Navegando por Autor "Marques, Pedro Valentim"
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Item Novos instrumentos de financiamento do agronegócio brasileiro e uma análise das alternativas de investimentos para o CDA/WA(Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” - Universidade de São Paulo, 2006) Silva, Gustavo de Souza e; Marques, Pedro ValentimO instrumento tradicional de financiamento é aquele utilizado pelo Sistema Nacional de Crédito Rural - SNCR e que possui como fonte o orçamento do governo, as exigibilidades bancárias, a poupança verde etc. Os instrumentos não tradicionais podem ser considerados os novos mecanismos com fonte de recursos privados e que pretendem substituir os instrumentos tradicionais no financiamento agropecuário. A Lei n o 11.076, de 30 de dezembro de 2004, oficializou cinco títulos de créditos que deverão ser utilizados pelos agentes do agronegócio para captarem recursos privados para o seu financiamento e aumentar o giro de capital dentro do próprio setor, além de dar nova redação à Lei n o 9.973, de 29 de maio de 2000, que dispõe sobre o sistema de armazenagem dos produtos agropecuários. Os novos instrumentos de financiamento do agronegócio são denominados de: Certificado de Depósito Agropecuário - CDA, Warrant Agropecuário - WA, Certificados de Direitos Creditórios do Agronegócio - CDCA, Letra de Crédito do Agronegócio - LCA e Certificado de Recebíveis do Agronegócio - CRA. O objetivo destes instrumentos é desvincular a concessão de crédito do sistema oficial e desenvolver um novo mecanismo de financiamento do agronegócio através de papéis lastreados em produtos depositados e títulos de dívidas agrícolas que deve ampliar o relacionamento entre o setor financeiro e o setor como um todo, devendo tornar o financiamento mais eficiente para o produtor e menos onerosos aos cofres públicos. Este trabalho define o cenário brasileiro onde estes novos títulos do agronegócio foram instituídos, apresenta as justificativas para a criação destes títulos e expõe os mecanismos atualmente utilizados pelo mercado para captar recursos da iniciativa privada, apresenta e discute a legislação desses novos instrumentos. E por último buscaram-se alternativas de investimento para estes papéis nos mercados físicos e futuros de seis produtos agrícolas de janeiro de 2005 a outubro de 2005: açúcar cristal, algodão, arroz, café arábica, milho e soja. Duas situações foram consideradas: especulações com o CDA e o WA, onde o investidor adquire o papel e especula com cada produto; e operação de spread, onde o investidor compra o CDA/WA (mercado físico) e trava o rendimento numa operação com o mercado futuro da Bolsa de Mercadorias & Futuros - BM&F, sem ficar exposto a variações de preço. No caso do arroz apenas a análise dos preços físicos foi elaborada devido à ausência do mercado futuro para este produto na BM&F. A partir disso, concluiu-se que a especulação com os produtos agrícolas não teve um bom resultado no período. Já as operações de spread do mercado futuro da BM&F com o CDA/WA ofereceram boas oportunidades de rentabilidade ao investidor que conseguiu captar o momento correto para a operação.Item Preservação da identidade de grãos e a coordenação dos sistemas agroindustriais(Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, 2001) Sousa, Eduardo Luis Leão de; Marques, Pedro Valentim; Escola Superior de Agricultura Luiz de QueirozO presente trabalho investigou o papel da coordenação e da busca de eficiência sistêmica frente aos novos desafios e transformações decorrentes da necessidade da preservação de identidade de grãos, que passam a contar com atributos diferenciados. Essa mudança percorre toda a cadeia produtiva, desde a indústria de sementes - responsável por importantes inovações tecnológicas - até o consumidor final, cada vez mais exigente quanto a questões relacionadas a segurança do alimento e práticas agrícolas sustentáveis. Um novo arranjo no sistema estará vinculado à capacidade dos diversos agentes dos sistemas agroindustriais de coordenar e gerenciar essas relações, principalmente por meio do desenvolvimento de mecanismos de incentivos e controle, incluindo formas eficientes de rastreabilidade e certificação do produto ao longo da cadeia. Estes últimos terão um papel fundamental na diminuição da assimetria informacional entre produtores e consumidores. O arcabouço teórico utilizado foi a Economia de Custos de Transação, que permitiu a fundamentação e sistematização da análise, validada pelos estudos de casos que envolveram situações de Preservação de Identidade no Brasil e no exterior. Assim, foram analisadas cinco empresas que trabalhavam com grãos diferenciados e utilizavam sistemas de segregação e instrumentos de incentivos e monitoramento ao produtor rural. Os