Navegando por Autor "Nogueira, Márcia Dimov"
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Item Aplicação dos princípios do sistema HACCP/APPCC para a identificação e controle de fatores que favorecem a produção de Ocratoxina em café da região Sul e Sudeste do Brasil (S. Paulo, Rio de Janeiro e Paraná)(2003) Gelli, Dilma Scala; Jakabi, Miyoko; Nogueira, Márcia Dimov; Lucca, Tatiana De; Rodrigues, Regina M. Morelli S.; Sabino, Myrna; Matsuzaki, Richard; Nascente, Camila de Paula; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféA aplicação dos princípios do sistema de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC) depende de base real e científica para que se possa caracterizar com segurança, como e quais medidas de controle, de caráter preventivo, devem ser utilizadas para o controle de perigos significativos à saúde do consumidor no produto final. Este sistema é indicado pelo Codex Alimentarius e tem sido apontado para prevenção e controle dos perigos selecionados na produção de alimentos tanto para consumo externo quanto para o interno. Dentre os perigos relacionados com o café, as micotoxinas, em especial a ocratoxina A (OTA), é considerado signifi-cativo nesse produto. Com o objetivo de conhecer possíveis diferenças entre processamentos primários de café verde nos estados selecionados, foram amostradas três fazendas nos seguintes municípios: Bom Jardim (RJ), Espírito Santo do Pinhal (SP) e Cornélio Procópio (PR) onde haviam os dois tipos de processamento. Foram coletadas 109 amostras de grãos de café, em diversas etapas do processamento, no período de maio a agosto de 2002. As amostras foram colhidas de acordo com fluxograma estabelecido e as etapas estudadas foram: cereja (CR), bóia (BO), verde no pé (VE), cereja e verde (CV), cereja descascado (CD) e beneficiado (BE). Dessas amostras, 10 apresentaram OTA, que variou na sua quantificação de traços (< 3ng/g) a 101ng/ g. A maior incidência de OTA em café foi no estado do Paraná e em café de varrição (VR). A via úmida apresentou três amostras de café com OTA e a via seca sete. Desta última quatro (57%) foram de varrição. Quanto ao isolamento de fungos potencialmente toxigênicos, nas etapas CR e BE não houve isolamento de fungos. Na via úmida a etapa CD foram encontradas linhagens do grupo Nigri e Circundatti e Penicillium sp, sendo que os três tipos foram isolados no estado do Paraná simultaneamente, em São Paulo foram isolados fungos do grupo Nigri e no Rio de Janeiro não houve isolamento de linhagens toxigênicas. Na via seca a etapa BO registrou o isolamento de fungos do gênero Penicillium sp. no estado do Paraná; na etapa VE fungos do grupo Nigri no estado de São Paulo. A maior infestação encontrada nos cafés cerejas (início do processo) foi por larvas de Diptera e insetos da ordem Homoptera e o índice grau de grãos brocados variou de 0.0 a 29.4%; para os grãos beneficiados (final do processo) a infestação predominante foi por coleóptero Scolytidae: Hypothenemus sp e o índice de grãos brocados variou de 0.0 a 3.8%. Estes resultados referem-se a dados parciais são parciais do projeto financiado pelo Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café.Item Influência do processamento do café na incidência e na ocorrência de Ocratoxina A(2003) Vargas, Eugênia A.; Santos, Eliene A.; Amorim, Silésia S.; França, Regina Coeli A.; Silva, Maria Eunice S.; Aquino, Vivianne Consolação; Bezerra, Elisa E. D.; Faustino, Lílian C. S.; Lima, Francisco Barbosa; Corrêa, Tânia Barretto Simões; Chalfoun, Sára Maria; Bartholo, Gabriel Ferreira; Araújo, J. L. da Silva; Nogueira, Márcia Dimov; Pfenning, Ludwig Heinrich; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféA presença de ocratoxina A (OTA) vem sendo detectada no Brasil em café beneficiado, café torrado e/ou solúvel, tanto nas etapas de pré-colheita como nas etapas de pós-colheita. Embora as boas práticas de produção associadas ao manejo do pós-colheita, tais como separação, secagem e classificação venham sendo consideradas como uma abordagem para a redução da contaminação do café por OTA, os dados disponíveis na literatura não são ainda indicativos e/ou conclusivos em relação aos principais fatores de produção (processos tecnológicos) na pré e pós-colheita que contribuem para a incidência e a ocorrência de OTA. Visando determinar estes fatores, foram coletadas amostras de cafés de diversas etapas de pré e pós-colheita, em vários estágios de maturação, de secagem normal e chuvados, e em função do tipo de processamento, em fazendas dos Estados de Minas Gerais, Bahia, Espírito Santo, São Paulo, Paraná, Rondônia e Goiás. As amostras de café foram primeiramente identificada segundo o tipo de fruto na lavoura, isto é: café bóia, café verde (café cereja verde), café de varrição, fruto verde e café cereja. Parte das amostras foram classificadas e separadas por defeito: preto, ardido, ardido/quebrado, mal granado, verde, quebrado/concha, brocado, coco/cascas, catado e sem catar. Todas as amostras e frações do café separadas e classificadas foram analisadas para OTA e umidade e os resultados foram avaliados estatisticamente. Dentre as amostras analisadas até o momento o café de varrição e o bóia apresentaram a maior incidência e os maiores níveis de contaminação por OTA. Ao se analisar as cascas do café recebido em coco e descascado pelo LACQSA observou-se que nenhuma tendência ou correlação foi observada entre níveis de contaminação por OTA no grão e na casca, podendo um café altamente contaminado apresentar baixo nível de contaminação na casca e vice-versa. Os valores de contaminação de OTA na casca somente excederam aqueles determinados para os grãos em algumas amostras específicas. Os níveis de umidade variaram de 4% a 60% e nenhuma correlação/tendência pode ser observada entre os teores de umidade e o nível de contaminação por OTA seja no grão ou na casca. Com base nos dados de contaminação do café por OTA determinados nas diversas etapas da produção (pré e pós colheita), serão definidas as etapas críticas (onde ocorre a maior contaminação por OTA) e os procedimentos a serem adotados visando a redução/eliminação da contaminação do café para níveis significativamente mais baixos do que aqueles já em vigor em países importadores de café do Brasil.