Coffee Science - v.09, n.1, 2014
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Item Avaliação do silício no comportamento alimentar da cochonilha- branca [Planococcus citri (Risso) (Pseudococcidae)] em cafeeiro(Editora UFLA, 2014-01) Santa-Cecília, Lenira Viana Costa; Prado, Ernesto; Moraes, Jair Campos dePesquisas visando à utilização de silício contra insetos-praga têm demonstrado o aumento do grau de resistência das plantas ao ataque desses organismos. Assim, foi estudado o efeito desse mineral no comportamento alimentar da cochonilha- branca [Planococcus citri (Pseudococcidae)] em cafeeiro, utilizando a técnica de monitoramento eletrônico (EPG). A fonte de silício foi o silicato de cálcio (CaSiO 3 ) incorporado ao solo na dosagem de 1 g/250 g de solo/vaso, contendo plantas de Coffea arabica cvs. Catuaí e Catucaí e a testemunha (sem aplicação). O estudo do comportamento alimentar mostrou que, nas plantas crescidas em solo tratado com silicato de cálcio, as cochonilhas atingiram o floema, seu local de alimentação, em tempo similar ao verificado nas plantas não tratadas, demonstrando ausência de barreira mecânica por efeito da aplicação do silício. Nenhum parâmetro associado às fases floemáticas e xilemáticas apresentou diferenças, seja nas cultivares ou nos tratamentos com e sem silicato de cálcio. Dessa forma, o emprego do silicato, na dosagem avaliada, não afetou os parâmetros do comportamento alimentar estudado na cochonilha P. citri, em cafeeiro.Item Comparação da sensibilidade do ácaro-praga Brevipalpus phoenicis e do predador Agistemus brasiliensis a agroquímicos(Editora UFLA, 2014-01) Fuzita, Anderson Teidy; Sato, Mário Eidi; Silva, Marcos Zatti da; Nicastro, Roberto Lomba; Mendonça, Márcio José Cardoso deDentre as pragas que atacam o cafeeiro (Coffea spp.), destacam-se algumas espécies de ácaros fitófagos que podem causar perdas consideráveis, como por exemplo, Oligonychus ilicis (McGregor, 1917) (Acari: Tetranychidae) e Brevipalpus phoenicis (Geijskes, 1939) (Acari: Tenuipalpidae), vetor do vírus da mancha-anular do cafeeiro (CoRSV). Estudos recentes têm indicado que ácaros da família Stigmaeidae, principalmente dos gêneros Agistemus e Zetzellia, são importantes inimigos naturais de ácaros-praga, como B. phoenicis e O. ilicis. Objetivou-se, no presente trabalho, avaliar o efeito de diversos compostos químicos (inseticidas, acaricidas e fungicidas), utilizados em cafeeiro e/ou citros (ou em fase de registro) no Brasil, sobre o ácaro-praga B. phoenicis e o predador Agistemus brasiliensis Matioli, Ueckermann & Oliveira, 2002 (Acari: Stigmaeidae). Foram avaliados diversos agroquímicos, utilizando-os em suas concentrações recomendadas para o controle de pragas ou doenças em cafeeiro ou citros. As aplicações foram realizadas em torre de Potter. Avaliou-se a toxicidade sobre adultos de ambas as espécies, além do efeito dos compostos sobre a taxa de crescimento instantânea (r i ) dos ácaros. Abamectina, cipermetrina+profenofós, deltametrina+triazofós, diafentiurom, fenpropatrina, espirodiclofeno e etoxazol foram altamente prejudiciais a B. phoenicis e A. brasiliensis. Ciflumetofem e malationa causaram redução populacional de B. phoenicis, mas não afetaram o crescimento populacional de A. brasiliensis. Tiofanato-metílico afetou o crescimento populacional das duas espécies, mas foi mais prejudicial a A. brasiliensis. Oxicloreto de cobre reduziu apenas o crescimento populacional do ácaro predador.Item Incidência da mancha de Phoma em cafeeiro irrigado por gotejamento, sob diferentes manejos de irrigação(Editora UFLA, 2014-01) Santos, Leone Stabile Dias; Pozza, Edson Ampélio; Faria, Manoel Alves de; Oliveira e Silva, Mirian de Lourdes; Custódio, Adriano Augusto de Paiva; Vasco, Gabriel Brandão; Melo e Castro, Bárbara Mirelli deO conhecimento que o sentido da lavoura em relação ao sol e a irrigação afetam as condições microclimáticas é de importância para a amostragem e a quantificação das doenças, auxiliando no melhor manejo da lavoura. Sendo assim, objetivou-se, nesse trabalho, avaliar a influência do manejo de irrigação por gotejamento na