UFLA - Teses
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Resultados da Pesquisa
Item Uso de sementes criopreservadas e cultivo protegido para a produção de mudas de Coffea arabica L.(Universidade Federal de Lavras, 2019-03-22) Ricaldoni, Marcela Andreotti; Rosa, Sttela Dellyzete Veiga Franco daA propagação do cafeeiro da espécie arábica, ainda é, predominantemente, realizada por meio de mudas produzidas a partir do semeio de sementes, as quais apresentam lenta germinação e baixa tolerância a dessecação e longevidade. Estas características dificultam a produção das mudas em época de clima mais apropriado ao plantio e ao estabelecimento da lavoura. Desta forma, a proposta nestes estudos foi investigar a formação de mudas de cafeeiro, em diferentes épocas e ambientes, com sementes provenientes de diferentes tratamentos de secagem e de armazenamento. Neste sentido, a criopreservação ou armazenamento em nitrogênio líquido, por tempo indeterminado, das sementes adequadamente preparadas, é uma alternativa viável para o café. Assim, o objetivo no primeiro estudo foi investigar a formação de mudas a partir de sementes criopreservadas por seis meses, em duas safras consecutivas. Sementes de Coffea arabica L., cultivar ‘Catuaí amarelo’ IAC 62, foram colhidas no estádio de maturidade fisiológica, e submetidas a quatro tratamentos de secagem: sementes secadas em secador estacionário de pequena escala até atingirem 12% e 32% de umidade e armazenadas em câmara fria e seca; sementes secadas em solução salina saturada de NaCl até atingirem 17% de umidade, e sementes secadas em sílica gel até atingirem 17% de umidade, armazenadas em nitrogênio líquido. As mudas foram produzidas em viveiro, em sacos plásticos contendo Tropstrato, e com sementes recém-colhidas ou após seis meses de armazenamento, sendo que as com 12% e 32% de umidade foram armazenadas em câmara fria e, com 17%, em nitrogênio líquido. Foi constatado que sementes com 32% e 12% de umidade armazenadas em câmara fria, e com 17% de umidade armazenadas em nitrogênio líquido, após secagem em sílica gel, apresentam desempenhos fisiológicos iguais. A utilização de sementes de café secadas em sílica gel e criopreservadas é uma alternativa viável para a produção das mudas. No segundo estudo foi investigada a formação de mudas de café sob cultivo protegido em casa de vegetação, sistema utilizado com sucesso para espécies florestais. Neste estudo, objetivou-se investigar a formação de mudas de Coffea arabica L., provenientes de sementes submetidas a diferentes metodologias de secagem e armazenamento, incluindo a criopreservação em diferentes safras e locais de produção das mudas. Foi constatado que sementes de café com umidade de 32% armazenadas em câmara fria, e sementes com 17% criopreservadas, apresentam mesma germinação e vigor após seis meses de armazenamento. O desenvolvimento vegetativo de mudas de café arábica em casa de vegetação foi superior ao sistema convencional em viveiro na maioria das avaliações.Item Armazenabilidade de sementes de Coffea arabica L. e de Coffea canephora Pierre, submetidas a diferentes métodos de desmucilagem e de secagem(Universidade Federal de Lavras, 2005-08-10) Lima, Dinara Mattioli; Pinho, Édila Vilela Resende VonOs métodos de desmucilagem e de secagem podem influenciar na qualidade das sementes de café, principalmente em função das suas particularidades. O objetivo dessa pesquisa foi o de avaliar a influência de diferentes métodos de desmucilagem e de secagem, bem como a interação desses fatores sobre a qualidade e potencial de armazenamento das sementes de C. arabica cv. Acaiá e de C. canephora cv. Robusta Tropical. Os frutos foram colhidos no estádio cereja e despolpados mecanicamente. A retirada de mucilagem foi feita pelos processos de fermentação natural em água por 24 horas, de desmucilagem mecânica e de imersão em solução de hidróxido de sódio a 0,05% por 1 minuto. Após a desmucilagem, as sementes foram submetidas aos seguintes processos de secagem: natural, realizada à sombra e em terreiro suspenso e artificial, realizada em secador a 35 o C, para a cv. Acaiá e, na sombra e em secador, para a cv. Robusta. Todos os processos de secagem foram conduzidos até as sementes atingirem 12% de teor de água, para a cv. Acaiá e 18%, para a cv. Robusta. As avaliações foram feitas após a secagem e aos quatro e oito meses de armazenamento, nas sementes da cv. Acaiá e após dois e quatro meses, nas da cv. Robusta. As sementes foram armazenadas a 10oC em embalagens herméticas. Foram realizados os testes de germinação, emergência de plântulas, índice de velocidade de emergência e condutividade elétrica, além de análises eletroforéticas de proteínas resistentes ao calor e isoenzimas, e quantificação da polifenoloxidase, polifenóis e açúcares. O experimento foi instalado em delineamento inteiramente casualizado, em esquema fatorial 3x3x3 (3 processos de desmucilagem, 3 métodos de secagem, 3 épocas), para as sementes da cv. Acaiá e 3x2x3 para as de ‘Robusta’ (2 métodos de secagem: secador e sombra). Foram observadas diferenças significativas entre os métodos de desmucilagem, entre métodos de secagem, bem como para a interação entre esses dois fatores. Dessa forma, a escolha do método de secagem a ser utilizado em sementes de cafeeiro depende do método de desmucilagem adotado. A desmucilagem mecânica e fermentação em água e secagem à sombra propiciam melhor qualidade para as sementes da cultivar Acaiá.Item Secagem e armazenamento do café: aspectos qualitativos e sanitários(Universidade Federal de Lavras, 2006-07-26) Reinato, Carlos Henrique Rodrigues; Borem, Flávio MeiraO presente