USP - Dissertações

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    Rating de cooperativas agropecuárias: uma contribuição metodológica
    (Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” - Universidade de São Paulo, 2005-08) Costa, Davi Rogério de Moura; Bialoskorski Neto, Sigismundo
    Com a promulgação da Constituição Federal de 1988, as cooperativas agropecuárias brasileiras deixaram de ser obrigadas a enviar informações relevantes sobre a sua gestão, apresentadas nos seus demonstrativos contábeis, à Secretaria Nacional de Cooperativismo (SENACOOP), órgão do governo federal que regulava, controlava e fiscalizava suas atividades. Assim, neste novo cenário, deixou de existir o órgão, a exemplo do que hoje é feito pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para as empresas S/A, que estabelecia regras e responsabilidades para diminuir a assimetria de informação sobre a gestão entre os gestores, cooperados e mercado. Adiciona-se a isso o fato de, na década de noventa, ter ocorrido a extinção do Banco Nacional de Crédito Cooperativo (BNCC) e problemas macroeconômicos na agricultura, que elevam a necessidade das cooperativas obter recursos junto a terceiros. Diante do novo cenário e baseado em teorias econômicas que apontam que a existência de assimetria de informações, manifestadas nas formas de seleção adversa ou risco moral (moral hazard), gera ineficiência no funcionamento do mercado, mas que essas podem ser reduzidas por meio de mecanismos de sinalização, e que o rating pode ser usado para tanto, foi objetivo desta pesquisa criar uma metodologia de rating corporativo, específico para cooperativas agropecuárias, pelo fato de essas organizações se diferenciarem das demais por não atuarem com objetivo de lucro. A construção da metodologia ocorreu com base na revisão bibliográfica de teorias econômicas e da administração financeira, de trabalhos científicos que objetivavam avaliar risco de crédito e condição de solvência das cooperativas agropecuárias e nos materiais divulgados pelas principais agências que elaboravam rating no Brasil. Para poder comparar todas as propostas de metodologias das agências e trabalhos revisados, são usados os “Cs” do crédito, pois se notou que esses são fatores comuns entre todas as metodologias. A metodologia é validada, por meio de estudo de caso, para averiguar sua aplicabilidade em uma cooperativa agropecuária atuante no mercado de café. Durante sua aplicação, notou-se que todos os grupos de tópicos de assuntos e indicadores, a serem diagnosticados, são mensuráveis e comparáveis, sendo considerados pertinentes e importantes pelos executivos da organização avaliada. Os resultados obtidos permitem concluir que a metodologia criada é aplicável e que seus resultados seriam mais significativos se houvesse a discussão sobre os pesos dos indicadores e das notas dos tópicos e grupos, nos denominados comitês de rating, a exemplo do que é feito pelas agências que os elaboram. Como sugestão, é apresentada a necessidade de que novas aplicações da metodologia sejam realizadas para testá-la junto a outras organizações, de forma a consolidá-la como um sinalizador a ser usado pelo mercado e cooperado.
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    Comportamento dos cafeicultores perante o risco: uma análise de três sistemas de produção da região de Marília, SP
    (Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” - Universidade de São Paulo, 2002-10) Pizzol, Silvia Janine Servidor de; Peres, Fernando Curi
    O setor primário da região de Marília tem passado por crises periódicas, em função do comportamento cíclico de preços e produção do café, sua principal atividade agropecuária. Com isso, a receita dos cafeicultores está sujeita a sensíveis oscilações a cada ano, sugerindo um elevado nível de risco econômico. Como parte do Projeto de Apoio à Competitividade Global da Cultura do Maracujazeiro na Região de Vera Cruz, SP – AFRUVEC/Bioex-CNPq essa dissertação tem como objetivo avaliar o comportamento dos cafeicultores da região de Marília na presença do risco. Uma vez que o grau de aversão ao risco dos agricultores é refletido na escolha dos planos de exploração agropecuária, inicialmente desenvolveu-se uma metodologia para identificar os sistemas de produção de café existentes na região. Essa identificação baseou-se na elaboração e análise de grupos focais e validação dos resultados através de análise discriminante. Assim, foram identificados os sistemas “monocultura de café”, “cafeicultura e pecuária” e “pequena propriedade diversificada”. Posteriormente, selecionou-se uma propriedade típica de cada sistema para o estudo do comportamento dos agricultores perante o risco. A programação linear foi a técnica utilizada na modelagem dos sistemas de produção. Para a geração das fronteiras de eficiência, que refletem o trade-off entre rendimento e risco, foi empregado o MOTAD. Os resultados dessa pesquisa indicam que o produtor do sistema cafeicultura e pecuária é mais averso ao risco do que o monocultor. Esse comportamento era esperado, pois as margens brutas da pecuária são negativamente correlacionadas com as do café, indicando que a combinação dessas atividades é eficiente do ponto de vista da redução do risco. No entanto, constatou-se que o pequeno produtor diversificado é menos averso ao risco do que o monocultor, contrariando as hipóteses iniciais do trabalho. Esse comportamento pode ser explicado pela estratégia de diversificação adotada pelo agricultor, que optou por investir em diversas espécies frutíferas e na cafeicultura. Grande parte das frutas possui maior grau de risco que o café e, além disso, muitas dessas atividades são positivamente correlacionadas, o que reduz a eficiência da diversificação na minimização dos riscos do sistema. Com isso, pode-se afirmar que o objetivo principal da diversificação da pequena propriedade é a elevação da margem bruta do sistema, pois somente com a cafeicultura o produtor não obteria renda suficiente para permanecer na atividade. A grande contribuição dessa pesquisa é mostrar e divulgar a situação dos pequenos cafeicultores, a importância da diversificação para os mesmos e abrir espaço para a realização de outros estudos na região de Marília. É muito importante que futuras pesquisas levantem alternativas de cultivo para elevar a renda dos pequenos produtores da região, considerando estudos de mercado e identificação de canais de comercialização. Por outro lado, também seria interessante aprofundar o estudo da situação dos pequenos produtores inseridos em outros sistemas que não incluam a cafeicultura, para se ter uma visão mais abrangente dos problemas enfrentados e definir ações efetivas para o desenvolvimento regional.