USP - Dissertações

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    Avaliação de sistemas de produção de café na região sul de Minas Gerais: um modelo de análise de decisão
    (Universidade de São Paulo, 2003-01-17) Carvalho, Glauco Rodrigues; Peres, Fernando Curi
    O café é um dos mais tradicionais produtos da agricultura brasileira e teve grande influência no processo de industrialização da economia. É também um produto que contribui significativamente para a geração de emprego no campo, principalmente em regiões inaptas à mecanização da lavoura. A cafeicultura passou por uma significativa reestruturação nas últimas décadas, que modificou tanto a organização interna entre os elos da cadeia agroindustrial, como as práticas de condução das lavouras pelo produtor rural. Sistemas alternativos de produção foram surgindo com o objetivo de aumentar a competitividade dessa lavoura. Na esteira desses sistemas, emergem dúvidas quanto à viabilidade técnica e econômica de cada um. Esse trabalho está dividido em duas partes. Primeiramente procurou-se identificar as técnicas de produção que estão sendo adotadas e caracterizar as dúvidas existentes. Em seguida, partiu-se para a elaboração de um modelo fundamentado nas técnicas de análise de decisão, para auxiliar nas escolha entre alternativos sistemas de processamento de café, na forma tradicional ou especial, uma das dúvidas que foram identificadas. As decisões disponíveis indicavam a possibilidade de produzir um café natural (no sistema tradicional vigente ou mais elaborado), um café cereja descascado ou um café despolpado. Essas alternativas, por sua vez, envolvem investimentos e são expostas a condições de risco, já que o clima pode influenciar os resultados da lavoura e a qualidade do grão. Por meio dessa pesquisa foi possível identificar, entre outros resultados, uma ligeira distorção entre as demandas dos produtores e os estudos de especialistas que, em muitos casos, dão excessiva importância a aspectos considerados triviais para os cafeicultores. Além disso, a pesquisa proporcionou avaliar os sistemas de processamento do café e identificar os cafés especiais como uma boa alternativa aos produtores do Sul de Minas Gerais.
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    Resposta do cafeeiro arábica ao magnésio em solos fertilizados com altas doses de potássio
    (Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” - Universidade de São Paulo, 2016) Teixeira, Pedro Paulo de Carvalho; Favarin, José Laércio
    O aumento das doses de potássio (K) para atender a demanda nutricional desse nutriente em cafezais produtivos induz a deficiência de Mg. Esta pesquisa foi realizada com o objetivo de compreender como a classe de solo interfere na interação entre esses nutrientes (K e Mg), de maneira que a aplicação de alta dose de K não afete a nutrição da planta em relação ao Mg. Dois experimentos foram conduzidos em duas classes de solo: Latossolo, com textura muito argilosa, em Machado-MG, e Argissolo, com textura media sobre argilosa, em Monte Santo de Minas-MG. Adotou-se delineamento fatorial com três doses de K (110, 260 e 390 kg ha -1 K 2 O) x cinco doses de Mg (0, 81, 162, 324 e 405 kg ha -1 MgO), com três repetições. No Argissolo, a lixiviação de K impediu a redução da concentração foliar de Mg, independentemente da dose de K. No Latossolo, a concentração de Mg foliar variou com a dose de K, e apresentou ajuste quadrático. A concentração foliar de Mg aumentou linearmente com a dose desse nutriente, independentemente da classe de solo e da dose de K.
