UFLA - Teses
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Item Caracterização morfológica, molecular, bioquímica e patogênica de isolados de Colletotrichum spp. associados ao cafeeiro em Minas Gerais e comparação com Colletotrichum kahawae(Universidade Federal de Lavras, 2003) Miranda, Edin Francisco Orozco; Abreu, Mário Sobral de; Universidade Federal de LavrasForam estudados os aspectos físicos de colônia, o crescimento micelial e dimensões de conídios de 35 isolados de Colletotrichum spp. na Universidade Federal de Lavras, Minas Gerais (MG), Brasil. Comparações de alguns caracteres com C. Kahawae fora,m realizadas no Centro de Investigação das Ferrugens do Cafeeiro (CIFC), Oeiras, Portugal. Houve variações das características morfológicas e reprodutivas. As dimensões de conídios e coloração da colônia de alguns isolados de MG foram semelhantes aos de C.Kahawae. Uso de todos os caracteres morfológicos de forma conjunta permitiram a separaração de espécies. A presença de raças fisiológicas foi testada na UFLA por meio de inoculação de suspensões de conídios do fungo em hipocótilos, assim como necrose e morte das plântulas. Estudos histopatològicos realizados no CIFC determinaram a colonização de tecidos dos hipocótilos. O fungo foi reisolado em plântulas assintomáticas. A patogenicidade dos isolados foi realizada em frutos verdes de café em MG e com alguns isolados de CBD no CIFC. Porcentagem de frutos necrosados e tempo de aparecimento de sintomas foram variáveis de acordo com os isolados e cultivares. A caracterização bioquímica constitui em testar o uso de citrato (C) ou tartarato (T) como fontes de carbono. Ainda, foi analisado o pH do meio líquido de crescimento dos isolados no CIFC. Conclui-se que os isolados caracterizados de MG metabolizaram tartarato como única fonte de carbono, portanto, não pertencem a C.Kahawae. Foi encontrada variação entre valores de pH. Utilizaram-se marcadores RAPD e SSR para determinar a variabilidade genética e o parentesco entre os isolados de MG e alguns isolados que ocasionam a CBD. Ambas as técnicas permitiram a separação clara dos isolados de MG e aqueles que ocasionaram a CBD. Os isolados de MG testados não pertenceram a C. Kahawae. Com base nas características morfológicas, patogênicas, bioquímicas e moleculares, conclui-se que os isolados de Colletotrichum spp. de MG, Brasil, caracterizados, pertencem ás espécies C.acutatum (isolados 5,7 e 17) e C.gloeosporióides (resultantes isolados).Item Colletotrichum gloeosporioides : transmissibilidade em sementes e mecanismos de defesa de mudas micropropagadas de cafeeiro (Coffea arabica L.)(Universidade Federal de Lavras, 2011-11-04) Maia, Fernanda Gonçalves Martins; Abreu, Mário Sobral deNo complexo Colletotrichum x cafeeiro, poucos são os estudos no que se referem transmissibilidade do patógeno em plantas infectadas e aos mecanismos de defesa o que dificulta a elucidação de aspectos importantes da doença na cultura. Neste contexto, o presente trabalho foi realizado com o objetivo de acompanhar via microscopia de epifluorescência, a de transmissibilidade do patógeno semente-plântulas, os efeitos da presença do patógeno na semente sobre parâmetros de qualidade destas e os mecanismos de defesa que cafeeiros utilizam em reação a presença do patógeno e dessa maneira esclarecer pontos importantes do patossistema Colletotrichum x cafeeiro. O efeito de C. gloeosporioides na germinação, na viabilidade da semente e no estabelecimento de plântulas foi realizado com um isolado não transformado (I2) e um transformado pela técnica da GFP (I2-T) inoculados em sementes da cultivar Catuaí Vermelho (sementes de plantas com (PCS) e sem (PSS) sintomas de mancha-manteigosa) submetidas por diferentes potenciais de inóculo ( P0 – P5), pelo contato direto com a colônia em placas de Petri. Foram consideradas as variáveis, sanidade, germinação, índice de velocidade de emergência, tetrazólio e transmissibilidade. Verificou-se que, com o