que representassem uma amostra representativa do talhão. Os resultados obtidos para todas as UEs nos três períodos, mostraram alta correlação (R 2 = 0,84) entre as médias do número de frutos do 4º e 5º nós, com a média do número de frutos por nó, obtida da relação entre o número total de frutos do ramo pelo número de nós produtivos do ramo. Separando-se as UEs por idade da cultura (UEs com menos de 8 anos e UEs com mais de 8 anos), verificou-se que a correlação nas UEs com maior idade foi superior às de menor idade, alcançando um R 2 de 0,91. Análises de correlações efetuadas dentro de UEs de mesma variedade, mostraram que a melhor correlação foi obtida para o cultivar Icatu com um R 2 de 0,96, e que no Catuaí a correlação foi relativamente baixa, com R 2 de 0,54. Este baixo valor obtido para a variedade Catuaí pode ter como uma das causas o baixo número de UEs amostradas. Com relação ao porte das plantas, verificou-se que as UEs de variedades de porte alto apresentaram correlações, entre os índices fisiológicos de produção estudados, mais altos que as UEs de variedades de porte baixo. Com a obtenção dos dados de produção, procurou-se correlacionar os diversos índices obtidos com a produção final. Como verificado na avaliação para correlações na variedade, o baixo valor de R 2 obtido para as variedades em porte baixo (Catuaí) pode ser atribuído ao baixo número de UEs amostradas. Esses resultados permitem concluir que o índice fenológico de produtividade, obtido com a contagem do número de frutos do 4º e 5º nós, contados do ápice para a base, de ramos plagiotrópicos do terço médio da planta, pode substituir o índice obtido pela relação entre o número total de frutos do ramo e número de nós produtivos do ramo, dada a alta correlação que apresentam entre si. As correlações entre os índices isolados (n o frutos no 4 o nó; n o frutos no 5 o nó; n o frutos no 4 o e 5 o nó; n o de nós produtivos no ramo e n o total de frutos no ramo, apresentaram valores relativamente baixos. Quando a eles foi associado outro índice, como número total de nós produtivos no ramo, o valor da correlação praticamente dobrou, permanecendo ainda em valores muito baixos. Entretanto, quando a esses índices associa-se um terceiro índice como a altura da planta na cultura, observa-se um ganho significativo na correlação, alcançando esta valores da ordem de 0,80. Esses resultados mostram que os índices utilizados, quando aplicados de forma integrada em modelos matemáticos de previsão de produtividade de café, podem reduzir significativamente a margem de erro.Item CLIMA E QUALIDADE NATURAL DE BEBIDA DO CAFÉ ARÁBICA NA REGIÃO MOGIANA DO ESTADO DE SÃO PAULO(2009) Silveira, Andrérika Vieira Lima; Camargo, Marcelo Bento Paes de; Moraes, Jener Fernando Leite de; Carvalho, João Paulo de; Embrapa - CaféO cafeeiro é afetado nas suas fases fenológicas pelas condições ambientais, especialmente pela variação fotoperiódica e pelas condições meteorológicas, principalmente a distribuição pluviométrica e temperatura do ar, que interferem não apenas na fenologia, mas também na produtividade e na qualidade da natural da bebida. Desenvolveram- se diferentes cenários de qualidade de bebida de café para a região Mogiana do estado de São Paulo baseados em temperatura média anual. Os cenários foram elaborados com base no trabalho de Camargo e Cortez (1998), em dados de normais climatológicas de temperatura média do ar, coordenadas geográficas e altitude. Observou-se que em condições climaticamente normais, a Mogiana apresenta aproximadamente 50% da área com bebida mole. Cenários com aquecimentos de 1oC, 2oC e 3oC poderão levar à redução da área de cafés de bebida mole para 20%, 10% e 5% respectivamente. Cenário com resfriamento de 1oC poderá aumentar a área de cafés de bebida mole para mais de 70% da área total da Mogiana, o que favorece a melhor qualidade de bebida, contudo o risco de geada seria mais elevado.Item Clima e qualidade natural de bebida do café arábica no estado de São Paulo(2000) Ortolani, Altino Aldo; Cortez, José Guilherme; Pedro, Mário