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    Caracterização de cultivares do cafeeiro (Coffea arabica L.) usadas no programa de melhoramento no Sul de Minas Gerais: III - Divergência genética
    (2003) Dias, Fábio Pereira; Mendes, Antônio Nazareno Guimarães; Carvalho, Samuel Pereira de; Souza, Carlos Alberto Spaggiari de; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    Visando obter informações sobre a divergência genética de 25 progênies de cafeeiro (Coffea arabica L.) envolvendo as cultivares Catuaí Vermelho, Mundo Novo, Acaiá, Rubi, Topázio, Catucaí, Icatu, Sarchimor, Katipó, Tupi e Obatã, conduzidas pelo Programa de Melhoramento Genético do Cafeeiro em Minas Gerais (EPAMIG, UFLA, UFV, PROCAFÉ) e São Paulo (IAC), foi instalado esse ensaio, em 1998, no delineamento em látice triplo 5x5, com sete plantas por parcela e três repetições. Os dados de duas colheitas foram obtidos e analisados no período de julho de 2000 a junho de 2001 para os 16 caracteres estudados. Os resultados obtidos por meio da aplicação do método estatístico das distâncias generalizadas de Mahalanobis, verificou que as progênies Tupi IAC 1669-333 e Icatu Vermelho IAC 4782 apresentaram as maior distância (409,19), sendo consideradas as mais divergentes, e a menor distância (9,72) entre as progênies Icatu Vermelho IAC 4040-79 e Icatu Vermelho IAC 4045-47, sendo as menos divergentes entre si. A aplicação do método de agrupamento de Thocher à matriz de Mahalanobis indicou a existência de cinco grupos de similaridade, sendo o primeiro grupo aquele com maior número de progênies (20 das 25 estudadas).
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    Tubetes biodegradáveis e ecológicos a partir de cera de abelha
    (2003) Pereira, Cassiano Spaziani; Carvalho, Sebastião Júlio de; Silva, Adriano Alves da; Guimarães, Rubens José; Nogueira, Denismar Alves; Pozza, Edson Ampélio; Souza, Carlos Alberto Spaggiari de; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    Este trabalho está sendo conduzido no Setor de cafeicultura da Universidade Federal de Lavras, sendo um de seus propósitos encontrar alternativas para a solução do problema causado pela poluição ambiental do plástico utilizado na agricultura. Também objetiva-se otimizar o trabalho de plantio de mudas em campo, com o desenvolvimento de tubetes de material facilmente degradável no solo, eliminando assim a etapa de recolhimento de saquinhos ou tubetes de polietileno. O uso de tubetes de polietileno na agricultura, assim como o uso de plásticos em outros setores é considerado um agente altamente poluidor, sendo que na produção de mudas de cafeeiro, os tubetes velhos e sem uso, assim como os sacos plásticos, têm criado graves problemas ambientais. Também é objetivo do presente trabalho possibilitar a diminuição do risco de mudas com "pião torto" no momento do plantio, pois tal fato ocorre devido a uma alteração no sistema radicular, que é entortado no momento do plantio quando se retira o tubete ou saquinho das mudas. O experimento foi iniciado no dia 31 de julho de 2002, quando foram preparados os tubetes a partir de um molde confeccionado de madeira. O referido molde tem as dimensões de um tubete convencional para café (120 ml) e era mergulhado em uma vasilha com cera de abelha em estado líquido, sendo que a espessura da parede dos tubetes de cera era determinada pelo número de vezes que se mergulhava o molde na cera líquida quente. Após a sua confecção, os tubetes de cera eram pesados obtendo-se os seguintes tratamentos: testemunha, em tubete de polietileno; uma vez que se mergulhou o tubete ou 11 gramas aproximadamente; 2 vezes ou 17 grs; 3 vezes ou 22 grs; 4 vezes ou 30 grs; 5vezes ou 38 gramas. A pesagem de tubetes foi escolhida para padronização do tratamento espessura por ser mais facilmente mensurado, além de possibilitar o cálculo do custo com os tubetes com base no valor de mercado do quilo da cera. No dia 1 o de Agosto as sementes de café da cultivar Acaiá Cerrado MG 1474, foram plantadas diretamente nos tubetes. O experimento permaneceu no viveiro até que as mudas atingirem 3 a 4 pares de folha, momento em que se encontravam aptas para o plantio. Selecionou-se 3 mudas de cada tratamento (a fim de aumentar a uniformidade das mudas), sendo o plantio dessas realizado no dia 8 de janeiro de 2003 em 20 vasos de polietileno de 5 litros, preenchidos com a seguinte mistura: 100 litros de terra de subsolo adubados com 500 gramas de super simples, 150 gramas de KCl e 3 litros de esterco de curral. Cada vaso possuía três plantas sem a retirada dos tubetes das mudas, formando assim uma parcela experimental, pois pretende-se também estudar a degradação dos mesmos no solo. O delineamento utilizado foi o de blocos casualizados com 4 repetições e cinco tratamentos (espessuras/pesos de tubetes) pois os tubetes de 11 gramas não suportaram o peso do substrato na tela de suporte, ficando assim excluidos das avaliações. Conclui-se que os tubetes de cera de abelha, apesar de possuirem custo mais alto e terem influenciado negativamente a área foliar, devem continuar a serem pesquisados, buscando técnicas mais desenvolvidas para sua confecção.
