Navegando por Autor "Campanha, Mônica Matoso"
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Item Análise comparativa das características da serrapilheira e do solo em cafezais (Coffea arabica L.) cultivados em sistema agroflorestal e em monocultura, na Zona da Mata MG(Sociedade de Investigações Florestais, 2007) Campanha, Mônica Matoso; Santos, Ricardo Henrique Silva; Freitas, Gilberto Bernardo de; Martinez, Hermínia Emília Prieto; Jaramillo-Botero, Catalina; Garcia, Silvana LagesO aporte de serrapilheira em sistemas agroflorestais pode melhorar as características químicas e físicas do solo, diminuir a erosão e permitir a manutenção da umidade no solo por mais tempo. Isso faz dele um sistema alternativo de produção de café em regiões com solos propensos à degradação. Este trabalho teve como objetivo realizar uma análise comparativa da quantidade e teor de nutrientes da serrapilheira e das características de fertilidade e do teor de umidade dos solos, em cafeeiros cultivados sob sistemas agroflorestal e solteiro. A pesquisa foi realizada na Zona da Mata mineira, durante o período compreendido entre janeiro de 1999 e maio de 2000. O sistema agroflorestal contribuiu com 6,1 Mg ha-1 ano-1 de matéria seca de serrapilheira, no entanto o solteiro aportou 4,5 Mg ha-1 ano-1, ressaltando-se que esta última apresentou teor mais elevado de macronutrientes. O solo do sistema agroflorestal exibiu maior teor de umidade de 20-40 cm, maior capacidade de troca de cátions e soma de bases trocáveis, maior teor de K, Ca, Mg, Cu e Zn em ambos os horizontes do solo e menor índice de saturação de alumínio e alumínio trocável na camada mais profunda do que o solo sob a monocultura. No cultivo solteiro, o solo apresentou maior teor de P e de matéria orgânica, tanto na camada superficial quanto na profunda.Item Análise comparativa de cafeeiros (Coffea arabica L.) em sistema agroflorestal e monocultivo na Zona da Mata de Minas Gerais(Universidade Federal de Viçosa, 2001) Campanha, Mônica Matoso; Finger, Fernando Luiz; Universidade Federal de ViçosaNa busca de novos conhecimentos acerca de sistema agroflorestal com café (Coffea arabica L.), este trabalho teve como objetivos analisar comparativamente cafeeiros sob sombreamento (SAF) e cultivados a pleno sol (SOLT) e avaliar a interferência potencial de alguns fatores na produção de café no SAF. Para isso, por um período de 19 meses, na Zona da Mata mineira, foi determinado em plantas de café, nos dois sistemas: o crescimento vegetativo, pelo número de nós, de folhas, tamanho e área foliar por ramo; o desenvolvimento reprodutivo, pelo número de nós produtivos, de botões florais e de frutos nos diferentes estádios de desenvolvimento (chumbinho, verde, início de maturação, cereja e seco); a incidência de pragas e doenças (broca-dos-frutos, bicho-mineiro, cercosporiose e ferrugem); o estado nutricional; a produção e a produtividade. Foram quantificadas a queda e o teor de nutrientes nas serrapilheiras e realizada análise de rotina e determinação de umidade nos solos em cada sistema, além do monitoramento da temperatura do ar. O componente arbóreo do SAF foi caracterizado e seu crescimento acompanhado. Verificou-se que, no SAF, a sombra promovida pelas 133 árvores de 26 espécies, reduziu a amplitude térmica neste sistema, que apresentou em média, temperatura máxima de 2,6oC abaixo daquela registrada no SOLT. Todas as árvores obtiveram ganho em crescimento, sendo Casuarina sp., Eugenia uniflora, Licania tomentosa, Hovenia dulcis and Mangifera indica as mais abundantes. Nos dois sistemas, o período de maior crescimento vegetativo do cafeeiro coincidiu com o período de chuvas e temperaturas mais altas (primavera/verão). Os cafeeiros no SAF apresentaram menores crescimento de