Navegando por Autor "Mônaco, L. C."
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Item Efeito das lojas vazias sobre o rendimento do café mundo novo(Instituto Agronômico (IAC), 1960-01) Mônaco, L. C.O rendimento do café, isto é, a relação entre o pêso de café maduro para o de beneficiado, é influenciado, entre outros fatôres, pela ocorrência de frutos com lojas sem sementes, os quais flutuam quando colocados no água. Procurando avaliar o efeito de quantidades variáveis dêste tipo de frutos sôbre o rendimento do café Mundo Novo, foram preparados quatro grupos de cinco amostras, contendo 0, 25, 50, 75 e 100 por cento de frutos dessa natureza. Nestas amostras realizaram-se observações sôbre as quantidades de sementes moca, concha e chato, tamanho, densidade e pêso dos sementes. Os dados obtidos mostraram que o abôrto do endosperma em uma das lojas do fruto não afetou as características de pêso, densidade e tamanho das sementes desenvolvidas no outra loja do fruto. Verificou-se, também, que as sementes moca diminuíram à medida que aumentaram nas amostras as quantidades de frutos com lojas sem sementes, sendo êste fato atribuído ao número reduzido de frutos moca que flutuam no água. As sementes concha, ao contrário, aumentaram com as crescentes porções de frutos que boiam nas amostras preparadas, o que talvez possa ser atribuível a um efeito pleiotrópico do fator genético responsável pelo abôrto do endosperma. O rendimento apresentou uma forte tendência de piorar com o aumento do quantidade de lojas sem sementes nas amostras e a análise estatística levou à conclusão de que se trata de um efeito linear. Os resultados dêste ensaio vieram mostrar que o processo de seleção que vem sendo adotado para o café Nundo Novo, eliminando a maioria das plantas com alta quantidade de lojas vazias, é eficiente e assim dsve ser prosseguido.Item Híbridos entre Coffea e Psilanthopsis(Instituto Agronômico (IAC), 1959-09) Carvalho, A.; Mônaco, L. C.Reviewing the taxonomy of the genus Coffea Chevalier stablished the new genus Psilanthopsis with a single species P. kapakata. This species had previously been classified as Coffea kapakata by Hirschfeldt and is native to Angola, Africa. A few representatives of P. kapakata were received in Campinas in 1953 from U. S. Department of Agriculture after strict quarantine inspection. In the 1955 and 1956 seasons several artificial pollinations were undertaken of the species Coffea arabica (2n = 44) and diploid species (2n = 22) of Coffea as C. canephora, C. eugenioides and C. Dewevrei with P. kapakata as male parent. The number of pollinated flowers and the number of fruits and seeds developed as well as the number of seedlings obtained, are mentioned in table I. The percentage of fruits derived from crosses of Coffea arabica, C. canephora, C. eugenioides and C. Dewevrei with P. kapakata were respectively 55, 17, 13 and 2%. However, the percentage of seedlings resulting from the normal hybrid seeds were 8, 35, 4.8 and 0%, respectively. In spite of the larger number of seeds derived from crosses with varieties of C. arabica (194), only 16 seedlings were obtained, while relatively larger number of these were developed from crosses of P. kapakata with C. eugenioides and C. canephora. A morphological study was undertaken of one seedling from each successful cross, in order to compare the hybrids with their respective parents. The most vigorous hybrids have resulted from crosses with C. canephora and C. eugenioides. The hybrids with C. arabica var. laurina indicated that Psilanthopsis kapakata probably carries the allele Lr. The leaf of the hybrids are most frequently intermediate in size as compared to the leaves of their parents, except in the hybrid with laurina which possesses larger leaves. The bronze color of the young leaves of C. arabica var. typica is almost dominant in relation to the red ones