Utilização da irrigação por aspersão tipo malha na cafeicultura de montanha da Zona da Mata de Minas Gerais

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Data

2003

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Resumo

A cultura do café é de extrema importância para a região da Zona da Mata de Minas Gerais como fonte de empregos e divisas para os municípios. Na região prevalece a cafeicultura de montanha prevalecendo peque-nas propriedades com o predomínio de mão de obra familiar. A busca pela melhoria da qualidade e produtivida-de, consequentemente rentabilidade, tem feito vários produtores lançarem mão de determinados conceitos optando por novas tecnologias para a região. Dentre outras, a irrigação tem-se mostrado uma boa alternativa para alcançar tais melhorias. O interesse pela irrigação do cafeeiro não se restringe a regiões com déficits hídricos importantes ao longo do ano, é também observado em regiões com tradição na exploração da cultura em condições de sequeiro dos Estados de Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Espírito Santo e Bahia. Trabalhos confirmam que o uso de irrigação suplementar em locais de curtos períodos de deficiência hídrica (Zona da Mata de Minas Gerais), os quais coincidem com períodos críticos da cultura, tem promovido excelentes resul-tados na produtividade e no crescimento vegetativo. Para a cafeicultura de montanha, a topografia, juntamen-te com os fatores climáticos (principalmente a distribuição de chuvas) e o tamanho das áreas de produção, tem sido fatores decisivos na definição dos métodos de irrigação mais recomendados, sendo a irrigação por gotejamento e a aspersão convencional quase que exclusivamente as recomendadas. A irrigação por aspersão tipo malha surge como uma alternativa para a cafeicultura irrigada da Região da Zona da Mata de Minas Gerais, por ter custo relativamente baixo e fácil manutenção. Conhecendo-se a importância da uniformidade de distribuição de água na produtividade e no consumo de água e energia, o trabalho teve como objetivo a avaliação de uniformidade de aplicação de água por sistemas de aspersão convencional tipo malha em áreas de cafeicultura irrigada na região da Zona da Mata de Minas Gerais. Para isso, avaliaram-se dois sistemas instalados em duas pequenas propriedades cafeeiras localizadas nos Municípios de Paula Cândido e Araponga. O Coeficiente de Uniformidade de Distribuição (CUD) e o Coeficiente de Uniformidade de Cristiansem (CUC) foram determinados utilizando o software AVALIA 1.0 (IRRIGA). As avaliações foram feitas em 1 aspersor e entre 4 aspersores e em diferentes horários, simulando assim o manejo real que ocorre nas propriedades. Os valores de CUC e CUD encontrados para a propriedade localizada em Araponga foram de 81,51 e 72,60 % respectivamente, avaliando-se 1 aspersor apenas. Já para a propriedade localizada em Paula Cândido os valores de CUC foram de 81,29 e 76,81% para as avaliações realizadas em 1 e entre 4 aspersores respectivamente. Os valores de CUD foram de 70,06 e 65,47% quando avaliou-se apenas 1 aspersor para as avalia-ções realizadas em 1 e entre 4 aspersores respectivamente. Tal alteração de valores de CUC e CUD ocorrida em Paula Cândido quando se avaliou 1 e 4 aspersores foi provocada em função do horário da avaliação, horário com maior intensidade de ventos na propriedade. Constatou-se que o método de irrigação por aspersão tipo malha proporcionou níveis adequados de uniformidade de aplicação de água, sendo por este e por outros motivos citados uma excelente alternativa para a irrigação na região.

Descrição

Trabalho apresentado no Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil (3. : 2003 : Porto Seguro, BA). Resumos. Brasília, D.F. : Embrapa Café, 2003.

Palavras-chave

Café Irrigação por aspersão em malha Cafeicultura irrigada Uniformidade de distribuição de água

Citação

Vicente, Marcelo R.; Soares, Adilson R.; Mantovani, Everardo C.; Teixeira, Marconi B. Utilização da irrigação por aspersão tipo malha na cafeicultura de montanha da Zona da Mata de Minas Gerais. In: Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil e Workshop Internacional de Café & Saúde, (3. : 2003 : Porto Seguro). Anais. Brasília, DF : Embrapa Café, 2003. (447p.), p. 149-150.

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