Navegando por Autor "Pereira, Adalgisa de Jesus"
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Item Diversidade Vegetal e Dinâmica de Alocação de Mão de Obra na Cafeicultura Familiar da Zona da Mata de Minas Gerais(Universidade Federal de Viçosa, 2018-12-14) Pereira, Adalgisa de Jesus; Santos, Ricardo Henrique SilvaEsta tese está estruturada em três capítulos, todos referentes à propriedades de cafeicultores familiares. O primeiro trata da quantificação da agrobiodiversidade e o uso de espécies presentes em quintais. O segundo é referente à avaliação florística de fragmentos florestais, por meio de índices fitossociológicos e o terceiro trata da identificação da dinâmica de alocação de mão de obra em propriedades cafeeiras familiares e na região norte da Zona da Mata de Minas Gerais. O objetivo desta pesquisa foi quantificar a agrobiodiversidade e diversidade florística, bem como identificar a dinâmica de alocação da mão de obra em propriedades cafeeiras familiares na Zona da Mata de Minas Gerais (ZMMG) e sua contribuição para o manejo da agrobiodiversidade. Para a quantificação da agrobiodiversidade e diversidade florística foram avaliadas 5 das 25 propriedades visitadas. Os dados das espécies constantes nos quintais e seus usos foram obtidos por meio de entrevista semi-estruturada e transecto. Os dados necessários à quantificação fitossociológica da agrobiodiversidade e diversidade arbórea foi realizada em 1 propriedade em cada município (Coimbra, Cajuri, Canaã, São Miguel do Anta e Ervália) das 25 totais. Foram levantados dados de riqueza e diversidade mediante índices fitossociológicos e da confecção de curvas espécie-área dos indivíduos amostrados em parcelas de 20 x 50m em sistema agrícola Quintal-horta (SQ-h) por ser local de uso imediato à residência e sistema (SM), local de reserva legal. Foi aplicada a matriz de mão de obra na intenção de estudar a dinâmica de distribuição desse recurso pelo agricultor nas tarefas ou operações dos sistemas agrícolas café, milho, pecuária e quintal/horta. A agrobiodiversidade do quintal demonstrou alta diversidade de espécies com Índice de Shannon médio de 2,55; baixa dominância de espécies com Índice de Simpson médio de 0,0562 e alta Equabilidade de Pielou, com média de 0,803. Em geral, os quintais apresentam elevada quantidade de indivíduos por espécie. Essas espécies possuem usos associados à alimentação, medicinal e ornamental. O componente animal nessas propriedades foi mencionado pelos agricultores e compõem parte da agrobiodiversidade manejada para fins de alimentação e geração de renda. Constatou-se que em áreas de quintal o número de espécies aumenta a cada novo conjunto de indivíduo amostrado. A curva espécie - individuo aplicada ao quintal/horta, demonstrou suficiência amostral com R 2 médio de 0,88 e constatou-se que houve diferença significativa entre os valores de intercepto e inclinação de reta. O sistema mata (Sm) foi avaliado e os fragmentos de mata apresentaram alta diversidade com índice de Shannon médio de 2,726; baixa dominância de espécies com Índice de Simpson médio de 0,057 e média alta da Equabilidade de Pielou em 0,803. A curva espécie – indivíduo dos fragmentos de mata demonstrou suficiência amostral com R 2 médio de 0,99. Nessas áreas foi registrada diferença significativa entre as propriedades quanto aos valores de inclinação de reta como indicador de alfa diversidade e intercepto indicando registro de beta diversidade. A curva espécie – indivíduo demonstrou que a cada novo grupo de indivíduos amostrados uma nova espécie é registrada. Foi observada diferença significativa entre os valores de Inclinação de reta (medida de alfa diversidade) e intercepto (medida de beta diversidade). O que significa que as áreas apresentam diferenças de composição florística. O sistema café (Sc) e o sistema agrícola pastagem (Sp) não foram passíveis de avaliação fitossociológica pelo fato de apresentarem uma única espécie cultivada ou número não representativo para detecção de diversidade e riqueza. A dinâmica de alocação de mão de obra pelas propriedades estudadas segue uma rotina ditada principalmente pela cultura econômica mais importante. Os cultivos de milho não competem com o café por mão de obra em qualquer época do ano. A pecuária e o manejo de quintais/hortas exercida nas propriedades revelam que a necessidade mão de obra nessa atividade é constante durante todo o ano, porém com demanda menor de horas em seu manejo. A dinâmica de alocação de mão obra tende a imprimir nos ecossistemas agrícolas incremento de agrobiodiversidade.