Navegando por Autor "Souza, Maria Célia Martins de"
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Item Algumas dimensões sociais da qualidade do café: avaliar o preliminar no Estado de São Paulo(2007) Souza, Maria Célia Martins de; Veiga, José Eduardo Rodrigues; ootani, marcio akio; Embrapa - CaféA pesquisa discute, de modo preliminar, a dimensão social da qualidade do café com base nas transformações recentes para diferenciação que se observam no mercado cafeeiro, traduzidas no debate entre qualidade e quantidade. Além de práticas observadas na colheita e pós-colheita, são identificadas as regiões de produção de café de qualidade no estado de São Paulo, assim como alguns aspectos relacionados à produção certificada, tanto de boas práticas agrícolas quanto a orgânica.Item Cafés sustentáveis e denominação de origem: a certificação de qualidade na diferenciação de cafés orgânicos, sombreados e solidários(Universidade de São Paulo, 2006) Souza, Maria Célia Martins de; Abramovay, RicardoAs transformações observadas nos últimos vinte anos no mercado cafeeiro para diferenciar o produto com base em parâmetros de qualidade atendem a novos valores associados ao consumo. Mais do que uma estratégia de concorrência para agregar valor, a diferenciação de cafés reorganiza as relações sociais em todo sistema produtivo, desde a produção e o comércio dos grãos até a torrefação e a distribuição para os consumidores, por meio de ações cooperativas que viabilizam a coexistência das novas formas de organização com os mercados tradicionais. A qualidade do café pode assumir uma ampla gama de conceitos, sendo os mais tradicionais relacionados a fatores como clima, solo, altitude, sistema de produção e beneficiamento. Os novos parâmetros dos cafés diferenciados, chamados de especiais, apresentam tanto dimensões materiais - que incorporam atributos de natureza física e sensorial, e geralmente se traduzem em qualidade superior da bebida – quanto dimensões simbólicas, relacionadas a uma nova ética associada a características ambientais e sociais da produção, como no caso dos cafés orgânicos, sombreados e do comércio solidário, definidos como cafés sustentáveis. Tendo em vista a forte associação entre a qualidade dos cafés e a dos vinhos, esta pesquisa investiga a organização social do mercado de cafés sustentáveis, para responder porque, em meio a uma proliferação de selos de qualidade, os mecanismos de certificação sustentável de café se estruturam de tal modo que não consideram a origem dos plantios. O eixo temático está nos processos de padronização e de certificação de qualidade. Estes novos mercados vêm sendo construídos para expressar novas relações de poder no segmento de cafés especiais, e transformam o mercado com atores anônimos em mercados onde eles têm identidades. A valorização material e simbólica de parâmetros ambientais e sociais da produção e comércio é capaz de formar redes de cooperação que funcionam dentro de uma lógica distinta da estrutura vigente, e proporciona maiores ganhos a atores sociais que estavam em alguma desvantagem no mercado de commodities por não terem a qualidade e identidade de seus produtos devidamente recompensada e reconhecida. Estudos desta natureza exigem uma análise que inclua a sociologia dos mercados para avaliar o emaranhado de relações sociais na vida econômica. A abordagem teórica da sociologia econômica fornece elementos para avaliar o processo de construção social dos mercados, especialmente os novos, por meio de quatro pilares que lhes dão sustentação: os direitos de propriedade, as estruturas de governança, as regras de troca e as concepções de controle. O enfoque político-cultural enfatiza a perspectiva histórica dos mercados para compreender o papel dos grupos dominantes e desafiantes em arenas de ação, considerando a participação de atores sociais como governos, firmas e consumidores, entre outros, e seus incentivos para ações cooperativas a partir dos laços cognitivos que os unem. O estudo empírico focalizou duas regiões geograficamente delimitadas, pioneiras no cultivo, comércio e certificação de cafés sustentáveis: a Serra de Baturité, no Ceará, onde se cultiva o café em sistema sombreado e os municípios de Machado e Poço Fundo situados no Sul de Minas, no estado de Minas Gerais, onde se encontram cafés orgânicos e do comércio solidário. Estes casos foram escolhidos pois, ao contrário de outras regiões produtoras de cafés especiais, os cafeicultores destas regiões mostram evidências informais de valorização da origem dos plantios e estão submetidos a um conjunto de regras e de controles específicos que os diferenciam como sustentáveis.Item Novas tendências de inserção de pequenos agricultores no comércio de cafés especiais(2001) Souza, Maria Célia Martins de; Otani, Malimiria Norico; Saes, Maria Sylvia Macchione; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféEste estudo teve como objetivo apresentar algumas das alternativas de inclusão dos pequenos agricultores em mercados diferenciados do agronegócio de cafés especiais, destacando-se três movimentos: a) o comércio solidário; b) a produção de café orgânico; e c) o slow food. A possibilidade de inserção dos pequenos produtores no mercado de cafés especiais está se ampliando, devido às novas mudanças na preferência do consumidor dos países desenvolvidos. Além da qualidade da bebida do café, novos parâmetros, como aspectos sociais, ambientais e gastronômicos, passam a fazer parte das preocupações desses consumidores. A pequena produção de café, associada ao uso do trabalho familiar e conhecimento da realidade local, pode se ajustar perfeitamente a esses novos conceitos, desde que o seu produto alcance os padrões mínimos de qualidade requerido por este mercado. O resultado mais importante para os produtores na participação nesses mercados é a equidade nas relações comerciais.Item A produção da pesquisa para a agricultura: o caso do café no estado de São Paulo(1985) Veiga Filho, Alceu de A.; Assef, Luiz Carlos; Souza, Maria Célia Martins deObjetivando mostrar que o setor agrícola não pode ser analisado entendendo-o como homogêneo, uma vez que a essa característica associam-se visões reducionistas e simplificadoras do complexo quadro das suas relações produtivas, escolheu-se demonstrar o grau de complexidade da agricultura analisando-o pelo ângulo da produção da pesquisa cafeeira no Estado de São Paulo e sua aderência à realidade, contrapondo-se à idéia de que a tecnologia gerada respondeu à necessidade apenas do capital internacional e do grande produtor agrícola. Para isso construiu-se um indicador da geração de tecnologias/conhecimento por parte do setor público, através dos trabalhos publicados pelos pesquisadores dos Institutos Agronômico e Biológico, classificando-os conforme linhas e natureza da pesquisa, além de verificar se o processo de adoção ocorrido na cafeicultura paulista teria levado a alterações no perfil de distribuição dos produtores. Concluiu-se que no período analisado, 1890-1985, as pesquisas poupadoras de terra representaram 55,5% do total, as pesquisas em melhoramento e em pragas e doenças representaram 43,5% de total nos 95 anos analisados.Item Relações contratuais no segmento de cafés especiais no Brasil(2000) Saes, Maria Sylvia Macchione; Souza, Maria Célia Martins de; Otani, Malimiria Norico; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféO crescimento do segmento de cafés especiais no Brasil tem estimulado melhorias de qualidade tanto da bebida como de fatores ambientais e sociais. A expansão desse mercado possibilita a obtenção de um prêmio pelo produto, assim como a inclusão de pequenos produtores. O objetivo desse estudo é o de identificar os parâmetros de diferenciação por qualidade, sob um enfoque contratual.