SPCB (09. : 2015 : Curitiba, PR) – Resumos Expandidos
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Resultados da Pesquisa
Item Maturação e características de qualidade de grãos da cultivar Vitória na região do Vale do Jequitinhonha–MG(Embrapa Café, 2015) Silva, Vânia Aparecida; Oliveira, Alexandrino Lopes de; Silveira, Helbert Rezende de Oliveira; Santos, Meline de Oliveira; Meirelles, Alessandro Leite; Moreira, Felipe Chaves; Souza Neto, Francisco Moreira de; Carvalho, Gladyston Rodrigues; Ferrão, Maria Amélia Gava; Ferrão, Romário GavaA cafeicultura é uma atividade econômica com impacto nas economias locais do Vale do Jequitinhonha. Entretanto, o clima da região impõe riscos à cafeicultura de sequeiro devido à ocorrência de longos períodos de seca. Diante disso, visando à sustentabilidade técnica da cafeicultura de sequeiro na região, o objetivo deste trabalho foi verificar a uniformidade de maturação e as características dos grãos de clones da variedade clonal ‘Vitória’ na região do Vale do Jequitinhonha em condições de sequeiro. O experimento foi implantado com 13 clones da variedade Vitória, desenvolvidas pelo Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (INCAPER). Foi avaliada a porcentagem de frutos cerejas (maduros), a porcentagem de frutos verdes, a porcentagem de frutos passas/secos, porcentagem de frutos chochos, a classificação do café quanto a peneira, a relação coco/beneficiado e a porcentagem de grãos moca. Utilizou-se o arranjo estatístico de parcelas subdivididas no tempo, em que os tratamentos constituíram a parcela e as épocas de avaliação a subparcela. A análise de variância foi realizada por meio do programa Sisvar, e as médias foram comparadas pelo teste de Scott-knott, a 5% de probabilidade. O clone 5 apresentou-se mais tardio com mais de 85% de frutos verdes. Houve variabilidade entre os clones quanto a classificação de grãos e rendimento, sendo que o clone 12 apresentou bom rendimento, alta porcentagem de grãos com peneira superior a 13 e baixa porcentagem de grãos moca.Item Análise multivariada em progênies de café com base em características de anatomia foliar(Embrapa Café, 2015) Guedes, Janine Magalhães; Azevedo, Harianna Paula Alves de; Casatanheira, Dalyse Toledo; Gama, Tamara Cubiaki Pires; Silveira, Helbert Rezende de Oliveira; Guimarães, Rubens José; Viana, Felipe GuimarãesO objetivo desse trabalho foi avaliar a divergência genética das progênies/cultivares em geração F5, oriundas do cruzamento das cultivares Catuaí Vermelho e Catuaí Amarelo com Icatu e descendentes de Híbrido de Timor, com base em características de anatomia foliar. Foram avaliadas 20 progênies/cultivares com base nas seguintes características anatômicas: número de vasos do xilema; espessura do floema; espessura da cutícula; espessura da epiderme adaxial; espessura da epiderme abaxial; espessura do parênquima paliçádico; espessura do parênquima esponjoso e funcionalidade estomática. Os resultados indicaram ampla variabilidade genética entre as progênies/cultivares avaliadas, sendo consideradas as mais divergentes entre elas. Houve similaridade entre os métodos de agrupamento utilizado e as características: espessura da epiderme abaxial (24,01%), número de vasos de xilema (19,80%) e espessura da cutícula (17,74%) como as que mais contribuíram para a dissimilaridade genética.Item Progresso genético com a seleção de clones da variedade vitória na região semiárida de Minas Gerais - MG(Embrapa Café, 2015) Silva, Vânia Aparecida; Rezende, Juliana Costa de; Silveira, Helbert Rezende de Oliveira; Santos, Meline de Oliveira; Hayashi, Felipe Lacerda; Moreira, Filipe Chaves; Souza Neto, Francisco Moreira de; Lima, Luiz Antônio; Ferrão, Maria Amélia GavaO presente trabalho objetivou selecionar clones superiores da variedade Vitória para compor uma população base do programa de seleção recorrente que originará variedades clonais específicas para o cultivo irrigado no norte de Minas Gerais. O experimento foi implantado com treze clones da variedade Vitória em sistema de irrigação por gotejamento. Aos 24 meses após a instalação do experimento, foram avaliadas as seguintes características: porcentagem de sobrevivência, diâmetro de caule (DC); altura das plantas (AP); número de ramos ortotrópicos (NRO); número de ramos plagiotrópicos (NRP); diâmetro da copa (DCO); comprimento do primeiro ramo plagiotrópico (CPRP) e número de nós do primeiro ramo plagiotrópico (NNPRP). As variáveis foram analisadas de acordo com o modelo linear misto na forma matricial. Os caracteres diâmetro do