produtos estudados foram os seguintes: soja orgânica, cafés especiais, milho ceroso (ou waxy), milho com elevado teor de óleo e soja transgênica. Verificou-se que, realmente, a tendência de segregação de produtos implica a necessidade de adaptações e de alteração na forma de governança, via mercado, até então predominante. Os contratos podem ter várias formas, dependendo das características da transação. A preservação de identidade também implica aumento nos custos, que permeiam todas as fases da cadeia produtiva. Esses custos são identificáveis e têm forte relação com as características das transações e com os atributos do produto que se deseja segregar. Os custos adicionais de produção, distribuição e processamento vão depender, basicamente, das seguintes características: tolerância à contaminação, aspectos agronômicos, especificidade temporal e quantidade de produtos derivados. Identificou-se também que as estratégias de incentivo e monitoramento são fundamentais para o sucesso do sistema de PI. Os incentivos vão estar diretamente relacionados aos custos e a incerteza da transação e o monitoramento está fortemente relacionado ao nível de assimetria informacional que, por sua vez, associa-se aos atributos do produto. Assim, produtos cujo atributo é facilmente identificável requerem um nível de monitoramento distinto daqueles em que não se percebem, facilmente, as qualidades desejáveis. Em situações de baixo grau de diferenciação do produto, a assimetria informacional é praticamente nula, sendo o mercado considerado como a estrutura associada ao menor custo de transação. Com o aumento da diferenciação do produto, ocorre, também, o aumento da inabilidade do mercado para lidar com adaptações, sugerindo o estabelecimento de contratos entre as partes. Na situação em que o produto é diferenciado, porém facilmente identificável - com atributos visíveis ou facilmente perceptíveis -, as formas contratuais entre as partes são a maneira mais eficiente de monitoramento. Na medida em que a assimetria informacional aumenta, o mercado já demanda processos de certificação que permitam diminuir as incertezas do comprador, seja quanto ao produto, seja ao processo. Se facilmente identificável por testes laboratoriais, a certificação ao produto é a mais desejável; caso contrário, a certificação ao processo é a que minimiza os custos de monitoramento. Finalmente, em algumas situações, em que a não observância dos atributos pode gerar riscos à saúde ou em que há necessidade de identificação da origem de um determinado lote do produto, são necessários processos de rastreabilidade.Item O risco de base e a efetividade do Hedge para o agronegócio do café em Minas Gerais(Universidade Federal de Lavras, 1999-01) Fileni, Dener Hollanda; Marques, Pedro Valentim; Machado, Hermógenes MouraO retorno do agronegócio do café é influenciado pela volatilidade das mudanças de preço durante o processo de comercialização. O objetivo deste trabalho foi avaliar se os agentes de comercialização em Minas Gerais podem dividir este risco com outros agentes de mercado e especuladores, usando contratos futuros da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F). As informações sobre a base e o risco de base no mercado local foram observadas como parâmetro de decisão, como também, o modelo de carteira de investimento foi utilizado para avaliar a efetividade do hedge e a razão de hedge para uma posição de mínima variância. A substituição do risco de preço pelo risco de base mostrou uma significativa redução do risco e o hedging pelo modelo de portfolio foi também efetivo para reduzir a variabilidade do preço, sendo que a razão de hedge de mínima variância geralmente difere de um. Como conclusão final, o contrato futuro foi considerado eficiente para o controle do risco de preço.Item O risco de base, a efetividade do hedging e um modelo para a estimativa da base: uma contribuição ao agronegócio do café em Minas Gerais(Universidade Federal de Lavras, 1999-12-16) Fileni, Dener Hollanda; Marques, Pedro ValentimO objetivo deste estudo foi avaliar a performance do contrato futuro cambial de café, negociado pela Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), para o hedging no estado de Minas Gerais, Brasil. O hedging foi medido pela sua habilidade em reduzir o risco de preço de manter uma posição à vista. Também foi avaliada a utilidade do contrato futuro para conduzir os inventários de café, facilitando as decisões de compra e venda. Para avaliar o potencial de redução de risco, considerou-se que os hedgers poderiam assumir uma posição futura igual à posição à vista ou, alternativamente, os hedgers poderiam utilizar o modelo de carteira de investimento para assumir uma posição de mínimo risco. Deste modo, o risco de base, o risco de preço à