ramos e emissão de folhas, mas mostraram menor desfolha e, em média, folhas de maior tamanho; e iniciaram seu processo produtivo mais cedo, com menor número de nós produtivos e botões florais, refletindo em menor quantidade de frutos na colheita. A incidência do bicho-mineiro e broca-dos-frutos foi pequena nos sistemas, porém a lavoura sombreada foi mais infestada pela cercosporiose e ferrugem. Em ambos os sistemas, os cafeeiros apresentaram teores foliares adequados de N, Ca, Mg, Zn, Cu, Fe e Mn, baixos de P e K e alto de S e B. Maiores teores de nutrientes foram encontrados na serrapilheira do SOLT, exceto Ca e Zn, no entanto, o SAF contribuiu com 6,1 x 10 3 kg.h1-1.ano-1 de serrapilheira ao sistema, enquanto que o sistema a pleno sol, com 4,5 x 10 3 kg.ha-1.ano-1. O SAF apresentou maior teor de umidade na camada de 20-40 cm do solo, além de valores de pH, Ca, Mg, K, Zn, V acima, e de Al, m e CTC a pH 7, abaixo daqueles mostrados pelo SOLT. A produção média dos dois anos, de 40 sc.ha-1 de café em coco do cafezal solteiro, foi superior a de 8,6 sc.ha-1 de café em coco do cafeeiro em sistema agroflorestal. Analisando apenas os cafeeiros no SAF, constatou-se que o desenvolvimento vegetativo do cafeeiro apresentou alta correlação positiva com a produção, destacando o número de folhas. A quantidade e qualidade da serrapilheira tende a influenciar a produção de café, observando que maior teor de manganês na mesma interferiu negativamente. As pragas e doenças mostraram-se pouco interferentes, enquanto que o estado nutricional da lavoura cafeeira foi fator relevante tanto para o crescimento como para produção. O número de folhas, de nós e a presença de frutos na planta interferiram e foram afetados pela condição nutricional da lavoura, sendo que cafeeiros com menor teor de cobre ou maior de zinco e nitrogênio nas folhas, tenderam a crescer mais e serem mais produtivos. As características do solo no horizonte mais superficial (0-20 cm) estiveram mais correlacionadas com a produção de café, que aquelas obtidas na profundidade de 20-40 cm, observando que a saturação de bases (V) e os teores de Ca, Mg e K da primeira camada do solo estiveram significativa e positivamente correlacionados com a produção. O solo ainda afetou o crescimento vegetativo do cafeeiro, o estado nutricional da lavoura e o teor de nutrientes na serrapilheira. O crescimento do cafeeiro foi favorecido pelo maior teor de K, P e umidade na camada de 0-20 cm do solo, e pela redução do teor de Al na camada de 20-40 cm. O estado nutricional das plantas de café, destacando o teor de P, sofreu influência positiva do teor de umidade, de matéria orgânica, pH e CTC dos solos, que influenciaram também a concentração de nutrientes na serrapilheira.Item Avaliação da fertilidade e umidade do solo e fluxo de carbono e nutrientes na serrapilheira em sistema agroflorestal com café(2003) Campanha, Mônica Matoso; Santos, Ricardo Henrique Silva; Freitas, Gilberto Bernardo de; Martinez, Hermínia Emília Prieto; Botero, Catalina Jaramillo; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféUm dos benefícios potenciais da utilização de sistemas agroflorestais (SAF) é sua capacidade na conservação dos solos, mantendo sua fertilidade. O benefício das árvores advém da combinação de fatores, entre eles a melhoria das características físicas e químicas do solo através de suas raízes e queda de folhas, e o aumento da retenção de água. A serrapilheira depositada sobre o solo atua como barreira física, reduzindo a erosão e conservando a umidade no terreno e fornecendo matéria orgânica e nutrientes ao sistema. O presente trabalho teve como objetivo a análise comparativa entre um sistema agroflorestal com café (SAF) e uma monocultura de café (SOLT), quanto à quantidade