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    Atributos químicos do solo e estado nutricional de cafeeiros em diferentes densidades populacionais
    (Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, 2008-04-01) Paulo, Edison Martins; Furlani Jr., Enes
    A produção trienal de café, os atributos químicos do solo e o teor foliar dos macronutrientes em cultivares de cafeeiro (Coffea arabica L.) sob diferentes densidades de plantio foram avaliados em Adamantina, município situado na região da Alta Paulista (SP), entre maio de 1995 e fevereiro de 2000. As cultivares de café Catuaí Amarelo (IAC 47) e Obatã (IAC 1669- 20), de porte baixo, e Acaiá (IAC 474-19) e Icatu Amarelo (IAC 2944), de porte alto foram estabelecidas em covas com uma planta, distanciadas por 1,0 m entre si na linha de plantio, nas densidades populacionais de 2500, 5000, 7519 e 10000 plantas por hectare. A população de 2500 plantas por hectare com duas plantas por cova também foi estudada. Adotou-se o delineamento estatístico de blocos ao acaso com três repetições, com parcelas subdivididas, correspondendo às parcelas as populações e às subparcelas as cultivares. A adubação recomendada por área foi distribuída igualmente entre as plantas de cada tratamento. A calagem não foi feita após o plantio dos cafeeiros. A produção trienal de café por área e por planta foi maior nos cafeeiros de porte baixo, que não diferiram entre si. O aumento da população de cafeeiros causou maior produção trienal de café por área e diminuição da produção por planta. Os cafeeiros das covas com duas plantas produziram mais café. Cinco anos após o plantio os solos das cultivares de cafeeiro diferiram nos teores de matéria orgânica, de cálcio e de potássio, respectivamente nas camadas 0-20 e 20-40 cm, 0-20 cm e 20-40 cm, e foram semelhantes nos demais atributos químicos do solo. Nas camadas 0-20 cm e 20-40 cm dos solos da Icatu Amarelo e Catuaí Amarelo a matéria orgânica aumentou com a população dessas cultivares e foi maior nos solos com dois cafeeiros por cova. O aumento da densidade populacional resultou na camada 20-40 cm do solo maiores teores de cálcio e de magnésio e maiores valores de soma de bases, saturação por bases e pH, diminuindo a acidez potencial, enquanto na camada 0-20 cm diminuiu o teor de potássio e a CTC potencial. O plantio de dois cafeeiros por cova diminuiu o pH da camada 0-20 cm do solo e a acidez potencial e a capacidade de troca de cátions potencial da camada 20-40 cm, mas não alterou os teores de fósforo, potássio, cálcio e magnésio e a soma de bases e a saturação por bases do solo. As cultivares diferiram nos teores foliares dos macronutrientes exceto quanto ao cálcio, encontrando-se os maiores teores dos elementos nas cultivares de porte alto. A Obatã foi a cultivar com o menor teor foliar de cada um dos macronutrientes. Os teores foliares de fósforo, potássio e enxofre aumentaram com a população de cafeeiros, observando-se maiores concentrações de fósforo, cálcio e enxofre nas folhas dos cafeeiros plantados dois em cada cova. A aplicação de faixas de referências de teores adequados de macronutrientes nas folhas dos cafeeiros propostos por diferentes autores proporcionou diferentes diagnósticos do estado nutricional das plantas de café. Adotando-se a maior amplitude dos limites superior e inferior das faixas de referência propostas constatou-se teor adequado dos macronutrientes nas cultivares e populações de cafeeiros, excetuando-se o nitrogênio e o enxofre com altas concentrações. O estudo mostrou uso mais eficiente dos recursos nutricionais pelos cafeeiros sob adensamento que apresentaram teor foliar dos macronutrientes igual ou maior que aqueles sob espaçamento convencional na ocasião da amostragem.