Navegando por Autor "Sentelhas, Paulo Cesar"
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Item Duração do período de molhamento foliar: aspectos operacionais de sua medida, variabilidade espacial em diferentes culturas e estimativa a partir do modelo de Penman-Monteith(Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” - Universidade de São Paulo, 2004-10) Sentelhas, Paulo Cesar; Gillespie, Terry J.Em razão da grande importância da duração do período de molhamento foliar (DPM) no estabelecimento de doenças fúngicas e bacterianas nas culturas agrícolas e de seu uso em grande parte dos modelos de previsão de epidemias e em sistemas de alerta fitossanitário, este estudo teve por objetivo fazer uma profunda análise dessa variável, especialmente com relação aos aspectos operacionais de sua medida, de sua variabilidade espacial em diferentes culturas e de sua estimativa por diversos métodos, com ênfase ao modelo de Penman-Monteith, de modo a se determinar uma condição de referência para sua medida e a relação dessa DPM de referência com a DPM em diferentes culturas. Para tanto, foram utilizados dados de DPM obtidos em diversos experimentos de campo conduzidos nas localidades de: Ames, IA, Estados Unidos; Elora, ON, Canadá; Jundiaí, SP, Brasil; e Piracicaba, SP, Brasil, envolvendo medidas nas culturas do algodão, do café, do milho, do melão, da maçã, do tomate e da uva, assim como sobre o gramado em diversas alturas e ângulos de inclinação, durante os anos de 2000 a 2004. Os resultados obtidos indicaram que a pintura dos sensores é um procedimento importante para a determinação da DPM, pois ele reduz sensivelmente o coeficiente de variação entre as medidas feitas por diversos sensores, e que a posição do sensor, quando instalado sobre o gramado, tem efeito significativo nas medidas dessa variável. Foi estabelecida, a partir da comparação entre os dados medidos pelos sensores de DPM e observações visuais, uma condição de referência para a medida da DPM sobre o gramado (a 30 cm de altura e com inclinação de 30 o em relação à horizontal). A partir dessa condição de referência, determinou-se a relação entre a DPM medida sobre gramado e nas diferentes culturas, observando-se uma elevada concordância no topo das plantas. Em razão das diferenças observadas no padrão de variabilidade da DPM entre as diversas culturas, não foi possível se estabelecer relações bem definidas para a estimativa da DPM no interior das plantas a partir da DPM de referência. Analisando-se quatro diferentes modelos de estimativa da DPM a partir de dados meteorológicos, obtidos na cultura do algodão, observou que, em geral, todos os métodos de estimativa da DPM tiveram boa performance, com erros absolutos médios entre 1,27 e 2 h, porém o modelo RES, baseado na equação de Penman-Monteith, estimou a DPM ao nível da cultura com alta acurácia e regular precisão, sendo uma boa opção para a estimativa dessa variável sem o requerimento de calibração para cada cultura e local. Em uma análise mais detalhada desse modelo, observou-se que ele foi capaz de estimar a DPM sobre o gramado com boa acurácia e precisão, superestimando a DPM em 3,4% a 190 cm, 1,1% a 110 cm e 5,3% a 30 cm de altura. Quando a DPM estimada para o gramado a uma altura de 30 cm foi correlacionada com a DPM no topo das culturas do milho, da uva e do café, uma boa concordância foi observada, com uma superestimativa média de 6,5% e um coeficiente de determinação de 0,90. Baseando-se nesses resultados, conclui-se que o modelo de Penman-Monteith, aplicado a um sensor de DPM de tamanho e albedo fixos e exposto sobre gramado a 30 cm de altura, pode ser uma ferramenta muito útil para a estimativa dessa variável em sistemas de alerta fitossanitário, mesmo quando o saldo de radiação necessita ser estimado.Item Duração do período de molhamento foliar: medida com sensores eletrônicos, variabilidade espacial em culturas e estimativa com modelos empíricos(Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” - Universidade de São Paulo, 2006) Santos, Eduardo Alvarez; Sentelhas, Paulo CesarA duração do período de molhamento (DPM) é de grande importância para a epidemiologia de doenças de plantas, pois desempenha papel fundamental em alguns processos epidemiológicos. Dessa forma, sua determinação torna-se indispensável para o entendimento da relação entre o clima e doenças de plantas. Sendo assim, este estudo teve como objetivos: definir uma posição padrão de instalação de sensores cilíndricos para a medida da DPM sobre gramado, avaliar a variabilidade espacial dessa variável em três diferentes culturas, relacionar a DPM medida em culturas agrícolas