e teor de nutrientes de serrapilheira, fertilidade e teor de umidade dos solos. A serrapilheira foi coletada em caixas plásticas com 36 x 56 cm nas ruas do cafezal em cada sistema, durante 12 meses. Foram determinadas a produção média mensal e acumulada de serrapilheira. A umidade e as características de fertilidade do solo foram avaliadas em amostras coletadas sob a saia dos cafeeiros, nas profundidades de 0-20 cm e 20-40cm no solo. O SAF contribuiu com 6,1 x 10 3 kg.ha-1.ano-1 de matéria seca de serrapilheira, em comparação com 4,5 x 10 3 kg.ha-1.ano-1 do SOLT, concentrando, no entanto menores quantidades de nutrientes. Maior teor de umidade, entre 20-40 cm no solo, foi encontrado no SAF, que também apresentou maiores valores de V, Ca, Mg, SB e Zn e menor teor de Al nos solos. Os solos do SOLT apresentaram maior teor de P e matéria orgânica. Conclui-se a quantidade de serrapilheira no SAF não é sinônimo de maior retorno de nutrientes ao sistema, nem de aumento da matéria orgânica do solo, embora tenha resultado em maior retenção de umidade no solo.Item Avaliação do desenvolvimento reprodutivo de um cafezal sob sistema agroflorestal e em cultivo solteiro(2003) Campanha, Mônica Matoso; Santos, Ricardo Henrique Silva; Freitas, Gilberto Bernardo de; Martinez, Hermínia Emília Prieto; Botero, Catalina Jaramillo; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféOs sistemas agroflorestais podem aumentar a produtividade geral e embutir sustentabilidade na produção agrícola, mas estas não são conseqüências asseguradas para todas as situações, uma vez que pode haver forte competição com a cultura principal. Este estudo teve como objetivo analisar comparativamente o desenvolvimento reprodutivo de um cafezal sob sistema agroflorestal e de uma lavoura conduzida a pleno sol. O experimento foi conduzido em propriedade particular do município de Viçosa, de outubro de 2000 a julho de 2001, em cafeeiros "Catuaí", com duas unidades experimentais: um sistema agroflorestal (SAF), com café, árvores nativas e frutíferas (300/ha) e um cultivo solteiro (SOLT). A densidade de plantio foi de 4000 a 5000 plantas/ha para o SAF e SOLT respectivamente. Em 14 cafeeiros no SAF e 6 cafeeiros no SOLT foram escolhidos quatro ramos plagiotrópicos, ocupando as posições Norte, Sul, Leste e Oeste, na altura média da copa, onde foram determinados, mensalmente, o número de nós produtivos, botões florais e flores abertas e frutos nos diferentes estádios de maturação, por dois anos. Foi realizada também a colheita de todos os grãos de café nos pés selecionados. Os frutos foram separados entre os estádios: verde, cereja e seco, e submetidos à secagem em estufa até peso constante. A análise estatística foi realizada utilizando-se valores máximos encontrados para cada característica analisada, em médias por ramo por planta. As médias foram comparadas utilizando-se o teste de Student (t), a 5% de probabilidade. Os sistemas diferiam quanto ao número de nós produtivos (1,21 e 3,20), número de botões florais (1,36 e 5,14), número de frutos verdes (2,06 e 4,27), sendo os maiores valores relativos aos cafeeiros no SOLT. O número de frutos cereja não diferiu, com média de 0,48 /ramo.planta. Os cafeeiros no SAF produziram 514,8 kg.ha -1 em frutos secos, enquanto que os cafeeiros no SOLT produziram 2442,8 kgMS.ha -1 o que equivale a 8,6 e 40 sacas de 60 kg, por hectare, respectivamente. Os cafeeiros no SAF iniciaram seu processo produtivo mais cedo, apresentando botões florais em setembro e também maior constância na produção de nós potencialmente produtivos. Conclui-se que, no presente estudo, os cafeeiros no SAF apresentaram produção mais precoce e menor bianualidade, além de produtividade cerca de 80% menor que aqueles cultivados a pleno sol.