UNESP - Teses

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    Variabilidade espacial de atributos de solo e produtividade em área cultivada com café orgânico e convencional
    (Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias - Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, 2006-06) Souza, Cleber Kouri de; Corá, José Eduardo
    O objetivo deste trabalho é avaliar a distribuição espacial de atributos do solo e produtividade da cultura do café em áreas com diferentes sistemas de manejo: sistema convencional e sistema orgânico, visando à definição de zonas específicas de manejo. Foram feitas amostragens de solos em espaçamento regulares de 15m na transeção e 16m entre transeções em profundidade de 0-20cm. Determinaram-se matéria orgânica, fósforo, potássio, soma de base, capacidade de troca de cátions, saturação por bases, boro, cobre, ferro, manganês, zinco e produção da cultura nas safras 2003/2004 e 2004/2005. Para cada um dos atributos do solo estudados e produtividade da cultura, foi obtido os parâmetros da estatística descritiva, os semivariogramas e mapas de isovalores. Os valores médios, para a maioria dos atributos analisados, foram encontrados no sistema orgânico. O sistema convencional apresentou as maiores variabilidades dos dados expressas pelos maiores valores de coeficiente de variação. Os menores alcances, para a maioria dos atributos, foram observados no sistema convencional. A partir dos mapas de isovalores foi possível visualizar a distribuição espacial dos níveis de fertilidades do solo, sugerindo manejo diferenciado para cada área. Portanto, o estudo da variabilidade espacial dos atributos do solo e produção da cultura associado aos mapas de isovalores, auxiliam na caracterização e diferenciação de zonas específicas de manejo.
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    Fertirrigação por gotejamento e seu efeito na cultura do café (Coffea arabica L.) em formação
    (Faculdade de Ciências Agronômicas - Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, 2003-12) Leite Júnior, João Batista; Boas, Roberto Lyra Villas
    Realizou-se um experimento para verificar a melhor dose de adubação nitrogenada e potássica por fertirrigação no cafeeiro (cv Catuaí Vermelho, IAC-81) em formação no espaçamento de 2,5 por 0,80 m, na área experimental do Departamento de Engenharia Rural da FCA, – UNESP, Campus de Botucatu – SP, num Nitossolo Distrófico textura argilosa a 786m de altitude, com médias anuais de precipitação de 1447mm e evapotranspiração de referência de 684mm, no período de abril de 2001 a junho de 2003. Utilizou-se para irrigação por gotejamento, o tape “Chapin” com espaçamento de 20 cm entre emissores e um Venturi para a injeção de fertilizantes, sendo que o manejo da irrigação foi realizado por leituras de tensiômetros. Utilizou-se um clorofilômetro (SPAD-502 da Minolta) para monitorar os teores de N na planta. O delineamento consistiu em 4 blocos casualizados, onde foram dispostos 8 tratamentos, sendo 5 doses de N (uréia) e K (cloreto de potássio) (0%, 50%,100%,150% e 200% do recomendado para o cafeeiro no estado de São Paulo por Raij e colaboradores do Grupo Paulista de Adubação do Cafeeiro no Boletim 100 do IAC, 1997), 2 tratamentos com aplicação de 100% da dose recomendada (com e sem irrigação) e testemunha (sem adubação e sem irrigação). Ao final do experimento conclui-se que a irrigação comparada com o tratamento sem irrigação promoveu diminuição no teor de MO do solo na camada de 20 a 40 cm; aumento dos teores de P, S na folha; nenhuma diferença no diâmetro de caule, altura de plantas e na produtividade. A fertirrigação, comparada com a adubação convencional, promoveu: diminuição do pH e teor de Mg, com aumento do H + Al no solo na camada de 0 a 20 cm; diminuição de pH e SB com aumento do H + Al na camada de 20 a 40 cm; aumento no teor de N na folha; aumento na altura e diâmetro de caule no primeiro e início do segundo ano; nenhuma diferença estatística na produtividade, embora na fertirrigação a produção aumentou 27,5%, obtendo 3666 kg ha -1 (61,1 sacas ha -1 ) com 33% acima da dose recomendada. Com aumento das doses de fertirrigação ocorreu diminuição do pH, P, V% e aumento de K na camada de 0 a 20 cm; relações quadráticas negativas para MO, Ca, SB e CTC na camada de 0 a 20 cm; diminuição do pH, P, Ca, V% e SB, aumento do H +Al e K, relações quadráticas negativas para MO, na camada de 20 a 40cm; aumento de N e K, diminuição de Mg, P e B na folha; nenhuma diferença para diâmetro de caule e altura de plantas, mas houve aumento de produtividade, obtendo 61,1 sacas ha -1 com 133% da dose recomendada. O clorofilômetro apresentou correlação linear positiva entre a sua leitura (IRC) e as doses de nitrogênio aplicadas via fertirrigação.
