Sensibilidade ao Endossulfan da broca do café, Hypothenemus hampei (Ferrari, 1867) (Coleoptera, Scolytidae) coletadas em algumas regiões do estado de São Paulo

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Data

2003

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Resumo

A broca do café, introduzida nos cafezais do Estado de São Paulo em 1924, constitui-se numa das principais pragas da cultura. O ataque aos frutos nos vários estágios de desenvolvimento provoca danos diretos e indiretos, com queda sensível da qualidade do produto final. Para o controle da praga podem ser utilizados métodos culturais como a catação dos grãos que caem no chão após a colheita, o controle biológico através da vespa de Uganda (Prorops nasuta) e do fungo Beauveria bassiana e o controle químico. O tratamento químico com o uso do endosulfan é o mais adotado pelos cafeicultores do Estado de São Paulo. A utilização indiscriminada de inseticidas pode trazer conseqüências indesejáveis como intoxicações ao homem, aparecimento de resíduos e danos ao meio ambiente. O reduzido número de produtos registrados para o controle da praga, aliado à aplicação nem sempre correta dos produtos, pode provocar a seleção de populações resistentes a esses inseticidas. Poucas pesquisas existem sobre a suscetibilidade da praga aos produtos utilizados no seu controle; na Espanha, Brun et al. (1998) citam a resistência de H. hampei aos inseticidas endosulfan e lindane. Com o objetivo de se detectar um possível desenvolvimento de resistência desse inseto ao endosulfan, foram realizados testes em laboratório com insetos coletados de regiões produtoras de café no Estado de São Paulo (Marília, Espírito Santo do Pinhal e Piraju), posteriormente encaminhados ao laboratório do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Sanidade Vegetal do Instituto Biológico e mantidos em condições controladas de temperatura e umidade. Nos experimentos foi utilizado o endosulfan na formulação comercial e o delinemento foi inteiramente casualizado. A partir desse produto foram feitas as devidas diluições e aplicadas através da torre de Potter. Os insetos em número de 25/ repetição (100 insetos/concentração) eram retirados dos frutos, colocados nas placas de Petri, cobertos com papéis de filtros e contidos por meio de anéis de vidro com 5,0 cm de diâmetro, impregnados com fluon; para garantir o melhor confinamento e ainda para evitar a fuga dos insetos, os anéis de vidro foram cobertos com tecido de malha fina (voil), preso com elásticos. Os insetos não foram separados por idade, nem feita a sexagem dos mesmos. O conjunto (placas + papel de filtro + anéis + insetos) foi então pulverizado na torre de Potter. As leituras foram feitas 24 horas após o tratamento. Foram considerados como mortos aqueles que não apresentavam movimento ao toque de um pincel e estimulados através de aquecimento com lâmpada. Os dados obtidos foram analisados, utilizando-se o programa Polo PC. Apenas a população de Pinhal mostrou uma tendência de curva de acordo com o modelo de Probit. A concentração diagnóstica foi estabelecida como aquela que mata a totalidade dos indivíduos suscetíveis (CL 95 ). Os resultados obtidos mostraram que todas as populações testadas apresentaram baixas freqüências de resistência ao endosulfan; a maior freqüência (11,2%), foi mostrada pela amostra coletada na região de Marília.

Descrição

Trabalho apresentado no Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil (3. : 2003 : Porto Seguro, BA). Resumos. Brasília, D.F. : Embrapa Café, 2003.

Palavras-chave

Broca do café Controle químico Endosulfan Sensibilidade Hypothenemus hampei

Citação

Takematsu, Akira P.; Jocys, Teresa; Potenza, Marcos R.; Santos, José M.F. dos; Sato, Mário E. Sensibilidade ao Endossulfan da broca do café, Hypothenemus hampei (Ferrari, 1867) (Coleoptera, Scolytidae) coletadas em algumas regiões do estado de São Paulo. In: Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil e Workshop Internacional de Café & Saúde, (3. : 2003 : Porto Seguro). Anais. Brasília, DF : Embrapa Café, 2003. (447p.), p. 354.

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