Resultados da ação da extensão rural na divulgação de técnicas do manejo integrado da broca do café Hipothenemus hampei (Ferrari)
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Data
2003
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Resumo
A broca do café Hypotenemus hampei que, após a década de 60 até o ano de 2.000, não representava qualquer preocupação, vem tornando-se um problema para a cafeicultura paranaense; podendo chegar a se tornar grave pois, com a maior densidade de plantas, apregoada para elevação da produtividade e recuperação mais rápida da capacidade produtiva após a geada, se torna mais difícil a retirada dos frutos caídos no solo. As geadas de 2.000 ocorridas no estado, não foram severas a ponto de inibir totalmente a produção da safra do ano seguinte; a baixa produtividade de 2.001 então, aliada a preços extremamente baixos do café desestimularam a colheita dos poucos grãos, tendo os mesmos sido deixados no campo, acarretando aumento significativo da população da broca do café nas lavouras do município de Grandes Rios na safra 2.002/2.003. Com este quadro, a extensão rural se obrigou a buscar, juntamente com os cafeicultores e pesquisadores, alternativas eficientes para o controle da praga. Segundo análises das diversas situações e as revisões bibliográficas, a melhor alternativa para o controle da broca do café é a retirada total dos frutos da lavoura o que, devido aos baixos preços do café não foi efetuado pela grande maioria dos cafeicultores, forçando a busca de outras alternativas. Entre outubro de 2001 a setembro de 2002 foram promovidos pela EMATER- PR através da Unidade Municipal de Grandes Rios, encontros e dias de campo visando repassar aos cafeicultores, as várias técnicas de um programa de manejo integrado da broca, nos quais apresentamos também o modelo de armadilha com semioquímicos para a captura e verificação dos picos de transição da broca do café, desenvolvido por Amador VILLACORTA et alli (Londrina - 2.001). Com a divulgação do uso das armadilhas como uma das técnicas para o manejo integrado da broca do café, entre setembro de 2.002 e fevereiro de 2.003, contabilizou-se mais de 7.000 armadilhas instaladas em 65 propriedades. Pôde ser observado uma significativa redução da população da broca na safra seguinte, com a instalação das armadilhas logo após o término da colheita. Comparou-se em janeiro de 2.003, o resultado de aplicação de inseticida (Endussolfan) para o controle da broca em algumas lavouras com armadilhas e lavouras sem armadilhas. A aplicação de endossolfan, nas lavouras com as armadilhas, de acordo com as informações repassadas aos cafeicultores, se deu quando constatou-se aumento significativo de brocas capturadas nas armadilhas, mediante contagem semanal; a aplicação do agrotóxico nas lavouras sem armadilhas foi efetuada de forma aleatória pelos cafeicultores. De 3 a 5 dias após a aplicação foram coletados aleatoriamente e abertos 100 frutos brocados, sendo constatado que nas áreas com armadilhas o índice de eficiência da aplicação chegou a 85%, enquanto nas áreas sem armadilhas, o índice de eficiência foi de no máximo 30%.
Descrição
Trabalho apresentado no Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil (3. : 2003 : Porto Seguro, BA). Resumos. Brasília, D.F. : Embrapa Café, 2003.
Palavras-chave
Broca do café Manejo Divulgação Alternativas Difusão de tecnologia Hypothenemus hampei
Citação
Menoli Sobrinho, Nelson. Resultados da ação da extensão rural na divulgação de técnicas do manejo integrado da broca do café Hipothenemus hampei (Ferrari). In: Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil e Workshop Internacional de Café & Saúde, (3. : 2003 : Porto Seguro). Anais. Brasília, DF : Embrapa Café, 2003. (447p.), p. 446.