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    Atributos químicos do solo e estado nutricional de cafeeiros em diferentes densidades populacionais
    (Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, 2008-04-01) Paulo, Edison Martins; Furlani Jr., Enes
    A produção trienal de café, os atributos químicos do solo e o teor foliar dos macronutrientes em cultivares de cafeeiro (Coffea arabica L.) sob diferentes densidades de plantio foram avaliados em Adamantina, município situado na região da Alta Paulista (SP), entre maio de 1995 e fevereiro de 2000. As cultivares de café Catuaí Amarelo (IAC 47) e Obatã (IAC 1669- 20), de porte baixo, e Acaiá (IAC 474-19) e Icatu Amarelo (IAC 2944), de porte alto foram estabelecidas em covas com uma planta, distanciadas por 1,0 m entre si na linha de plantio, nas densidades populacionais de 2500, 5000, 7519 e 10000 plantas por hectare. A população de 2500 plantas por hectare com duas plantas por cova também foi estudada. Adotou-se o delineamento estatístico de blocos ao acaso com três repetições, com parcelas subdivididas, correspondendo às parcelas as populações e às subparcelas as cultivares. A adubação recomendada por área foi distribuída igualmente entre as plantas de cada tratamento. A calagem não foi feita após o plantio dos cafeeiros. A produção trienal de café por área e por planta foi maior nos cafeeiros de porte baixo, que não diferiram entre si. O aumento da população de cafeeiros causou maior produção trienal de café por área e diminuição da produção por planta. Os cafeeiros das covas com duas plantas produziram mais café. Cinco anos após o plantio os solos das cultivares de cafeeiro diferiram nos teores de matéria orgânica, de cálcio e de potássio, respectivamente nas camadas 0-20 e 20-40 cm, 0-20 cm e 20-40 cm, e foram semelhantes nos demais atributos químicos do solo. Nas camadas 0-20 cm e 20-40 cm dos solos da Icatu Amarelo e Catuaí Amarelo a matéria orgânica aumentou com a população dessas cultivares e foi maior nos solos com dois cafeeiros por cova. O aumento da densidade populacional resultou na camada 20-40 cm do solo maiores teores de cálcio e de magnésio e maiores valores de soma de bases, saturação por bases e pH, diminuindo a acidez potencial, enquanto na camada 0-20 cm diminuiu o teor de potássio e a CTC potencial. O plantio de dois cafeeiros por cova diminuiu o pH da camada 0-20 cm do solo e a acidez potencial e a capacidade de troca de cátions potencial da camada 20-40 cm, mas não alterou os teores de fósforo, potássio, cálcio e magnésio e a soma de bases e a saturação por bases do solo. As cultivares diferiram nos teores foliares dos macronutrientes exceto quanto ao cálcio, encontrando-se os maiores teores dos elementos nas cultivares de porte alto. A Obatã foi a cultivar com o menor teor foliar de cada um dos macronutrientes. Os teores foliares de fósforo, potássio e enxofre aumentaram com a população de cafeeiros, observando-se maiores concentrações de fósforo, cálcio e enxofre nas folhas dos cafeeiros plantados dois em cada cova. A aplicação de faixas de referências de teores adequados de macronutrientes nas folhas dos cafeeiros propostos por diferentes autores proporcionou diferentes diagnósticos do estado nutricional das plantas de café. Adotando-se a maior amplitude dos limites superior e inferior das faixas de referência propostas constatou-se teor adequado dos macronutrientes nas cultivares e populações de cafeeiros, excetuando-se o nitrogênio e o enxofre com altas concentrações. O estudo mostrou uso mais eficiente dos recursos nutricionais pelos cafeeiros sob adensamento que apresentaram teor foliar dos macronutrientes igual ou maior que aqueles sob espaçamento convencional na ocasião da amostragem.
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    Absorção e translocação de boro em cafeeiro
    (Faculdade de Ciências Agronômicas - Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, 2002-04) Leite, Vagner Maximino; Rosolem, Ciro Antonio
    Existe controvérsia sobre o modo de aplicação de B em cafeeiro, teor foliar e produtividade, que pode estar relacionada tanto com a absorção quanto com a translocação do nutriente em função do modo de aplicação e do cultivar utilizados. Com o intuito de avaliar a absorção, a translocação e alguns efeitos morfológicos e anatômicos do B sobre o cafeeiro, foram realizados 2 experimentos em campo e 2 em casa-de-vegetação, utilizando-se o isótopo estável 10 B, medições e microscopia eletrônica de varredura. No primeiro experimento em campo, que teve a duração de 2 anos, o ácido bórico foi aplicado em diferentes doses, em pré e/ou pós-florada. Para as avaliações, os ramos foram coletados e divididos em 3 partes, sendo analisados quanto ao teor de B nas folhas, haste e estruturas reprodutivas, o número de nós, o número de folhas, o comprimento ramo e a matéria seca das folhas e dos frutos. Não houve diferenças significativas entre tratamentos para o conteúdo de B nas diferentes partes analisadas, e não foram observados alterações morfológicas ou efeito na produtividade do cafeeiro nos 2 anos. O pincelamento de ácido bórico enriquecido (H 310 BO 3 ) nas folhas, constou do segundo experimento em campo, onde se observou a dependência das chuvas, para que ocorresse a translocação do B aplicado nas folhas para a haste, folhas do ponteiro e frutos. Do B contido nas folhas do ponteiro 30 dias após a aplicação e no fruto durante todo o período avaliado, 5% foi translocado do fertilizante pincelado. Os experimentos quanto ao modo de aplicação, foliar ou radicular, a translocação e as alterações anatômicas em suficiência ou deficiência de B foram realizados em casa-de- vegetação. As plantas cresceram em vasos com areia lavada recebendo solução nutritiva completa, menos B, o qual foi aplicado separadamente ou via foliar ou via substrato. As alterações morfológicas foram semelhantes às encontradas no experimento de campo, apresentando correlação entre teor de B e produtividade. O uso de 10 B permitiu observar o transporte via corrente de transpiração do nutriente aplicado no substrato e a translocação foi provada ao se encontrar isótopo marcado aplicado via foliar, na raiz das plantas. A deficiência de B implicou em vasos de xilema mais finos e menos resistentes, tortuosidade nos vasos do feixe vascular, superfície irregular da parede celular de células do parênquima de folhas e menor número e formato anormal de estômatos. Concluiu-se que houve translocação do B aplicado, seja via foliar ou substrato, e que em campo, esta translocação é dependente das chuvas; a deficiência de B implicou em alterações anatômicas nos feixes vasculares e que estas anormalidades podem ser as responsáveis pelas mudanças morfológicas relacionadas à deficiência de B.