caule, número de nós, comprimento do primeiro ramo plagiotrópico e altura apresentaram maiores magnitudes para o coeficiente de variação relativa. Foram selecionados os sete melhores clones (V6, V13, V4, V3, V12, V2 e V8), com base no ranqueamento dos valores genotípicos preditos para os caracteres escolhidos. Entretanto, a utilização de modelos para análise dos clones considerando as medições repetidas no tempo é importante, pois os componentes de variância e consequentemente os clones selecionados variaram de um ano para o outro. Por isso recomenda-se a realização de mais uma avaliação de crescimento.Item Sistema antioxidante de cafeeiros cultivados em diferentes altitudes na Serra da Mantiqueira(Embrapa Café, 2015) Silveira, Helbert Rezende de Oliveira; Souza, Kamila Rezende Dázio de; Brandão, Isabel Rodrigues; Santos, Meline de Oliveira; Goulart, Patrícia de Fátima Pereira; Alves, Jose DonizetiO objetivo deste trabalho foi avaliar os níveis de ascorbato e peróxido de hidrogênio, bem como a peroxidação lipídica em cafeeiros situados em três diferentes altitudes da região da Serra da Mantiqueira. Foram realizadas avaliações nas quatro estações do ano, em que coletou-se folhas completamente expandidas do terço mediano das plantas. Avaliou-se a geração de peróxido de hidrogênio, níveis de peroxidação lipídica e concentração de ascorbato. Os cafeeiros da maior altitude apresentaram, em todas as estações do ano, maiores concentrações de ascorbato, menor geração de peróxido de hidrogênio e menores níveis de peroxidação lipídica do que os cafeeiros da menor altitude. Os atributos ligados à maior qualidade da bebida de cafés de altitudes mais elevadas podem também estar relacionados com a maior atuação, na planta, do sistema antioxidante para neutralização das espécies reativas de oxigênio, reduzindo os danos às membranas celulares.Item Variação sazonal do metabolismo de carboidratos em café arábica em três altitudes(Embrapa Café, 2015) Silveira, Helbert Rezende de Oliveira; Souza, Kamila Rezende Dázio De; Silva, Dayane Meireles da; Andrade, Cínthia Aparecida; Boas, Lissa Vasconcellos Vilas; Campos, Cleide Nascimento; Alves, Jose DonizetiA região Sul de Minas Gerais é a maior produtora de café do estado e do Brasil, marcada por grandes variações edafoclimáticas, o que faz com que a qualidade do café se expresse de maneiras distintas. As características relacionadas ao desenvolvimento e frutificação do cafeeiro são influenciadas pelo ambiente, dessa maneira, torna-se necessária a associação de estudos comportamentais da planta que permitam ampliar este conhecimento. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi investigar as alterações no metabolismo de carboidratos de plantas de Coffea arabica L. cv. Bourbon Amarelo sob diferentes cotas de altitudes. O estudo foi realizado no município de Carmo de Minas, localizado na Serra da Mantiqueira, onde foram selecionadas três cotas de altitudes: 965 m, 1.195 m e 1.430 m. Foram avaliados os teores de açúcar redutor, açúcar solúvel total e amido. Cafeeiros submetidos à elevada altitude apresentam maiores teores de açúcares redutores, açúcares solúveis totais e amido. Os efeitos da altitude no acúmulo de carboidratos estão relacionados principalmente às variações de temperaturas. Isso ocorre porque a temperatura possui influência direta sobre os processos regulatórios da planta, interferindo na velocidade das reações enzimáticas.Item Técnicas de extração de conhecimento aplicadas à identificação do comportamento do crescimento e desenvolvimento de cafeeiros em três altitudes(Embrapa Café, 2015) Silveira, Helbert Rezende de Oliveira; Andrade, Lívia Naiara de; Souza, Kamila Rezende Dázio de; Santos, Meline de Oliveira; Andrade, Cínthia Aparecida; Bomfim, Sandro Costa; Alves, José DonizetiAs características relacionadas ao desenvolvimento e frutificação do cafeeiro são altamente influenciadas pelo ambiente e, dessa maneira, tornam-se necessários estudos comportamentais da planta que permitam ampliar este conhecimento em diferentes ambientes. Objetivou-se, neste trabalho, identificar, por meio de técnicas de extração do conhecimento, o comportamento do crescimento e desenvolvimento de cafeeiros sob diferentes cotas de altitudes. Para isso, foram analisados o comprimento de ramos, número de nós, número de folhas, área foliar, número de frutos e os estádios de desenvolvimento dos frutos nas diferentes estações do ano, gerando um banco de dados de crescimento e desenvolvimento de cafeeiros em diferentes cotas de altitudes. Em seguida, um