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    Percepção de risco e escolha dos contratos nas transações de venda do café
    (Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade - Universidade de São Paulo, 2012) Menezes, Renan Grassi Franco de; Zylbersztajn, Decio
    Existem evidências de que os produtores de café preferem transacionar via mercado spot ao invés de atuar em mercados de entrega futura ou realizar contratos de longo prazo com a indústria. Se o estabelecimento de contratos permite a redução do risco, quais fatores, associados a estas formas de transação, estariam influenciando a decisão dos cafeicultores? Este trabalho busca relacionar a determinação da forma de governança da transação de venda do café com a maneira como o cafeicultor percebe o risco. Sob a perspectiva da geração da renda, a preferência por relações spot, portanto, de curta duração é justificável? Como o tomador da decisão incorpora sua visão do risco para fazer sua escolha? Para esclarecer tais questões, primeiramente, são conduzidas entrevistas com produtores, visando identificar o perfil dos cafeicultores e entender como, mesmo que implicitamente, eles incorporam a gestão de rico em suas escolhas contratuais. Em seguida, este estudo elabora um modelo de simulação da renda dos produtores utilizando dois cenários, o ocorrido (cenário real) e um cenário com a adoção de contratos que limitem a margem de variação dos preços.
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    Lugares esquecidos ‐ a preservação do patrimônio no interior paulista: investigações sobre as cidades de Dourado e Nova Europa
    (Faculdade de Arquitetura e Urbanismo - Universidade de São Paulo, 2011) Zólio, Julciléa Cristina; Pinheiro, Maria Lúcia Bressan
    Segundo o Censo do ano 2.000, em torno de 31% dos municípios do Estado de São Paulo possuem populações entre 10.000 e 50.000 habitantes, tornando‐se assim a larga maioria dos municípios de pequeno e médio porte em relação aos 15,5% de municípios com mais de 50.000 habitantes; ao mesmo tempo, esta maioria é também a menos conhecida em termos de sua criação, evolução enquanto sistema urbano, tornando impraticável um planejamento que vise a sua proteção enquanto patrimônio urbano e arquitetônico e a sua expansão futura de modo ordenado. A região em estudo é constituída por uma rede de pequenas cidades, que surgem como decorrência de diferentes fatores: a) fixação dos ‘torna viagem’, provenientes em sua maioria de Minas Gerais; b) a expansão da lavoura cafeeira; c) a chegada da ferrovia; d) ações governamentais, tais como a implantação de núcleos coloniais; e) desmembramento de grandes fazendas. Apesar das origens diversas, essas cidades fazem parte de um grupo resultante de um ideário urbanístico análogo, e reagiram em maior ou menor grau a eventos como a substituição da cultura cafeeira e a desativação e erradicação da ferrovia em detrimento da opção nacional pelo transporte rodoviário, com o início do processo de redistribuição dos fluxos de transporte das antigas linhas de ferro para as rodovias, reconfigurando as relações de identidade e interdependência dessas localidades. Entre as cidades pertencentes à zona de estudos que conseguiram um maior desenvolvimento econômico, seus núcleos centrais vem passando por um processo de decadência e deterioração, graças às contradições em seus processos de desenvolvimento, resultando em distorções e na perda da qualidade de seus espaços e conseqüentemente na qualidade de vida. Nas cidades menores, as áreas centrais foram ‘preservadas pela pobreza’, sendo que na maioria delas, as instituições mais importantes ainda estão ali localizadas, o que não impede que seu patrimônio arquitetônico seja descaracterizado e substituído por falta de legislação específica para suas necessidades e características. Além da perda do patrimônio arquitetônico, também vem se perdendo os valores e costumes da região, resultando em atitudes equivocadas em relação à realidade física local. Entende‐se como necessário um resgate desses valores patrimoniais, principalmente uma maior divulgação da história local aos seus habitantes, a fim de contribuir para a sua ressignificação. Por acreditarmos que a produção espacial urbana do passado tem vínculos estreitos com o presente, configurando‐se como um referencial histórico, e a sua degradação e desvalorização implicam na perda da identidade cultural e da qualidade de vida de toda a região em estudo, o presente trabalho pretende contribuir para a preservação do patrimônio ambiental urbano das cidades de Dourado e Nova Europa, mas de forma flexível e que possa servir de referência para as demais cidades da região.
