Navegando por Autor "Turco, Patrícia Helena Nogueira"
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Item Atuação do instituto agronômico na formação e capacitação de recursos humanos para o setor cafeeiro no Brasil(Embrapa Café, 2013) Bliska, Flávia Maria de Mello; Dentinho, Tomaz Lopes Cavalheiro Ponce; Turco, Patrícia Helena NogueiraEsse estudo analisa a atuação do Instituto Agronômico – IAC (Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios – APTA, Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo – SAA-SP) na capacitação e formação de recursos humanos para o setor cafeeiro, desde a fundação do Instituto, em 1887, até 2011. Essa análise é importante para atualizar as diretrizes do seu programa de treinamento técnico e científico. Utiliza-se a Metodologia Q (Q Sort Method), reconhecida como adequada para estruturar aspectos subjetivos decorrentes das opiniões de diferentes grupos de intervenientes. A análise de “componentes principais” associada a essa metodologia identificou oito fatores como responsáveis por explicar 74,63% da variância das respostas obtidas. Os resultados indicam que as atividades que o Instituto tem desenvolvido, desde a sua fundação, têm sido reconhecidas como essenciais ao desenvolvimento da produção cafeeira no Brasil. Também indicam que o IAC poderá ampliar sua contribuição para o desenvolvimento do setor cafeeiro aperfeiçoando suas atividades nas seguintes áreas: 1) publicação de pesquisas e difusão de práticas de manejo; 2) intercâmbio com pesquisadores de outras instituições, ensino e extensão; 3) parcerias regionais para avaliação de novas variedades e validação de práticas de manejo; 4) freqüência de palestras de seus técnicos nas regiões produtoras; 5) convênios com cooperativas e serviço estadual de assistência técnica, para treinamentos mais frequentes nas regiões cafeeiras; 6) divulgação dos cursos e treinamentos realizados na área de café.Item Custos e lucratividade de Coffea arabica L. (cv. Catuaí IAC 144 e IAPAR 59) para a microrregião de Marília, São Paulo, Brasil(Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural, 2023-09-15) Turco, Patrícia Helena Nogueira; Martins, Adriana Novais; Firetti, Ricardo; Pinatti, Eder; Alves Neto, Antônio; Polis, Kaori Tabara FelippeA cafeicultura é uma atividade de grande importância econômica no Brasil e, especialmente, para a microrregião geográfica de Marilia, no Estado de São Paulo. As cultivares estudadas possuem características agronômicas relevantes, por terem porte baixo, tolerância a pragas e doenças, elevado potencial produtivo e excelente qualidade de bebida. O objetivo desse trabalho foi verificar os índices de lucratividade, referentes aos custos de produção dessas cultivares com as mesmas condições edafoclimáticas e de manejo. Os dados agronômicos foram obtidos a partir de experimento de campo cujo sistema de produção representa efetivamente a realidade da microrregião estudada. Foram levantados os custos operacionais efetivos e totais, custo anual de reposição do patrimônio (CARP), produtividade e custos médios de produção para o período de 2016 a 2021. Os dados utilizados para a estruturação de coeficientes técnicos foram coletados junto ao cafeicultor. Os resultados demonstraram que ambas as cultivares apresentaram praticamente a mesma produtividade, com diferença de 1,2% na última safra estudada. O custo de produção apresenta uma variação da importância de cada item na composição do COE ao longo do período; na primeira safra o item “horas máquinas” foi de maior relevância. Já na safra de 2021, a “mão de obra” foi o item com a maior desembolso realizado. Na safra 2019, devido a problemas climáticos mesmo com sendo irrigado houve uma menor produção de grãos, os insumos foram os mais dispendiosos. A margem de segurança demonstra que a produção de café das duas cultivares não apresentaram risco de prejuízo no período de 2016 a 2021, mesmo na safra de 2019, quando resultaram nos menores índices, como -0,43% para a cultivar Catuaí Vermelho IAC 144 e de -0,27% para a IAPAR 59. A lucratividade foi positiva em todos os anos estudados para as cultivares Catuaí Vermelho IAC 144 e IAPAR 59. A utilização duas cultivares é uma técnica fundamental para minimizar ou diluir os riscos inerentes a produção agrícola.Item Gestão cafeeira nas regiões de Cerrado x gestão nas demais regiões dos estados de Minas Gerais e Bahia(Embrapa Café, 2015) Bliska Júnior, Antonio; Correa, Fábio Ricardo Ferreira; Turco, Patrícia Helena Nogueira; Firetti, Ricardo; Leal, Paulo Ademar Martins; Bliska, Flávia Maria de MelloO objetivo deste trabalho foi comparar os níveis de gestão na produção cafeeira nas regiões do Cerrado de Minas Gerais, ocupado a partir da década de 1970, e do Cerrado da Bahia, ou Oeste da Bahia, ocupado a partir da década de 1990, com os níveis de