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    Modos de aplicação do fertilizante de liberação lenta na produção de mudas de cafeeiro (Coffea arabica L.) em tubetes
    (2003) Rezende, Juliana Costa de; Mendes, Antônio Nazareno Guimarães; Souza, Carlos Alberto Spaggiari de; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    O material ou mistura de materiais utilizados como substrato na formação de mudas de cafeeiro normalmente não possuem teores adequados de nutrientes capazes de atender às necessidades de plantas em crescimento. Assim, torna-se necessária a aplicação de fertilizantes minerais na tentativa de aumentar o crescimento das mudas, diminuindo seu tempo de permanência no viveiro. Uma alternativa introduzida no Brasil seria o fertilizante de liberação lenta dos nutrientes, em diferentes formulações, e que tem sido utilizado e aplicado em diferentes modos na fertilização do substrato para a produção de mudas. Sendo assim, esse trabalho foi realizado com o objetivo de avaliar diferentes modos de aplicação do fertilizante de liberação lenta na produção de mudas de cafeeiro em tubetes. Foram utilizados tubetes de polietileno, de forma cônica, com oito estrias longitudinais internas, perfurados na base inferior e com capacidade volumétrica de 120 mL. O substrato utilizado foi o plantmax, substrato comercial, constituído de vermiculita e casca de pinus moída, compostada e enriquecida com nutrientes e para fertilização do substrato, foi utilizado o osmocote, ou seja, adubo de liberação lenta 15-10-10 + micronutrientes aplicado na dose de 1 grama do fertilizante por tubete. O deline-amento experimental foi o de blocos ao acaso, com três repetições e parcelas formadas por cinco tubetes, contendo uma plântula enxertada por recipiente. Os três tratamentos foram os modos de aplicação do fertilizante: aplicado na superfície do substrato (A), aplicado em um furo feito ao lado da plântula (B), aplicado ao volume total de substrato, em mistura uniforme (C). No tratamento A, a aplicação foi feita após o enchimento dos recipientes e da repicagem das plântulas, colocando-se o fertilizante distribuído na superfície do substrato. No tratamento B, abriu-se um furo de aproximadamente 0,5 cm de diâmetro e 2 cm de profundidade ao lado da plântula transplantada, colocando-se o fertilizante no seu interior; fazendo a cobertura com o próprio substrato do recipiente. No tratamento C, o volume total do substrato necessário para o enchimento dos tubetes foi misturado ao fertilizante utilizando-se saco plástico com capacidade de 20 litros. Após o enchimento dos tubetes, foi feita a enxertia das mudas para o plantio nos tubetes. Foram utilizados 2 cultivares de Coffea arabica L., como enxerto que são: Acaiá MG1474 e Rubi MG1192, e uma de C. canephora como porta-enxerto, Apoatã (IAC 2258). Quando as mudas estavam com aproximadamente 6 pares de folhas, no ponto de serem levadas para campo, foram avaliados o número de pares de folhas verdadeiras, diâmetro do caule, altura da planta, área foliar e pesos de matéria seca da parte aérea e raiz, relação parte aérea/raiz. Conclui-se que a aplicação localizada do fertilizante (aplicação na superfície do substrato ou em um furo ao lado da plântula permite a produção de mudas de cafeeiro com desenvolvimento semelhante àquelas produzidas com a mistura ao substrato e que a cultivar Acaiá Cerrado MG-1474 apresenta maior crescimento vegetativo, expresso pelas variáveis avaliadas,que a Rubi MG-1192.