intensidade da mancha de Phoma do cafeeiro [(Phoma tarda (R.W. Stewart) H. Verm.)], quanto às faces norte e sul de exposição das plantas. Avaliou-se a doença, entre os anos 2009 a 2011, em cafeeiro ‘Acaiá’, semiadensado. O delineamento experimental foi em blocos casualizados, em esquema fatorial (5 manejos de irrigação x 2 faces de exposição x 12 meses de avaliação) e 4 repetições, correspondendo o tratamento à irrigação do cafeeiro, em diferentes condições de disponibilidade de água no solo. Calculou-se a área abaixo da curva de progresso da doença (AACPD), submetida à análise de variância para a análise qualitativa. Verificou-se que, em 2010/2011, a intensidade da doença foi maior que no 1o ano. Os manejos sem irrigação e irrigação o ano todo, sempre que o fator de disponibilidade de água no solo (f) atinge 0,75 na camada de 0-40 cm, ocorrem maiores incidências da doença. Plantas que sofrem maior estresse hídrico ficam suscetíveis à infecção do patógeno. Ocorreram interações entre a época do ano com as faces de exposição na intensidade da doença. Na face sul, ocorreu maior intensidade da doença no 1o ano e na face norte maiores intensidade no 2o ano. O maior progresso da doença ocorreu de abril a agosto, em épocas de baixa pluviosidade.Item Nova técnica para isolar Cercospora coffeicola Berkeley & Cooke, agente etiológico da cercosporiose do cafeeiro(Editora UFLA, 2014-01) Santos, Leandro Alvarenga; Souza, Paulo Estevão de; Pozza, Edson Ampélio; Caldeira, Douglas Massimo; Botelho, Deila Magna dos SantosA mancha do olho pardo é uma doença endêmica no Brasil. Poucos são os trabalhos publicados sobre essa doença devido à dificuldade de isolamento e de produção de inóculo do fungo Cercospora coffeicola. Objetivou-se, neste trabalho, divulgar a técnica de isolamento desenvolvida e utilizada na Universidade Federal de Lavras, denominada Técnica da Pipeta. Através dela mais de 70 isolados já foram obtidos para estudos futuros do agente etiológico dessa importante doença.Item Ocorrência sazonal, predação e parasitismo de Leucoptera coffeella (Guérin-Méneville, 1842) (Lepidoptera: Lyonetiidae) em cafeeiros associados à grevíleas(Editora UFLA, 2014-01) Souza, Tiago Pinho; Castellani, Maria Aparecida; Lemos, Raimunda Nonata Santos de; Maluf, Raquel Pérez; Moreira, Aldenise Alves; Silva, Bruna Santos; Ribeiro, Edenilson BatistaO bicho-mineiro, Leucoptera coffeella, é praga chave do cafeeiro, causando perdas significativas na produção. Objetivou-se, neste trabalho, estudar a ocorrência sazonal do bicho-mineiro e as taxas de infestação, parasitismo e predação natural da praga em cafeeiros arborizados com grevíleas, na região Sudoeste da Bahia, Brasil. O experimento foi composto por cinco campos de observação (tratamentos) e quatro repetições, totalizando 20 parcelas. Os tratamentos foram definidos pelo espaçamento das plantas de grevílea associadas ao cafeeiro Catuaí Vermelho (IAC 144): Tratamento 1 – pleno sol – sem grevílea; Tratamento 2 – 18x18m = 31 grevíleas.ha -1 ; Tratamento 3 – 12x12m = 69 grevíleas.ha -1 ; Tratamento 4 – 6,0x12m =139 grevíleas.ha -1 ; e Tratamento 5 – 6,0x6,0m = 277 grevíleas.ha -1 . As parcelas consistiram de quatro (T4 e T5) e seis plantas de café (T1, T2 e T3), ao redor de uma planta de grevílea. Foram quantificadas as folhas com minas, minas por folha, total de minas, minas predadas e minas parasitadas, de setembro/2011 a junho/2012. Os resultados indicaram que a influência do aumento da densidade de grevíleas na população do bicho-mineiro não é uniforme ao longo do tempo, apresentando-se desfavorável no período de setembro a dezembro de 2011, até densidades na faixa de 180 a 220 grevíleas.ha -1 , a partir das quais o crescimento populacional do inseto é favorecido. No período de fevereiro a junho de 2012, o aumento na densidade de grevíleas atua negativamente na população da praga. A predação apresenta a mesma tendência da infestação do bicho-mineiro em relação à densidade de grevíleas, enquanto que o parasitismo não apresenta um padrão de comportamento em relação àquela variável. A relação entre predação e parasitismo é positiva.