Navegando por Autor "Rezende, Alberto Martins"
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Item Avaliação das tecnologias de informação de preço, previsão de safra e mercado de café no contexto da desregulamentação: sugestões de ajustes e reformulações(2003) Rezende, Alberto Martins; Rosado, Patrícia Lopes; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféO agronegócio de café no Brasil é uma atividade secular. Acumulou e desenvolveu, nesse tempo, um "know how" comercial e operacional apto a produzir e transferir volumosas safras de café para os mercados interno e externo. No entanto, a rigidez estrutural na organização das instituições nos diversos níveis do mercado introduziu várias imperfeições na comercialização do produto. Uma delas refere-se à falta de um sistema de informações de mercado mais apropriado, capaz de antecipar e promover mudanças segundo o compasso do mercado, que prioriza, atualmente, a qualidade sobre a quantidade. O agronegócio café convive com informações de mercado pouco precisas, fazendo persistir a atmosfera de instabilidade com a qual já se acostumou. O objetivo principal dessa pesquisa é avaliar os sistemas e as tecnologias utilizadas pelas fontes de informação de preço, previsão de safra e mercado de café. As análises basearam-se nos fundamentos teóricos da informação de mercado e na tecnologia da informação. Como procedimento, delineou-se um modelo analítico-estatístico para análise da previsão de safra e elaborou-se questionários e roteiros de entrevistas estruturados para a busca de informações complementares. Os resultados mostram que os sistemas de informação de preço e mercado, apesar de tecnologicamente avançados, são, no entanto, pouco efetivos, especialmente para os segmentos da produção e consumo. A previsão de safra é de pouca confiabilidade e pouco conhecimento, exceto dos segmentos mais informatizados. O surgimento do sistema de previsão oficial tem conferido maior credibilidade à mesma. A pequena efetividade dos sistemas e das tecnologias de informação no mercado de café avaliados nesse estudo permite as seguintes recomendações: uso mais intenso e repetido da televisão e jornais como meios de divulgação de informações do mercado do café; reformulações no formato da informação de mercado pela internet; maior transparência das metodologias utilizadas pelas empresas que fazem previsão de safra; maior padronização e formatação mais adequada da informação de preço e mercado de café, principalmente visando cafeicultores e consumidores de café.Item Distanciamento dos padrões regionais de qualidade dos cafés usados pelas torrefadoras no Brasil em relação ao padrão superior oficial(2001) Rezende, Alberto Martins; Ponciano, Niraldo José; Gomes, Marília Fernandes Maciel; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféA indústria brasileira torrefadora de café, apesar da apropriação de inovações tecnológicas e processos administrativos modernos, por parte de algumas empresas, ainda oferece um café de qualidade "indefinida" para o grande público consumidor nacional. A qualidade da matéria-prima demandada para torrefação varia para cada Estado da federação onde a indústria esta instalada. Em geral, a qualidade do café adquirido como matéria-prima, independentemente da região, é inferior, comparada com a qualidade dos cafés superiores, de acordo com a classificação oficial. As empresas torrefadoras mais distantes das regiões produtoras, no entanto, são as que oferecem um padrão de qualidade mais constante e, provavelmente, mais fácil de fixar preferência de sabor no consumidor e criar fidelidade pela marca.Item Formação de precos no mercado futuro brasileiro(Universidade Federal de Viçosa, 1993) Atrasas, Ana Lucia; Rezende, Alberto Martins; Universidade Federal de ViçosaAs negociacões na mercado futuro surgiram como uma alternativa para reduzir a variabilidade dos preços agrícolas, protegendo tanto o produtor quanto o procvessador das instabilidades de preços. O caráter protetor do mercado futuro está com base na pressuposição de que mudanças, nos preços correntes das mercadorias, e mudanças, nos preços dos contratos futuros serão suficientemente similares. Desse modo, perdas ocorridas nas compras e nas vendas de mercadorias seriam compensadas por ganhos, por meio de uma transação oposta no mercado futuro. Essa proteção, embora não seja total, minimiza, pelo menos, os riscos de possív eis perdas. Este estudo procura verificar a eficiência da função preço-antecipatória dos mercados a termo de algodao em pluma, boi gordo, café e soja em grão; e determinar a influência dos mercados a termo de algodão em pluma, boi gordo, café e soja em g rã o sobre a variabilidade dos preços à vista. No primeiro objetivo, utiliza-se do modelo de regressão linear, o qual relaciona preços no mercado à vista no mes de vencimento com preços defasados. cotados, antecipadamente, em mercado futuro. 