of Psilanthopsis kapakata, whereas in the hybrid with laurina, which has green young leaves, the color is light bronze. The bronze young leaf color of C. canephora is dominant, while the bronze color of C. eugenioides is recessive to the red color of P. kapakata. In all hybrids the reddish color of the young stem of P. kapakata seems to be dominant. One flowered inflorescence, frequently found in P. kapakata is recessive in all crosses. The rather developed sepals of P. kapakata are present in hybrids with C. arabica var. typiea, C. arabica var. laurina and C. eugenioides. In the hybrid with C. canephora the sepals are almost unnoticeable. An inspection of the surface of the young fruit indicates that the presence of developed ridges of the fruits of P. kapakata is present in all hybrids with variable intensity. The percentage of successful crosses of Psilanthopsis kapakata with the Coffea species here mentioned is of the same order as in crosses among species of the genus Coffea. Due to the already complex nature of the genus Coffea and based on the results here presented, it is proposed to revert the species Psilanthopsis kapakata to the genus Coffea - Coffea kapakata Hirschfeldt, sub-section Mozambicoffea.Item Melhoramento do cafeeiro XV - Variabilidade observada em progênies de café(Instituto Agronômico (IAC), 1959-12) Carvalho, A.; Mônaco, L. C.; Antunes Filho, H.As análises das produções de cafeeiros constituintes de diversas progênies, principalmente de café Bourbon Vermelho, com produções controladas por 12 a 15 anos. mostraram acentuada variabilidade na produção, o mesmo ocorrendo entre cafeeiros F1 derivados de hibridações entre plantas selecionadas. A fim de avaliar as causas dessa variação foram escolhidas, em quatro progenies S1 e em três híbridos F1, cafeeiros com as mais altas e as mais baixas produções, bem como uma planta em cada progênie com produção correspondente à classe mediana, a fim de servirem de plantas matrizes para derivação de progênies correspondentes às gerações S2 e F2. Estas foram plantadas, em 1953, em um ensaio comparativo, onde também foram incluídas novas progenies S1 e F1 dos mesmos cafeeiros, bem como progênies selecionadas de outras variedades comerciais como Bourbon Amarelo e Mundo Novo. A análise dos resultados das quatro primeiras produções (1955 a 1958) bem como da altura e vigar dos cafeeiros indicou, em todos os conjuntos de progênies examinadas, que a grande variação observada entre as plantas de uma mesma progênie de Bourbon é principalmente devida a influências do ambiente, desde que não se notaram diferenças na produção das progênies S2 e F2 derivadas de plantas S1 e F1 com as mais altas e as mais baixas produções. A mesma condição se verificou em relação à altura das plantas. Os valores das variâncias da produção para as progênies S1 e S2 em cada grupo de progenies não indicaram nenhum efeito específico da autofecundação, reduzindo-os ou aumentando-os. Nas gerações F2 as variâncias se mostraram mais uniformes, porém as diferenças entre as variâncias das gerações F1 e F2 não foram significativas. Pode-se concluir dos dados dêste ensaio que a seleção do café Bourbon Vermelho deve ser baseada na produção média das progenies e que a seleção dentro da progênie não conduz a nenhum progresso. Os dados também explicam o motivo da baixa correlação freqüentemente verificada entre a produção das plantas matrizes e de suas respectivas progênies. O estudo comparativo de todos os tratamentos mostrou a existência de uma razoável correlação entre o bom aspecto vegetativo e a produtividade das progênies. Notou-se. também, que o Mundo Novo é realmente bastante produtivo, o que confirma os resultados já obtidos sobre o valor econômico dessa variedade comercial de café.Item Melhoramento do cafeeiro: XXII- Resultados obtidos no ensaio de seleções regionais de campinas(Instituto Agronômico (IAC), 1961-07) Carvalho, A.; Scaranari, H. J.; Antunes (filho), H.; Mônaco, L. C.A. seleção de plantas matrizes e estudo de suas progênies vêm sendo realizadas em cinco localidades do Estado de São Paulo. A fim de averiguar, simultaneamente, o comportamento geral das melhores progênies nessas localidades, plantaram-se, em 1951, cinco ensaios de seleções regionais, em Campinas, Ribeirão Prêto, Pindorama, Mooca e Jaú. Aqui são apresentados e discutidos os dados referentes a Campinas. O ensaio compreende 100 progênies pertencentes aos cultivares 'Mundo Novo', 'Bourbon Amarelo', 'Bourbon Vermelho', 'Caturra Amarelo', 'Caturra Vermelho' e 'Sumatra', havendo para cada grupo, uma ou mais testemunhas, sem seleção. A variedade typica foi tomada como testemunha geral. Analisaram-se as dados referentes ao vigor vegetativo, à altura das plantas e ao diâmetro da copa, à produção de café cereja e de beneficiado, tipos, tamanho, peso e densidade das sementes e .sintomas de deficiências de zinco e queima das folhas devido à baixa temperatura. As progênies de 'Mundo Novo', 'Bourbon Amarelo' e 'Bourbon Vermelho', apresentaram níveis diferentes de produtividade. A produção total média das progênies do café 'Mundo Novo', no período 1954 a 1959, foi de 9,81 kg de café beneficiado por canteiro (uma cova com quatro plantas) enquanto que a do 'Bourbon Amarelo', foi de 8,33 kg e, a do 'Bourbon Vermelho', de 6,39 kg. A produção média do 'Caturra Vermelho' mostrou-se semelhante à do 'Bourbon Vermelho', de 6,29 kg, enquanto a do 'Caturra Amarelo' foi maior, de 7,20 kg. A análise feita pelo contraste das médias indicou diferenças significativas a favor do grupo 'Mundo Novo'. Neste grupo tôdas as progênies selecionadas produziram mais do que a média das suas testemunhas, sem qualquer melhoramento, indicando efeito altamente significativo da seleção No grupo 'Bourbon Amarelo' 6 progênies (46%) deram produção maior do que a média das testemunhas e, no 'Bourbon Vermelho', apenas 7 (13%) mostraram-se mais produtivas do que a média das testemunhas. Os contrastes das produções das progênies do 'Bourbon Vermelho' oriundas de Ribeirão Prêto, Campinas e Pindorama. mostraram que apenas as de Pindorama são menos produtivas do que as de Campinas. O contraste das produções das poucas progênies de Caturra examinadas indicou que o cultivar 'Caturra Amarelo' é mais produtivo do que o 'Caturra Vermelho', havendo pouca variação dentro de cada grupo. O 'Caturra Amarelo' também é mais produtivo do que as progênies do grupo de 'Bourbon Vermelho'. Todos os 84 itens selecionados produziram mais do que a média da testemunha geral, da variedade typica, e as duas progênies do 'Mundo Novo' de maior produção, MP 376-4 e CP 379-17 deram, respectivamente 191 e 172%, a mais do que a média da testemunha 'Típica.', índice do progresso da seleção. Além de mais produtivas, as progênies 'Mundo Novo' apresentaram maior vigor vegetativo, maior altura e diâmetro da copa, sementes maiores e mais pesadas. As progênies mais produtivas do 'Mundo Novo' deram elevada quantidade de sementes normais, do tipo chato. O confronto feito entre o grupo de progênies do 'Bourbon Amarelo' e 'Bourbon Vermelho' e entre as do 'Caturra Amarelo' e 'Caturra Vermelho', parece indicar que os cafeeiros de frutos amarelos além de mais produtivos, têm maior vigor, melhor rendimento, menor pêso de sementes, maior densidade, sintomas menos evidentes de deficiência de zinco e de queima das fôlhas devido à geada. Os dados também indicam que progressos na seleção podem ser obtidos pelo isolamento de progênies com melhor rendimento, quantidade mais elevada de sementes dos tipo chato e com sementes maiores, mais pesadas e de maior densidade. Os resultados deste ensaio estão servindo de base para indicar as melhores progênies de café destinadas à formação e renovação da cafeicultura nesta região do Estado de São Paulo.