Navegando por Autor "Muller, Carlos André da Silva"
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Item Análise da efetividade das estratégias estáticas e dinâmicas de hedge para o mercado brasileiro de café arábica(Universidade Federal de Viçosa, 2007) Muller, Carlos André da Silva; Moura, Altair Dias de; Universidade Federal de ViçosaEste trabalho teve a finalidade de analisar a efetividade de estratégias de hedge, em termos de redução de riscos, para o mercado de café arábica, com uso do mecanismo de mercados futuros da Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F). Observou-se, a priori, que o café arábica está entre os produtos mais arriscados do agronegócio brasileiro. Além disso, detectou-se o pouco uso desse mecanismo não só para o café arábica, mas para todo o agronegócio brasileiro, embora os mercados futuros sejam amplamente difundidos como um meio eficaz de reduzir riscos oriundos da comercialização física do produto. De forma geral, a literatura acerca de hedging na linha de investigação de minimização de riscos tem demonstrado divergência em seus resultados, cujo centro da discussão é a inclusão do conteúdo informacional. Entende-se por estratégia de hedge a proporção de contratos futuros realizados em relação à comercialização física do produto feita (ou a fazer) pelo hedger. Para encontrar essas estratégias neste trabalho, foram aplicados o Modelo Clássico de Regressão Linear (MCRL) sobre os retornos dos preços à vista e futuros (sem informações passadas), denominado Estratégia Simples; o Modelo Vetorial de Correção de Erro (VEC), que incorpora o conteúdo informacional na forma auto-regressiva e o inter-relacionamento entre o curto e o longo prazo, denominado Estratégia com Conteúdo Informacional (ECCI). A característica comum dessas estratégias é que elas são estáticas, uma vez que as variâncias e a covariância são constantes, mantendo também os riscos constantes. Por fim, foi encontrada a Estratégia Dinâmica de hedge a partir do modelo GARCH Multivariado BEKK, que inclui os efeitos das informações sobre a volatilidade dos preços (volatilidade condicional). A estratégia é dinâmica porque as variância e a covariância se alteram, modificando os riscos e, como conseqüência, a proporção de contratos futuros em relação à comercialização física. Além dessas estratégias, foram incluídas duas outras estratégias bastante comuns no mercado brasileiro: a não-atuação em mercados futuros, e a cobertura completa, em que o hedge contrata em futuros a mesma proporção de sua comercialização física. Os resultados indicaram que a estratégia que mais reduziu riscos da comercialização de café arábica foi a Estratégia Dinâmica para todos os contratos dentro e fora da amostra, seguidos da Estratégia Simples, da ECCI e da Cobertura Completa. A nãoatuação em mercados futuros foi responsável pelos maiores riscos. Para agentes com pequena escala de comercialização, houve indeterminação entre as estratégias, excluída a Cobertura Completa, que não foi aconselhável. Todas elas tiveram redução de riscos semelhantes. Quanto maior a escala de comercialização e, por conseqüência, maior necessidade de contratos futuros, maior a importância da Estratégia Dinâmica de hedge. Concluiu-se que a Estratégia Simples é ainda aplicável para agentes com pequena escala de comercialização, uma vez que demanda pouco tempo de gerenciamento, não necessita de especialistas, podendo ser realizado pelo próprio agente. A conclusão é reforçada pois a Cobertura Completa não foi boa estratégia. No entanto, os valores pagos pela estratégia podem inviabilizar a atuação em mercados futuros. Quanto aos agentes com maior escala de comercialização, a Estratégia Dinâmica passa a ser interessante, sendo aplicável.