aumento do potencial de inóculo, houve aumento da incidência nas sementes para os dois materiais estudados. A porcentagem máxima de infecção nas sementes foi de 6% para PSS (I2) e 26,66% para PCS (I2-T). Em relação à variável germinação, só foi possível observar interação significativa (p<0,05) entre material genético x potencial de inóculo. Pelo teste do IVE ficou evidenciado que houve decréscimo de vigor, à medida que se aumentou o potencial de inóculo em ambos os materiais estudados. Em relação ao estande inicial e final, foi possível observar diminuição de valores dessas variáveis, tanto em MOPSS como em MOPCS para todos os tratamentos. O teste de tetrazólio mostrou que os prejuízos fisiológicos relacionados à elevação do potencial de inóculo apresentaram a mesma tendência que no teste de germinação, sendo possível observar em PSS, que a viabilidade das sementes foi superior a PCS. Através do teste de isolamento em placas com MEA ficou evidenciado que C. gloeosporioides é capaz de ser transmitido de semente – plântula, confirmando desta forma a capacidade infectiva do isolado transformado. Para identificar reações de defesa de cafeeiro em resposta à invasão por C. gloeosporioides o experimento foi conduzido em esquema fatorial 3 x 4 x 2 {(2 isolados de C. gloeosporioides –I2 e I2-T + 1 testemunha), 4 períodos de exposição das mudas aos isolados (6, 12, 24 e 48 horas) – coletas e 2 tipos de mudas: MOPCS e MOPSC } em DBC com 4 repetições. Para as análises enzimáticas foram plotadas curvas de progresso da atividade das enzimas por tempo de coleta e para os teores de fenóis solúveis totais o teste de Scott-Knott. Ficou evidenciado que C. gloeosporioides transformado geneticamente não perde sua capacidade de se manifestar no hospedeiro e ser percebido pelo mesmo, ativando desta forma os mecanismos de defesa da planta observados pelos picos de atividades da peroxidase e polifenoloxidase e do aumento dos teores de fenóis solúveis totais no caso de MOPSC.Item Efeito de micronutrientes e cultivares sobre a população fúngica em grãos de café(Universidade Federal de Lavras, 2000) Pasin, Liliana Auxiliadora Avelar Pereira; Abreu, Mário Sobral de; Universidade Federal de LavrasForam realizados três ensaios objetivando estudar aspectos relacionados à microflora fúngica dos grãos de café na qualidade do produto final e produção de ocratoxina A. No primeiro ensaio objetivou-se verificar o efeito de micronutrientes aplicados sobre os frutos na população fúngica associada aos grãos, produção de OTA e qualidade do produto. No segundo, verificar a ocorrência fúngica em diferentes cultivares, processadas pelas vias seca e úmida e detecção de OTA nas diferentes cultivares. O terceiro ensaio objetivou relacionar cada espécie fúngica presente nas amostras de diferentes cultivares com as características químicas dos grãos. A avaliação da incidência fúngica foi realizada quando os grãos atingiram teor de umidade em tomo de 12%, antes e após a desinfecção superficial com NaOCl 1%. A exteriorização dos fungos foi realizada através do método Blotter Test. A determinação de OTA foi realizada nos dois primeiros ensaios através de cromatografia líquida de alta eficiência (HPLC). Foram determinados os valores médios de lixiviação de potássio, condutividade elétrica, atividade enzimática da polifenoloxidase, fenólicos totais, açúcares totais redutores e não redutores, cafeína e acidez titulável e ácido clorogênico. O efeito dos micronutrientes foi verificado em grãos crus beneficiados, pulverizados com cobre, zinco, manganês e boro, aplicados isoladamente e em associação, diretamente sobre os grãos, desde a fase de chumbinho até a colheita. Para o segundo ensaio, frutos das cultivares Catuaí Amarelo, Mundo Novo, Acaiá, Rubi e Icatú, provenientes da safra 1998/1999, foram colhidos na Fazenda Experimental da EPAMIG, no município de Lavras/MG, constituindo as diferentes amostras analisadas. Parte dos frutos despolpados de cada cultivar foi