UNESP - Teses
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Item Distribuição de inseticidas em frutos do cafeeiro (Coffea arabica L.) e eficiência no controle da broca-do-cafeeiro (Hypothenemus hampei F.)(Faculdade de Ciências Agronômicas - Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, 2009-05-21) Miranda, Gustavo Rabelo Botrel; Raetano, Carlos GilbertoCom o objetivo de verificar a distribuição da pulverização, eficiência e risco de impacto ambiental de três inseticidas (chlorpirifos, endossulfan e etofenproxi) utilizados no controle da broca do cafeeiro (Hypothenemus hampei F.), com diferentes equipamentos e volumes de calda, foram conduzidos dois experimentos em lavoura de café (Acaiá) localizada no município de Campos Gerais/MG e, um estudo de previsão de impacto ambiental dos inseticidas realizado em Lisboa/Portugal. O primeiro experimento foi conduzido no delineamento de blocos ao acaso simples e os tratamentos distribuídos no esquema de parcelas subdivididas constituídos por três volumes de calda (150, 300 e 600 L.ha -1 ), combinados com turbopulverizadores (pneumático e hidráulico), sendo o volume menor pulverizado com turbopulverizador pneumático e os outros dois volumes com turbopulverizador hidráulico convencional para café, em sete repetições e, para se avaliar a eficiência dos inseticidas, um segundo experimento foi conduzido no delineamento de blocos ao acaso simples com 10 tratamentos onde combinou-se os tratamentos do experimento anterior com os inseticidas (chlorpirifos, endossulfan e etofenproxi) acrescido de testemunha, em quatro repetições. As parcelas de ambos os experimentos foram constituídas por três linhas de dez plantas cada e avaliadas as quatro plantas centrais de cada parcela. O primeiro experimento avaliado com papéis hidrossensíveis foi realizado em quatro partes diferentes da planta, SML (superior mesmo lado do pulverizador), SLO (superior lado oposto ao caminhamento do pulverizador), IML (inferior mesmo lado do pulverizador) e ILO (inferior lado oposto ao caminhamento do pulverizador), constituindo assim, parcelas subdivididas no espaço. A avaliação da cobertura de pulverização dos frutos no primeiro experimento foi realizada com o uso do corante amarelo fluorescente Saturn Yellow a 0,15% (v/v) na calda atribuindo-se notas de 1 a 5 (1 = ausência de gotas, 2 = 25% de cobertura, 3 = 50% de cobertura, 4 = 75% de cobertura e 5 = 100% de cobertura), dividindo a planta em duas partes para a avaliação: superior e inferior. E, na avaliação quantitativa de depósitos de corante azul brilhante (primeiro experimento) foram coletados 5 frutos na parte superior e 5 frutos na parte inferior da cada planta avaliada para quantificar os depósitos do corante com uso de espectrofotômetro. No segundo experimento, quatro ramos foram marcados na planta (um em cada quadrante), sendo um do lado direito inferior da planta, um do lado esquerdo inferior, um do lado direito superior e outro do lado esquerdo superior, onde foram contados o número de grãos broqueados em cada ramo antes da pulverização, avaliados quinzenalmente até a colheita. Na colheita, os grãos de café de cada parcela foram separados em “bóia”, “verde” e “cereja”, medindo-se o volume e a massa dos grãos. As amostras de café foram secas durante um mês em terreiro para secagem natural. Posteriormente, as amostras foram beneficiadas, classificadas quanto ao tipo e encaminhadas ao laboratório LARP / ESALQ / USP para verificar a quantidade de resíduos no café beneficiado. Quanto aos modelos preditivos sobre o impacto ambiental a partir das características intrínsecas dos produtos endossulfan, clorpirifos e etofenproxi, realizaram-se estudos no Instituto Superior de Agronomia/Universidade Técnica de Lisboa (ISA/UTL) e recorreu-se ao cálculo de um modelo de análise multicompartimental (modelo de fugacidade) e aos índices de lixiviação (GUS e Bacci & Gaggi). Nesta abordagem foram considerados três cenários comparativos, variando os valores de K oc e DT 50 dos inseticidas em análise utilizando adequadas bases de dados destes parâmetros. Foram ainda calculados indicadores ambientais, os quais permitiram analisar as possibilidades de impacto ambiental, considerando dados ecotoxicológicos dos inseticidas e do compartimento ambiental. Os resultados foram analisados pelo teste F e as médias comparadas por Tukey para os dois primeiros experimentos. Concluiu-se que as aplicações com turbopulverizador hidráulico (300 e 600 L.ha -1 ) atingem com mais intensidade a parte inferior do cafeeiro; a aplicação com turbopulverizador