Manejo de poda e espaçamento em cafeeiro (Coffea canephora) no estado do Pará
Nenhuma Miniatura Disponível
Data
2003
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Resumo
Apesar da importância da cafeicultura no contexto agrícola paraense, sabe-se que na maioria das lavouras cultivadas há necessidade da poda para a recuperação de plantas depauperadas, redução da altura de plantas e aumento da produtividade em lavouras com problemas de fechamento, permitindo melhor insolação e criando um ambiente menos favorável à broca e à ferrugem. e que podem até limitar o aumento da produtividade das áreas de cultivo, bem como produzir café sem valor comercial. Uma das práticas culturais que mais influenciam na produtividade é o aumento da população de plantas por unidade de área, ou seja, o uso de plantios adensados. Este sistema apresenta uma série de vantagens, quando comparado aos plantios convencionais; como a alta produtividade, melhor aproveitamento dos fertilizantes, melhoria das condições químicas e físicas do solo. Desta forma, a possibilidade de se aumentar a produtividade através da utilização de plantios adensados, implica na necessidade de se estudar o manejo do cafeeiro envolvento condução de poda e espaçamento, visando otimizar cada vez mais o cultivo na região, de modo a obter o maior rendimento das plantas com o menor custo possivel. Objetivando estabelecer um sistema de condução de poda adequada para o cultivo do cafeeiro adensado na microrregião de Altamira e no Médio Amazonas; determinar o número de ramos ortotrópicos ou verticais por planta adequados para a formação e produção do cafeeiro conilon; e, determinar o espaçamento e a densidade adequada para o cultivo do cafeeiro (Coffea canephora) no Estado do Pará. O delineamento experimental utilizado foi blocos casualizados com os tratamentos dispostos num esquema de parcelas subdivididas, com três repetições onde, nas parcelas, foram aplicados seis espaçamentos (3,0 x 1,0 m; 3,0 x 0,5 m; 2,5 x 1,0 m; 2,5 x 0,5 m; 2,0 x 1,0 m e 2,0 x 0,5 m) e, nas subparcelas, o número de hastes/planta: (5; 6 e 7 hastes/planta), isto para o estudo de manejo do número de ramos ortotrópicos. No estudo de espaçamento, também foi adotado o mesmo delineamento com os tratamentos dispostos num esquema de parcelas subdivididas, com quatro repetições onde, nas parcelas, foram adotados quatro espaçamentos entre fileiras (4,0; 3,5; 3,0 e 2,5 m) combinados com 4 espaçamentos entre plantas (2,0; 1,5; 1,0 e 0,5 m), resultando numa população de plantas que varia de 1.250 a 8.000 plantas/ha. Os experimentos estão sendo conduzidos nos municípios de Altamira, onde o solo da área experimental foi classificado como Argissolo Vermelho textura argilosa enquanto o solo de Belterra como Latossolo Amarelo textura média, onde foram implantados durante o mês de fevereiro de 2001. Os resultados demonstraram que em todos os manejos de poda, a redução do diâmetro de copa é observada progressivamente com o adensamento. Com a manutenção de 05 hastes e o uso do espaçamento (3m x 1,5m) o diâmetro de copas foi crescente, entretanto a partir de um menor adensamento esta relação sofreu abrupta redução. Recomenda-se o adensamento na cultura do cafeeiro conilon. Com relação ao estudo de espaçamentos, foi verificada significância para o efeito de área de espaçamento sobre o diâmetro do caule e copa no ano 2001, sendo a relação negativa. A altura, também foi influenciada negativamente pela área do espaçamento nos anos 2001 e 2002.
Descrição
Trabalho apresentado no Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil (3. : 2003 : Porto Seguro, BA). Resumos. Brasília, D.F. : Embrapa Café, 2003.
Palavras-chave
Café Adensamento Espaçamento Poda Manejo Coffea canephora Pará
Citação
Veloso, Carlos A.C.; Souza, Francisco R.S. de; Corrêa, João R.V.; Ribeiro, Sydney I.; Oliveira Júnior, Moisés C.M. de; Carvalho, Eduardo J.M. Manejo de poda e espaçamento em cafeeiro (Coffea canephora) no estado do Pará. In: Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil e Workshop Internacional de Café & Saúde, (3. : 2003 : Porto Seguro). Anais. Brasília, DF : Embrapa Café, 2003. (447p.), p. 303-304.