A situação do café do Brasil na França

Resumo

Trechos de uma carta enviada ao Addido Comercial do Brasil em Paris, Sr. Francisco Guimarães, em data de 8 de Janeiro de 1933, pelo Sr. E. Lesout, 40, rua Livarot, Lisieu. "...Na ocasião em que o Brasil começou a destruir parte do seu stock de café, eu me decidi a especializar-me na venda dos cafés das Colonias francesas, que deixavam, nessa época, uma margem apreciável de lucros, pois, em dado momento, cheguei a comprar cafés da Liberia e da Costa de Marfim, que são isentos de direitos, pelo preço de Frs. 175 – por 50 kilos, e que me vinham a sahir, comparados aos cafés estrangeiros, por Frs. 60 – 50 kilos. Nessa época eu vendia o meu café por Frs. 10, 50 – por 500 gramas (torrado), e dava de presente ao comprador um kilo de assucar. Esta idéia não era, talvez, extraordinária, mas fui eu o primeiro que a pôs em pratica; ela teve por resultado dar á freguezia occasião de consumir cafés dos quaes, até então, ninguém queria saber, por causa do aspecto um tanto selvagem que apresentavam. Auxiliado por alguns carejistas vendedores, cheguei a vender 7000 kilos desses cafés por semana. Esta idéia fez escola, e hoje numerosos são os armazéns em que a venda do café se acha ligada á do assucar."

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A SITUAÇÃO do café do Brasil na França. Agricultura e Pecuária, Rio de Janeiro, p. 192-193, abr. 1933.

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