trabalho teve como objetivo estudar a qualidade e a sanidade durante a secagem e o armazenamento dos cafés bóia, cereja, roça e cereja descascado submetidos à secagem natural em terreiros com três diferentes tipos de pavimentações e duas distintas camadas de secagem. O delineamento experimental da etapa de secagem consistiu de um DIC, com os tratamentos dispostos em um esquema fatorial 4 x 3 x 2, sendo quatro formas de processamento do café (roça, cereja descascado, cereja + verde e bóia), três tipos de terreiro (terreiro de terra, concreto e lama asfáltica) e duas espessuras de camada de secagem do café (fina e grossa), totalizando 24 tratamentos. Foram utilizadas duas repetições para cada tratamento, totalizando 48 unidades experimentais. Cerca de 15000 litros de café foram colhidos sobre pano e secados nos diferentes terreiros. Deste total, 2400 litros foram levados diretamente aos terreiros para secagem (café roça). Cerca de 4800 litros foram lavados e separados por diferença de densidade. A porção bóia e a porção cereja e verde foram secadas separadamente nos terreiros. Finalmente, 9600 litros de café foram lavados, descascados e secados nos terreiros. Os cafés foram dispostos nos terreiros em duas espessuras, fino (camada de um grão para o descascado e 3 cm para os demais cafés) e grosso (4 cm para o cereja descascado e 8 cm para os demais tipos de café). Após a secagem, amostras de café foram coletadas, beneficiadas e submetidas às analises. Na etapa de armazenamento, o café proveniente dos diversos tratamentos foi acondicionado em saco de juta e colocado em um caixa confeccionada de madeira localizada dentro de uma tulha com café em coco. Os tratamentos foram armazenados por um ano sendo realizadas três amostragens, a primeira amostragem foi realizada no quarto mês, a segunda no oitavo mês e a última amostragem no décimo segundo mês de armazenamento. Para a avaliação da qualidade, foram realizadas as seguintes análises: lixiviação de potássio, condutividade elétrica, compostos fenólicos, acidez titulável total, açúcares totais, redutores e não redutores, prova de xícara e contagem dos defeitos preto, verde, ardido e preto verde. Para avaliar a ocorrência de fungos, 25 grãos sem desinfecção superficial foram colocados em placa de Petri. O meio de cultura usado foi DG18 (Dicloram Dextrose-Glicose a 18%). O período de incubação foi de sete dias a 25oC, até a exteriorização e desenvolvimento dos fungos. As observações referentes aos grãos contaminados foram realizadas a olho nu e, em casos de dúvida, com o auxílio de microscópio estereoscópio. O índice de ocorrência de fungos foi expresso em porcentagem. Os dados foram analisados usando análise multivariada e univariada. Os programas usados foram o Multitab 4.0, Sisvar e SAS. Os resultados obtidos foram organizados em 3 artigos. Os artigos 1 e 2 referem-se ao estudo das alterações químicas e da ocorrência de fungos dos cafés submetidos a duas camadas em terreiros com 3 diferentes pavimentações (terra, lama asfáltica e concreto). No artigo 3, estudaram-se as alterações químicas ocorridas durante o armazenamento. Observou-se, no artigo 1, que o tipo do café e a espessura da camada são fatores preponderantes para a diferenciação das características químicas e físico- químicas entre os cafés estudados. No artigo 2, os resultados indicaram que a secagem em terreiros, conduzida em camada grossa, proporcionou menor ocorrência de fungos do gênero Clodosporium e maior ocorrência de fungos do gênero Fusarium, Eurotium e das seções Nigri e Circundati. No artigo 3, os resultados indicaram que, dentre os fatores estudados, a secagem em camada grossa é a que mais influencia a perda de qualidade durante o armazenamento.Item Utilização de soro lácteo, goma xantana e amido modificado na elaboração de doce de leite com café(Universidade Federal de Lavras, 2013-01-21) Rocha, Larissa de Oliveira Ferreira; Pimenta, Carlos JoséA utilização do soro lácteo na fabricação de doce de leite possibilita a obtenção de um doce de leite semelhante ao doce de leite tradicional, apresentando-se como uma alternativa para o aproveitamento do soro em fábricas de laticínios. Entretanto, poucos são os estudos a esse respeito. Este trabalho foi realizado com o objetivo de determinar a vida de prateleira de um novo produto (doce de leite com café e soro lácteo), utilizando amido modificado e goma xantana para o controle da cristalização, verificar o efeito do tempo nas características de qualidade e avaliar a viabilidade econômica de sua produção. Os resultados para ambos os doces, indicaram boa aceitação ao longo de seis meses de armazenamento, da mesma forma foi verificada estabilidade microbiológica e não houve formação de cristais de lactose até 180 dias de armazenamento do doce com amido e até 150 dias de armazenamento do doce com goma. Observou-se que o tempo exerceu efeito significativo em algumas variáveis analisadas, no entanto, essas alterações não provocaram diferenças nas características de qualidade do doce. Assim, foi possível estabelecer a vida de prateleira em 180 dias de armazenamento para o doce com amido e 150 dias de armazenamento para o doce com goma. Em relação à viabilidade econômica, os resultados mostraram uma lucratividade igual a 38%, uma rentabilidade de 8% e um prazo de retorno dos investimentos de 12 meses, para ambos os doces. O ponto de equilíbrio para o doce de leite com amido foi de 38 unidades e para o doce com goma de 34 unidades. Diante dos resultados, verificou-se que é viável economicamente a inclusão desse novo produto ao portfólio de produtos de uma empresa que já produza doce de leite tradicional.