José; Camargo, Marcelo Bento Paes de; Thomaziello, Roberto Antonio; Alfonsi, Rogerio Remo; Sarraipa, Ludmila Alexandra dos Santos; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféConhecendo-se a ação do clima sobre a fenologia e a qualidade natural da bebida do Coffea arabica foi elaborado projeto que estuda essas interações e regionaliza as diferentes ocorrências de tipos de bebida no Estado de São Paulo. Foram consideradas cinco classes de bebida: Mole, Dura adstringente, Dura pouco adstringente, Riada e Rio. A predominância da classe, Mole no nordeste do Estado está condicionada às interações dos fatores térmicos (altitude superior a 800m) e hídricos e à fenologia do cafeeiro. Nesse caso a maturação, colheita e a secagem são coincidentes com temperatura e umidade atmosférica baixas. A classe Dura pouco adstringente é a mais significativa em termos de área geográfica, abrangendo parte do centro, norte e noroeste, com temperaturas mais altas, ciclo fenológico mais curto e baixa umidade atmosférica na colheita, célebres pela tradição dos cafés da Araraquarense e Noroeste. Na escala proposta, a qualidade Rio, predomina em condições naturais de colheita e secagem nas regiões dos vales do Paraíba e do Ribeira.Item Coffee crop coefficient for precision irrigation based on leaf area index(Instituto Agronômico (IAC), 2011-10) Pereira, Antonio Roberto; Camargo, Marcelo Bento Paes de; Nova, Nilson Augusto VillaCrop coefficient (Kc) for coffee plantations was found to be linearly related to the leaf area index (L) up to 3, i.e., Kc = b L. The basic assumption is that for irrigated trees the water use per unit leaf area (ETLA) is equal to the reference evapotranspiration (ETo) expressed also on a unit leaf area basis of the reference surface (ETLA = ETo/Lo). As recommended by FAO-56 the leaf area index (Lo) for the hypothetical reference surface (grass) is equal to 2.88, then the most likely value is b=Lo-1 = 2.88-1 = 0.347. However, for L>3 (completely covered ground surface) Kc decreased from a peak value (~1.05) tending to an asymptotic low value around 0.7 for L > 6, but the linear model gives unrealistic Kc estimates; tentatively the empirical function Kc = 1.8 L-0.5 is offered here as an initial guess due to the lack of experimental results for the interval 3.5Item CONDIÇÕES AGROMETEOROLÓGICAS E FENOLÓGICAS DO CAFEEIRO ARÁBICA EM GUAXUPÉ, MG, NO ANO AGRÍCOLA 2007-2008(2009) Meireles, Elza Jacqueline Leite; Camargo, Marcelo Bento Paes de; Rolim, Glauco de Souza; Fahl, Joel Irineu; Thomaziello, Roberto Antônio; Volpato, Margarete Marin Lordelo; Embrapa - CaféNeste trabalho são apresentados o balanço hídrico seqüencial decendial e uma análise dos principais eventos agrometeorológicos e fenológicos do cafeeiro arábica ocorridos no ano agrícola 2007-2008 no município de Guaxupé, localizado na região cafeeira do Sul de Minas Gerais. Pode-se verificar que o ano agrícola 2007-2008 foi caracterizado por uma temperatura média anual de 21,4°C, um índice pluviométrico de 1.435 mm, uma deficiência hídrica de 146 mm, um excedente hídrico de 583 mm e uma taxa de armazenamento médio de água no solo de 75 mm. De maneira geral, este ano agrícola foi menos chuvoso e mais quente que a média histórica (1960-2003). Os eventos fenológicos mais marcantes neste ano agrícola foram: a ocorrência de chuvas atípicas em julho que ocasionou floradas fora de época (final de julho e início de agosto) e as altas temperaturas e déficit hídrico em setembro que favoreceram a má formação das flores com o aparecimento de muitas estrelinhas.Item Condições agrometeorológicas e fenológicas do cafeeiro arábica nas regiões Sul e Alto Paranaíba do Estado de Minas Gerais no período de 2002-2004(2005) Meireles, Elza Jacqueline Leite; Camargo, Marcelo Bento Paes de; Fahl, Joel Irineu; Thomaziello, Roberto Antonio; Pezzopane, José Ricardo Macedo; Nacif, Antonio de Pádua; Bardin, Ludmila; Embrapa - CaféNeste trabalho é apresentada uma comparação entre os balanços hídricos seqüenciais decendiais dos municípios de Guaxupé e Monte Carmelo, MG, referentes