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    Caracterização de cultivares do cafeeiro (Coffea arabica L.) usadas no programa de melhoramento no Sul de Minas Gerais: II - Caracteres relacionados à produção
    (2003) Dias, Fábio Pereira; Mendes, Antônio Nazareno Guimarães; Souza, Carlos Alberto Spaggiari de; Carvalho, Samuel Pereira de; Raso, Bruno de Souza Monte; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    Com o objetivo de conhecer alguns caracteres relacionados a produção, de 25 progênies de cafeeiro (Coffea arabica L.), pertencentes às cultivares Catuaí Vermelho, Mundo Novo, Acaiá, Rubi, Topázio, Catucaí, Icatu, Sarchimor, Katipó, Tupi e Obatã, conduzidas pelo Programa de Melhoramento Genético do Cafeeiro em Minas Gerais (EPAMIG, UFLA, UFV, PROCAFÉ) e São Paulo (IAC), foi instalado um experimento em 1998, no delineamento em látice triplo 5x5, com sete plantas por parcela e três repetições. Foram consideradas, na análise estatística, as duas primeiras colheitas, realizadas no biênio correspondente aos anos-safra 2000/2001 e 2001/2002, totalizando seis caracteres, sendo estes: porcentagem de frutos chochos (%CH); produção, maturação, vigor vegetativo, rendimento e peneira alta, analisados em esquema de parcelas subdivididas no tempo. Dos resultados obtidos, apenas o caráter porcentagem de frutos chochos (%CH) não apresentou diferença significativa entre os tratamentos. Para os demais caracteres houve diferença entre os tratamentos, destacando grupos distintos de materiais considerados superiores no que diz respeito a produção, maturação, vigor vegetativo, rendimento e peneira alta.
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    Caracterização de cultivares do cafeeiro (Coffea arabica L.) usadas no programa de melhoramento no Sul de Minas Gerais: I. Caracteres relacionados ao crescimento vegetativo
    (2003) Dias, Fábio Pereira; Mendes, Antônio Nazareno Guimarães; Souza, Carlos Alberto Spaggiari de; Carvalho, Samuel Pereira de; Botelho, César Elias; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    Visando obter informações sobre caracteres relacionados ao crescimento vegetativo de 25 progênies de cafeeiro (Coffea arabica L.) envolvendo as cultivares Catuaí Vermelho, Mundo Novo, Acaiá, Rubi, Topázio, Catucaí, Icatu, Sarchimor, Katipó, Tupi e Obatã, conduzidas pelo Programa de Melhoramento Genético do Cafeeiro em Minas Gerais (EPAMIG, UFLA, UFV, PROCAFÉ) e São Paulo (IAC), foi instalado esse ensaio, em 1998, no delineamento em látice triplo 5x5, com sete plantas por parcela e três repetições. Os dados foram obtidos e analisados no período de julho de 2000 a junho de 2001 para os nove caracteres em estudo. Os resultados obtidos descrevem uma ampla variação entre as progênies para a maioria dos caracteres estuda-dos, destacando a progênie Acaiá Cerrado MG 1474 como única de porte alto e menor diâmetro de copa. Para os caracteres incremento percentual relativo ao crescimento dos ramos ortotrópicos e diâmetro de copa, bem como número de ramos plagiotrópicos primários e secundários não foi verificada diferenças para as progênies consideradas. De uma forma geral apenas as progênies Icatu Amarelo IAC 2944-4, Icatu Vermelho IAC 4045, Icatu Vermelho IAC 4040, Catuaí Vermelho IAC 99, Rubi MG 1192 e Topázio MG 1189 apresen-taram o maior número de internódios e o maior incremento percentual do número de internódios, sendo estes dois caracteres desejáveis para escolha de uma cultivar. Estes resultados são importantes tanto para escolha da cultivar quanto para escolha do manejo a ser adotado na região Sul de Minas Gerais.
