Navegando por Autor "Ferraz, José Maria Gusman"
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Item Caracterização da incidência e evolução de pragas e doenças em agroecossistemas cafeeiros sob diferentes manejos(Universidade Federal de São Carlos, 2009-08-27) Lopes, Paulo Rogério; Ferraz, José Maria GusmanA presente pesquisa tem o objetivo de avaliar a incidência e evolução das principais pragas e doenças do cafeeiro em agroecossistemas sob manejo convencional, organo-mineral, orgânico e agroflorestal nos municípios sul mineiros de Machado e Poço-Fundo. Foram realizados monitoramentos mensais do bicho-mineiro (Leucoptera coffeella), broca-do-café (Hypothenemus hampei), ferrugem (Hemileia vastatrix) e da cercosporiose (Cercospora coffeicola) por um período de um ano (dez/2007 a nov/2008) em lavouras da variedade Mundo Novo sob diferentes manejos. O monitoramento do bicho- mineiro e das doenças do cafeeiro foi realizado através da coleta de dez folhas do terceiro ou quarto par em todos os lados do cafeeiro, sendo amostradas vinte plantas por agroecossistema, totalizando duzentas folhas coletadas para avaliação dessas moléstias em cada sistema. Para o monitoramento da broca- do-café selecionou-se 32 plantas, seis pontos diferentes em cada planta (10 frutos agrupados por ponto estabelecido) e realizou-se avaliação não- destrutiva. Em todos os agroecossistemas monitorados, ambos manejados pela agricultura familiar, a infestação da broca-do-café e do bicho-mineiro não atingiram nível de dano econômico em nenhuma avaliação. Com relação às doenças avaliadas, observou-se que tanto a ferrugem como a cercosporiose atingiram nível de dano econômico em todos os sistemas de manejo. No entanto, nos sistemas organo-mineral, orgânico (monocultivo) e agroflorestal (diversificado) a ocorrência da ferrugem foi crítica, atingindo índices elevados nos meses de abril a outubro de 2008, registrando-se valores acima de 60% de incidência em quatro meses de avaliação. A incidência da cercosporiose foi relativamente menor no sistema convencional e orgânico (monocultivo), cujos picos não ultrapassaram 41% e 55%, consecutivamente. Já no sistema organo- mineral e agroflorestal (orgânico) a ocorrência da cercosporiose atingiu níveis muito elevados, chegando a 76% e 67%, respectivamente, no mês de julho. Apesar dos elevados níveis de incidência da ferrugem e cercosporiose encontrados nos agroecossistemas cafeeiros organo-mineral e orgânico, a produtividade média alcançada por esses sistemas nos últimos três anos foi superior ao convencional, mesmo esse último sistema investindo pesado em agrotóxicos e fertilizantes químicos.Item Cultura de café (Coffea arabica L.) comprincípios agroecológicos como opção para a agricultura familiar na região de Penápolis/SP(Universidade Federal de São Carlos, 2008-12-08) Zago, Sebastião; Ferraz, José Maria GusmanO município de Penápolis e região, localizados no noroeste do estado de São Paulo, foram desbravados para implantação da cafeicultura e tornaram-se fortes produtores no início do século passado, influenciando no traçado das ferrovias e na dispersão dos imigrantes. Porém, devido a fatores econômicos, climáticos e políticos, essa cultura foi substituída por outras atividades agropecuárias, desenvolvidas para as grandes propriedades, como a cana-de-açúcar e a pastagem, oprimindo assim, a agricultura familiar que se tornou inviável em moldes convencionais de produção, provocando a retirada do agricultor familiar para a cidade em busca de outras fontes de renda. O objetivo desse trabalho é o acompanhamento da formação e manejo de uma lavoura experimental de café em moldes agroecológicos e a definição de indicadores de sustentabilidade, para avaliação e comparação de resultados com outros cultivos de princípios convencionais, orgânico e um fragmento de mata natural, como parâmetros para a análise, avaliação e implementação desse sistema de cultivo na região, em busca de um resgate da tradição local. Neste trabalho, concluiu-se que a cafeicultura em moldes agroecológicos promoveu sensíveis transformações físico-químicas e biológicas no sistema, indicando que, com a utilização de técnicas alternativas de produção aliadas à tradição do cultivo do café e à aptidão do agricultor, é possível viabilizar a cafeicultura como alternativa para a agricultura familiar na região.Item Indicadores de sustentabilidade em três propriedades de cafeicultura familiar em Araponga – MG: uma análise descritiva(Universidade Federal de São Carlos, 2014-12-15) Souza, Luiza Monteiro; Ferraz, José Maria GusmanEsta dissertação analisa sistemas de produção e o grau de sustentabilidade ambiental, econômica e sociopolítica de propriedades da agricultura familiar produtoras de café, co m diferentes graus de inserção no manejo agroecológico dos agroecossistemas e na participação em organização social presentes no município de Araponga, em Minas Gerais. A pesquisa objetivou-se em avaliar e mensurar a sustentabilidade de propriedades da cafeicultura familiar e comparar a sustentabilidade de unidades em processo de transição agroecológica, inseridas ou não nas organizações locais do município de Araponga. Para tal, a metodologia foi realizada em quatro etapas: a)seleção das famílias participantes; b) caracterização das propriedades analisadas, através de duas técnicas do Diagnóstico Rural Participativo, a entrevista semi estruturada e a caminha transversal; c) coleta de dados nas lavouras cafeeiras; d) seleção dos indicadores de sustentabilidade na dimensão sociopolítica, econômica e ambiental. A pesquisa foi realizada em três fam ílias da cafeicultura familiar, ao todo foram selecionados 62 indicadores, sendo 18 sociopolíticos, 13 econômicos, 23 ambientais nas lavouras de café e 8 ambientais na propriedade. Os indicadores fora m mensurados e transformados em uma avaliação única, através de parâmetros, que receberam valores de u m a três, correspondentes a um grau de sustentabilidade, 1- grau crítico, 2- grau aceitável e 3 – grau desejável, e colocado em um gráfico tipo radar, de modo a facilitar a interpretação dos indicadores. A propriedade A, além de apresentar o melhor Índice de Sustentabilidade Global, em relação as demais, destacou-se por apresentar os melhores Índices nas dimensões sociopolítica, econômica e ambiental para as lavouras de café. No outro extremo mostrou-se a propriedade C, com o pior Índice Global e os piores Índices para as dimensões analisadas. E a propriedade B com os Índices médios, exceto para o Índice de Sustentabilidade. Ambiental da propriedade, onde obteve a melhor classificaçãoItem PRINCÍPIOS AGROECOLÓGICOS APLICADOS À CAFEICULTURA COMO ALTERNATIVA PARA O DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL NA REGIÃO NOROESTE DO ESTADO DE SÃO PAULO(2009) Zago, Sebastião; Ferraz, José Maria Gusman; Valarini, Pedro José; Costa, Denis Santiago; Embrapa - CaféA ocupação agrícola da região Noroeste do estado de São Paulo, como em tantas outras regiões brasileiras provoca conseqüências negativas irreversíveis nas características da paisagem natural e nos aspectos socioeconômicos locais. O ecossistema natural sofreu um processo de transformação profunda através do desbravamento, a colonização pela cafeicultura, depois a bovinocultura e finalmente convertendo-se para um sistema canavieiro intensivo, com uso de insumos industriais químicos, intensa utilização de máquinas e implementos agrícolas e de variedades vegetais geneticamente melhoradas e padronizadas. Nessa região são grandes os efeitos negativos desta modernização e do sistema produtivo atual, perante a fragilidade do ecossistema afetando diretamente a pequena propriedade que perdeu suas características de fonte de produção e união familiar, o que promove o êxodo rural e a incorporação de muitas delas pelas grandes fazendas e usinas de açúcar e álcool locais. Estes fatos levam ainda ao abandono das propriedades, empobrecimento da população e da paisagem, e a processos de contaminação do ambiente por agrotóxicos, erosão dos solos e assoreamento dos rios. Defendem-se formas alternativas de produção para o revigoramento da cafeicultura e também de outras culturas, para uma agricultura de forma sustentável na região. Este trabalho visa demonstrar a evolução de um sistema de cafeicultura com princípios agroecológicos no município de Penápolis/SP e caracterizar alguns dos aspectos ambientais e socioeconômicos da região para a reflexão sobre formas em que a Agroecologia, como um novo campo de estudos, pode contribuir para o desenho de estratégias de sustentabilidade rural, enfatizando alguns elementos que servirão como indicadores. Além disso, induz a uma reflexão sobre a importância de um desenvolvimento endógeno, com destaque à necessidade de vontade política e a de construção e reconstrução do conhecimento local, como estratégia básica para processos de transição agroecológica.