ao período de 2002-2004. Além disso, é apresentada uma análise das condições agrometeorológicas ocorridas nas diferentes fases de desenvolvimento do cafeeiro arábica durante o período mencionado, em ambos os municípios. Pode-se verificar que o monitoramento agrometeorológico associado às fases fenológicas do cafeeiro arábica é uma ferramenta muito importante que poderá contribuir para a redução dos possíveis prejuízos provenientes de condições meteorológicas adversas, tais como, deficiências hídricas prolongadas e ocorrência de extremos de temperaturas do ar.Item Crescimento e produtividade de plantas de café e alterações químicas e biológicas do solo em plantio no espaçamento duplamente progressivo(2003) Fahl, Joel Irineu; Carelli, Maria Luiza Carvalho; Camargo, Marcelo Bento Paes de; Camargo, Ângelo Paes de; Gallo, Paulo Boller; Silveira, Adriana P. D.; Alfonsi, Eduardo Lauriano; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféCom o objetivo de avaliar a dinâmica do desenvolvimento, composição mineral, atividade e composição microbiana do solo, capacidade fotossintética e produtividade de plantas de cultivares de cafeeiro, em sistema de espaçamentos duplamente progressivos, foi implantado um ensaio em 1994, na Estação Experimental de Mococa do Instituto Agronômico de Campinas, o qual foi avaliado no período de 1996-2001. Foram utilizados quatro cultivares, sendo dois de porte alto (Icatu Vermelho-IAC 4045 e Mundo Novo - Acaiá) e dois de porte baixo (Catuaí Amarelo - IAC 62 e Obatã-IAC 1669-20), sendo dois materiais resistentes à ferrugem (Icatu e Obatã) e dois susceptíveis (Catuai e Acaia), plantados exatamente nos sentidos N - S; L - O. No total foram plantadas 225 plantas de cada cultivar, em espaçamento duplamente progressivo, nos espaçamentos entre linhas de 0,60m; 0,72m; 0,85m; 1,04m; 1,24m; 1,50m; 1,80m; 2,15m; 2,57m; 3,10m; 3,70m; 4,46m; 5,20m; 6,40m em 4 talhões, um para cada cultivar. As medidas foram feitas nas diversas fases fenológicas do ciclo do cafeeiro, avaliando-se a altura das plantas, diâmetro das copas e produção para cada planta. No sexto ano de produção, a atividade e composição microbiana no solo foram avaliadas em amostras de solo obtidas nas profundidades de 0-20 e 20-40 cm, através de determinações de respirometria, biomassa de carbono, determinação do carbono da biomassa microbiana e pela contagem do número de esporos. Nas mesmas amostras de solo, foram determinados os teores de macro e micronutrientes por variedade, em função dos espaçamentos. Verificou-se que na primeira produção as plantas de Icatu já começaram a encontrar os ramos plagiotrópicos em espaçamento de até 1,80 m. Os cultivares de porte baixo e o Acaia apresentaram crescimento de diâmetro de copa menor do que o Icatu, com adensamento abaixo de 1,50 m. No quarto ano de produção, no cultivar Icatu a competição por espaço inicia-se a partir do espaçamento de 2,15 m, enquanto que para os outros cultivares a competição mantém-se até 1,80 m. As avaliações da atividade e composição microbiana mostraram que os valores respirométricos (mg de CO 2 / 9d), de modo geral, foram mais elevados na profundidade de 20-40 cm e nos cultivares de porte alto (Mundo Novo e Icatu que nos cultivares de porte baixo (Catuai e Obatã), e que esses valores apresentaram pouca variação com o aumento do espaçamento. Pode-se observar também que o número de esporos, apresentou pouca variação entre as variedades utilizadas e valores semelhantes para as duas profundidades. A análise de C da biomassa microbiana mostrou resultados semelhantes nas duas profundidades. Com referência ao efeito do espaçamento nas características químicas do solo, verificou-se que o teor de Ca aumentou com o espaçamento, enquanto a quantidade de matéria orgânica não foi influenciada. Os teores de macro e micronutrientes, acidez do solo (H+Al) e de matéria orgânica, apresentaram a mesma tendência nos quatro cultivares estudados. Considerando-se a média das quatro cultivares, observou-se que os teores de matéria orgânica, P, K e Ca foram maiores na