SPCB (09. : 2015 : Curitiba, PR) – Resumos Expandidos

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    Parasitismo de Meloidogyne incognita em arbóreas utilizadas no sombreamento de cafeeiros
    (Embrapa Café, 2015) Machado, Andressa C. Z.; Vanzo, Gino Leão; Dorigo, Orazília França; Santoro, Patrícia Helena; Silva, Santino Aleandro da
    Consórcios de café com fruteiras, espécies florestais de alto valor econômico de sua madeira e com seringueira têm sido praticados desde a década de 80. A associação de cafeeiros com outras árvores recebe as denominações de “sistema agroflorestal (SAF)” ou “arborização do cafezal”. Além da renda extra oriunda do cultivo de árvores associadas ao café, outros benefícios podem advir, como o sombreamento do cafezal, a utilização de quebra-ventos, que impedem a desfolha e evitam a entrada de patógenos, o que melhora a sustentabilidade do cafezal. Entretanto, a escolha da espécie arbórea a ser cultivada associada ao café deve ser criteriosa e levar em consideração vários fatores, entre eles as doenças, que podem ocorrer concomitantemente em ambas lavouras. Entre as doenças, destacam-se os nematoides, que são um dos principais problemas da cultura cafeeira. Em levantamento nematológico efetuado em áreas de café consorciado com as arbóreas Croton floribundus (“capixingui”), Heliocarpus popayanensis (“jangada”), Mimosa floculosa (“bracatinga de Campo Mourão”) e Mimosa scabrella (“bracatinga”) em Londrina, PR, observou-se a presença de galhas radiculares abundantes nas espécies citadas, embora sem sintomas evidentes na parte aérea. As amostras de raízes foram coletadas e levadas ao laboratório de Nematologia do IAPAR. Fêmeas do nematoide das galhas foram dissecadas das raízes e identificadas via eletroforese de isoenzimas, para comprovação da espécie. Em Os resultados obtidos para as corridas eletroforéticas mostraram que, para as espécies H. popayanensis, Croton floribundus, Mimosa floculosa e M. scabrella, a espécie identificada foi Meloidogyne incognita; vale ressaltar que essa espécie é um dos principais nematoides de lavouras cafeeiras. Tal observação demonstra a importância de conhecermos a reação de arbóreas a serem cultivadas em consórcio com cafeeiros aos principais nematoides da cultura, uma vez que tais plantas podem aumentar consideravelmente a população dos mesmos no solo, trazendo maiores prejuízos à lavoura principal. Além disso, a identificação da espécie de nematoide das galhas presente no cafezal também é de suma importância para o sucesso da lavoura cafeeira e para a escolha do manejo a ser adotado.
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    Alterações bioquímicas em cafeeiro conilon cultivado sob diferentes níveis de irradiância
    (Embrapa Café, 2015) Vargas, Cynthia Teixeira; Paulucio, Thiago Figueiredo; Peroni, Luan Venâncio; Amaral, José Francisco Teixeira do; Cavatte, Paulo César; Thomaz, Marcelo Antônio; Reis, Edvaldo Fialho dos; Amaral, José Augusto Teixeira do; Rodrigues, Wagner Nunes; Delion, Lima; Brinate, Sebastião Vinicius Batista; Colodetti, Tafaréu Victor
    A alteração ambiental causada pelo sombreamento pode provocar desequilíbrio no perfil metabólico do cafeeiro, assim, o estudo dessas alterações é essencial para o melhor entendimento do processo fisiológico envolvido. Objetivou-se no presente trabalho avaliar a influência de diferentes níveis de sombreamento sobre o perfil metabólico e bioquímico de genótipos de cafeeiro Conilon. O experimento foi realizado em lavoura de Coffea canephora implantada na Área Experimental do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Espírito Santo (CCA-UFES), localizada em Alegre-ES, no esquema fatorial 2x4, com dois genótipos de Coffea canephora e quatro níveis de disponibilidades de luz, seguindo delineamento experimental em blocos ao acaso e empregando cinco repetições. A disponibilidade de luz foi alterada com utilização de telas de poliolefinas com diferentes capacidades de retenção de luz, de maneira a compor quatro níveis de sombreamento: 0%, 30%, 50% e 70%. Foram realizadas determinações laboratoriais de lipídios, fenóis solúveis totais e minerais.