algoritmo de extração do conhecimento baseado em árvore de decisão foi utilizado para identificar o comportamento do crescimento e desenvolvimento do cafeeiro. Cafeeiros submetidos à elevada altitude apresentam maior crescimento de ramos, menor enfolhamento, e maturação mais tardia dos frutos.Item Relações entre índices de reflectância foliares e potencial hídrico de cafeeiro irrigado e de sequeiro(Embrapa Café, 2015) Silveira, Helbert Rezende de Oliveira; Santos, Meline de Oliveira; Silva, Vânia Aparecida; LordeloVolpato, Margarete Marin; Alves, Helena Maria Ramos; Dantas, Mayara Fontes; Barbosa, João Paulo Rodrigues Alves Delfino; Carvalho, Gladyston RodriguesO potencial hídrico foliar, medido por bomba de pressão, tem sido o método mais utilizado para a determinação do status hídrico de cafeeiros, entretanto, devido a sua complexidade e limitações, novas metodologias de estimativa do status hídrico necessitam ser testadas. Este trabalho teve por objetivo avaliar a correlação entre o potencial hídrico e os índices de reflectância foliares de cafeeiros (Coffea arábica L.) em sistema de cultivo irrigado e sequeiro, no Vale do Jequitinhonha. As avaliações dos índices espectrais foram realizadas nos meses de junho e setembro de 2013. As variáveis analisadas foram: Photochemical Reflectance Index - PRI (R531 - R570) / (R531 + R570), Plant Senescence Reflectance Index - PSRI (R680 - R500) / R750, Normalized Difference Vegetation Index - NDVI (R800 - R680) / (R800 + R680), Water Band Index - WBI (R900 / R970), Anthocyanin Reflectance Index - ARI1 (1/R550) - (1/R700), Carotenoid Reflectance Index - CRI1 (1/R510) - (1/R550) e potencial hídrico (Ψpd). Os cafeeiros quando em condição de irrigação não apresentaram correlação significativa entre o potencial hídrico e os índices de reflectância foliar. Já em condição de sequeiro houve uma alta correlação entre todos os índices com o potencial hídrico foliar, sendo que os índices ARI1 e PItem Respostas ecofisiológicas de cafeeiros consorciados com espécies madeireiras no Sul de Minas Gerais(Embrapa Café, 2015) Silveira, Helbert Rezende de Oliveira; Santos, Meline de Oliveira; Silva, Vânia Aparecida; Venturin, Regis Pereira; Moreira, Filipe Chaves; Dantas, Mayara Fontes; Barbosa, João Paulo Rodrigues Alves Delfino; LordeloVolpato, Margarete MarinO objetivo desse trabalho foi avaliar as respostas ecofisiológicas do cafeeiro em fase de formação consorciado com três espécies madeireiras em diferentes densidades de plantio no sul de Minas Gerais. O experimento foi instalado em novembro de 2012, no município de Santo Antônio do Amparo-MG. Além dos cafeeiros em monocultivo, foram implantadas as espécies Khaya ivorensis (mogno), Tectona grandis (teca) e Acrocarpus fraxinifolius (acrocarpo) distribuídas em dois espaçamentos (9x13,6 e 18x13,6 m) entre as plantas na linha dos cafeeiros. As avaliações de índices espectrais, trocas gasosas, fluorescência e potencial hídrico foram realizadas nos mês de agosto de 2014. As variáveis foram analisadas através de Análise de Componentes Principais (ACP) pelo programa R. Maiores valores de potencial hídrico foram encontrados em cafeeiros sob monocultivo. Na PC1, pôde-se observar que as variáveis mais representativas foram NDVI, WBI, ARI1, CRI1, SIPI e FRI, enquanto que EUA se mostrou negativamente relacionada. Os cafeeiros em monocultivo foram os que apresentaram maiores valores para as variáveis mais representativas, consequentemente, com menores valores de EUA. Por outro lado cafeeiros consorciados com mogno, em ambos os espaçamentos, e aqueles consorciados com acrocarpo no maior espaçamento apresentaram um padrão oposto de respostas fisiológicas. Ao analisar a PC2, observou-se que as variáveis com scores mais elevados, Yieldcurva e ETR contribuíram para diferenciar o grupo formado pelos cafeeiros consorciados com mogno em ambos os espaçamentos e consorciados com acrocarpo no maior espaçamento. Já a variável qN, que se mostrou negativamente relacionada, destacou os cafeeiros consorciados com teca no maior espaçamento e com acrocarpo no menor espaçamento, os quais apresentaram os maiores valores. As análises dos parâmetros fisiológicos permitiram verificar maior eficiência de uso da água do cafeeiro e menores valores de índices espectrais nos sistemas consorciados em fase de formação. Porém, esse comportamento parece ser mais uma resposta ao déficit hídrico ocasionado pela competição por água, do que o benefício de alterações microclimáticas ocasionadas pelas arbóreas, que também se encontram em fase de formação.