vista, a efetividade do hedging e a razão de hedge de mínimo risco foram utilizados para analisar o hedging no mercado de café, considerando os seguintes fatores: o mercado local, o mês de vencimento do contrato, o ano e a duração do hedging. Para avaliar a utilidade do contrato futuro em alocar inventários, a base mensal foi modelada em função dos fatores de oferta e demanda, taxa de conveniência, prêmio pelo risco, liquidez e condições climáticas. Ao todo, nove variáveis foram usadas para explicar a base do café nos seguintes mercados: Triângulo Mineiro, Alto Paranaíba, Zona da Mata e Sul de Minas. Os resultados apontaram que o risco de base foi significativamente inferior ao risco de preço à vista, demonstrando a habilidade do hedging como redutor de risco. O hedging pelo modelo de carteira foi também efetivo para reduzir a variabilidade dos preços, sendo a razão de hedge de mínima variância usualmente menor do que um. De acordo com os fatores em análise, um maior nível de risco de base foi observado para os vencimentos de julho e setembro, indicando maiores riscos para o hedging de antecipação. A efetividade do hedging foi menor para a região da Zona da Mata e para o período de duração de seis meses; também foram observados maiores níveis de efetividade para o vencimento de março e um aumento da efetividade nos anos recentes. Os resultados do modelo econométrico da base mostraram que uma grande parte da variabilidade do valor da base foi explicada pelas variáveis independentes, dando suporte para a teoria do armazenamento e para a utilidade do mercado futuro do café no Brasil. O modelo se ajustou melhor para os mercados de café do Triângulo Mineiro, Alto Paranaíba e Sul de Minas. Para o mercado da Zona da Mata, o modelo mostrou uma capacidade inferior para explicar a base do café. Como conclusão final, o contrato futuro negociado pela Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) foi considerado eficiente para reduzir o risco de preço para o agronegócio do café em Minas Gerais, tendo ainda o mercado futuro fornecido uma base real para conduzir o armazenamento, facilitando as decisões de compra e venda.Item Volatilidade e informação nos mercados futuros agropecuários brasileiros(Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” - Universidade de São Paulo, 2013) Christofoletti, Maria Alice Móz; Marques, Pedro ValentimO objetivo deste trabalho é investigar as relações entre a atividade de negócios, representada pelas variáveis de contratos em aberto e volume negociado, o conteúdo informacional dos diferentes grupos de participantes, categorizados pela bolsa brasileira, e a volatilidade diária e intradiária dos preços futuros para boi gordo, café arábica e milho, contratos agropecuários de maior liquidez na BMF&BOVESPA. O ferramental metodológico foi baseado nos trabalhos de Bessembiender e Seguin (1992), Daigler e Wiley (1999) e Wang (2002), amparados, majoritariamente, pela teoria de microestrutura de mercado e noise trading. Os resultados encontrados sugerem que existe relação entre contratos em aberto, volume negociado e volatilidade dos preços futuros. No caso de contratos em aberto, foi encontrada uma relação negativa (positiva) entre a série esperada (não esperada) e volatilidade, sendo que o impacto da série não esperada é superior, em magnitude, ao da série esperada. Para o volume negociado, em geral, há evidência de um efeito positivo do volume negociado (tanto esperado como não esperado) sobre a volatilidade, sendo que a série esperada apresentou maior impacto do que a série não esperada. Quanto ao conteúdo informacional dos participantes, no modelo com volatilidade diária, encontrou-se evidência de que choques de demanda de pessoa jurídica não financeira contribuiu para o aumento da variação dos preços futuros de boi gordo. No contrato de café arábica, o modelo sugere que choques de demanda de pessoa física influencia a volatilidade de forma positiva, enquanto que no contrato de milho, choques de demanda de todas as categorias de agentes, com exceção da pessoa jurídica não financeira, aparentemente atuam de forma a incrementar a volatilidade dos preços futuros. Desta forma, a separação da posição líquida não esperada e a avaliação do impacto positivo dos choques de demanda sobre a volatilidade sugerem que tais investidores são não informados. No âmbito da análise da volatilidade intradiária, os resultados obtidos são, majoritariamente, similares aos encontrados no modelo que analisa a volatilidade diária. Ademais, a regressão quantílica possibilitou o mapeamento completo dos impactos das variáveis analisadas, mostrando que há diferenças significativas em relação à influência das séries nos diferentes quantis da distribuição condicional da volatilidade, tanto diária quanto intradiária.