camada de 0-20 cm, o teor de Zn foi maior na de 20-40 cm, e o de B não variou com a profundidade de amostra. Os resultados da análise química de macro e micronutrientes do solo nas profundidades de 0-20 e 20-40 cm, revelaram aumentos nos teores de P, K, Zn, B e da acidez (H + AI), e decréscimos nos teores de Ca, com a redução do espaçamento.Item Definição e esquematização das fases fenológicas do cafeeiro arábica nas condições tropicais do Brasil(Instituto Agronômico (IAC), 2001-01) Camargo, Ângelo Paes de; Camargo, Marcelo Bento Paes deO café arábica (Coffea arabica L.) leva dois anos para completar o ciclo fenológico de frutificação, ao contrário da maioria das plantas que completam o ciclo reprodutivo no mesmo ano fenológico. Após várias tentativas para definição e esquematização das distintas fases fenológicas do cafeeiro, chegou-se a uma forma racional constituída de seis fases distintas envolvendo os dois anos fenológicos, iniciados em setembro. As fases são: 1a fase, vegetativa com sete meses, de setembro a março, todos com dias longos; 2a fase, também vegetativa, de abril a agosto, com dias curtos, quando há indução das gemas vegetativas dos nós formados na 1a fase, para gemas reprodutivas. No final da 2a fase, em julho e agosto, as plantas entram em relativo repouso com formação de um ou dois pares de folhas pequenas, que aparecem no período de relativo repouso do cafeeiro, entre os dois anos fenológicos. Em seguida vem a maturação das gemas reprodutivas após a acumulação de cerca de 350 mm de evapotranspiração potencial (ETp), a partir de abril; 3a fase, de florada e expansão dos frutos, de setembro a dezembro. As floradas ocorrem cerca de 8 a 15 dias após o aumento do potencial hídrico nas gemas florais (choque hídrico), causado por chuva ou irrigação; 4a fase, granação dos frutos, de janeiro a março; 5a fase, maturação dos frutos ao completar cerca de 700 mm de somatório de ETp, após a florada principal; 6a fase, de senescência e morte dos ramos produtivos, não primários, em julho e agosto.Item Desenvolvimento e aplicação de metodologia para estimativa da produtividade do cafeeiro, utilizando as características fenológicas determinantes do crescimento e produção(2005) Fahl, Joel Irineu; Carelli, Maria Luiza Carvalho; Alfonsi, Eduardo Lauriano; Camargo, Marcelo Bento Paes de; Embrapa - CaféCom o objetivo de estudar características fenológicas, envolvidas no crescimento e na produção do cafeeiro para estimativa antecipada de safra através de modelos matemáticos, foram efetuadas avaliações em 14 propriedades na região de Garça / Marília, durante cinco períodos produtivos. O estudo foi realizado em 14 unidades experimentais (UE) (talhão), abrangendo os municípios de Garça (2 UEs), Marília (2 UEs), Vera Cruz (2 UEs), Gália (2 UEs), Lupércio (1 UE), Álvaro de Carvalho (1UE) e Oriente (2 UEs). As medidas foram feitas nos meses de fevereiro/março, nos anos agrícolas de 1999/2000 a 2003/2004, determinando-se o número de frutos presentes no 4º e 5º nós produtivos, contados a partir do ápice do ramo plagiotrópico, e a altura média das plantas de cada UE. A partir desses dados foi obtido o índice fenológico de produção, correspondente ao produto do número de frutos do 4º e 5º nós produtivos do ramo plagiotrópico, multiplicado pela área vegetal de produção, a qual foi calculada pela multiplicação do comprimento em metro de linha de café por hectare pelo dobro da altura da planta. Nessa mesma ocasião, em cada uma das UE foi feita uma estimativa visual da produtividade por, no mínimo, dois técnicos especializados na cultura cafeeira. Para cada UE também foi medida a produtividade real. Verificou-se que os valores dos índices fenológicos acompanharam estreitamente os valores das produções reais obtidas de 2000 a 2004, independentemente, se no cálculo desses índices foram utilizados o número de frutos do 4° nó, do 5° nó ou da média de ambos. A regressão entre os índices fenológicos, referente à média do número de frutos de 4º e 5º nós produtivos, obtidos em 5 safras de café, e as respectivas produções