com aquela obtida em posto meteorológico e comparar a estimativa da DPM obtida com modelos empíricos com aquela medida com sensores eletrônicos. Na fase anterior à sua instalação no campo, todos os sensores eletrônicos foram previamente pintados com tinta látex e tratados termicamente. Após essa etapa, os sensores cilíndricos foram instalados sobre gramado a 30 cm de altura voltados para o sul. No período inicial, os sensores cilíndricos foram mantidos paralelos à horizontal, visando-se a avaliar a variabilidade entre os mesmos. Posteriormente, foram testados cinco diferentes ângulos de instalação. As medidas obtidas por esses sensores foram comparadas com a medida padrão, obtida por sensor de placa a 30 cm de altura e 45o de inclinação. Com a finalidade de se avaliar a variabilidade espacial da DPM, sensores eletrônicos de DPM foram distribuídos no dossel de três culturas: algodão, banana e café. As medidas obtidas nessas culturas foram comparadas com as fornecidas por sensor de placa em posição padrão. A estimativa da DPM foi feita por meio dos seguintes modelos: NHUR > 87%, CART, DPO e limiar estendido de umidade relativa para os períodos seco e chuvoso. As medidas obtidas por sensores cilíndricos sobre gramado apresentaram boa acurácia e precisão. A variação do ângulo de instalação não demonstrou ter efeito expressivo sobre a medida dos sensores cilíndricos para as condições locais. Contudo, é recomendável inclinar o sensor cilíndrico, uma vez que, trabalhos anteriores demonstram que esse pode superestimar a DPM quando instalado na horizontal. A avaliação da variabilidade espacial da DPM demonstrou que essa variável é influenciada pelas condições determinantes do microclima das culturas. O padrão de variação da DPM foi distinto para cada uma das culturas. Na cultura do algodão não foram observadas variações expressivas da DPM. Já no cafeeiro a DPM foi mais longa nas partes baixas da planta, enquanto que na cultura da banana essa foi mais longa no topo da cultura. Foram obtidas boas relações entre a DPM medida sobre gramado e aquela obtida no topo das culturas, demonstrando que é possível estimar tal variável por meio de dados obtidos em posto meteorológico. Os modelos NHUR > 87%, CART e DPO forneceram boas estimativas da DPM com erro absoluto médio variando de 1,4 a 2,8 h nos dois períodos avaliados. Durante a estação seca, os três primeiros modelos tenderam a subestimar a DPM. O modelo do limiar estendido de umidade relativa foi o que apresentou o pior desempenho entre os modelos avaliados, não sendo recomendável sua aplicação para condições semelhantes às deste estudo.Item Spatial variability of leaf wetness duration in cotton, coffee and banana crop canopies(Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz", 2008-12) Santos, Eduardo Alvarez; Sentelhas, Paulo Cesar; Pezzopane, José Eduardo Macedo; Angelocci, Luiz Roberto; Monteiro, José Eduardo Boffino AlmeidaDespite the importance of leaf wetness duration for plant disease epidemiology, there has been little attention paid to research on how its variability relates to different cropping situations. The objective of this study was to evaluate the spatial variability of leaf wetness duration (LWD) in three crops, comparing these measurements with turfgrass LWD, obtained in a standard weather station. LWD was measured by electronic sensors in three crops with different canopy structures and leaf area: cotton, coffee and banana. For the cotton crop, cylindrical sensors were deployed at the lower third and on the top of the canopy, facing southwest. For the coffee crop, flat plate sensors were installed in the lower third of the canopy facing northeast and southwest; in the middle third facing northeast and southwest; and inside and on the top of the canopy. For the banana canopy, cylindrical sensors were used to measure LWD in the lower third of the canopy and in the upper third of the plant. Turfgrass LWD was simultaneously measured in a nearby standard weather station. The LWD showed different patterns of variation in the three crop canopies. For coffee plants, the longest LWD was found in the lower portions of the canopy; for the banana crop, the upper third of the canopy showed the longest LWD; whereas for the cotton crop no difference was observed between the top and lower third of the canopy. Turfgrass LWD presented a good relationship with LWD measured on the top or in the upper third of the crops. Thus, the estimate of crop LWD can be perfomed based on turfgrass LWD, this being a useful tool for plant disease management purposes for crops in which the longer LWD occurs at the upper canopy portion.