Estudo da variabilidade espacial do pH, cálcio, magnésio e alumínio em um solo de cerrado sob cafeicultura, submetido a dois sistemas de manejo (ano 2002-2003)
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Data
2003
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Resumo
Os solos do cerrado são naturalmente ácidos, devido à própria natureza de sua formação. Em função do manejo adotado no sistema de produção, os atributos químicos do solo são susceptíveis a alterações em diferentes intensidades, tornando-se necessário uma adequada caracterização visando a recomendações de práticas que melhorem ou mantenham as condições de sustentabilidade dos solos agrícolas. Com o objetivo de estudar a variabilidade espacial dos atributos químicos do solo (pH em água, Cálcio, Magnésio e Alumínio segundo metodologia da Embrapa, 1997), dentro e entre sistemas de manejo, a fim de identificar possíveis variabilidades nas áreas e assim adotar novas práticas de manejo. Para implantar o experimento, demarcaram-se na Fazenda da EPAMIG, Patrocínio/MG, duas malhas amostrais de 45 x 55m, contendo cada uma 45 pontos eqüidistantes de 5 x 8 m, os quais foram georeferendados com o uso do GPS (sistema de posicionamento global). Nestas malhas foram implantados os tratamentos de manejo das plantas daninhas: controle de plantas daninhas com gradagens e controle de plantas daninhas com herbicida de contato. Os pontos de amostragem corresponderam às regiões do meio da rua, saia do cafeeiro e linha de tráfego do trator, nas profundidades de 0-20 e 20-40cm. Nestes pontos foram coletadas amostras para análises químicas de: pH em água, cálcio, magnésio e alumínio. Os resultados foram submetidos à análise geoestatística, obtendo-se os semivariogramas que posteriormente formariam o mapeamento georeferenciado de cada atributo químico avaliado. Verificou-se que o solo em estudo apresentou dependência para os valores de pH e que independente do sistema de
manejo, a região da saia do cafeeiro apresentou menores índices de pH, fato este relacionado a maior presença de exudados radiculares nesse ponto, onde também foram notados maiores teores de alumínio no solo; os sistemas de manejo adotado exerceram influência sobre a variabilidade espacial dos atributos químicos estudados, principalmente os teores de alumínio nos pontos amostrados no meio da rua, onde foram observados os menores valores de Al, mas por sua vez não havendo influência entre os manejos empregados evidenciando a necessidade de um melhor plano de amostragem para esses atributos; com relação ao cálcio e magnésio, houve um dependência espacial nas malhas amostradas, de modo geral, a maior absorção desses nutrientes na região da saia do cafeeiro implicaram em menores teores dos elementos no solo nos diferentes pontos estudados, evidenciando a importância de se conhecer a distribuição espacial dos atributos químicos e assim indicar uma melhor pratica de recomendação dos corretivos e adubação, visando uma redução dos custos com esses insumos e assim proporcionar maior rentabilidade ao produtor rural.
Descrição
Trabalho apresentado no Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil (3. : 2003 : Porto Seguro, BA). Resumos. Brasília, D.F. : Embrapa Café, 2003.
Palavras-chave
Café Variabilidade espacial Variabilidade química Manejo do solo Nutrição de plantas Cálcio Magnésio Alumínio Cerrado Minas Gerais
Citação
Jorge, Ricardo Falqueto; Gontijo, Ivoney; Borges, Elias Nascentes; Passos, Renato Ribeiro; Casarotti, Daniel da Costa; Cunha, Daniel Gadia; Guimarães, Paulo Tácito Gontijo. Estudo da variabilidade espacial do pH, cálcio, magnésio e alumínio em um solo de cerrado sob cafeicultura, submetido a dois sistemas de manejo (ano 2002-2003). In: Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil e Workshop Internacional de Café & Saúde, (3. : 2003 : Porto Seguro). Anais. Brasília, DF : Embrapa Café, 2003. (447p.), p. 417.