reais forneceu a seguinte equação Y = 0,0005 X, em que X representa o índice fenológico de produção e Y a produtividade estimada. Portanto, tendo-se os dados referentes ao número de frutos do 4º e 5° nós produtivos, ou a média de ambos, a altura da planta e o espaçamento da cultura, a equação permite estimar a produtividade do talhão. A aplicação da equação obtida da estimativa da produtividade nas UEs da região de Garça/Marília, no período estudado, mostrou que, em talhões com produtividade mais elevada, a diferença entre a produtividade real e as obtidas por estimativas visuais e pela equação foi mais acentuada do que nas que apresentaram produtividade mais baixa. O somatório da produtividade de todas as UEs, obtido pelas estimativas visuais e pela equação, mostraram valores bem próximos entre si.Item Desenvolvimento e teste de modelos agrometeorológicos para a estimativa de produtividade do cafeeiro(Instituto Agronômico (IAC), 1999-01) Picini, Angélica Giarolla; Camargo, Marcelo Bento Paes de; Ortolani, Altino Aldo; Fazuoli, Luiz Carlos; Gallo, Paulo BollerModelos matemáticos agrometeorológicos que relacionam a fenologia, a bienalidade e a produtividade do cafeeiro, foram desenvolvidos e testados para Mococa (SP), a partir de série de dados de produtividade de cafeeiros adultos, variedade Mundo Novo, correspondente ao período de 1966/67 a 1973/74. Os modelos baseiam-se na penalização da produtividade potencial, em função da produtividade do ano anterior e das relações ER/EP (evapotranspiração real e potencial), derivados de balanços hídricos decendiais seqüenciais durante os estádios fenológicos, considerando 16 combinações diferentes. A penalização é feita à medida que haja restrição hídrica para a planta durante os diferentes estádios fenológicos, considerando coeficientes de resposta da cultura ao suprimento hídrico, incorporados numa função aditiva ou multiplicativa. O modelo com penalização aditiva apresentou melhor desempenho na parametrização dos coeficientes em relação ao multiplicativo. Os melhores ajustes entre dados observados e estimados foram obtidos com modelo aditivo que relaciona o fator hídrico durante os trimestres (combinação D1) jun./jul./ag.; set./out./nov. e dez./jan./fev., os quais apresentaram coeficientes de resposta da cultura ao suprimento hídrico (ky) de +0,38 (ky1), +0,61 (ky2) e +0,18 (ky3), respectivamente, para os estádios fenológicos da dormência das gemas/início do florescimento, florescimento/formação do grão e formação do grão/maturação. As magnitudes dos valores de ky1 e ky2 revelam que a produtividade do cafeeiro é particularmente sensível ao estresse hídrico durante os estádios fenológicos do florescimento e formação do grão. O teste do modelo apresentou boas estimativas, com coeficientes de determinação de 0,93 e índice de concordância (d) de 0,98.Item EFEITOS DE NÍVEIS DE LUZ NA FLORAÇÃO, FRUTIFICAÇÃO E PRODUTIVIDADE DE PLANTAS DE Coffea arabica(2009) Fahl, Joel Irineu; Carelli, Maria Luiza Carvalho; Queiroz-Voltan, Rachel Benetti; Dias, Adriana Aparecida; Camargo, Marcelo Bento Paes de; Embrapa - CaféApesar da importância da luz nos processos de floração e frutificação do cafeeiro, ainda são poucas as informações disponíveis sobre esse assunto. O conhecimento do efeito da intensidade de luz na floração e frutificação do cafeeiro permitiria definir níveis de sombreamento, ou densidades de plantio, adequados para maximizar o desenvolvimento, a produção e a sustentabilidade dessa cultura. Durante três anos consecutivos, a floração, o desenvolvimento e maturação dos frutos, e a produção foram avaliados em plantas de Coffea arabica L. cv. Catuaí, cultivadas em quatro regimes de luz, 30%, 50%, 70% e 100% da luz solar, com o uso de telas sombrites. Verificou-se que no ano de 2005, o aparecimento de gemas indiferenciadas iniciou em fevereiro e apresentou sensível queda a partir do início de abril, com exceção das plantas de pleno sol, onde o decréscimo ocorreu em maio. No início de junho praticamente todas as gemas já haviam se diferenciado em reprodutivas, com