pneumático (150L.ha -1 ) é mais homogênea que as aplicações com turbopulverizador hidráulico (300 e 600 L.ha -1 ); todos os produtos foram igualmente eficiente e o produto mais vantajoso para controle da broca do cafeeiro é o endossulfan pois este foi realizado uma pulverização enquanto os outros dois produtos foi necessário realizar uma segunda pulverização; Os danos da broca do café na classificação para os diferentes inseticidas é sempre tipo 2; não foram detectados resíduos dos inseticidas em café beneficiado; mais de 95% de cada inseticida tem tendência de ficar retido no solo; os inseticidas em estudo não são lixiviáveis para o lençol freático; o etofenproxi possui características de menor impacto ambiental.Item Rentabilidade econômica e dispêndios energéticos nos sistemas de café convencional e irrigado em três municípios na região de Marília, São Paulo(Faculdade de Ciências Agronômicas - Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, 2016-12-16) Turco, Patricia Helena Nogueira; Esperancin, Maura Seiko TsutsuiO objetivo deste trabalho é avaliar o benefício econômico e os dispêndios energéticos do cultivo de café, comparando os sistemas de café convencional e irrigado. Para o desenvolvimento do estudo, os sistemas produtivos foram delineados a partir de dados informados por uma amostra de produtores, para elaboração de uma matriz de coeficientes técnicos médios. A metodologia utilizada para a estimativa do custo operacional de produção é a do Instituto de Economia Agrícola (IEA) e foram avaliados indicadores de rentabilidade como receita bruta, lucro operacional e índice de lucratividade. Na análise energética foram observadas e quantificadas todas as operações realizadas, juntamente com suas exigências físicas, classificando-as em seus respectivos fluxos, a partir da definição das entradas e saídas de energia, traduzindo-as em equivalentes energéticos e determinando, assim, a matriz energética dos dois sistemas de produção de café. Os resultados da produtividade apontam que o café em sistema irrigado por gotejo produz 10,4 sacos de 60 kg de café beneficiado a mais que o sistema convencional. O custo operacional efetivo (COE) no sistema irrigado é maior do que no sistema convencional. Na composição do custo, no sistema de café convencional os maiores gastos foram com adubos no item insumos e, no sistema irrigado, os maiores dispêndios foram com máquinas e equipamentos principalmente com a colheita, nos anos de 2013, 2014 e 2015. Os lucros operacionais nos anos de 2012, 2013 e 2015 foram positivos, sendo que o índice de lucratividade para o café convencional em 2015 foi de 44,8% e para o sistema irrigado por gotejo em 49,7%. No ano de 2014, os índices de lucratividade foram negativos tanto para o sistema de produção de café irrigado (- 8,6%) como para o sistema de café convencional, que foi de (- 13,9%). A melhor opção para o produtor é o sistema irrigado por gotejo, pois possibilita diminuir o risco de perda na produção em períodos prolongados de déficits hídricos além de possibilitar o maior rendimento com uma produção maior de grãos. Os resultados energéticos mostram que na estrutura de dispêndios energéticos por tipo, fonte e origem, tem-se que a energia indireta participou com mais de 66%, sendo os adubos os dispêndios mais altos. O indicador de eficiência energética, nos dois sistemas de produção, apresenta um valor médio de 4,16 para café convencional e de 3,26 para o café irrigado. Esse valor indica que a relação entre a somatória das energias totais e a somatória das “entradas” de energia não renováveis é positiva. Vê-se, portanto, que o consumo de energia direta de origem fóssil é significativo nos dois sistemas de produção. O balanço energético, que mostra a diferença entre as energias totais e “entradas” de energias não renováveis, foi positivo nos dois sistemas produtivos, em média de 25.258,55 MJ ha -1 para o café convencional e 26.712,94 MJ ha -1 para o café irrigado por gotejo. A melhor opção entre os dois sistemas para o produtor em termos energéticos é o café irrigado por gotejo, pois possibilita que o produtor tenha uma melhor saída de energia mesmo tendo um valor maior no balanço energético. A continuação de estudos poderá fornecer subsídios sobre balanço energético. A determinação de informações específicas para as condições de produção de café pode contribuir como uma importante ferramenta para definir novas tecnologias e manejos da produção, proporcionando economia de energia e, consequentemente, aumento da eficiência energética e redução de custo de produção.