Revista Brasileira de Economia

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    O impacto do acôrdo internacional do café, sôbre o preço do café
    (1971-07) Mueller, Charles C
    “Um dos objetivos explícitos do Acôrdo Internacional do Café (AIC), em efeito desde 1962, é o de estabelecer preços "equitativos‟ para o café. Ou seja, preços que equilibrem o objetivo de aumentar o "poder de compra dos países exportadores‟, no longo prazo, sem, ao mesmo tempo, criar um ônus indevido ao consumidor nos países importadores. Assume-se que o efeito do AIC foi o de trazer o preço do café no mercado internacional a níveis mais elevados do que aqueles obtidos sob regime de mercado livre ou sob intervenção no mercado pelos países, isoladamente. A parte 1 deste ensaio examina brevemente algumas das razões do desenvolvimento de esquemas de controle no mercado de café. A parte 2 contém uma análise empírica, a que se segue a parte 3 com projeções que podem auxiliar na identificação das fontes das mudanças recentes no mercado do café. A parte 4 contém uma discussão do quadro institucional dessas mudanças, e na parte 5 estão as principais conclusões deste estudo."
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    Aspectos econômicos da organização do trabalho da economia cafeeira do Rio de Janeiro, 1850-88
    (1978-01) Mello, Pedro Carvalho de
    “Entendendo a escravidão como parte de um quadro mais amplo da organização do trabalho, estuda-se a desagregação do trabalho servil na economia cafeeira da ex-província do Rio de Janeiro no período 1850-88, com ênfase em 1871-88. Faz-se um resumo dos principais aspectos da situação da escravidão no Brasil na segunda metade do século XIX, bem como uma exposição bastante abreviada do debate sobre algumas das causas econômicas apresentadas na literatura sobre a abolição. A seguir é apresentada uma interpretação alternativa do autor, em termos de hipóteses econômicas testadas com dados de preços e aluguéis de escravos obtidos em pesquisas em diversas fontes primárias. As principais conclusões são que um fazendeiro de café que comprasse nos anos de 1870 um escravo da roça, aos preços vigentes de mercado, poderia esperar obter uma taxa de retorno pelo menos igual ao que poderia conseguir em outras alternativas possíveis de investimento, e que o declínio da demanda por escravos nos anos de 1880 é explicado pelas antecipações pessimistas – geradas pela pressão abolicionista – sobre a continuidade da escravidão.”
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    Modelo econométrico trimestral do mercado mundial de café
    (1972-04) Epps, Mary Lee; Fioravante, Moacyr; Naylor, Thomas H.
    “No presente estudo descrevemos um modelo econométrico do mercado mundial de café, baseado em dados trimestrais referentes ao período de 1955 a 1965. O modelo considera o mercado mundial de café como um oligopólio, constituído de três setores principais de produção (variedades Brasil, "mild‟ e "robusta‟) e de três setores principais de consumo: a) Estados Unidos, b) Canadá e mais treze países europeus, e c) o resto do mundo. O modelo consiste em 15 equações cujos parâmetros foram estimados por mínimos quadrados bifásicos.”
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    O financiamento hipotecário da cafeicultura do Vale do Paraíba (1865-87)
    (2002-01) Marcondes, Renato Leite
    “Este artigo analisa a importância do crédito hipotecário para o desenvolvimento da economia cafeeira no Vale do Paraíba paulista, com base em três livros de hipotecas referentes às localidades de Guaratinguetá e Lorena. O artigo mostra a transformação das formas tradicionais de crédito (usurário) para a bancária a partir da lei hipotecária de 1864/1865. Apesar das mudanças, o financiamento manteve-se restrito a uma pequena parcela da população e os mais afortunados conseguiam condições mais facilitadas.”
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    Desvalorizações cambiais, indústria e café: Brasil, 1862-1906
    (1981-04) Cardoso, Eliana A.
    “Este ensaio constrói um modelo para a taxa de câmbio e as importações de bens de capital no Brasil, durante a segunda metade do século XIX. A equação para a taxa de câmbio comporta-se muito bem. A evidência mostra que o poder de paridade de compra não é suficiente para explicar o comportamento da taxa de câmbio, que respondia, sem sombra de dúvida, ao comportamento da receita das exportações de café. A discussão sobre o comportamento da taxa de câmbio está ligada à das origens da industrialização brasileira. Existem essencialmente duas explicações para o desenvolvimento da indústria no Brasil a partir de uma base primário-exportadora. Enquanto o argumento dos choques adversos relaciona a industrialização a condições desfavoráveis no setor externo, a interpretação alternativa explica-a, a partir do crescimento da renda, propiciado pela expansão das exportações. Evidentemente não existe uma relação simples entre exportação e investimento industrial. Este ensaio elabora os mecanismos através dos quais os estoques de capital na indústria responde ao comportamento do setor externo. Também se consideram os efeitos da política monetária e do comportamento dos salários para o investimento industrial.”