Navegando por Autor "Souza, Jorge Luiz Moretti de"
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Item Modelo para a análise de risco econômico aplicado ao planejamento de projetos de irrigação para cultura do cafeeiro(Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, 2001) Souza, Jorge Luiz Moretti de; Frizzone, José Antonio; Escola Superior de Agricultura Luiz de QueirozO presente trabalho consistiu no desenvolvimento e avaliação de um modelo de simulação voltado à análise de risco econômico, servindo de auxílio nas tomadas de decisão quanto ao planejamento e gerenciamento dos projetos de irrigação da cultura do cafeeiro. A linguagem de programação utilizada foi o visual Basic aplicada ao Excel (Linguagem de Macro), e o processo de simulação baseou-se no método de "Monte Carlo". Cuidados foram tomados para que a estrutura do modelo fosse versátil e servisse também para a solução de problemas freqüentes na agricultura irrigada. As análises de aplicação do modelo foram feitas com os dados levantados em duas propriedades que irrigam o cafeeiro: Faria e Macaúbas. A propriedade Faria situa-se na cidade de Lavras-MG, região Sul de Minas, e possui sistema de irrigação por gotejamento de 13,5 ha. A propriedade Macaúbas situa-se na cidade de Araguari-MG, região do Triângulo Mineiro, e possui sistema de irrigação pivô central de 98,4 ha. Três pacotes tecnológicos (40, 60 e 80 sc/ha), seis manejos anuais de irrigação e a ocorrência de eventualidades na vida útil da cultura, foram analisados. O modelo desenvolvido mostrou-se eficiente para realizar os cálculos voltados ao planejamento e determinação do risco econômico da cafeicultura irrigada e a estrutura modular proposta possibilita o acompanhamento de grande parte do processo de cálculo das análises de simulação. O equacionamento proposto para estimar a evapotranspiração de referência (ETo), o armazenamento de água no solo, as despesas com água e energia, os benefícios e a produção, apresentaram resultados satisfatórios. As opções disponíveis, bem como os mecanismos de ajustes existentes, possibilitam a escolha das melhores alternativas e a composição de cenários para serem analisados. Com algumas modificações nas séries de preços e na função de produção, o modelo poderá ser adaptado futuramente para analisar economicamente outras culturas perenes de comportamento semelhante ao cafeeiro. De maneira geral, as análises de risco econômico da cafeicultura irrigada, realizadas para as propriedades Faria e Macaúbas, mostraram que: - Não é viável economicamente produzir café no pacote tecnológico de 40 sc/ha na propriedade Faria. Na propriedade Macaúbas, o mesmo pacote tecnológico mostrou-se viável economicamente somente no manejo de irrigação suplementar durante todo o ano. Os demais manejos analisados apresentam risco de um valor presente líquido negativo. - Os pacotes tecnológicos de 60 sc/ha e 80 sc/ha mostraram-se economicamente viáveis para as duas propriedades, adotando-se ou não a irrigação. O manejo de irrigação suplementar durante todo ano sempre mostrou-se a melhor alternativa econômica. - A ocorrência de eventualidades não comprometeu a viabilidade dos dois projetos de irrigação, quando conduzidos no pacote tecnológico de 60 sc/ha e manejo de irrigação suplementar durante todo o ano; apenas reduziram a lucratividade. A eventualidade, considerando o atraso de dois anos no início da produção da lavoura cafeeira, foi a mais prejudicial dentre aquelas analisadas. - Em relação ao custo total de produção da cafeicultura irrigada nas duas propriedades, verificou-se nos anos de vida útil da cultura que: os serviços e os materiais foram os itens mais significativos no custo total, ficando entre 40,7% e 60,4% para os serviços, e entre 15,3% e 34,3% para os materiais; as despesas com energia elétrica e água são pequenas, considerando-se a irrigação suplementar durante todo o ano, as despesas nunca foram maiores que 3,8% para a Fazenda Faria, e 5,0% para a Fazenda Macaúbas; os custos médios com o sistema de irrigação ficaram entre 10,3% e 29,7% para a Fazenda Faria, e entre 7,00% e 19,4% para a Fazenda Macaúbas.Item Porosidade de aeração e relações hídricas na produtividade do cafeeiro irrigado em latossolo roxo, no sul de Minas Gerais(Universidade Federal do Paraná, 2014-10-02) Goularte, Gabriel Democh; Souza, Jorge Luiz Moretti deTeve-se por objetivo no presente trabalho determinar a faixa ideal de porosidade de aeração do solo ( ) para obter a melhor produtividade do cafeeiro irrigado, bem como comparar as componentes de um balanço hídrico agrícola (BHA) do cafeeiro, considerando a variação da profundidade efetiva do sistema radicular (z) e fração p, na região de Lavras-MG. O presente trabalho está estruturado em dois capítulos. No primeiro capítulo analisou-se a influência da porosidade de aeração ( ) temporal do Latossolo vermelho na produtividade do cafeeiro irrigado. No segundo capítulo realizou-se a comparação entre as componentes do balanço hídrico agrícola para o cafeeiro “não irrigado” e irrigado (100% Li). Das análises realizadas no Capítulo 1 constatou-se que: a) O manejo da irrigação no pivô central aplicando 100% Li necessária ao cafeeiro propicia melhores condições de aeração no solo; e, b) A porosidade de aeração do solo ( ) entre 0,152-0,158 m 3 m 3 é ideal para o sistema radicular do cafeeiro cultivado em Latossolo Roxo. Das análises realizadas no segundo capitulo constatou-se que: a) Para condição “não irrigada” houve deficiências hídricas severas para o cafeeiro, principalmente no estágio fenológico 3 (florada, chumbinho e expansão de frutos), independente da z e fração p considerada; b) Para condição irrigada a evapotranspiração real (ER) foi em média 87,3; 93,1 e 95,1% da evapotranspiração da cultura (ETc) para z de 0,25; 0,50 e 0,75 m, respectivamente; e, c) O aumento da fração p de 0,2 para 1 promoveu aumento de 4,5; 4,3; 4,9% na ER na condição “não irrigada” e 4,4; 2,3 e 1,6% na condição irrigada para z de 0,25; 0,50 e 0,75 m, respectivamente.