Navegando por Autor "Ribeiro, Juliana Martins"
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Item Estudo da composição química e das atividades antioxidante e antimicrobiana dos óleos extraídos dos grãos de café (Coffea arabica) cru e torrado(Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, 2015-08-04) Ribeiro, Juliana Martins; Pinto, Nísia Andrade Villela DessimoniO café é grão composto por uma variedade de substâncias, as quais conferem sabor e aroma à bebida, dentre os quais, podem-se citar proteínas, carboidratos e lipídios. Essa fração lipídica, quando extraída do grão de café cru, é utilizada, por exemplo, como emoliente em formulações farmacêuticas e, quando do grão torrado, como aditivos em alimentos, para conferir aroma e sabor. Assim, o objetivo do presente estudo foi o de caracterizar quimicamente e avaliar as atividades antioxidante e antibacteriana dos óleos extraídos dos grãos de café cru e torrado. Para isso, os grãos foram submetidos a uma extração em aparato Soxhlet, durante seis horas, utilizando éter de petróleo como solvente extrator. Após o tempo decorrido, evaporou-se o solvente remanescente com nitrogênio gasoso, obtendo-se os óleos, que foram acondicionados e armazenados em geladeira até o memento das análises. Observou-se que os grãos de café torrado apresentaram maior teor de óleo que o grão de café cru, 26,01% e 4,64 %, respectivamente. Apresentando o primeiro, cheiro e cor característicos de café e, o segundo, uma coloração verde e cheiro de vegetação. As características físico- químicas avaliadas, mostraram que os óleos estudados apresentaram resultados comparáveis a outros óleos convencionais. Com relação ao teor de ácidos graxos, os óleos obtiveram como majoritários, os ácidos linoleico (C18:2), palmítico (C16:0) e oleico (C18:1) e, ambos são fontes ácidos graxos insaturados. O óleo de café cru apresentou maior quantidade de fitoesteróis totais, sendo que nos dois, a ordem foi β-sitosterol > estigmasterol > campesterol > brassicasterol. Ao contrário, o óleo de café torrado foi o que se mostrou com maior concentração de tocoferóis, com predominância do isômero γ-tocoferol. O óleo de café cru apresentou maior quantidade de β-tocoferol. Os compostos fenólicos totais também foram quantificados, e o óleo de café torrado foi o com maior concentração. Com relação à atividade antioxidante, o óleo de café cru foi mais eficiente na captura do radical DPPH, enquanto que o torrado, frente aos métodos ABTS e FRAP. A atividade antibacteriana evidenciou que, dentre as bactérias testadas, a P. aeruginosa foi a mais sensível frente aos óleos testados, apresentando halos de inibição pelo método de difusão em ágar, mas quando analiada, foi resistente aos óleos. A CIM foi determinada e observou-se que as menores concentrações foram as que tiveram inibição do crescimento bacteriano. Diante do exposto, pode-se concluir que os óleos de café cru e torrado são boas fontes de compostos bioativos, e suas composições, justificam seus usos nas indústrias de vários segmentos.