SPCB (09. : 2015 : Curitiba, PR) – Resumos Expandidos
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Item Resistência simultânea à ferrugem e mancha aureolada em progênies do cruzamento entre cafeeiro arábica da Etiópia e cultivar IPR 98(Embrapa Café, 2015) Sera, Gustavo Hiroshi; Sera, Tumoru; Andreazi, Elder; Carducci, Fernando Cesar; Carvalho, Filipe Gimenez; Costa, Kamila Carmezini; Mariucci Junior, Valdir; Rocha, Leandro Miorim; Pereira, Carlos Theodoro Motta; Shigueoka, Luciana Harumi; Chamlet, Daniel; Brocco, Luis Antonio Ferreira; Santos, Willian Gabriel dosA ferrugem alaranjada, causada pelo fungo Hemileia vastatrix Berk. et Br., é a principal doença do cafeeiro. A resistência durável à ferrugem é um desafio para o melhoramento genético que, atualmente, dispõe de poucos genes de resistência não suplantados pelas novas raças do fungo. A mancha aureolada é uma importante doença do cafeeiro de difícil controle químico. O meio de controle mais indicado para ambas as doenças é o uso de cultivares resistentes. O objetivo deste trabalho foi identificar resistência simultânea à ferrugem e à mancha aureolada em progênies de cafeeiros arábica. O experimento de campo foi instalado no IAPAR, em setembro de 2011, em Londrina, PR, Brasil. O delineamento experimental foi em blocos ao acaso, com três repetições e parcelas de cinco plantas, no espaçamento de 2,5 x 0,5 m. Foram avaliadas 13 progênies F4 derivadas do cruzamento entre um acesso de Coffea arabica da Etiópia e a cultivar IPR 98. As avaliações de severidade da ferrugem e da mancha aureolada foram realizadas por meio de escala de notas variando de 1 a 5, com infecção natural das doenças. Para ferrugem as plantas com notas 1 e 2 foram consideradas com resistência completa. Para mancha aureolada foram consideradas resistentes as plantas com nota 1. Cinco progênies foram simultaneamente resistentes para ferrugem e mancha aureolada, com destaque para a progênie nº 9 que apresentou 100% de plantas resistentes para as duas doenças.Item Identificação de progênies de café arábica portadoras de genes de Coffea racemosa com ciclo de maturação dos frutos precoce(Embrapa Café, 2015) Sera, Gustavo Hiroshi; Sera, Tumoru; Pereira, Carlos Theodoro Motta; Carducci, Fernando Cesar; Mariucci Junior, Valdir; Costa, Kamila Carmezini; Andreazi, Elder; Carvalho, Filipe Gimenez; Rocha, Leandro Miorim; Machado, Pedro; Shigueoka, Luciana Harumi; Brocco, Luis Antonio FerreiraEm regiões com temperaturas mais amenas não é indicado o plantio de cultivares de café tardias ou muito tardias, pois a colheita pode coincidir com o início da floração, além do risco de geadas nos frutos verdes. Em locais com temperaturas mais amenas ou com risco de geada existe uma escassez de cultivares dos ciclos de maturação precoce (ex., ‘Acaiá IAC 474-19’, ‘Icatu Precoce IAC 3282’, IAPAR 59) e muito precoce (ex., ‘Siriema’), dificultando o escalonamento da colheita em regiões cafeeiras com temperaturas médias anuais entre 18 e 19ºC. O objetivo desse estudo foi identificar cafeeiros com ciclo de maturação precoce e muito precoce em progênies de café arábica, portadoras de genes de C. racemosa. O experimento de campo foi instalado no IAPAR, em setembro de 2007, em Londrina, PR, Brasil. O delineamento experimental foi em blocos ao acaso, com três repetições e parcelas de cinco plantas no espaçamento de 2,5 x 0,5 m. Foram avaliadas 17 progênies F1RC6 derivadas de retrocruzamentos de diferentes genótipos de café arábica com uma planta F2 do genótipo C1195-5-6-2. Como padrões comparativos foram utilizadas as cultivares IAPAR 59, IPR 99 e Catuaí Vermelho IAC 81 que possuem, respectivamente, ciclos de maturação semiprecoce, semitardio e tardio. Foram avaliadas as características produção, vigor vegetativo e ciclo de maturação dos frutos. Foram identificadas 10 progênies F1RC6 de café arábica, portadoras de genes de C. racemosa com potencial para se tornarem cultivares com ciclo precoce e muito precoce.Item Resistência completa à ferrugem em progênies derivadas de IAPAR 59 portadoras de genes de cafeeiro arábico da Etiópia(Embrapa Café, 2015) Sera, Gustavo Hiroshi; Sera, Tumoru; Costa, Kamila