Navegando por Autor "Milene, Cláudia Nascente"
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Item Resposta do cafeeiro à microcalagem com hidróxido de cálcio e uso de gesso agrícola(2003) Silva, Enilson de Barros; Senna, Juliano Ramos de; Milene, Cláudia Nascente; Guimarães, Paulo Tácito Gontijo; Nogueira, Francisco Dias; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféA cafeicultura de Minas Gerais, encontra-se implantada basicamente em Latossolos que requerem o uso de corretivos e adubações intensivas pois são caracterizados por acidez elevada, baixa saturação por bases, alta saturação por alumínio. Esta adversidade é superada pela prática da calagem como corretivo e fonte de nutrientes (Ca e Mg). No entanto, altas doses de calcário aplicadas de um só vez ou também as calagens freqüentes, modificam abruptamente o balanço catiônico do solo, tornando-o inadequado ao desenvolvimento das plantas, ocasionando desordens fisiológicas e queda de produção. Realmente, desordens fisiológicas são visuais em cafezais que receberam elevada quantidade de calcário, sendo mais comum a clorose foliar típica de deficiência de Zn. O uso de gesso agrícola vem possibilitando a diminuição dos problemas gerados pela acidez subsuperficial e, em conseqüência, a exploração pelo sistema radicular das plantas de camadas mais profundas do solo, o que implica em maior aproveitamento de nutrientes no perfil e incluindo o fornecimento de enxofre e bases em profundidade, propiciando maior tolerância a déficit hídrico. O objetivo deste trabalho foi verificar a resposta do cafeeiro em produção de grãos submetido à microcalagem com hidróxido de cálcio e uso de gesso agrícola. Foi conduzido um experimento de campo na Fazenda Experimental da EPAMIG (MG) em Latossolo Vermelho distroférrico (pH em água - 5,8; P - 1; K - 42; S-SO4-2 - 1 mg dm-3; Ca - 1,1; Mg - 0,5; Al - 0,2 cmolc dm-3; V - 35%) de textura argilosa em São Sebastião do Paraíso. Usou-se, cafezal da espécie Coffea arabica, L. da cultivar Catuaí Vermelho IAC-99 com idade de três anos, com uma planta por cova no espaçamento 2,5 x 0,8 m. O delineamento experimental foi em blocos casualizados no esquema de fatorial 3 x 4 utilizando-se três níveis de gesso agrícola (G0 = 0, G1 = 875 e G2 = 1.750 kg ha-1) e quatro de níveis de hidróxido de cálcio (HC0 = 0, HC1 = 5,8, HC2 = 11,6 e HC3 = 17,4 kg ha-1) com quatro repetições. O hidróxido de cálcio foi aplicado com uma diluição de 1.500 L de água por ha no fundo do sulco, após o aterramento, sendo assim utilizou-se uma quantidade de 375 mL de água por metro linear. A parcela experimental foi constituída de três linhas de dez covas, formando um total de 30 covas por parcela, sendo considerada como parcela útil as oito covas centrais. A adubação fosfatada, foliar de B e Zn, controles fitossanitários e tratos culturais foram os recomendados para cultura do cafeeiro. Avaliações foram a produção de grãos de duas safras de 2001 e 2002. As variáveis estudadas foram submetidas à análise de variância. O ajuste do modelo de superfície de resposta para produção de grãos utilizando-se o procedimento Proc Reg do Statistical Analysis System (SAS) for Windows. Verificou-se pela análise da produção de grãos de café que houve diferença significativa somente para safra 2002 e média das safras 2001 e 2002, o que sugere um comportamento diferenciado da aplicação dos níveis de gesso agrícola e hidróxido de cálcio. A produção de grãos na safra 2002 em relação aos níveis de gesso e hidróxido de cálcio foi ajustada uma superfície de resposta linear (Y = 37,78 + 0,011675**G - 0,0179167**HC, R2 = 0,90) e quadrática para média das duas safras (Y = 18,87 + 0,0130286**G - 0,0000039**G2 - 0,0440517**HC, R2 = 0,99). Através de cálculos matemáticos obteve-se pelas equações ajustadas, a estimativa da produção máxima de 56 e 30 sacas ha-1, a qual foi obtida pela aplicação de 1.750 e 1.648 kg de gesso agrícola e 17,4 e 0 kg de hidróxido de cálcio por ha para safra 2002 e média das duas safras, respectivamente.