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    Estrutura da vegetação e sua relação com a diversidade, abundância e similaridade de coleópteros bioindicadores em diferentes sistemas vegetacionais, Piracicaba, SP
    (Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” - Universidade de São Paulo, 2016) Rodríguez, Carla Andrea Sandoval; Righi, Ciro Abbud
    A Mata Atlântica é considerada um dos biomas mais importantes do mundo devido à sua alta biodiversidade e funções ecossistêmicas. Entretanto, encontra-se fragmentada em porções de pequenas dimensões esparsas em uma matriz predominantemente agrícola, composta principalmente por extensas pastagens e monoculturas. Desse modo, os sistemas agroflorestais por apresentarem uma estrutura diferenciada dos monocultivos e similar às condições naturais, podem ser utilizados como uma alternativa para o manejo e a conservação da biodiversidade nos remanescentes florestais. A fragmentação provoca modificações no ambiente que irão refletir na perda e no deslocamento da biodiversidade, estando os insetos entre os grupos mais afetados. Uma das formas de se avaliar o estado de conservação dos fragmentos e o impacto antrópico nos sistemas vegetacionais, é estudar a presença e distribuição de organismos bioindicadores. Dentre esses, os insetos ocupam posição de destaque. Os insetos da família Scarabaeidae e da subfamília Scolytinae são bons indicadores de distúrbios, pois são muito sensíveis ás mudanças ambientais. Neste trabalho hipotetisou-se que a presença desses insetos está relacionada com a estrutura da vegetação e as condições de vida proporcionadas pelas diferentes formas de uso-da-terra. O objetivo desta pesquisa foi avaliar a diversidade de espécies, o padrão de abundância e a similaridade entre as populações de coleópteros (Scarabaeidae e Scolytinae) em diferentes sistemas vegetacionais de diferentes estruturas: i) Fragmento de floresta estacional semidecidual dividido em três áreas: beira do rio, centro e borda; ii) Sistema Agroflorestal (SAF) (interface entre o fragmento e o pasto); iii) Pasto composto de Brachiaria decumbens (L.); iv) Monocultivo de café (Coffea arábica L.); v) Monocultivo de seringueira (Hevea brasiliensis Müell. Arg.); vi) SAF de café e seringueira - todos situados numa região de domínio anterior de floresta estacional semidecidual em Piracicaba–SP. Os sistemas foram caracterizados quanto à sua estrutura e condições micrometeorológicas. Os insetos foram coletados mensalmente entre agosto/2013 e julho/2014 utilizando-se dois tipos de armadilhas: Pitfall e etanol modelo ESALQ-84. Foram coletados 1.047 espécimes distribuídos em 21espécies da família Scarabaeidae e 1.833 indivíduos de 38 espécies da subfamília Scolytinae. A maior quantidade de espécies de Scarabaeidae foi encontrada na borda do fragmento florestal, enquanto que a maior abundância ocorreu no fragmento florestal perto do rio. A subfamília Scolytinae apresentou a maior riqueza de espécies no sistema agroflorestal misto (borda) e a maior abundância no sistema agroflorestal café-seringueira. A abundância e riqueza de espécies da família Scarabaeidae foram correlacionadas positivamente com a temperatura do ar, temperatura e umidade do solo e a precipitação. Por outro lado, a abundância e a riqueza de espécies da subfamília Scolytinae apresentaram correlação negativa com a temperatura do ar e a temperatura e umidade do solo. Ambos os grupos de insetos apresentaram a maior abundância e riqueza de espécies nas áreas com estrutura vegetacional mais complexa, sendo influenciadas pelas condições microclimáticas dentro de cada local.
