Navegando por Autor "Llanillo, Rafael Fuentes"
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Item Descrição técnico-econômica de sistemas familiares de produção de café orgânico no norte pioneiro do Paraná(2003) Hugo, Renzo Gorreta; Soares, Dimas; Passini, João José; Miranda, Márcio; Llanillo, Rafael Fuentes; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféApesar de responder atualmente por cerca de 0,5% da produção mundial, a agricultura orgânica vem concretizando-se como alternativa tecnológica e econômica concreta para um número crescente de agricultores em todo o Brasil. Não obstante o crescimento atualmente verificado, diferentes estudos apontam tendências crescentes para o consumo de produtos orgânicos no decorrer dos próximos anos. No Paraná, o cultivo do café orgânico encontra-se entre aqueles que mais avançam entre os agricultores que adotam este modelo de produção, envolvendo na safra 2001/2002 cerca de 120 agricultores com 741ha de área cultivada. Atento a esta situação, o Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR) implantou com apoio financeiro do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) as Redes de Referências para a Agricultura Familiar Orgânica, nas quais com a utilização de metodologia específica, busca-se a partir do acompanhamento, análise e intervenção em propriedades representativas, conhecer e aprimorar alguns dos principais sistemas familiares de produção orgânica em uso no Estado. O presente trabalho apresenta alguns dos indicadores técnico-econômicos referentes ao sistema de produção de café orgânico praticado na região do Norte Pioneiro paranaense a partir das informações da Rede de Referências composta por sete unidades de produção agrícola situadas naquela região. Utilizando-se para coleta de dados técnicas de Diagnóstico Rápido Participativo (DRP) foi possível descrever o sistema estudado bem como apontar suas restrições tecnológicas e seus possíveis encaminhamentos. O cultivo do café orgânico no Norte Pioneiro remonta ao ano de 1993, quando foram feitas as primeiras visitas a produtores de Minas Gerais já iniciados nesta atividade. O sistema de produção predominante combina a produção cafeeira com milho e pecuária, sendo composto em sua maioria por Produtores Simples de Mercadorias, com no máximo 10ha de Superfície Agrícola Útil, 4,20ha de lavoura cafeeira e 1,42 Eqüivalente-homem de mão-de-obra familiar disponível. Tal mão-de-obra mostra-se suficiente para atender as operações de setembro a maio, visto que o manejo com adubação verde ou roçadas, não exige maiores dispêndios laboriais. No caso da colheita alguma contratação é feita, porém pouco onerando os produtores. As benfeitorias e as lavouras cafeeiras correspondem a 78% do capital total disponível, sendo que existe falta de equipamentos necessários para maior eficiência no manejo da cultura como rolos-faca e roçadeiras. Os produtores com melhores níveis de produtividade baseiam-se no sistema adensado e possuem apresentam manejo do solo adequado, seja com adubação verde ou com manejo do mato. Todos os produtores analisados apresentaram margens brutas positivas na produção de café, com níveis entre R$ 0,88 a 1,83/kg e rendas líquidas positivas variando de R$ 0,49/kg (R$29,40/sc 60 kg) até R$ 1,64/kg (R$98,40/sc 60 kg). Há de se considerar que pelo fato de serem produtores produzindo de forma orgânica, porém, em fase de conversão quanto à certificação, os preços de vendas alcançados foram similares aos do mercado convencional que geralmente são inferiores em 25 a 40% aqueles praticados para o produto orgânico. Ao analisar-se a performance econômica global das diferentes propriedades, observa-se que quatro destas não apresentaram na safra 2001/2002 sistemas de produção economicamente sustentáveis, encontrando-se com níveis de renda líquida por equivalente-homem abaixo daqueles aceitos como indicadores de reprodução simples, indicando fragilidades que exigem um re-ordenamento dos fatores produtivos. Isto fica evidenciado ao verificar que as três propriedades com níveis de renda líquida acima da reprodução simples são justamente aquelas que se apóiam em outras culturas como leite e apicultura. Na continuidade do projeto serão estudadas possibilidades de diminuição das despesas operacionais globais (DOT) e de aumento das receitas, seja nas atividades atuais, seja na perspectiva, bem analisada, de diversificação.Item A participação do café em sistemas de produção familiares na região norte do Paraná(2003) Soares, Dimas; Llanillo, Rafael Fuentes; Carneiro, Sérgio Luiz; Carvalho, Adenir de; Lira, Manuel Pessoa de; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféPopularizado com o nome de "café adensado", o modelo tecnológico concebido para modernização da cafeicultura paranaense possui entre suas premissas a diversificação das unidades produtivas como estratégia adequada para a redução de riscos climáticos, por intermédio da localização das lavouras em áreas de microclima apropriado, e econômicos. Deste modo, com o novo modelo o café surge freqüentemente combinado com outras atividades, constituindo sistemas de produção diversificados nos quais o papel desempenhado pela atividade cafeeira altera-se segundo as diferentes combinações. As Redes de Referências para a Agricultura Familiar, dispositivo de pesquisa e desenvolvimento criado para acompanhamento e intervenção em alguns dos principais sistemas de produção familiares do estado do Paraná, tem trabalhado na região norte paranaense com sistemas produtivos nos quais a presença do café espelha algumas das diferentes situações observadas. O presente trabalho objetiva, por meio da apresentação de três casos originários de propriedades acompanhadas pelas Redes, discutir aspectos relativos a participação da atividade cafeeira em sistemas de produção familiares. Na primeira situação, apresenta-se uma unidade produtiva com 3,0 eqüivalentes-homens de mão-de-obra familiar na qual o café constitui-se na principal atividade econômica com 71% de participação na receita total (safras 1998/99 e 1999/00) e ocupação de 15% da superfície agrícola útil (SAU), caracterizando-se também pela presença de cafeicultores tradicionais que nunca abandonaram a atividade, aderindo de imediato ao novo modelo tecnológico. O segundo caso descrito, retrata a condição de uma propriedade especializada na produção de grãos, com 2,5 eqüivalentes-homens de mão-de-obra familiar disponível, na qual o café surge como alternativa de diversificação, sobretudo quando da implantação do programa estadual de revitalização cafeeira. Aqui o café contribui em média com 17% da receita total e ocupa 8% da SAU. O último caso apresentado refere-se a uma propriedade de grãos já diversificada, com disponibilidade de 2,7 eqüivalentes-homens de mão-de-obra familiar, onde o café enquadra-se como alternativa complementar de diversificação. Nesta condição, ocupa 3% da SAU e ainda não contribui na formação da receita total. As perspectivas futuras apuradas indicam uma tendência de aceleração da diversificação na primeira situação com continuidade da renovação das lavouras cafeeiras. No segundo caso observa-se a tendência de manutenção da área cafeeira atual com redução do ritmo de implantação de novas áreas. Finalmente, no terceiro caso verifica-se a perspectiva de paralisar-se a implantação de novas áreas de café. Como conclusões de ordem geral, apresentam-se a característica de auto-financiamento e implantação parcelada de pequenas áreas observada nas três situações estudadas. Destaca-se também a permanência do café como importante alternativa aos sistemas de produção regionais e as dificuldades surgidas nos processos de diversificação de propriedades especializadas em decorrência de curvas de aprendizagem e do período de maturação de investimentos. Apontam-se ainda a necessidade de políticas públicas específicas para redução de riscos e diminuição de prejuízos no processo de diversificação e/ou renovação e ampliação da cafeicultura.Item SISTEMAS DE PRODUÇÃO DIVERSIFICADOS PARA A CAFEICULTURA NA REGIÃO NORTE DO ESTADO DO PARANÁ(2009) Soares Junior, Dimas; Llanillo, Rafael Fuentes; Carneiro, Sérgio Luiz; Carvalho, Adenir de; Marcolini, Ciro Daniel Marques; Fonseca, Henrique Navarro; Embrapa - CaféA cafeicultura paranaense tem como uma de suas principais características o seu perfil de atividade vinculada à agricultura familiar. O Plano de Apoio para Sustentabilidade da Cafeicultura nas Pequenas Propriedades Familiares do Paraná, em execução desde o final do ano de 2006 com o objetivo de garantir a estabilidade do agronegócio cafeeiro no estado, reforça a indicação do modelo tecnológico no qual o adensamento do plantio e a diversificação nas unidades produtivas colocam-se como eixos centrais. Assim, buscando contribuir na discussão de alternativas de diversificação para a atividade cafeeira, o presente trabalho apresenta três sistemas diversificados de produção de café, construídos a partir de dados coletados em 38 unidades produtivas acompanhadas ao longo das safras 1998/99 a 2004/05. Os sistemas mostram-se viáveis do ponto de vista da remuneração da mão-de-obra familiar auferida mas encontram sua maior limitação na demanda requerida para esse mesmo fator produtivo.