gestão observados em regiões cafeeiras mais antigas daqueles estados, como o Sul e Sudeste de Minas Gerais e o Planalto da Conquista e a Chapada Diamantina, no estado da Bahia. A cafeicultura de Cerrado caracteriza-se por uso intensivo de mecanização da lavoura e da colheita, uso de ferti-irrigação, pós-colheita rigoroso e beneficiamento nas propriedades. Nas demais regiões, embora existam propriedades com características similares àquelas observadas no Cerrado, há forte concentração de propriedades familiares, colheita manual e benefício do café em cooperativas. Para analisar os níveis de gestão nessas propriedades utilizou-se o Método de Identificação do Grau de Gestão – MIGG Café, que classifica os graus de gestão na produção em níveis de um a nove, sendo um o mais baixo e nove o mais elevado. A amostra aleatória foi composta por 80 questionários MIGG, aplicados entre 2013 e 2015, nos estados de Minas Gerais e Bahia. Os resultados indicam que: as propriedades do Cerrado apresentam a maior dimensão territorial quando comparadas às demais propriedades da amostra; a proporção da área das propriedades utilizada para o plantio de café no Cerrado é inferior à proporção utilizada nas demais regiões cafeeiras; os graus de gestão mais elevados, bem como a menor variabilidade dos dados, ocorrem nas regiões de Cerrado. Conclui-se que nas regiões de Cerrado há forte tendência à cafeicultura empresarial, mais organizada e competitiva. No cerrado da Bahia, onde as propriedades apresentam características fundiárias e administrativas muito similares, foram realizados investimentos mais intensos em sistemas de gestão que visam a profissionalização da atividade agrícola. Nas regiões Sul e Sudoeste de Minas Gerais, bem como no Planalto da Conquista e na Chapada Diamantina poucos cafeicultores compreendem que, na busca de qualidade, de retornos crescentes aos investimentos e da sustentabilidade no longo prazo, a gestão pode ser uma ferramenta tão importante quanto o uso de tecnologias de produção.Item Impactos de variedades de café desenvolvidas no IAC sob diferentes tecnologias e condições edafoclimáticas(Embrapa Café, 2013) Bliska, Flávia Maria de Mello; Turco, Patrícia Helena Nogueira; Tosto, Sérgio Gomes; Fronzaglia, Thomaz; Vegro, Celso Luís RodriguesEsse estudo estima os impactos ambientais e socioeconômicos do cultivo de variedades de café desenvolvidas no Instituto Agronômico – IAC (Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios – APTA, Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo – SAA-SP) consideradas “modernas” – registradas a partir de 1992 – com as variedades registradas antes dessa data, em regiões com condições edafoclimáticas e níveis tecnológicos distintos. São avaliadas as variedades Tupi, Icatu, Obatã, IAC 125, Catuaí, Mundo Novo e Apoatã, Os sistemas de produção avaliados são o convencional não irrigado, convencional irrigado, arborizado, orgânico arborizado e agroflorestal. Essa análise é importante tanto para a instituição atualizar as diretrizes do seu programa de pesquisa, desenvolvimento e inovação, como para o cafeicultor, pois a partir dela pode conhecer o desempenho regional das variedades disponíveis e tomar decisões sobre sua utilização. Os aspectos socioeconômicos são avaliados por meio do Sistema de Avaliação de Impacto Social de Inovações Tecnológicas Agropecuárias (Ambitec-Social) e os impactos ambientais por meio do Sistema de Avaliação de Impacto Ambiental de Inovações Tecnológicas Agropecuárias (Ambitec-Agro), que juntos compõem o Sistema Ambitec. Os impactos ambientais positivos mais elevados foram observados no sistema agroflorestal, no Pontal do Paranapanema, São Paulo, e nos sistemas arborizados, no Planalto da Conquista e na Chapada Diamantina, na Bahia. Os impactos econômicos positivos mais elevados foram observados em primeiro lugar para a variedade Obatã, em sistema convencional e irrigado, em Garça, São Paulo; em segundo para o Obatã em cultivo arborizado e irrigado, também em Garça; em terceiro para a variedade Catuaí no Oeste da Bahia e no Cerrado de Minas Gerais. O impacto social positivo mais significativo foi observado para o sistema agroflorestal, no Pontal do Paranapanema. Dentre as cultivares analisadas, os impactos totais mais significativos foram observados para as seguintes variedades e regiões: IAC 125 no Cerrado de Minas Gerais; Obatã na região de Garça, São Paulo; Tupi, na região de Piraju, São Paulo; e Apoatã, na Alta Paulista, São Paulo.Item Produção de café orgânico na região sul de Minas Gerais: eficiência econômica e energética(Faculdade de Ciências Agronômicas - Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, 2011-08) Turco, Patrícia Helena Nogueira; Esperancini, Maura Seiko TsutsuiA cafeicultura passou por profunda reestruturação nas últimas décadas, com mudanças