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    Formação de mudas de Coffea arabica L. cv Rubi utilizando sementes e frutos em diferentes estádios de desenvolvimento
    (2003) Rosa, Sttela Dellyzete Veiga Franco da; Melo, Leonardo Queiróz de; Veiga, André Delly; Oliveira, Sirlei de; Souza, Carlos Alberto Spaggiari de; Aguiar, Vinícius de Araujo; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    Sementes de cafeeiro apresentam germinação lenta e baixo potencial de armazenagem, o que dificulta a formação de mudas em tempo hábil e em condições climáticas favoráveis à implantação da lavoura. A propagação do cafeeiro por meio de mudas oriundas de sementes é ainda largamente realizada e é altamente desejável a redução do tempo para a obtenção de mudas bem desenvolvidas e vigorosas, visando o bom estabelecimento do estande e a redução da porcentagem de replantio. Considerando que sementes de cafeeiro adquirem a sua máxima germinação nos estádios verde-cana e cereja, realizou-se o presente trabalho com o objetivo de testar alternativas para a obtenção de mudas, utilizando-se frutos e sementes em vários estádios de desenvolvimento. O experimento foi conduzido no viveiro e no Laboratório de Análises de Sementes da Universidade Federal de Lavras. O delineamento foi blocos casualisados, com quatro repetições, com as mudas produzidas em sacolinhas com substrato de terra, esterco, superfosfato simples e cloreto de potássio (substrato padrão). Foram testados nove tratamentos de semeadura direta: 1) semeio do fruto no estádio verde; 2) do fruto no estádio verde após 10 dias da colheita; 3) do fruto no estádio verde-cana; 4) do fruto no estádio verde-cana após dez dias da colheita; 5) do fruto no estádio cereja; 6) da semente de fruto cereja, desmucilada e secada até 15% de teor de água; 7) da semente de fruto cereja, desmucilada, secada até 15% e sem pergaminho; 8) da semente de fruto cereja, desmucilada, secada até 15% de teor de água e pré-embebida em água por seis dias; e 9) da semente de fruto cereja, desmucilada, secada até 15%, sem pergaminho e pré-embebida em água por seis dias. Para verificar o efeito dos tratamentos, realizou-se, após seis meses de condução do experimento, a avaliação das mudas, por meio de medições de diâmetro do caule (DC), da altura da planta (AP), da massa seca do sistema radicular (MSSR), da massa seca da parte aérea (MSPA), do número de pares de folhas (PF), da razão MSPA/MSSR e da área foliar (AF). Aos 125 dias, foram computadas as plântulas emersas e calculados os índices de velocidade de emergência. Os tratamentos que se destacaram, segundo a análise estatística, foram a semeadura de fruto verde-cana, do fruto cereja, de sementes com e sem pergaminho e de sementes sem pergaminho e pré-embebida em água por seis dias, para as características DC, AC, MSSR, MSPA, PF e porcentagem de plântulas emersas. Para as características área foliar e número de pares de folhas, de extrema importância para o bom estabelecimento das mudas no campo, os tratamentos que apresentaram maiores valores, com significância estatística, foram a semeadura direta do fruto verde-cana e de sementes de frutos cereja com e sem pergaminho.
