Navegando por Autor "Oliveira, Rosângela D'arc de Lima"
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Item Desenvolvimento e respostas fisiológicas de mudas de cafeeiro parasitado por Meloidogyne exigua e M. paranaensis(2011-05-27) Goulart, Roseli dos Reis; Oliveira, Rosângela D'arc de Lima; Universidade Federal de ViçosaOs nematóides do gênero Meloidogyne são responsáveis pelas maiores perdas na cultura do cafeeiro. M. exigua é a espécie mais disseminada nas lavouras cafeeiras, causando grandes prejuízos. M. paranaensis é altamente agressiva, e pode até inviabilizar o cultivo do café em áreas infestadas. Em condições de campo observa-se que o cafeeiro é mais tolerante ao parasitismo de M. exigua que M. paranaensis. Acredita-se que as alterações fisiológicas e bioquímicas causadas por ambas as espécies no cafeeiro sejam diferentes e influenciadas pelo nível populacional do nematóide. Por isso, investigou-se neste trabalho, o efeito do parasitismo de M. exigua e M. paranaensis nos processos fisiológicos, bioquímicos e no crescimento do cafeeiro em condições de casa de vegetação e em câmara de crescimento. Plantas de cafeeiro foram inoculadas com diferentes concentrações de inóculo de M. exigua (0, 4000, 8000, 16000 e 32000 ovos/planta) e de M. paranaensis (0, 8000 e 32000 ovos/planta) em casa-de- vegetação e em câmara de crescimento a 25°C, as plantas de cafeeiro foram inoculadas com 1500 J2 de cada espécie separadamente. Avaliou-se o crescimento das plantas (altura, número de folhas, ramos e diâmetro do caule), a massa da matéria seca (MMS), as taxas fotossintéticas, a condutância estomática, a transpiração, a concentração interna de carbono e nutrientes foliares. Nas raízes do cafeeiro quantificaram-se carboidratos solúveis (açúcares solúveis totais e redutores) e insolúveis (amido) no tecido da galha e em tecidos não infectados de plantas inoculadas, e o número de galhas e ovos de M. exigua e M. paranaensis. Em casa de vegetação as mudas de cafeeiro apresentaram redução na altura e no número de folhas com o aumento do nível de inóculo de M. exigua, a MMS das raízes não sofreu variações significativas entre os tratamentos. O efeito de M. paranaensis nestas mesmas variáveis foi mais pronunciado aos oito meses após a inoculação (MAI). A MMS das raízes reduziu em 38,4% em relação à testemunha. Ambas as espécies de nematóide não interferiram na taxa fotossintética, na transpiração, na condutância estomática e no potencial hídrico do cafeeiro. A concentração dos açúcares solúveis totais, açúcares redutores e amido reduziram com o aumento do nível de inóculo de M. exigua. Nas plantas inoculadas com M. paranaensis alterações mais pronunciadas ocorreram aos oito MAI, quando as plantas inoculadas com 8000 ovos tinham maior quantidade destes carboidratos que a testemunha, o que não ocorreu naquelas com 32000 ovos. As duas espécies de nematóide interferiram na concentração foliar de alguns nutrientes, em que a concentração foi superior a testemunha. No ensaio em condições de temperatura controlada a 25°C, ambas as espécies provocaram redução na altura das plantas, na transpiração e na condutância estomática. Com relação à taxa fotossintética e a MMS das raízes somente as plantas inoculadas com M. paranaensis foram afetadas. Nos tecidos de galhas, as maiores concentrações de açúcares redutores foram observadas para M. exigua. Entretanto, ambas as espécies de nematóide reduziram a concentração de amido nos tecidos de galhas e até mesmo nos tecidos não infectados das plantas inoculadas. Para os açúcares solúveis totais, nenhuma alteração foi observada entre os tratamentos. Quanto à concentração foliar de nutrientes, as maiores alterações foram observadas na interação cafeeiro - M. paranaensis, com os menores valores para K, Ca, Mn e Fe comparado a testemunha. Para o S, a concentração foi superior nas plantas inoculadas com ambas as espécies de nematóide que a testemunha. Conclui-se que, ambas as espécies de nematóide interferiram no crescimento do cafeeiro, nos processos bioquímicos e na concentração de nutrientes. Entretanto, para as variáveis fisiológicas as alterações só puderam ser verificadas em condições de temperatura controlada.