significativas nas práticas de condução da lavoura. Em função dessas mudanças surgem sistemas de produção inovadores que buscam o aumento da competitividade pela melhoria da qualidade, redução de custos e intensificação da mecanização. Como estes fatores envolvem investimentos e alterações nas práticas tradicionais utilizadas, é natural que existam questões quanto à eficiência técnica e econômica, quando consideradas as características peculiares de uma dada região produtora. Dentre os sistemas existentes na cafeicultura, a produção orgânica é uma alternativa que busca a competitividade, diretamente ligada à integração dos sistemas de produção, minimizando gastos com insumos pelo aproveitamento de resíduos mediante práticas de reciclagem dos nutrientes e de matéria orgânica. O cultivo de café orgânico pode proporcionar maiores rendas ao adequar exigências de produção às características requisitadas por determinados nichos de mercados. O objetivo deste estudo foi estimar a eficiência (econômica e energética) de sistemas de produção de café orgânico, fazendo uso dos custos de produção e da renda bruta, respectivamente, como input e output econômico, a conversão dos insumos utilizados em unidades de energia, bem como a produção de café orgânico em grão beneficiado, respectivamente, como input e output energético. Para o desenvolvimento do estudo, foi delineado um sistema de produção a partir de levantamento de dados, informados por uma amostra de produtores em diferentes estágios de produção, que propiciaram a elaboração de uma matriz de coeficientes técnicos médios. A amostragem adotada nesta pesquisa foi intencional e não probabilística procurando-se selecionar propriedades nas quais a cultura de café é a principal fonte de renda. Foram entrevistados nove produtores em três municípios da Região Sul de Minas Gerais, que fazem sistematicamente anotações dos custos da cultura. Os resultados obtidos apontaram que a Receita Bruta Anal Equivalente e Custo Anual Equivalente foram R$4.926,95.ha -1 e R$4.084,09.ha -1 , respectivamente. Estes resultados indicam que se as receitas ocorressem igualmente em todos os anos, os produtores obteriam R$4.926,95.ha -1 e, do mesmo modo, se os custos fossem distribuídos ao longo do tempo de duração da cultura, os produtores teriam um dispêndio de R$4.084,09.ha -1 . Aplicando as estimativas obtidas à equação da eficiência econômica obteve-se o resultado de 1,21 indicando que a receita bruta supera os custos operacionais em 21%, indicando um sistema economicamente eficiente. Na análise energética, os resultados obtidos permitiram concluir que os sistemas apresentam balanços energéticos positivos, com uma produção energética de 637.697,MJ.ha -1 sendo que a energia utilizada para produção de café orgânico correspondeu a 112.998,MJ.ha -1 para os 20 anos considerados da cultura, indicando que o sistema foi eficiente energeticamente. Os maiores dispêndios energéticos, nas fases de implantação e condução da cultura, foram os de fonte biológica. Na fase de produção, a energia direta de fonte fóssil foi superior às demais.Item VIABILIDADE DA PRODUÇÃO DE CAFÉ ORGÂNICO NO BRASIL: VANTAGENS E DESVANTAGENS(2011) Wegner, Rubia Cristina; Bliska, Flávia de Mello; Turco, Patrícia Helena Nogueira; Embrapa - CaféEsse trabalho procura analisar a cafeicultura orgânica sob a perspectiva de seus custos de produção e, por conseguinte, de sua viabilidade. Os objetivos principais são: 1) caracterizar produtores de café orgânico do país; e 2) diagnosticar as vantagens e desvantagens desse sistema de produção em termos de custos e aspectos socioambientais. Entrevistas semi-estruturadas foram utilizadas para diagnosticar a agricultura orgânica quanto à viabilidade da sua produção. Foram entrevistados 14 produtores de Minas Gerais, Paraná, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul e Bahia. Buscou-se por informações que esclarecessem o tipo de certificação, área plantada, comercialização, motivo pelo qual passou para o manejo orgânico, produtividade, colheita, mão-de-obra, custo de produção, preço e forma de comercialização. Foram também entrevistados representantes de de outros segmentos da cadeia produtiva do café, bem como de instituições de ensino, pesquisa e extensão rural. Para a sustentabilidade econômica do café orgânico foram identificados vários desafios, Principalmente no tocante à comercialização. Em relação ao manejo convencional, os pequenos e médios agricultores estariam em vantagem devido ao processo certificador, porém a manutenção no mercado internacional requer combinação de escala, alta qualidade e boas cotações. Aos cafeicultores que destinam seu produto somente ao mercado interno, o principal desafio é encontrar formas seguras de escoar o produto, levando em consideração o respeito a valores sociais e ambientais.