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    Extrato etanólico de própolis no desenvolvimento de mudas de cafeeiro
    (2003) Pereira, Cassiano Spaziani; Guimarães, Rubens José; Silva, Adriano Alves da; Pozza, Edson Ampélio; Souza, Carlos Alberto Spaggiari de; Nogueira, Denismar Alves; Carvalho, Sebastião Júlio de; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    Este trabalho teve por objetivo verificar o efeito do extrato etanólico de própolis no desenvolvimento de mudas de cafeeiro. Utilizou-se mudas da cultivar Catuai IAC 99 com idade aproximada de 4 meses, plantadas em vasos de três litros com substrato composto de 700 litros de terra de subsolo, 300 litros de esterco de curral, 5 kg de Super Simples e 1kg de KCl por metro cúbico da mistura. O experimento foi conduzido durante 3 meses (junho a setembro de 2002), no Departamento de Fitopatologia da Universidade Federal de Lavras, em estufa com temperatura controlada a aproximadamente 24° C. O preparo do extrato de própolis foi realizado de forma uniforme para todos os tratamentos com 16 % de própolis bruta e 84% de álcool de cereais, ou seja, a proporção foi determinada utilizando-se 16 grs de própolis bruta em 84 grs de álcool de cereais. A aplicação foi dirigida para a parte aérea das plantas e a quantidade de calda aplicada por muda foi determinada pelo número de vezes que se apertou o gatilho do aplicador (8 vezes). O experimento foi conduzido em blocos casualizados com 5 repetições e 11 tratamentos, sendo que cada dose era um tratamento, com 4 plantas por parcela e um total de 220 plantas. Foram realizadas 6 avaliações no período de 3 meses (épocas), e as doses utilizadas foram: 0; 0,05; 0,1; 0,2; 0,6; 1,0; 1,5; 2,0; 2,5; 3,0; 5,0%. As aplicações foram feitas com atomizador manual a cada 15 dias. Analisando-se o número de folhas por planta, a desfolha causada e a massa seca total das plantas, concluiu-se que o extrato de própolis não apresentou interferência no desenvolvimento das mudas de café. Conclui-se, portanto que, no caso da utilização da própolis para o controle de doenças do cafeeiro, até a dose de 5,0% de extrato alcoolico, não há melhoria nem prejuízos no desenvolvimento das mudas de cafeeiro (Coffea arabica L.). fisiologia, própolis, desenvolvimento.
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    Extrato etanólico de própolis no controle de cercospora em mudas de cafeeiro (Coffea arabica L.)
    (2003) Pereira, Cassiano Spaziani; Silva, Adriano Alves da; Guimarães, Rubens José; Pozza, Edson Ampélio; Souza, Carlos Alberto Spaggiari de; Nogueira, Denismar Alves; Botelho, Deila Magna dos Santos; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    O presente trabalho teve como objetivo verificar o potencial fungistático do extrato etanólico de própolis e verificar uma dose mínima deste sobre os conídios de Cercospora coffeicola. Conduziu-se o presente trabalho entre os meses de julho a outubro de 2002 no Departamento de Fitopatologia em estufa com controle de temperatura e umidade, utilizando-se uma própolis bruta da região de Lavras-MG. O extrato foi preparado com própolis bruta e álcool, sendo feita a seguinte proporção em peso: 16 grs de própolis bruta e 84 grs de álcool de cereais, com diluição posterior em água até se obterem as doses planejadas no experimento. Antes da diluição em água, a própolis ficou imersa em álcool de cereais por cerca de 30 dias, formando o extrato, que em seguida foi pesado para a obtenção dos tratamentos (doses) e posteriormente coado em papel de filtro para evitar entupimento de bicos durante a pulverização nas mudas. Utilizaram-se 220 mudas da cultivar Catuaí IAC 99 (susceptíveis a cercospora) que foram plantadas em vasos de 3 litros, utilizando-se o substrato composto por 700 litros de terra de subsolo, 300 litros de esterco de curral, 5 kg de super simples e 1,0 kg de KCL por metro cúbico de substrato. O delineamento utilizado foi o de blocos ao acaso com tratamentos, ou seja, 11 doses de extrato alcoólico (0; 0,05; 0,1; 0,2; 0,6; 1,0; 1,5; 2,0; 2,5; 3,0; e 5 %) e 5 repetições com 4 mudas por parcela. Foram realizadas 6 avaliações a cada 15 dias, sendo que a aplicação do extrato ocorreu sempre 5 dias após cada avaliação. As características avaliadas foram: número de folhas lesionadas/planta, porcentagem de folhas lesionadas/planta e número de lesões/planta para se verificar o efeito dos tratamentos sobre o fungo. Após a primeira aplicação e avaliação, foi realizada uma inoculação com concentração de 2,5 ´ 10 4 conídios de cercospora por mL. Concluiu-se, pelos resultados encontrados, que a própolis possui efeito sobre a cercospora do cafeeiro e que pode ser utilizado como um importante fungicida natural para controle desta doença. Também foi possível concluir que as doses utilizadas não diferiram entre si, porém com controle eficiente da cercospora em relação à testemunha.