0s resultados revelam que a medida que se distancia da data de vencimento dos contratos os poderes explicativos dos preços de fechamento de contratos tornam-se menos precisos, em consequência das poucas informacdes sobre as condições do mercado na data de vencimento em que estarao disponiveis. Foi empregado um segundo modelo, Erro Quadratico Médio de Preços (EBM), para testar a hipótese de que, para mercadorias não-estocáveis como o boi gordo. não há relação intertemporal precisa entre o preço à vista e o preço futuro, particularmente para os contratos mais distantes da data de vencimento dos mesmos. Us resultados indicaram que nos primeiros meses de defasagens a melhor estimativado prep. à vista, na data de vencimento, e dada pelo preço futuro, o que apóia o teste anterior. No segundo objetivo, estimou-se uma auto-regressão para períodos sem e com o funcionamento do mercado futuro. Os resultados indicaram que os negociantes conhecem as últimas informações de mercado com o funcionamento do mercado futuro. A evidência dos efeitos das informações de mercado futuro notadamente consistente para os diferentes produtos e periodos de tempo. Isto leva a concluir que um efeito significativo no preço do mercado a termo reflete um aumento das informações de mercado. Pela agregação dos resultados, pode-se concluir que o mercado futuro é um instrumento relevante para antecipar os preços do mercado, a vigorarem no futuro, podendo, portanto, ser indicador útil na orientação de política agricola.Item A qualidade do café torrado e moído e do café em grão exportado pelo Brasil na visão dos empresários do setor(2000) Rezende, Alberto Martins; Ponciano, Niraldo José; Rezende, Aline Marins; Gomes, Marília Fernandes Maciel; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféMudanças na qualidade no mercado de café requerem respostas dos empresários na mesma intensidade. Este estudo avaliou a qualidade do café oferecido pelos empresários brasileiros e concluiu que este, em geral, é de qualidade média, havendo espaço para melhoria se problemas de informação de mercado, principalmente, forem resolvidos.Item Segmento exportador da cadeia agroindustrial do café brasileiro(Universidade Federal de Viçosa, 1995) Ponciano, Niraldo José; Rezende, Alberto Martins; Universidade Federal de ViçosaÉ evidente a forte redução da participação do café brasileiro na receita de divisas e no comércio internacional, nas últimas décadas. No entanto, o café ainda possui papel relevante na economia nacional, visto que o "agribusiness" do café brasileiro chega a envolver negócios que somam em torno de US$ 4,52 bilhdes de dólares anuais. No Brasil, o complexo café foi um dos últimos a ganhar a liberdade de mercado. A instabilidade dos preços do produto evidencia o problema de desorganizaçao da cadeia agroindustrial do café brasileiro em relação aos outros complexos agroindustriais. Este trabalho objetiva analisar a cadeia agroindustrial do café brasileiro destinado à exportação, sua competitividade e o comportamento das margens de comercialização, com vistas em subsidiar decisões de política comercial e, até mesmo, de investimentos privados. Utilizou-se análise tabular para descrever os diversos segmentos que compõem a cadeia agroindustrial do café brasileiro e fazer algumas inferências sobre sua competitividade no mercado internacional. Para analisar o comportamento das margens ao longo do tempo, usou-se o modelo de tendência das margens de comercialização. A cadeia agroindustrial do café brasileiro apresentou estrutura de mercado pouco concentrada e ineficiente nos segmentos de produção (baixa produtividade) e na agroindústria do café torrado e moído (incapacidade de desenvolver "blends" para exportação), onde este produto é destinado apenas ao mercado interno. Por outro lado, a agroindústria do café solúvel apresentou estrutura mais organizada, com sua dinâmica associada ao mercado internacional. O segmento exportador possui 174 exportadoras que exportam cerca de 19 milhões de sacas anuais. Os importadores de café possuem estrutura oligopsônica, dado que apenas cinco empresas concentram 80% das importações mundiais de café. Em relação à receita proveniente das exportações brasileiras do setor agricola, o complexo café teve sua participação relativa sensivelmente diminuída; em 1971, representava 48,59% e, em 1992, apenas 10,67%. Essa redução da participação relativa do "agribusiness" do café brasileiro, em geral, esteve diretamente ligada à grande intervenção do governo na comercialização do produto, como a sustentação de preços elevados artificialmente, enquanto a agregação de valor ao produto, a melhoria de qualidade e o desenvolvimento de marketing foram negligenciados. A análise da exportação do café brasileiro para os EUA, de 1982 a 1992, indicou que a margem de comercialização do atacadista dos EUA foi crescente em relação à margem do exportador brasileiro. Com relação a parcela recebida. pelo produtor brasileiro, a margem do atacadista dos EUA foi decrescente, no período de 1982 a 1986, e crescente, no período de 1986 a 1992. A margem de comercialização do exportador em relação ao preço recebido pelo produtor apresentou-se decrescente, no período de 1982 a 1986 ; e crescente, no período de 1986 a 1992. O comportamento dos preços do café exportado para todos os países importadores membros da OIC também foi decrescente. Verificou-se que o preço de importação (CIF) reduziu-se, drasticamente, de 168,7 para 78,9 centavos de dólar, por libra-peso, no período de 1986 a 1991. Para este mesmo período, a margem de comercialização das indústrias processadoras de café desses países aumentou de 229,5 para 327,3 centavos de dólar por libra-peso. O forte crescimento da margem de comercialização dos países importadores de café pode estar associado à estrutura concentrada dos grandes grupos empresariais importadores. O preço do café processado nos principais mercados consumidores é bastante elevado, mas o Brasil exporta pequena parcela de café industrializado. O estudo indica que a agroindústria do café precisa acelerar seu desenvolvimento, para cumprir seu importante papel no conjunto da economia cafeeira, colocando no mercado internacional maior quantidade do produto processado.