[O café nos livros]
Data
1960-11
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Resumo
Ao ensejo do encerramento, nesta Capital, da VII Reunião de Governadores da Comissão Interestadual da Bacia Paraná-Uruguai, o prof. Carlos Alberto Alberto Alves de Carvalho Pinto, governador de São Paulo, defendeu a tese de que os Estados são, n Brasil, uma síntese da Nação. ‘Na realidade, cada Estado, grande ou pequeno, na diversidade de suas próprias condições, oferece, em maior ou menos escala, os contrastes e as perplexidades que marcam o todo nacional. Essa constatação, aparentemente simples e que justifica, na contiguidade dos territórios, o equacionamento, regional dos problemas, é, todavia, frequentemente turvada por juízos falsos ou apressados. [...] ‘O Brasil é um país novo, imenso, onde se processa impiedosamente, sob nossas vistas, a conquista pioneira de terra virgens, onde a floresta, cada dia, é abatida pelo machado do homem. Em parte alguma, o desenvolvimento das culturas foi, nos últimos tempos, tão rápido como no Estado de São Paulo, o grande Estado cafeeiro da Federação. Este movimento, como se sabe, é bastante antigo. A ‘marcha do café’ partiu das montanhas do Estado do Rio de Janeiro; por volta de 1850, ganhou o Estado de São Paulo através do Vale do Paraíba do Sul, e, em seguida, a região de Campinas, um pouco antes de 1870. A partir desta data, o entusiasmo pioneiro acelerou’.
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MARTINS, A. F. [O café nos livros]. A Rural, São Paulo, p. 44, Nov. 1960.