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    Sequenciamento e análise da variabilidade genética de vírus transmitidos por ácaros do gênero Brevipalpus no Brasil
    (Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” - Universidade de São Paulo, 2016) Jesus, Camila Chabi de; Freitas-Astúa, Juliana de
    Acredita-se que o Brasil é o centro de diversidade de vírus transmitidos por ácaros do gênero Brevipalpus (VTB). Alguns desses VTB infectam culturas fundamentais para o agronegócio brasileiro como citros e café, além de maracujá e de várias plantas ornamentais. Na última década os genomas de dois deles, Citrus leprosis virus C (CiLV-C) e Coffee ringspot virus (CoRSV) foram sequenciados, mas ainda é escasso o conhecimento sobre a diversidade genética e processos evolutivos envolvidos na população dessas espécies. Neste contexto, o objetivo deste trabalho foi caracterizar molecularmente novas estirpes de CiLV-C e CoRSV que infectam citros e café, respectivamente. E revelar as relações filogenéticas com espécies de VTB conhecidas, assim como avaliar a variabilidade genética da população de CiLV- C no Brasil. Para o estudo de CiLV-C, 47 amostras de Citrus sinensis apresentando sintomas típicos da leprose dos citros foram coletadas em diferentes regiões do Brasil no período de 2011-2015. A presença de CiLV-C foi detectada por RT-PCR em todas as amostras coletadas e, posteriormente, foi realizado o sequenciamento de quatro regiões do genoma viral (p29, p15, RI e MP) de cada isolado. As sequências obtidas foram utilizadas no estudo de filogenia e variabilidade da população de CiLV-C no Brasil. Foi demonstrado que a população de CiLV-C apresenta uma variabilidade relativamente baixa; entretanto, foi identificada a existência de duas linhagens dentro da espécie, nomeadas Cor e SJRP. Os genomas completos de CiLV-C SJRP e também do dicorhavirus tentativo CoRSV identificado em Limeira, SP, foram obtidos mediante o sequenciamento de RNA de pequeno tamanho (siRNA). Cada sequência foi validada mediante o sequenciamento de fragmentos gerados por RT-PCR ao longo do genoma. CiLV-C SJRP apresenta cerca de 85% de identidade de nucleotídeo com o membro-tipo do gênero Cilevirus e exibe evidências de recombinação com isolados da linhagem Cor, a prevalente no território brasileiro. Globalmente, o genoma de CoRSV Limeira apresenta mais de 90% de identidade de nucleotídeo com isolado CoRSV Lavras, o que indica que ambos os isolados são membros da mesma espécie tentativa de dichorhavirus.
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    Desenvolvimento de um sistema hidráulico-mecânico para o acionamento sequenciado da irrigação por aspersão em malha
    (Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” - Universidade de São Paulo, 2011) Grah, Vanessa de Fátima; Botrel, Tarlei Arriel
    A irrigação por aspersão em malha está inserida nos conceitos da nova agricultura irrigada, pois se trata de um sistema simples e efetivo, com custo altamente competitivo, de fácil implantação e baixo consumo de energia elétrica, quando comparado a outros sistemas de irrigação. Este sistema foi desenvolvido para irrigar pastagens, no entanto, atualmente, está sendo expandida para outras áreas, tais como café. No Brasil a automação de sistemas de irrigação vem sendo implantada com maior intensidade nos últimos anos, principalmente em função do surgimento de técnicas apropriadas que acompanha a modernização crescente da agricultura e abertura do mercado brasileiro às importações. A automação se faz necessária não somente pela possibilidade de redução dos custos com mão de obra, mas principalmente por necessidades operacionais, tais como irrigação de grandes áreas no período noturno. O trabalho teve por objetivo desenvolver e avaliar um dispositivo hidráulico-mecânico para sequenciamento automático da aspersão em malha, para facilitar o manejo do sistema de irrigação de maneira a reduzir as despesas com mão de obra e energia elétrica. Os protótipos foram feitos e avaliados no Laboratório de Hidráulica e Irrigação do Departamento de Engenharia de Biossistemas, da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (ESALQ), da Universidade do Estado de São Paulo (USP). Planejou-se uma lógica de automação sequenciada de válvulas hidráulicas, controladas por válvulas multivias acionadas por um temporizador volumétrico. Construiu-se uma malha de irrigação, com quatro aspersores e em cada tubo de subida foram instaladas válvulas hidráulicas. Construíram-se protótipos dos sequenciadores para cada aspersor, constituídos de um temporizador volumétrico, uma válvula multivias e um sistema de gatilho, para troca de posição do êmbolo. Realizaram-se testes de avaliação do sistema de sequenciamento, e observou-se que os tempos de irrigação por aspersor foram semelhantes aos tempos calculados para cada temporizador. Com isso o sistema mostrou ser uma alternativa técnica viável para a automação sequenciada de aspersores em um sistema de aspersão em malha.