exceção das plantas de pleno sol, cujo processo de diferenciação permaneceu até final de agosto. No ano de 2006, em fevereiro, a maioria das gemas indiferenciadas já estavam presentes, e como no ano anterior, em meados de junho, em todos os tratamento as gemas já estavam diferenciadas em reprodutivas, inclusive as de pleno sol. A frutificação, avaliada pelo número de frutos presentes nos 3o, 4o e 5° nós (contados do ápice para a base de ramos plagiotrópicos), no ano de 2006, foi significativamente maior nos tratamentos sombreados, em relação às plantas cultivadas a pleno sol. Ao contrário, nos anos de 2007 e 2008 as plantas cultivadas a pleno sol mostraram maior número de frutos do que os tratamentos sombreados. O número de frutos presentes nos 3o, 4o e 5° nós foi diretamente relacionado com a produção, que mostrou as mesmas oscilações. Contudo, considerando a produção média dos três anos agrícolas, não houve diferença entre os tratamentos de luz. De modo geral, na colheita, as plantas cultivadas a pleno sol mostraram maior porcentagem de grãos passa e menor porcentagem de grãos verdes, em relação aos tratamentos sombreados. Comparando-se esses resultados com os dados anatômicos, verificou-se que o sombreamento antecipou o desenvolvimento das gemas e a abertura dos botões florais, em relação às plantas cultivadas a pleno sol, mas, nesse último tratamento o desenvolvimento e maturação dos frutos foram mais rápidos.Item Época provável de maturação para diferentes cultivares de café arábica para o estado de São Paulo(Universidade Federal de Santa Maria, 2012-04) Bardin-Camparotto, Ludmila; Camargo, Marcelo Bento Paes de; Moraes, Jener Fernando Leite deO sucesso da cafeicultura Paulista depende do conhecimento das condições climáticas que afetam a fenologia da planta, alterando a produtividade e a qualidade da produção. O fator térmico influi na duração da frutificação e na época de maturação, ou seja, em regiões mais elevadas, com temperaturas mais amenas, a maturação ocorre mais lentamente. Nesse contexto, o objetivo deste trabalho foi gerar mapas de época provável de maturação de três diferentes cultivares de café arábica, baseados no acúmulo de graus-dia (GD), para o Estado de São Paulo, visando identificar regiões com diferentes potenciais para a qualidade de bebida, além de possibilitar a coleta de sementes antecipadamente, visando à formação de mudas para o início do período chuvoso. Os valores de GD foram acumulados a partir da data de floração por meio de SIG (sistemas de informações geográficas) até atingirem o total necessário de GD para as cultivares ‘Mundo Novo’, ‘Catuaí’ e ‘Obatã’. A região centro oeste, devido a baixas altitudes (inferiores a 600m) e com elevadas temperaturas, apresentou o ciclo mais curto para as três cultivares, antecipando a maturação. Na região nordeste do Estado (Alta Mogiana), com altitudes superiores a 800m, a maturação ocorreu em períodos posteriores a maio, favorecendo a obtenção de bebidas de café com qualidade superior.Item Escala para avaliação de estádios fenológicos do cafeeiro arábica(2003) Pezzopane, José Ricardo Macedo; Pedro, Mário José; Camargo, Marcelo Bento Paes de; Thomaziello, Roberto AntonioÉ proposta uma escala de avaliação de desenvolvimento de estádios fenológicos do cafeeiro arábica, com notas variando de 0 a 11, baseada em fotografias de cada fase, principalmente para o período reprodutivo, desde o estádio de gemas dormentes até o estádio de grão seco. O primeiro estádio ocorre após o período de repouso das gemas dormentes nos nós dos ramos plagiotrópicos (0-Gema dormente) quando é verificado um aumento substancial do potencial hídrico nas gemas florais maduras, devido principalmente a ocorrência de um "choque hídrico" provocado por chuva ou irrigação. Neste estádio, as gemas entumecem (1-Gema entumecida) e os botões florais crescem devido a grande mobilização de água e nutrientes (2-Abotoado), se estendendo até a abertura das flores (3-Florada), e posterior queda das pétalas (4-Pós-florada). Após a fecundação principia a formação dos