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    Influência de sistemas agroflorestais na maturação de Coffea arabica e na incidencia de Hypothenemus hampei
    (Embrapa Café, 2015) Neiva, Mariana Mantelato; Golba, Camila de Macedo; Iria, Gabriel Bugelli; Gustavo, Diego; Fantin, Denilson; Menezes Jr., Ayres de Oliveira; Santoro, Patricia Helena
    O café é um dos principais produtos agrícolas do Brasil, entre os problemas que afetam a cultura está a broca-do-café, Hypothenemus hampei, que causa prejuízos na produtividade e na qualidade dos frutos. Acredita-se que o alto índice de ocorrência dessa praga é causado, entre outros fatores, pela substituição de áreas com ampla diversidade natural por monocultivos. O objetivo desse trabalho foi avaliar o estádio de maturação do café e a incidência de H. hampei em sistemas agroflorestais, em comparação ao monocultivo de Coffea arabica. Os tratamentos foram: café em monocultivo, café + Moringa oleifera, café + Croton floribundus, café + Trema micrantha, café + Gliricidia sepium, café + Senna macranthera e café + Heliocarpus popayanensis. O delineamento experimental foi em blocos casualizados, com quatro repetições, em parcelas 19,8 x 22,5 m, com 20 árvores por parcela, distribuídas na linha do café em quincôncio. Asavaliações foram realizadas durante a primeira colheita, coletando duas amostras de 100 frutos por parcela. Estes foram separados pelo estádios maturação (verde cana, cereja e passa) e as variáveis foram: percentual de frutos por estádio de maturação e de grãos brocados em cada estádio. O sombreamento não alterou a maturação dos frutos e o maior índice de broca-do-café foi encontrado em frutos no estádio cereja.
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    Crescimento de cafeeiros em sistemas de plantio arborizado com espécies de múltiplos usos
    (Embrapa Café, 2015) Venturin, Regis Pereira; Andrade, Ravani Abreu Silveira; Cunha, Rodrigo Luz da; Carvalho, Vicente Luis de; Ferreira, Marcelo Machado
    A arborização com espécies para múltiplos usos que agregue valor à lavoura cafeeira torna-se uma opção interessante à medida que pode minimizar alterações climáticas, funcionar como quebra-ventos, abrigo de inimigos naturais de pragas e ainda representam uma opção de ganho para o produtor. Assim, buscando avaliar os impactos da introdução de diferentes espécies arbóreas durante o período de formação de uma lavoura de café foi instalado um ensaio em parceria com a Epamig, Associação Hanns R. Neumann Stiftung do Brasil e Fazenda da Lagoa Ltda. Foram implantadas, nas entrelinhas do café, Cedro indiano (Acrocarpus fraxinifolium), Mogno (Khaya ivorensis), Acácia (Acacia mangium), Abacate (Persea americana), Teca (Tectona grandis) e Macadâmia (Macadamia integrifolia). As plantas de Cedro, Teca e Mogno foram distribuídas entre as plantas de café na linha, em dois espaçamentos 8x13,6 m e 16x13,6 m, o Abacateiro e a Acácia em espaçamento 7x13,60 m e 14x13,60m e a Macadâmia plantada em dois espaçamentos de 5x13,6 m e 8x13,6m. O espaçamento das entrelinhas foi fixado em três linhas de cafeeiros, intercalados às espécies de sombra, num total de 13,6 m entre as linhas arborizadas. Foram feitas avaliações da altura das plantas de café e seus diâmetros de copa e de caule em função das distancias dos cafeeiros em relação às espécies arbóreas. As espécies arbóreas plantadas junto do cafeeiro não influenciaram seu crescimento das plantas de café até o segundo ano de plantio.