imediatamente despolpados para posterior secagem no terreiro, a outra parte foi conduzida ao terreiro, onde permaneceu até atingir teor de umidade em torno de 12%. Os resultados obtidos no primeiro ensaio permitiram verificar que todos os nutrientes aplicados isoladamente reduziram significativamente a ocorrência dos fungos Aspergillus ochraceus, Fusarium semitectum e Cladosporium cladosporioides. Entretanto a ocorrência do fungo Penicillium variable não apresentou diferenças significativas entre os tratamentos realizados. Apesar da ocorrência interna do fungo A.ochraceus ter sido em tomo de 50% na testemunha, não se detectou a ocorrência de OTA nestas amostras. Verificaram-se valores médios mais elevados de lixiviação de potássio, condutividade elétrica e fenólicos totais e menor atividade enzimática da polifenoloxidase nas amostras de café com maior incidência dos fungos Aspergillus ochraceus, Fusarium semitectum e Cladosporium cladosponoides. Para o segundo e terceiro ensaio, verificou-se a ocorrência dos fungos P. variable, Penicillium rugulosum, Penicillium funiculosum, F. semitectum, Fusarium equiseti, A. ochraceus, Aspergillus niger e C. cladosporioides nas diferentes cultivares. Através dos resultados obtidos verificou-se que o fungo F. semitectum foi identificado apenas na cultivar Mundo Novo e F. equiseti foi identificado nas demais, não havendo diferenças significativas entre elas. Foram isolados, dos grãos das amostras, três espécies do gênero Penicillium, sendo: P. rugulosum na cultivar Rubi, P. funiculosum na cultivar Icatu e P. variable nas demais. A cultivar Acaiá apresentou maior incidência do fungo P. variable, seguida por Mundo Novo e Catuaí. A ocorrência de A. ochraceus não diferiu entre as cultivares processadas pela via seca. Nas amostras de café despolpado, houve maior incidência deste fungo na cultivar Icatu, não havendo diferença entre as demais. A ocorrência de A. niger não apresentou diferenças entre as cultivares. As cultivares processadas pela via seca não apresentaram diferenças para o fungo C. cladosporioides. A cultivar Icatu, quando processada via úmida, apresentou menor ocorrência, diferindo estatisticamente das demais. A contaminação interna para todas as espécies fúngicas detectadas foi significativamente inferior à contaminação externa. A ocorrência de OTA foi verificada apenas em uma cultivar processada pela via úmida, em nível bem abaixo do limite proposto pela União Européia. Pela análise dos resultados obtidos no terceiro ensaio, observou-se que a presença do fungo A. ochraceus reduz a atividade da enzima polifenoloxidase e aumenta os valores de lixiviação de potássio, condutividade elétrica e fenólicos totais. A incidência do fungo C. cladosporioides influenciou nos valores médios de lixiviação de potássio e condutividade elétrica.Item Infectividade de Colletotrichum e resistência do cafeeiro à mancha manteigosa(Universidade Federal de Lavras, 2014-02-27) Ogoshi, Cláudio; Abreu, Mário Sobral deObjetivou-se, neste trabalho, verificar a viabilidade e suscetibilidade de mudas de cafeeiro, obtidas de plantas com mancha manteigosa (GOPD), a Colletotrichum sp; analisar a reação de acesso de cafeeiros ao patógeno e identificar possíveis marcadores moleculares envolvidos na interação Colletotrichum x Cafeeiro. Na primeira parte deste trabalho, frutos foram colhidos de plantas com e sem sintomas da mancha manteigosa e a semeadura realizada em bandejas, contendo substrato esterilizado. No primeiro ensaio, avaliou-se a porcentagem de sementes germinadas e de mudas e plântulas viáveis. No segundo ensaio, dez cultivares comerciais e uma cultivar originada de plantas com mancha manteigosa foram inoculadas para a avaliação da severidade da antracnose. Já na segunda parte deste trabalho, 30 acessos de cafeeiro foram inoculados com Colletotrichum sp. Avaliou-se a severidade da doença, obtendo-se o Índice de Intensidade de Doenças (IID), sendo os genótipos classificados como: Resistente, Moderadamente Resistente, Moderadamente Suscetível e Suscetível. Além disso, avaliou-se o progresso da doença para obter a Área Abaixo da Curva de Progresso da Doença (AACPD). Realizou-se o teste de correlação de Pearson para as duas variáveis. Na última e terceira parte deste trabalho, utilizaram-se 24 acessos de cafeeiro já classificados à reação ao Colletotrichum, obtidos na segunda parte. Realizou-se a extração do DNA das folhas para a realização da reação de PCR na qual se utilizaram 59 pares de primers já publicados na literatura derivadas do projeto genoma café. Não houve diferença quanto à germinação das sementes. Porém, a viabilidade das plântulas e das mudas foi reduzida nas GOPDs. Essas apresentaram sintomas da mancha manteigosa, necrose nas folhas e nos hipocótilos, murcha e morte. A cultivar Catuaí Vermelho (GOPD) foi altamente suscetível à antracnose, apresentando a maior AACPD. Apenas dois acessos apresentaram-se como resistentes, o MG1062 (Iapar 59) e o MG0245 (Obatã Tardio). Como moderadamente resistentes, houve 11 acessos como o MG0225 (Iapar 59 polispermia) e o MG1043 (Sarchimor UFV 349-28). Foram classificados nove acessos como moderadamente suscetíveis, sendo a maioria Híbridos de Timor. Os acessos suscetíveis foram oito, destacando-se os genótipos provenientes de Mundo Novo. Houve uma alta correlação (0, 937) entre a AACPD e o IID, podendo-se optar por uma das duas variáveis para avaliação da resistência. Dentre os primers que foram testados visando à obtenção de marcadores moleculares, 43 foram amplificados. Desses, doze foram monomórficos. No presente trabalho não se encontraram primers polimórficos.Item Phialomyces macrosporus como agente bioprotetor contra Colletotrichum gloeosporioides e estimulante do crescimento em cafeeiro(Universidade Federal de Lavras, 2015-07-30) Resende, Gilvane Aparecida de Carvalho; Abreu, Mário Sobral deO desenvolvimento de métodos biológicos de controle de doenças vem ganhando importância na busca por formas mais sustentáveis de manejo da cultura do cafeeiro. A indução de resistência na planta é um dos modos de ação de microrganismos antagonistas no controle biológico de fitopatógenos. Alguns antagonistas exibem também a capacidade de estimular o crescimento da planta hospedeira. O presente trabalho consiste de dois estudos complementares. No primeiro, objetivou-se avaliar, em seguida à inoculação de sementes com o fungo antagonista P. macrosporus, o efeito bioprotetor contra C. gloeosporioides e promotor do crescimento de plântulas de cafeeiro. Foram comparados tratamentos com inoculação isolada ou combinada desses dois fungos, além de tratamentos controle e com utilização de fungicida. Avaliaram- se o desenvolvimento radicular inicial, a altura e a produção de biomassa na fase de plântulas. No segundo estudo, objetivou-se identificar processos enzimáticos influenciados pela inoculação de raízes do cafeeiro com o fungo P. macrosporus e confirmar sua capacidade de indução de resistência contra C. gloeosporioides, observando alterações das enzimas peroxidase, superóxido dismutase e quitinase. Foram utilizados tratamentos com inoculação isolada ou combinada desses dois fungos em raízes de plântulas de cafeeiro, com ou sem realização de ferimentos. Em períodos de 6, 12, 24 e 48 horas após a finalização dos procedimentos de inoculação, as raízes foram coletadas para determinação da atividade das enzimas peroxidase, superóxido dismutase e quitinase. A inoculação de sementes com P. macrosporus proporciona bioproteção para o cafeeiro ao inibir a ação do patógeno C. gloeosporioides, além de exercer efeito bioestimulante, promovendo o crescimento de raízes e maior acúmulo de biomassa. A indução de resistência é um dos mecanismos responsáveis pela ação antagônica do fungo Phialomyces macrosporus contra C. gloeosporioides no cafeeiro, por meio do estímulo à atividade das três enzimas estudadas, sendo o principal mecanismo relacionado à ativação da peroxidase.