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    Crescimento e maturação do fruto de café (Coffea arabica L.) em sistema arborizado e em monocultivo
    (Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” - Universidade de São Paulo, 2007) Camargo, Fabiana Taveira de; Favarin, José Laércio
    A busca por condições climáticas que minimizem efeitos negativos de extremos de temperatura e irradiância, a arborização pode viabilizar a cafeicultura brasileira, em particular, com o advento das mudanças climáticas. A pesquisa avaliou a dinâmica do crescimento e da maturação do fruto e a produtividade do café sob diferentes níveis de luminosidade. O experimento foi composto por seringueiras e cafeeiros, plantados dentro e na interface do seringal, e em monocultivo. O gradiente de radiação disponível aos cafeeiros nas diferentes distâncias das seringueiras foi de 40, 45, 80 e 100 % e caracterizou os tratamentos. Avaliou-se o acumulo de matéria seca de frutos nas fases da frutificação e a produtividade. Nas fases chumbinho, expansão e granação, O incremento varia com a quantidade de frutos na planta. A expansão depende da irradiância e a granação, do tempo de deposição de reservas. A matéria seca de frutos verde, verde-cana e cereja é superior nas plantas protegidas da face soalheira, favorecida pela exposição até 80 % de luminosidade. A produtividade aumenta, proporcionalmente, com a disponibilidade de luz, enquanto a expansão, o processo e a uniformidade da maturação são, também, beneficiados à exposição até 80 % da radiação solar.
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    Avaliação da capacidade reprodutiva de populações de Pratylenchus spp. frente a diferentes espécies vegetais
    (Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” - Universidade de São Paulo, 2009) Bonfim Junior, Mauro Ferreira; Inomoto, Mário Massayuki
    Os nematoides que atualmente tem sido classificados como P. coffeae, demonstram ampla variabilidade morfológica, molecular e quanto à reação à diferentes hospedeiros. Por conseguinte, é essencial que se identifique corretamente as espécies e que se conheça a capacidade de parasitismo em alguns hospedeiros, para que se possa estabelecer medidas de controle e estimar eventuais riscos da entrada de um patógeno em uma área com hospedeiro suscetível. Neste sentido, a presente pesquisa propõe, numa primeira parte, uma medida de controle de P. jaehni (K 5 ), que é muito agressivo à cafeeiro arábico, baseada no uso de plantas má hospedeiras. Na segunda parte deste trabalho é realizada uma caracterização da reação de diferentes espécies vegetais à quatro populações de Pratylenchus spp. Em virtude do exposto, este estudo objetivou avaliar a reação de diferentes cultivares de feijoeiro comum frente à P. jaehni (K 5 ), visando seu possível uso no manejo de áreas cafeeiras infestadas e caracterizar a reação de diferentes espécies vegetais de importância econômica (café, porta-enxertos cítricos, banana e sorgo) frente à quatro populações de Pratylenchus spp. As populações inciais utilizadas nos experimentos variaram entre 180 e 200 nematóides. Em todos os experimentos, os nematóides foram extraídos das raízes pelo método de Coolen e D ́Herde (1972) e, eventualmente, do substrato pelo método de Jenkins (1964). Foram realizados três ensaios: i) o primeiro com feijoeiro comum, onde todas as cultivares utilizadas foram resistentes à P. jaehni (K 5 ), inclusive na réplica; ii) o segundo com porta-enxertos cítricos, no qual somente o limão-cravo foi hospedeiro de P. jaehni (K 5 ); iii) o terceiro, no qual foi utilizado café, limão-cravo, banana e sorgo para o conhecimento das respectivas reações frente à 4 populações de Pratylenchus spp. Neste último experimento ocorreu uma reação hospedeira diferenciada para cada população. De acordo com os resultados, conclui- se que as cultivares de feijoeiro comum utilizadas apresentam potencial de uso em áreas cafeeiras infestadas por P. jaehni (K 5 ), em consórcio ou em áreas de renovação de cafezal, e que as populações de Pratylenchus spp. são capazes de se reproduzir de forma diferenciada frente às espécies vegetais testadas.
