Navegando por Autor "Torres, Juliana Arriel"
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Item Oxidação enzimática de compostos fenólicos em água residuária do processamento do café(Universidade Federal de Lavras, 2014-02-26) Torres, Juliana Arriel; Corrêa, Angelita DuarteO café é um dos produtos agrícolas de grande importância para o Brasil, principalmente para o estado de Minas Gerais, e é sem dúvida de notória importância e expressividade para sua economia. O processamento pós-colheita do café por via úmida consiste na utilização de grande quantidade de água em todo o processo, resultando em um café de qualidade superior, além de reduzir os custos e espaço de secagem. Entretanto, o efluente resultante é rico em compostos inorgânicos e orgânicos, entre eles os compostos fenólicos, os quais são altamente tóxicos e alguns deles quando liberados no meio ambiente podem se acumular em águas subterrâneas e superficiais e no solo, nas diferentes cadeias alimentares, sendo persistentes no meio ambiente e tóxicos aos microrganismos no tratamento biológico. As peroxidases são biocatalisadores utilizados na remoção de poluentes orgânicos, com potencial utilização no tratamento de efluentes contendo fenóis. Neste trabalho, objetivou-se identificar e quantificar os compostos fenólicos da água residuária do processamento do café (ARC), avaliar diferentes fontes de peroxidase na oxidação do ácido cafeico e na oxidação dos compostos fenólicos da ARC, na presença e ausência de aditivos químicos. A ARC apresentou um teor de compostos fenólicos totais de 233,56 mg L -1 e o ácido cafeico foi o composto fenólico majoritário. A peroxidase do nabo (PEN) se mostrou eficiente na oxidação do ácido cafeico, atingindo uma porcentagem de 51,05% em apenas 15 minutos de reação. No entanto, a eficiência deste catalisador se mostrou dependente do pH, das concentrações de H 2 O 2 e enzima utilizadas. A maior porcentagem de oxidação foi obtida em pH 8, em uma razão molar ácido cafeico: H 2 O 2 de 1:7 e utilizando uma concentração de enzima de 14,43 U mL -1 . A PEN apresentou um potencial de oxidação do ácido cafeico (75,99% ± 0,48) superior à peroxidase das cascas de soja (PCS) e as enzimas comerciais horseradish peroxidase (HPR) e peroxidase de soja (PES). Entretanto, na oxidação da ARC, a HPR foi mais eficiente com 74,37% ± 0,16 de oxidação, seguida da PEN com 67,59% ± 0,11. Não houve influência na oxidação da ARC pela PCS na presença de polietilenoglicol e Triton X-100. O alto teor de compostos fenólicos encontrado na ARC justifica a necessidade de tratamento deste efluente antes do seu descarte em corpos hídricos receptores ou até mesmo antes de serem submetidos a outros tipos de tratamentos. O tratamento proposto pode ser eficiente na oxidação de compostos fenólicos em ARC, pod