USP - Dissertações

URI permanente para esta coleçãohttps://thoth.dti.ufv.br/handle/123456789/3335

Navegar

Resultados da Pesquisa

Agora exibindo 1 - 1 de 1
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Dris para cafeeiros podados
    (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, 1998) Nick, Josef Andreas; Dechen, Antônio Roque; Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz
    As técnicas de poda são essenciais para atingir e manter alta produtividade nas lavouras de café. Dentre as diversas técnicas, a poda redutora do comprimento dos ramos. conhecida como poda tipo esqueletamento, rejuvenesce os cafeeiros, restabelecendo alta produtividade em curto espaço de tempo e a baixo custo. A nutrição durante o primeiro ano após a poda exerce grande influência sobre a produtividade do ano seguinte. Contudo, não existem padrões nutricionais específicos para melhor diagnosticar o estado nutricional nesta fase inicial. Por isso, neste estudo objetivou-se estabelecer padrões nutricionais (normas) para o Sistema Integrado de Diagnose e Recomendação (DRIS), específicas para diferentes cultivares e épocas do ano após a poda. Para determinar as normas DRIS a partir de talhões de café, localizados nos estados do Paraná e São Paulo, duas limitações metodológicas foram observadas. Primeiro, os talhões comerciais apresentam grande variabilidade quanto ao espaçamento e a condição da copa, o que mascara o efeito da nutrição sobre a produtividade. Segundo. a técnica DRIS, que consiste em diversas etapas de cálculo, apresenta várias opções de métodos para cada uma delas, sendo que a melhor combinação destes métodos ainda deveria ser estabelecida. Para resolver a primeira limitação metodológica, fez-se necessário realizar um estudo para desenvolver uma variável resposta alternativa, uma variável vegetativa, para ser usada em substituição a produtividade de grãos. Ramos e folhas de 117 talhões de café, na sua maioria dos cultivares Catuai Amarelo e Mundo Novo, foram amostrados em quatro épocas durante o ano vegetativo (Dezembro/96, Fevereiro. Abril e Julho/97). Determinaram-se os teores foliares para N, P, K, Ca, Mg, S, B, Cu. Fe. Mn e Zn. Determinaram-se também a evolução do número, comprimento e massa dos internódios dos ramos, e a partir destas variáveis, diversas outras foram calculadas. Através de uma análise das relações de causa e efeito, identificou-se o "comprimento específico do ramo" (mm g-1 matéria seca) como a variável resposta alternativa que melhor representou o potencial produtivo do ramo. Para resolver a segunda limitação. avaliaram-se métodos de três etapas de cálculo do DRIS. Primeiro, avaliaram-se dois metodos para a escolha da ordem da razão dos nutrientes, o Valor F e o Valor r. Segundo, testaram-se três métodos para o cálculo das funções das razões dos nutrientes, os de Beaufils, Jones e Elwali & Gascho. Finalmente, testaram-se ainda dois métodos para o somatório das funções das razões dos nutrientes, DRIS e DRIS modificado (M-DRIS). Os resultados indicaram que: (i) as normas DRIS definidas pelo Valor r, critério por nós desenvolvido, foram mais precisas que aquelas definidas pelo Valor F, desde que aplicadas a funções calculadas pelo método de Jones; (ii) o método de Jones resultou em indices DRIS e M-DRIS mais precisos que os gerados pelos outros dois métodos; e (iii) DRIS e M-DRIS geraram indices semelhantes. Uma vez definida a melhor variável vegetativa (comprimento específico do ramo) e a melhor combinação dos métodos de cálculo do DRIS (Valor r, Jones e, por opção, M-DRIS), definiram-se normas DRIS especificas para os dois principais cultivares e três épocas. Estas contribuições ao método e as normas DRIS se traduzem na melhoria dos instrumentos disponiveis aos produtores para diagnosticar problemas nutricionais em cafezais submetidos à poda.