Qualidade do café (tipo e bebida) avaliados em diferentes cultivares e classes de solo

Nenhuma Miniatura Disponível

Data

2003

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Resumo

A qualidade de produtos alimentares é de difícil definição e seus padrões qualitativos variam de acordo com o tipo de mercado, contudo, de modo mais amplo define-se qualidade como satisfação total do consumidor. No Brasil poucos produtos agrícolas possuem seus preços atrelados à parâmetros pré-estabelecidos de qualidade; sendo o café um produto de exportação, torna-se de relevante importância a obtenção de cafés finos, que garantirão mercado consumidor e perspectivas de melhores preços. Associa-se ao declínio do café brasileiro no mercado internacional à falta desses padrões e ao aumento da produção de cafés com padrões qualitativos por parte de outros países produtores. É sabido que a agroindústria nacional tem condições de fornecer cafés de qualidade tanto para o mercado externo quanto para o interno, para tal, torna-se necessário trabalhos e técnicas de manejo que aliem alta produtividade à qualidade dos produtos obtidos. Existem na literatura trabalhos que versam sobre fatores que afetam a qualidade do café, porém são bastante restritos a diferenças entre espécies, fatores ambientais, maturação, preparo do café, tipo de colheita e outros. Entretanto, trabalhos que avaliam a qualidade entre cultivares dentro de uma mesma espécie é praticamente inexistente. O presente trabalho objetivou avaliar o tipo e a bebida das sete cultivares mais plantadas no município de Lavras - MG, em duas classes de solos (Latossolo Vermelho Distroférrico Típico (LVdf) e Argissolo Vermelho Amarelo Distrófico (PVAd). O trabalho foi conduzido no Campus da Universidade Federal de Lavras no ano agrícola de 2000/2001 onde foram colhidas amostras das cultivares de Coffea arabica (Catuaí amarelo e vermelho, Mundo Novo, Rubi, Acaiá, Icatu vermelho e amarelo), nos dois tipos de solos acima citados. Foram coletados 10kg de café cereja , que foram secos ao sol até 11 a 13% de umidade em terreiro de alvenaria, sendo revolvido varias vezes ao dia para simular uma secagem convencional a nível de propriedade. O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado em esquema fatorial 7X2 (sete cultivares de café e dois tipos de solos), com quatro repetições perfazendo 14 tratamentos e 56 parcelas. Após a secagem e o beneficiamento foram feitas análises laboratoriais para avaliação das seguintes características: peso de 100 grãos, umidade, acidez titulável total, sólidos solúveis totais, compostos fenólicos totais, cafeína, lixiviação de potássio, polifenoloxidase, tipo, condutividade elétrica e peneira. Os resultados obtidos nos permitiram concluir que houve interação significativa a nível de 5% de para todas as variáveis analisadas entre cultivares e classe de solo. Para bebida, apenas as cultivares: Catuaí amarelo e Mundo Novo no LVdf e o Mundo Novo junto ao Icatú vermelho no PVAd apresentaram bebida dura, sendo que as demais cultivares apresentaram bebida mole/apenas mole. Quanto ao tipo destacou-se o Icatú vermelho no LVdf e o Acaiá no PVAd, mostrando-se efeito dos dois fatores na qualidade do café.

Descrição

Trabalho apresentado no Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil (3. : 2003 : Porto Seguro, BA). Resumos. Brasília, D.F. : Embrapa Café, 2003.

Palavras-chave

Café Qualidade Cultivares Classes de solo

Citação

Gomes, Carlos Nick; Corrêa, João Batista Donizeti; Guimarães, Rubens José; Malta, Marcelo. Qualidade do café (tipo e bebida) avaliados em diferentes cultivares e classes de solo. In: Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil e Workshop Internacional de Café & Saúde, (3. : 2003 : Porto Seguro). Anais. Brasília, DF : Embrapa Café, 2003. (447p.), p. 180.

Avaliação

Revisão

Suplementado Por

Referenciado Por