Carmezini; Carducci, Fernando Cesar; Mariucci Junior, Valdir; Azevedo, José Alves de; Andreazi, Elder; Carvalho, Filipe Gimenez; Pereira, Carlos Theodoro Motta; Rocha, Leandro Miorim; Shigueoka, Luciana Harumi; Brocco, Luis Antonio FerreiraNa cultura do café, a ferrugem alaranjada, causada pelo fungo Hemileia vastatrix Berk. et Br., é uma das mais importantes doenças, pois seus danos afetam a produtividade do cafezal e aumentam os custos de produção. O uso de cultivares resistentes é um meio eficiente de controle da ferrugem. O objetivo desse estudo foi identificar progênies F4 de café arábica com resistência completa à ferrugem em Londrina-PR-Brasil. O delineamento experimental foi em blocos ao acaso, com três repetições e parcelas de 10 plantas no espaçamento de 2,5 x 0,5 m. Foram avaliadas 19 progênies F4 derivadas do cruzamento (“Catuaí” x “Coffea arabica da Etiópia”) x ‘IAPAR 59’. Como padrões comparativos foram utilizadas as cultivares IAPAR 59 (resistente) e Catuaí Vermelho IAC 99 (suscetível). A resistência à ferrugem foi avaliada no ano de 2014 utilizando uma escala de notas variando de 1 a 5 com base na severidade e em condições de infecção natural com a população local de raças de ferrugem. Plantas com notas 1 e 2 foram consideradas com resistência completa e as com notas 3, 4 e 5 foram consideradas suscetíveis. Foi estimada a porcentagem de plantas com as respectivas notas de avaliação de severidade da ferrugem. Foram identificas quatro progênies F4 com 100% das plantas com resistência completa à ferrugem. Das 19 progênies F4 avaliadas somente quatro foram completamente resistentes e não diferiram estatisticamente do padrão resistente ‘IAPAR 59’, indicando que as raças de ferrugem presentes no local possuem muitos genes de virulência.Item Variabilidade genética em cultivares do ensaio nacional de Coffea arabica L.(Embrapa Café, 2015) Macedo, Camila Ronchi; Chaves, Camila Lucas; Góes, Bruna Delgado; Ruas, Eduardo Augusto; Bejatto, Nataiane Cristina; Lopes, Patrícia Juliana; Matias, Otavio Pollo; Rodrigues, Kaique Marques; Souza, Natalia Luiz de; Ruas, Claudete de Fátima; Sera, Tumoru; Sera, Gustavo Hiroshi; Ruas, Paulo MaurícioOs programas de pesquisa e melhoramento de Coffea arabica L. resultaram na obtenção de cultivares com expressivas produtividades e adaptadas às diversas regiões produtoras, classificando o Brasil como maior produtor e exportador no cenário mundial. Um dos grandes desafios para os programas de melhoramento genético é superar a produtividade das melhores cultivares. A avaliação da variabilidade genética é crucial para futuros planejamentos nesses programas. O objetivo desse trabalho foi verificar a variabilidade genética entre e dentro de cultivares do Ensaio Nacional de Café pela técnica de AFLP. Foi detectada uma variação na porcentagem de locos polimórficos de 23,90% a 69,47%, e a diversidade gênica de Nei (Hs) variou de 0, 064 a 0, 199. A média da distância genética de Huff variou de 7,61 ±3,1 a 13,46 ±4,7. AMOVA revelou uma variância de 79,04% dentro e 20,96% entre cultivares. O FST par-a-par evidenciou distâncias genéticas de 0,007 a 0,491 entre cultivares. A AMOVA entre cultivares lançados em diferentes épocas mostrou um aumento da variabilidade genética na década de 1990, com uma pequena redução a partir de 2000. E AMOVA entre diferentes centros de pesquisa mostrou uma variabilidade genética maior (93,93%) para as cultivares do IAPAR. O dendograma mostrou a existência de três grupos, sendo o mesmo confirmado pela coordenada principal e análise bayesiana. Todas essas análises mostram que as 32 cultivares apresenta diferenças da variabilidade genética tanto dentro como entre, sendo que esses dados poderão ser utilizados em futuros programas de melhoramento genético.Item Danos foliares em genótipos de café expostos a temperaturas negativas(Embrapa Café, 2015) Rosisca, Juliandra Rodrigues; Nagashima, Getúlio Takashi; Morais, Heverly; Caramori, Paulo Henrique; Sera, Gustavo Hiroshi; Oliveira, Carolina Maria Gaspar de; Andreazi, Elder; Aguiar e Silva, Marcelo Augusto de; Fonseca, Inês Cristina de Batista; Sera, TumoruAs geadas (temperaturas negativas) podem comprometer a viabilidade