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    Duração do período de molhamento foliar: medida com sensores eletrônicos, variabilidade espacial em culturas e estimativa com modelos empíricos
    (Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” - Universidade de São Paulo, 2006) Santos, Eduardo Alvarez; Sentelhas, Paulo Cesar
    A duração do período de molhamento (DPM) é de grande importância para a epidemiologia de doenças de plantas, pois desempenha papel fundamental em alguns processos epidemiológicos. Dessa forma, sua determinação torna-se indispensável para o entendimento da relação entre o clima e doenças de plantas. Sendo assim, este estudo teve como objetivos: definir uma posição padrão de instalação de sensores cilíndricos para a medida da DPM sobre gramado, avaliar a variabilidade espacial dessa variável em três diferentes culturas, relacionar a DPM medida em culturas agrícolas com aquela obtida em posto meteorológico e comparar a estimativa da DPM obtida com modelos empíricos com aquela medida com sensores eletrônicos. Na fase anterior à sua instalação no campo, todos os sensores eletrônicos foram previamente pintados com tinta látex e tratados termicamente. Após essa etapa, os sensores cilíndricos foram instalados sobre gramado a 30 cm de altura voltados para o sul. No período inicial, os sensores cilíndricos foram mantidos paralelos à horizontal, visando-se a avaliar a variabilidade entre os mesmos. Posteriormente, foram testados cinco diferentes ângulos de instalação. As medidas obtidas por esses sensores foram comparadas com a medida padrão, obtida por sensor de placa a 30 cm de altura e 45o de inclinação. Com a finalidade de se avaliar a variabilidade espacial da DPM, sensores eletrônicos de DPM foram distribuídos no dossel de três culturas: algodão, banana e café. As medidas obtidas nessas culturas foram comparadas com as fornecidas por sensor de placa em posição padrão. A estimativa da DPM foi feita por meio dos seguintes modelos: NHUR > 87%, CART, DPO e limiar estendido de umidade relativa para os períodos seco e chuvoso. As medidas obtidas por sensores cilíndricos sobre gramado apresentaram boa acurácia e precisão. A variação do ângulo de instalação não demonstrou ter efeito expressivo sobre a medida dos sensores cilíndricos para as condições locais. Contudo, é recomendável inclinar o sensor cilíndrico, uma vez que, trabalhos anteriores demonstram que esse pode superestimar a DPM quando instalado na horizontal. A avaliação da variabilidade espacial da DPM demonstrou que essa variável é influenciada pelas condições determinantes do microclima das culturas. O padrão de variação da DPM foi distinto para cada uma das culturas. Na cultura do algodão não foram observadas variações expressivas da DPM. Já no cafeeiro a DPM foi mais longa nas partes baixas da planta, enquanto que na cultura da banana essa foi mais longa no topo da cultura. Foram obtidas boas relações entre a DPM medida sobre gramado e aquela obtida no topo das culturas, demonstrando que é possível estimar tal variável por meio de dados obtidos em posto meteorológico. Os modelos NHUR > 87%, CART e DPO forneceram boas estimativas da DPM com erro absoluto médio variando de 1,4 a 2,8 h nos dois períodos avaliados. Durante a estação seca, os três primeiros modelos tenderam a subestimar a DPM. O modelo do limiar estendido de umidade relativa foi o que apresentou o pior desempenho entre os modelos avaliados, não sendo recomendável sua aplicação para condições semelhantes às deste estudo.