UFLA - Teses

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    Teste de tetrazólio em café: fisiologia e bioquímica de enzimas na estimação da germinação das sementes
    (Universidade Federal de Lavras, 2018-02-28) Fantazzini, Tatiana Botelho; Rosa, Sttela Dellyzete Veiga Franco da; Clemente, Aline da Consolação Sampaio
    Devido às discrepâncias entre os resultados do teste de germinação e do teste de tetrazólio na avaliação da qualidade de sementes de café, quatro estudos foram realizados objetivando-se investigar estas discrepâncias. Foram avaliadas as mudanças metabólicas que ocorrem em sementes de café com diferentes níveis de qualidade em relação aos testes de germinação e de tetrazólio. Primeiramente, foi realizado um estudo estatístico de dados históricos de resultados do teste de germinação e do teste de tetrazólio em amostras de sementes de café, analisando-se a correlação existente entre estes resultados, por meio de modelos de Regressão Generalizados Aditivos de Locação, Escala e Forma (GAMLSS). De acordo com os resultados da análise GAMLSS, a estimativa da germinação pelo teste de tetrazólio é variável em função das classes de porcentuais de germinação. Há maiores correlações de GAMLSS entre as porcentagens de plântulas normais e de viabilidade no teste de tetrazólio, para valores de germinação acima de 70% e baixas correlações abaixo deste valor, evidenciando que a avaliação de sementes de café, baseada apenas no teste de tetrazólio, pode não corresponder ao real desempenho fisiológico. No segundo estudo foi avaliada a aplicabilidade do teste de tetrazólio para estimar a viabilidade de sementes de café com diferentes tipos e níveis de estresses. Constatou-se que o teste de tetrazólio pode superestimar o potencial de sementes de café para produzir plântulas normais, principalmente em lotes de sementes com baixo nível de qualidade. No terceiro estudo, as alterações fisiológicas, respiratórias e de enzimas desidrogenases foram avaliadas em endospermas e embriões de sementes de café submetidas a diferentes tipos de estresses. O teste de tetrazólio superestima a germinação das sementes de baixa qualidade, principalmente quando estas são submetidas aos estresses de secagem em alta temperatura, exposição à temperatura subzero e armazenamento em ambiente não controlado. As enzimas glicose-6-fosfato desidrogenase, álcool desidrogenase e glutamato desidrogenase apresentam maior atividade em embriões do que em endospermas de sementes de café. Ocorrem variações na atividade das isoformas das enzimas xantina desidrogenase e diaforase nos embriões e endospermas das sementes de café. No quarto e último estudo, foram avaliadas as alterações fisiológicas e do sistema enzimático antioxidante em endospermas e em embriões de café, após estes serem submetidos a diferentes condições de estresse. As discrepâncias entre os resultados do teste de germinação e os resultados do teste de tetrazólio com superestimação da germinação foi confirmada neste estudo. As enzimas catalase e isocitrato liase apresentam maior atividade em endospermas do que em embriões, sendo esta atividade associada à maior deterioração. A enzima peroxidase não apresenta atividade em embriões de sementes de café.
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    Variabilidade genética e biológica de Meloidogyne exigua e patogenicidade de Meloidogyne spp. em genótipos de cafeeiro
    (Universidade Federal de Lavras, 2007-12-19) Muniz, Maria de Fátima Silva; Campos, Vicente Paulo
    Estudos isoenzimáticos e técnicas moleculares (SCAR e RAPD-PCR) foram realizados em 15 populações de três raças de Meloidogyne exigua, parasitas do cafeeiro no Brasil, Bolívia e Costa Rica e em uma população obtida de seringueira no Brasil. Esses estudos revelaram quatro fenótipos de esterase (E1, E2, E2a e E3) e três de malato-desidrogenase (N1, N1a e N2). Os primers SCAR em condição multiplex-PCR permitiram a identificação de todas as populações de M. exigua. Análises filogenéticas mostraram alto polimorfismo intra-específico (25,9-59,6%) para todas as populações estudadas. Entretanto, todas agruparam-se com 100% de bootstrap. Além disso, a caracterização de uma população de M. exigua obtida de seringueira revelou algumas diferenças, comparadas àquelas populações descritas no cafeeiro, principalmente na morfologia do estilete de macho e fêmea. Todavia, apresentou similaridades em várias características morfológicas e morfométricas, fenótipo E1 de esterase (Rm 1,5), em dados citológicos (número de cromossomos) e moleculares (SCAR e RAPD-PCR). Em outro estudo, 10 populações de Meloidogyne spp. foram inoculadas em sete genótipos de cafeeiro em casa de vegetação. As cultivares Obatã IAC 1669-20, Sarchimor IAC 4361 e Tupi Amarelo IAC 5111 exibiram suscetibilidade às quatro populações brasileiras de M. exigua. Entretanto, cv. Tupi Vermelho IAC 1669-33 mostrou-se resistente (FR = 0,7) a uma população de M. exigua proveniente de Lavras, MG, Brasil. A população de M. exigua oriunda de Bom Jesus de Itabapoana, RJ, Brasil, foi altamente virulenta (FR = 165,7) à cv. IAPAR 59, portadora do gene de resistência Mex-1 e ao genótipo H 419-5-4-5-2 (FR = 396,2). A população de Meloidogyne sp. do cafeeiro, Garça, SP, Brasil, reproduziu-se em baixos níveis (FR = 0,1-3,9) sobre todos os genótipos. Todas as cultivares foram suscetíveis a M. incognita e M. paranaensis. A reprodução de M. mayaguensis obtida de goiabeira, PR, Brasil, foi baixa (FR = 0,0-1,6), em todos os genótipos testados. Entretanto, a mesma espécie obtida do cafeeiro na Costa Rica apresentou valores de FR que variaram de 0,8 a 12,4. Os resultados deste trabalho mostraram, pela primeira vez, a quebra de resistência da cultivar IAPAR 59, resultante do cruzamento C. arabica cv. Villa Sarchi x Híbrido do Timor por uma população de M. exigua obtida em campo.