UNB - Dissertações

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    Produção e caracterização de enzimas pectinolíticas por Paecilomyces formosus em resíduos sólidos do processamento de café
    (UNB- Universidade de Brasília, 2023-07-04) Vieira, Rafael Ícaro Matos; Ferreira Filho, Edivaldo Ximenes
    O Brasil se destaca como o maior produtor mundial de café, com mais de 50 milhões de sacas de café produzidas anualmente, após o beneficiamento do café há geração de resíduos (casca, polpa, mucilagem) na mesma proporção, chegando até 50% da produção total. Neste trabalho foi pesquisado o potencial de produção da enzima pectinase pelo Paecilomyces formosus em resíduos de casca de café robusta e a caracterização desta enzima. Em estudo anterior foi constatado que as melhores condições de cultivo são em 20ºC, 87 rpm, pH 4,0, sem suplementação. Foi realizado um screening enzimático, revelando que o pico de produção de pectinase se dá ao sétimo dia. A amostra foi concentrada (1,54UI/mL) e foi realizada uma comparação entre a porção concentrada e o extrato bruto (0,43UI/mL). As melhores condições bioquímicas da pectinase para o pH se deram em faixas ácidas (pH 4-5) e básicas (pH 9-10), a melhor temperatura 60ºC, foi ativado pelos compostos fenólicos ácido transferúlico e ácido tânico, íons de Mn2+ , Ca2+ e pelo EDTA. A pectinase se mostrou estável quanto a termoestabilidade até o período de 72 horas nas temperaturas de 30, 60 e 80ºC no extrato bruto e também na fração concentrada em 30 e 60ºC. O teste de hidrólise demonstrou capacidade degradação do substrato lignocelulósico pela pectinase, se mantendo até o período final de 24 horas do teste, sendo que não houve nenhuma atividade pectinolítica quando ao teste utilizando a casca de café pré-tratada. Os resultados do presente trabalho demonstraram o potencial de produção de pectinase pelo Paecilomyces formosus, sendo caracterizada, contribuindo com novas informações dentro do cenário biotecnológico, se fazendo necessário mais pesquisas.
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    Desenvolvimento de nanoformulações biopesticidas aplicadas na agricultura
    (Universidade de Brasília, 2020-02-19) Lima, Jonathan Dias de; Rodrigues, Marcelo Oliveira; Fernandez, Diana
    A agricultura é uma das atividades mais antigas da humanidade, tendo como grande desafio na atualidade de desenvolver uma agricultura sustentável aliada à superprodução agrícola. Pragas e doenças de plantas ameaçam a produtividade, por exemplo, causando grandes perdas na produção de algodão, soja, café, tomate e milho no Brasil. A nanotecnologia traz para a agricultura o desenvolvimento de nanobiopesticidas que tem por objetivo servir como agente de tratamento de pragas e, concomitantemente, aumentar a produção. Com isso, o presente trabalho tem por objetivo o desenvolvimento de nanoformulações à base de C-dots, que possam ser aplicadas no controle de fitopatógenos de importância econômica ao mercado agroindustrial. Foram produzidas quatro nanoformulações de C-dots@OEC, Cdots@OECr, C-dots@OELD e C-dots@Cu. Estas foram caracterizadas por técnicas de espectroscopia de fluorescência, infravermelho, microscopia eletrônica de transmissão e os óleos essenciais utilizados nas preparações tiveram suas composições químicas determinadas por GC/MS. As nanoformulações foram testadas em bioensaios contra o fungo Hemileia vastatrix (agente da ferrugem alaranjada do cafeeiro) e os nematoides formadores de galhas (Meloidogyne incognita). O uso das quatro nanoformulações inibiu em até 100% a germinação de urediniósporos de H. vastatrix e a aplicação do nanoformulado Cdots@OECr apresentou a maior taxa de mortalidade das larvas J2 de M. incognita (84%). Dessa forma, as nanoformulações desenvolvidas mostraram caráter biopesticida para pragas agrícolas.
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    Populações de nematoides fitoparasitas em áreas de cultivo de soja, algodão, café e de vegetação nativa do Cerrado na região oeste da Bahia.