frutos, fase essa denominada de "chumbinho" (5-Chumbinho), onde os frutos não apresentam crescimento visível. Posteriormente, os frutos se expandem (6-Expansão dos frutos) rapidamente até atingir seu tamanho máximo, mantendo o interior do grão com consistência aquosa. Atingindo seu crescimento máximo, segue a fase de grão verde (7-Grão verde), quando ocorre a solidificação dos líquidos internos dando formação aos grãos. Para a diferenciação do final da fase 6 e início da fase 7 é necessário realizar um corte longitudinal em alguns frutos para se verificar o início da solidificação interna dos grãos. A partir da fase "verde cana" (8-Verde cana) se caracteriza o início da maturação, quando os frutos começam a mudar de cor (verde para amarelo), evoluindo até o estádio "cereja" (9-Cereja), já podendo diferenciar o cultivar de fruto amarelo ou vermelho. A seguir, os frutos começam a secar (10-Passa) até atingir o estádio "seco" (11-Seco). Durante a safra de 2001/2002 a escala foi utilizada em diferentes cultivares de café em experimentos localizados em Campinas e Mococa, Estado de São Paulo, onde mostrou-se útil para estudos que possibilitarão a identificação das variáveis climáticas relacionadas com o desenvolvimento, expansão e maturação dos frutos para as diferentes cultivares de café arábica nas diversas regiões de cultivo.Item Escala para avaliação de estádios fenológicos do cafeeiro arábica(Instituto Agronômico (IAC), 2003-09) Pezzopane, José Ricardo Macedo; Pedro Júnior, Mário José; Thomaziello, Roberto Antônio; Camargo, Marcelo Bento Paes deÉ proposta uma escala de avaliação de desenvolvimento de estádios fenológicos do cafeeiro arábica, com base em fotografias das 12 fases, do período reprodutivo, compreendidas entre o estádio de gemas dormentes e o de grão seco. Durante a safra de 2001/2002, a escala foi utilizada em diferentes cultivares de café em experimentos localizados em Campinas e Mococa, onde se mostrou útil para estudos que vão possibilitar a identificação das variáveis climáticas relacionadas ao desenvolvimento, à expansão e à maturação dos frutos para as diferentes cultivares de café arábica nas diversas regiões de cultivo.Item ESTIMATIVA DA QUALIDADE NATURAL DE BEBIDA DO CAFÉ ARÁBICA PARA A REGIÃO DA ALTA MOGIANA DE FRANCA, SÃO PAULO(2011) Camparotto, Ludmila Bardin; Camargo, Marcelo Bento Paes de; Pedro Junior, Mário José; Embrapa - CaféO desenvolvimento e planejamento do desempenho técnico/econômico da cafeicultura paulista depende do conhecimento de regiões climáticas e de suas aptidões para o sucesso da exploração agrícola. As características do clima influenciam a qualidade do café em função da velocidade do desenvolvimento dos frutos, ocorrência de processos fermentativos prolongados e incidência de grãos defeituosos. No Estado de São Paulo existem áreas com agrossistemas de café que vêm se mantendo com destaque em relação às demais, devido principalmente às condições climáticas mais favoráveis ao cultivo do café, a maior adoção de tecnologia de produção, à maior renovação do parque cafeeiro e a melhor qualidade de bebida. Neste contexto, sendo as condições climáticas e a flora microbiana predominantes em certas regiões a causa de cafés de pior, ou melhor, qualidade, o presente trabalho tem como objetivo de mapear valores preliminares de qualidade baseados no efeito da temperatura na duração do ciclo e da umidade na época de maturação. O mapa gerado por meio de sistemas de informações geográficas (SIG), que permitirão a visualização da distribuição das regiões de qualidade natural de bebida do café, os quais servirão de subsídio ao planejamento do sistema produtivo com vistas à indicação geográfica na região da Alta Mogiana de Franca.Item Exigência térmica do café arábica cv. Mundo Novo no subperíodo florescimento-colheita(Editora UFLA, 2008-11) Pezzopane, José Ricardo Macedo; Pedro Júnior, Mário José; Camargo, Marcelo Bento Paes de; Fazuoli, Luiz CarlosForam determinados para o café arábica cv. Mundo Novo, a temperatura base inferior e a soma térmica, expressa em graus- dia, além