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    Efeitos da enxertia no desenvolvimento de mudas de cultivares de cafeeiro (Coffea arabica L.), produzidas em tubetes
    (2003) Rezende, Juliana Costa de; Mendes, Antônio Nazareno Guimarães; Souza, Carlos Alberto Spaggiari de; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    A enxertia é um processo que vem sendo utilizado com êxito há muito tempo em diversos países, visando principalmente substituir o sistema radicular de cultivares de cafeeiros altamente produtivas, porém suscetíveis ao ataque de diversos fungos e nematóides da raiz. O uso de porta-enxertos com sistema radicular mais desenvolvido, capaz de explorar maior volume de solo e absorver maior quantidade de água, poderia ainda ser vantajoso por proporcionar, durante os períodos secos, maior abertura estomática e consequentemente maiores taxas fotossintéticas. Atualmente o café enxertado, testado e aprovado vem obtendo bons resultados, não só na resistência ao nematóide. A técnica de enxertia em cafeeiros, embora seja conhecida, é um processo muito meticuloso, que exige pessoal treinado, infraestrutura adequada, respaldo técnico, bases físicas, recursos materiais, humanos e financeiros (Cambraia, 1999). Os objetivos do presente trabalho são verificar a combinação de cinco cultivares de Coffea arabica L com 3 sistemas de produção de mudas: mudas enxertadas sobre Coffea canephora (cultivar Apoatã IAC-2258), mudas autoenxertadas e mudas "pé-franco". Os experimentos foram conduzidos no viveiro de produção de mudas de cafeeiro do Setor de Cafeicultura da Universidade Federal de Lavras - UFLA, no período de agosto de 2001 a julho de 2002. Foram utilizadas sementes de cafeeiro Coffea arabica L., usadas como enxerto e de Coffea canephora como porta-enxerto. As de cultivares de C. arabica foram Acaiá MG-1474, Rubi MG-1192, Tupi IAC-1669-33, Catuaí Amarelo IAC-62-148 e Obatã IAC-1669-20 e a cultivar de C. canephora utilizada como porta-enxerto foi a Apoatã (IAC 2258). A semeadura foi realizada no mês de agosto de 2001 em sementeiras de alvenaria, usando-se areia lavada como substrato. Foram feitas regas diárias até a emergência das plântulas. Quando as plântulas chegaram no estádio de palito de fósforo, essas foram selecionadas para a realização da enxertia. Logo após a enxertia foi feita a repicagem para tubetes de forma cônica, contendo estrias longitudinais, perfurados na base inferior e capacidade volumétrica de 120 mL. Para o enchimento dos recipientes foi utilizado o substrato comercial constituído de vermiculita e casca de pinus moída, compostada e enriquecida com nutrientes. Este substrato foi complementado utilizando o fertilizante de liberação lenta, denominado "osmocote", na formulação 15-10-10 + micronutrientes. O fertilizante foi aplicado na quantidade de 0,98 grama/tubete. A mistura substrato e fertilizante foi feita em saco plástico de 60 litros, agitando-se o plástico até obter uma mistura uniforme. Para enchimento dos recipientes, a mistura foi umedecida com 6 litros de água / 55 litros de substrato + fertilizante. Logo após, foi feito o transplantio das mudas enxertadas. Foi utilizado o delineamento experimental de blocos casualizados, com quatro repetições e 16 tubetes por parcela. Os tratamentos foram constituídos da combinação das cultivares-copa com 3 sistemas de produção de mudas: enxertia em Apoatã, auto-enxertia e "pé franco". Quando as mudas estavam com aproximadamente 6 pares de folhas, no ponto de serem levadas para campo, foram avaliados o número de pares de folhas verdadeiras, o diâmetro do caule, a altura da planta, a área foliar e os pesos de matéria seca da parte aérea e da raiz, além da relação parte aérea/raiz. Os resultados mostraram que as cultivares Acaiá MG-1474, Rubi MG-1192, Tupi IAC-1669-33, Catuaí Amarelo IAC-62-148 e Obatã IAC-1669-20 apresentam maior altura quando enxertadas em Apoatã e maior área foliar e peso de matéria seca da raiz também quando enxertadas ou autoenxertadas. Já para área foliar e matéria seca da raiz os melhores resultados foram apresentados com o efeito de enxertia e de autoenxertia. Para as demais características (diâmetro do caule, número de pares de folhas verdadeiras, peso de matéria seca da parte aérea e relação raiz/parte aérea), os resultados foram semelhantes nos 3 sistemas estudados.