    (Instituto de Ciências Biológicas - Universidade de Brasília, 2015-02-25) Lopes, Carina Mariani Leite; Cares, Juvenil Enrique
    A região oeste da Bahia, um importante polo de produção agrícola do país, tem sofrido perdas de produção nas culturas devido à ação de organismos fitopatogênicos, em especial nematoides fitoparasitas. A adoção de estratégias adequadas de controle de fitonematoides envolve o conhecimento prévio das espécies e suas populações existentes no solo. Com o objetivo de estudar as populações de fitonematoides presentes na região oeste da Bahia, foram coletadas 300 amostras de solo e raízes em cultivos de café, soja, algodão e áreas de reserva legal de cerrado, no período de janeiro a abril de 2014, em fazendas localizadas nos municípios de Barreiras, Luis Eduardo Magalhães, Formosa do Rio Preto, São Desidério, Riachão das Neves e Baianópolis. Nematoides fitoparasitas foram extraídos de amostras de solo e raízes e identificados com auxílio de microscópio óptico. Espécies de Meloidogyne foram identificadas pelo fenótipo da isoenzima esterase. Foram encontrados espécimes de 14 gêneros fitoparasitas, a saber: Pratylenchus, Helicotylenchus, Meloidogyne, Rotylenchulus, Heterodera, Hemicycliophora, Scutellonema, Hoplolaimus, Gracilacus, Criconemoides, Discocriconemella, Nothocriconemoides, Trichodorus e Paratrichodorus. Espécimes do gênero Helicotylenchus foram os mais frequentes nas amostras de solo (58,3%) seguido por Pratylenchus (52,3%). Das espécies de Meloidogyne, M. javanica prevaleceu em relação as demais. Juvenis de Heterodera somente foram identificados em seis fazendas nos municípios de Formosa do Rio Preto, São Desidério e Barreiras. Hemicycliophora spp. estiveram presentes em 69,3% das amostras coletadas em cultivos de café.
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    A utilização de agrotóxicos em lavouras cafeeiras frente ao risco da saúde do trabalhador rural no Município de Cacoal - RO (Brasil)
    (Faculdade de Ciências da Saúde - Universidade de Brasília, 2006-07-25) Silva, Marcelio Viana da; Monteiro, Pedro Sadi
    No âmbito da América Latina, o Brasil desponta como o maior consumidor de agrotóxicos, com um consumo estimado em 50% da quantidade comercial na região. A aplicação indiscriminada de agrotóxicos afeta tanto a saúde humana quanto a ecossistemas naturais. Os impactos na saúde podem atingir tanto aplicadores dos produtos, os membros da comunidade e os consumidores dos alimentos contaminados com resíduos, mas, sem dúvida, a primeira categoria é a mais afetada por estes. A utilização dos agrotóxicos no meio rural brasileiro tem trazido uma série de conseqüências tanto para o ambiente como para a saúde do trabalhador rural. Em geral, essas conseqüências são condicionadas por fatores intrinsecamente relacionados, tais como o uso inadequado dessas substâncias, a alta toxicidade de certos produtos, a falta de utilização de equipamentos de proteção e a precariedade dos mecanismos de vigilância. Dos 5.570 casos de intoxicação, ocorridos em 2003, 1.748 (31,4%) foram causados por agrotóxicos de uso agrícola. Pretendeu-se com a realização deste estudo, conhecer no Município de Cacoal - RO o perfil dos trabalhadores em lavouras cafeeiras, idade, sexo, escolaridade, tempo de atuação na função, sintomas decorrentes da utilização dos agrotóxicos e as condições, nas quais são manuseados. O tipo de estudo utilizado foi um transversal descritivo e analítico; a amostra foi constituída por 87 trabalhadores em lavouras cafeeiras em áreas rurais do Município de Cacoal-RO; na análise das variáveis utilizou-se o software EPI- INFO 6.04. De 87 trabalhadores pesquisados, 63 (72,4%) afirmaram ser proprietários do estabelecimento rural, 8 (9,2%) parceiro/arrendatário, 13 (14,9%) meeiros, 2 (2,3%) trabalhadores fixos assalariados e, 1 (1,2%) afirmou ser empreiteiro de serviços. Os homens, 85, representaram (97,7%) dos entrevistados; a média de idade foi de 44,08 anos (desvio padrão) DP = 13,73). 12.6% não são alfabetizados, 63.2%, não concluíram o primeiro grau, 3.5%, concluíram o segundo grau e 1.1.% concluiu o curso superior. 39.1%, 32.2% e 21.9%, trabalham nas lavouras até 10 anos, entre 11 a 20 e 21 a 30 anos, respectivamente. Entre outras queixas, 69.0% dos trabalhadores, referiram nervosismo/preocupação, 41.4% referiu dores de cabeça e 28.7%, afirmaram dormir mal. Conclusões – Verificou-se que a quase totalidade dos trabalhadores não utiliza Equipamento de Proteção Individual. Existe um baixo grau de escolaridade, a qual está associada ao baixo índice de leitura do rótulo das embalagens e ao baixo índice de uso de EPI. A proporção de indivíduos com relatos de sintomas decorrentes do manuseio dos agrotóxicos é elevada. Dessa forma, são necessários a realização de outros estudos que possam auxiliar no aprofundamento do entendimento da real situação da saúde dos trabalhadores e das condições do meio ambiente.