do acúmulo de evapotranspiração de referência (ETo) e real (ETr), para o subperíodo florescimento-colheita, utilizando-se dados fenológicos de cultivos dos anos de 1971 a 2004. Foi proposto ainda um fator de correção para o cálculo de graus-dia em função da disponibilidade hídrica nos oito primeiros decêndios após o florescimento. Os valores de temperatura-base e soma térmica obtidos foram de 10,2oC e 2887 graus-dia e 10,5oC e 2761 graus-dia, quando determinados sem e com correção pelo fator hídrico, respectivamente. O acúmulo médio de Eto para o subperíodo do florescimento à colheita foi de 761mm e para Etr 689 mm; quando se levou em consideração o acúmulo de ETr apenas no início do desenvolvimento dos frutos (oito primeiros decêndios), o valor médio foi de 721mm. A utilização de métodos que levaram em consideração a influência da disponibilidade hídrica melhorou a estimativa da temperatura base e a soma térmica no subperíodo do florescimento à colheita do cafeeiro Mundo Novo.Item Fenologia do cafeeiro: condições agrometeorológicas e balanço hídrico do ano agrícola 2004–2005(Embrapa Café, 2009-12) Meireles, Elza Jacqueline Leite; Camargo, Marcelo Bento Paes de; Pezzopane, José Ricardo Macedo; Thomaziello, Roberto Antônio; Fahl, Joel Irineu; Bardin, Ludmila; Santos, Júlio César Freitas; Japiassú, Leonardo Bíscaro; Garcia, Antônio Wander Rafael; Miguel, Antônio Eustáquio; Ferreira, Roque AntônioDurante todas as fases fenológicas do cafeeiro, o clima exerce grande influência sobre a incidência de pragas e doenças e, consequentemente, atua sobre a produtividade do cafeeiro e a qualidade da bebida. Adversidades climáticas, como acentuada deficiência hídrica e extremos de temperatura do ar, podem resultar em redução drástica de produtividade do cafeeiro, embora os efeitos dependam da duração e da intensidade dessas adversidades, e também do estádio fenológico da planta. O monitoramento agrometeorológico da cultura do café é um recurso precioso para avaliar como esses elementos climáticos interferem diretamente na fenologia e na incidência de pragas e doenças no cafeeiro. Nesse monitoramento, devem ser caracterizados os períodos com excedente e com deficiência hídrica, ao longo do ano, por meio do balanço hídrico sequencial, que é feito utilizando- se uma das seguintes bases: diária, decendial (com frequência de 10 dias), semanal e mensal. Também devem ser analisadas as condições termopluviométricas do período em questão, segundo as fases fenológicas da planta, assim como deve ser considerado o levantamento de pragas e doenças no decorrer do ciclo do cafeeiro. Para dar continuidade ao trabalho iniciado no ano agrícola 2002–2003, este documento interpreta os balanços hídricos e as condições termopluviométricas referentes ao ano agrícola 2004–2005, de algumas regiões cafeeiras dos estados de Minas Gerais, São Paulo e Paraná. A importância desse monitoramento está no suporte técnico que ele oferece a tomadores de decisão, graças à disponibilização de informações agrometeorológicas históricas, relacionadas ao cafeeiro arábica produzido nessas regiões. Aymbiré Francisco Almeida da Fonseca - Gerente Geral da Embrapa Café.Item Geadas severas na cafeicultura paulista de 1890-2000: relação com o fenômeno El Niño Oscilação Sul (ENOS)(2000) Camargo, Marcelo Bento Paes de; Alfonsi, Rogerio Remo; Mello, Maria Helena de Almeida; Camargo, Ângelo Paes de; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféAdmite-se que o fenômeno ENOS provoca alterações anômalas no padrão de temperatura do ar durante o inverno na região sudeste do Brasil, incluindo o Estado de São Paulo. Relacionou-se o fenômeno El Niño Oscilação Sul (ENOS) com a ocorrência de geadas severas na cafeicultura paulista a partir de série histórica de dados do IAC, de temperaturas mínimas absolutas mensais de Campinas-SP, durante 111 anos, de 1890 a 2000. Não foi observado relação entre a ocorrência de geadas com o fenômeno ENOS. Geadas severas ocorreram tanto em anos precedidos com os fenômenos La Niña ou El Niño, como também na ausência deles.