Controle da ferrugem assiática da soja (Phakopsora packyrhizi) com óleo de café e Bacillus spp.

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Data

2013-08-02

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Faculdade de Ciências Agronômicas - Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”

Resumo

A ferrugem asiática da soja, causada por Phakopsora packyrhizi, se transformou na principal doença da cultura após a sua introdução no Brasil, em 2001. O controle é realizado, principalmente, com fungicidas químicos. Com relatos de populações do patógeno resistentes a estas moléculas, bem como de impactos negativos ao ambiente e a saúde pública, é necessário que novos métodos de controle sejam desenvolvidos. Entre esses, a utilização de agentes de biocontrole e produtos de origem vegetal surgem como potenciais ferramentas para o manejo da doença. O presente trabalho objetivou avaliar a eficiência de Bacillus subtilis – QST 713 (Serenade®), Bacillus pumilus – QST 2808 (Sonata®); Bacillus subtilis e Bacillus licheniformis (Nemix®), bem como cada isolado desse produto individualmente; isolados AP-3 e AP-51de Bacillus subtilis; óleo de café obtidos de grãos torrados (CT) e crus (CC), nas concentrações de 1% e 2% e nas concentrações de 0,5% e 1% em mistura com metade da concentração do fungicida à base de pyraclostrobin e epoxiconazol (Ópera®); além da testemunha (água) e do fungicida, na concentração recomendada e metade dessa concentração, sobre a germinação de uredósporos do patógeno e no controle da ferrugem asiática em folhas destacadas e plantas cultivadas em condições de casa-de-vegetação e campo. Todos os ensaios foram conduzidos duas vezes, exceto nas condições de campo, com a cultivar BRS316RR. Os isolados de B. subtilis QST 713 e AP-3 e B. pumilus reduziram significativamente a germinação dos uredósporos, assim como os óleos de café torrado e cru. Nos ensaios com folhas destacadas e em casa de vegetação a inoculação do patógeno foi feita de forma artificial. Os isolados de B. subtilis (QST 713, AP-3 e AP-51) e o isolado de B. pumilus (QST 2808), assim como o óleo de café reduziram a severidade da doença no teste de folhas destacadas. Os resultados dos ensaios em casa de vegetação apresentaram a mesma tendência dos de folhas destacadas. No entanto, os tratamentos associados ao fungicida se destacaram na redução da severidade da doença e da desfolha. Em condições de campo, a doença ocorreu de forma natural e as avaliações foram a cada 20 dias após os primeiros sintomas. Todos os tratamentos reduziram a severidade da doença, exceto o isolado de B. pumilus e B. subtilis (AP-3). No entanto, apenas os tratamentos com óleo de café torrado a 1% e 0,5% em mistura com o fungicida se aproximaram dos resultados alcançados pelo fungicida na concentração recomendada.
The Asian soybean rust, caused by Phakopsora packyrhizi, became the main disease of the crop after its introduction in Brazil, in 2001. The control is performed mainly with chemical fungicides. However, reports of the pathogen population resistant to these molecules, as well as the negative impacts on the environment and public health require the development of new control methods. The use of biocontrol agents and natural products emerge as potential tools for the management of this disease. This study aimed to evaluate the efficacy of Bacillus subtilis – QST 713 (Serenede®), Bacillus pumilus – QST 2808 (Sonata®), Bacillus subtilis and Bacillus licheniformis (Nemix®), as well as each isolated individual; Bacillus subtilis isolates AP-3 and AP-51; coffee oils obtained from roasted (TC) and raw coffee beans (CC) at concentrations of 1% and 2%, and also at concentrations of 0.5% and 1% in mixture with half of the fungicide pyraclostrobin e epoxiconazol (Opera®) commercial dose; the control (water); and the fungicide, on commercial dose and half of the dose, on the pathogen uredospores germination and Asian soybean rust control in detached leaves, and plants grown under greenhouse and field conditions. All tests were carried out twice with cultivar BRS316RR, excepted at field conditions. The strains of B. subtilis QST 713 and AP-3, B. pumilus, and the coffee oil significantly reduced the uredospore germination. The pathogen inoculation was artificial in tests with detached leaves and greenhouse. The strains of B. subtilis (QST 713, AP-3 and AP-51) and of B. pumilus (QST 2808), and coffee oils reduced the disease severity in detached leaf tests. The results of greenhouse tests showed the same tendency of detached leaves. However, the treatments associated with fungicide performed better reducing disease severity and defoliation. Under field conditions, the disease occurred naturally and evaluations were carried out 20 days after the first symptoms. All treatments reduced the disease severity, except the isolated of B. pumilus and B. subtilis AP-3. However, only roasted coffee oil at 1% and 0.5% in mixture with fungicide obtained results near to the fungicide commercial dose results.

Descrição

Dissertação de mestrado defendida na Faculdade de Ciências Agronômicas - Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”

Palavras-chave

Controle biológico, Controle alternativo, Produtos naturais, Glycine max

Citação

DORIGHELLO, D. V. Controle da ferrugem assiática da soja (Phakopsora packyrhizi) com óleo de café e Bacillus spp. 2013. 45 f. Dissertação (Mestrado em Agronomia) - Faculdade de Ciências Agronômicas, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Botucatu. 2013.

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