econômica da cultura, pois provocam danos na folha e nos frutos nos anos de ocorrência, porém também pode afetar as produções subsequentes. Até o momento, não existem cultivares de café arábica com um bom nível de tolerância às temperaturas negativas. Apesar dos estudos já efetuados, é necessário confirmar a tolerância a temperaturas negativas em genótipos de café e verificar em quais temperaturas os diferentes cafeeiros são afetados. Portanto, o objetivo desse estudo foi avaliar os danos foliares provocados pelas temperaturas negativas em C. racemosa e em genótipos de café arábica portadoras de genes de C. racemosa e C. liberica. O experimento foi conduzido no IAPAR em uma câmara de crescimento, onde cafeeiros foram submetidos às temperaturas -2 ºC, -3 ºC, -4 ºC e -5 °C, por um período de 1 hora. Os experimentos foram instalados no delineamento inteiramente casualizado com quatro repetições de uma planta. As mudas foram submetidas por um período de aclimatização de 24h, com temperatura mínima de 5ºC e 60% de umidade relativa. Após a aclimatização, a temperatura foi reduzida linearmente, para atingir as temperaturas mínimas. Foram avaliados 10 genótipos, sendo quatro genótipos de Coffea arabica portadores de genes de C. racemosa, “H147/1”, ‘IPR 100’, ‘IPR 105’, C. racemosa, ‘Catuaí Vermelho IAC 81’ (testemunha sensível) e ‘Mundo Novo IAC 376-4’ (testemunha sensível). As avaliações dos danos foram efetuadas 24hs e 15 dias após a exposição às temperaturas negativas. Essas avaliações foram visuais utilizando uma escala de notas de 1 a 5, onde: 1 = ausência de dano; 5 = 100% da área foliar danificada. Coffea racemosa foi mais tolerante às temperaturas de -4ºC e -5ºC do que os demais cafeeiros, que foram todos sensíveis nessas temperaturas. Os cafeeiros arábicos portadores de genes de C. racemosa e C. liberica não foram tolerantes ao frio. “H 147/1”, que é um cafeeiro arábico portador de genes de C. liberica, foi mais sensível ao frio do que as testemunhas sensíveis. ‘Catuaí Vermelho IAC 81’ e ‘Mundo Novo IAC 376-4’ não apresentaram diferenças quanto à tolerância ao frio. As notas médias dos danos foliares foram maiores nas avaliações após 15 dias das plantas serem submetidas ao frio do que após 24 horas. Quando as plantas foram submetidas à temperatura de -4ºC, por 1 hora, foi possível separar melhor o genótipo tolerante das sensíveis. Em avaliações após 15 dias, a -3ºC, alguns genótipos não foram danificados. No geral, após 15 dias, danos foliares leves a moderados foram observados nas temperaturas de -2°C e -3°C, porém somente foram severos a partir de -4ºC, sendo que a -5ºC os danos foram muitos severos.Item Características térmicas e hídricas do solo de cafeeiros adensados com plantas de cobertura(Embrapa Café, 2015) Morais, Heverly; Rosisca, Juliandra Rodrigues; Carbonieri, Juliana; André, Joaquim; Sera, Gustavo H.; Sera, TumoruO objetivo deste trabalho foi avaliar a temperatura e umidade do solo em sistema de cultivo de cafeeiros adensados com e sem a presença de plantas de cobertura nas entrelinhas. O estudo foi realizado no campo experimental do Instituto Agronômico do Paraná, em Londrina, PR. Utilizaram-se dez plantas da cultivar IPR 103 plantadas em novembro de 2006 com uma planta por cova, em duas densidades de plantio: 8000 plantas/ha (2,5 x 0,5m) e 6000 plantas/ha (2,5 x 0,75m). Nas entrelinhas de ambas as densidades de plantio dos cafeeiros foram cultivadas aveia preta (Avena stringosa) como planta de cobertura de inverno. No período de junho a setembro de 2014 foi monitorada por meio de estações meteorológicas automáticas, a temperatura do solo nas profundidades de 2,5cm e 30cm. Foi avaliada a umidade do solo por meio do método gravimétrico, em três profundidades: 0-10; 10-20; 20-40 cm. As plantas de cobertura e a densidade de plantio influenciaram a temperatura e umidade do solo durante o período quente e seco avaliado. A temperatura do solo foi menor nas entrelinhas dos cafeeiros cultivados com plantas de cobertura no sistema mais adensado (8000 pl/ha). A umidade do solo foi ligeiramente maior nas entrelinhas dos cafeeiros sob plantas de cobertura e nos cafeeiros menos adensados (6000 pl/ha).