UFLA - Teses
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Item Aspectos histopatológicos, epidemiologia e controle da mancha manteigosa em Coffea arabica L.(Universidade Federal de Lavras, 2006-07-24) Ferreira, Josimar Batista; Abreu, Mario Sobral deAtualmente, a doença conhecida como mancha manteigosa (MM) merece destaque devido aos ataques do fungo em ramos, flores e frutos em expansão, ocasionando reduções na produção. Objetivou-se, neste trabalho: avaliar os aspectos da infecção (pré-penetração, penetração e colonização) de C. gloeosporioides (cg) em folhas; conferir a colonização de cg agente MM em condições naturais da doença; realizar estudos epidemiológicos de dispersão espacial da doença, por meio de arranjos espaciais e da análise da dinâmica e estruturas de focos; avaliar a eficiência de fungicidas sobre C. gloeosporioides, (MM); avaliar a transmissibilidade semente-planta (MM), bem como comprovar o efeito do tratamento de sementes por fungicidas. Os conídios de cg aderiram nas depressões e nas células-guardas, formando septo antes da germinação. A penetração se deu por via direta e, muito raramente, por estômatos. A germinação ocorreu de 6 a 8 horas, produzindo apressórios com 12 horas e acérvulos de 96-144 horas após a inoculação. Os ramos, hipocótilos e nervuras de folhas de cafeeiros com MM têm os vasos do xilema, floema e células do córtex colonizados por cg. Nos frutos (MM) apareceram infecções nos tecidos do exocarpo, mesocarpo e endosperma. Plantas com MM, mesmo quando pulverizadas com fungicidas, têm significativa queda de frutos e morte de ramos. Os fungicidas triadimenol e chlorotalonil apresentaram alta eficiência nos teste in vitro e de campo. O mancozeb mostrou-se ineficiente. Observa-se, em áreas cafeeiras com MM, elevado número de focos unitários, verificando-se padrão espacial da doença de forma aleatório. Tal fato indica que a MM ocorra por meio de plantas isoladas, sendo a semente a principal via de transmissão. Sementes de plantas doentes evidenciam elevado número de morte de plântulas, com incidência de cg de 94,8% e severidade de 86,8%, enquanto que sementes colhidas em plantas sadias apresentaram plântulas vigorosas e em pleno desenvolvimento. Neste patossistema, a principal via de transmissão é a semente (semente-planta-semente).Item Variabilidade biológica e molecular de Colletotrichum gloeosporioides em cafeeiros(Universidade Federal de Lavras, 2013-09-16) Armesto, Cecília; Abreu, Mario Sobral deFungos do gênero Colletotrichum são cosmopolitas, sendo responsáveis por doenças em diversas plantas de importância agronômica. Na cultura do Café, três espécies foram descritas: Colletotrichum acutatum, Colletotrichum kahawae e Colletotrichum gloeosporioides. No Brasil ocorrem somente as espécies C. acutatum e C. gloeosporioides, as quais são atribuídos sintomas como: antracnoses, seca de ponteiro, mancha manteigosa, entre outros. Devido à vasta gama de sintomas observados e ao grande número do isolados encontrados nas plantas, acredita-se na existência de possíveis cepas patogênicas do patógeno, ou até mesmo uma espécie específica ao cafeeiro. Desse modo, o presente trabalho foi realizado com o objetivo de avaliar a variabilidade dos isolados de Colletotrichum spp. através de carcaterísticas morfo-fisiológicas, patogênicas, enzimáticas e genéticas. Foram coletados 33 isolados de Colletotrichum spp. em diversas lavouras cafeeiras do estado de Minas gerais. Todos os isolados apresentaram características morfo-fisiológicas semelhantes, sendo identificados como da espécie C. gloeosporioides. Os isolados quando inoculados em frutos apresentaram-se todos patogênicos, com níveis de agressividade variáveis, pórem quando inoculados em hipocótilos verificou-se que apenas 57% destes foram patogênicos. Os 33 isolados foram capazes de produzir as enzimas hidrolíticas: amilase, lacase, lípase, proteinase e pectinase, assim como pectinases especificas (polimetilgalacturonase, poligalacturonase e pectinaliase), os quais obtiveram correlação positiva quando avaliados em conjunto com os índices de agressividade. Por meio da análise de AFLP, observou-se a formação de três grupos distintos: isolados provenientes de plantas com sintomas de mancha manteigosa, provenientes de sintomas de seca de ponteiro e antracnose.