Detecção de fungos em café do cerrado de via seca e via úmida pelos meios de cultura BDA e DG18
Nenhuma Miniatura Disponível
Data
2003
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Resumo
Para avaliar a ocorrência da população fúngica em toda cadeia do café, abrangendo a micobiota externa e mesocarpo dos frutos, além da parte interna dos grãos, foram utilizados os meios de cultura de batata dextrose-ágar (BDA) e DG18. Este estudo foi conduzido na Embrapa Agroindústria de Alimentos, em 174 amostras de cafés de vários tipos, procedentes de processamento via seca e via úmida, além de frutos cerejas colhidas no pé e do café de varrição. As coletas foram realizadas em 24 propriedades durante a safra de 2002 nos Estados de Minas Gerais, Goiás e Bahia, em regiões com características típicas do cerrado brasileiro, além de Rondônia (café robusta). As amostras coletadas foram representativas e o acondicionamento foi em sacos plásticos, sendo posteriormente refrigeradas. As avaliações das amostras de café cereja em relação à comunidade fúngica externa do grão consistiu da observação do crescimento "in vitro" da micobiota presente
nos grãos e determinação de atividade de água. As amostras de cereja foram separadas do mesocarpo e imersas em solução de NaOH 0,1N por 10 minutos, para a eliminação da mucilagem, sendo posteriormente imersas em solução de hipoclorito de sódio 1% por cinco minutos, para desinfestação da. Os grãos desinfestados foram plaqueados nos meios BDA e DG18 e incubados a 25°C por sete dias. A avaliação das amostras de café não seco e seco seguiu a mesma metodologia utilizada para as amostras de café cereja, diferindo apenas com relação à retirada do mesocarpo e utilização do NaOH. Os resultados obtidos indicaram menores índices de contaminação fúngica no meio DG 18, para todos os tipos de café, uma vez que este é um meio semi-seletivo para fungos xerofílicos. A contaminação dos grãos referentes aos diferentes processos de beneficiamento
mostrou maiores índices para o café do tipo cereja e menores índices para a via seca de beneficiamento, utilizando o meio de cultura BDA. O meio DG18 mostrou pouca variação entre os diferentes processos, tendo o café do tipo varrição apresentado maiores valores de contaminação. Relacionando-se a contaminação fúngica dentro dos estágios de beneficiamento do café pode-se observar comportamentos diferentes dos resultados comparados entre os dois meios de cultura. Na contagem utilizando BDA como substrato foi observada maior contaminação nas amostras retiradas no secador e no lavador, tendo as amostras da tulha e café beneficiado apresentado menor contaminação. As análises utilizando DG18 mostraram maior contaminação nas amostras retiradas após a colheita e no lavador. Enquanto as amostras com menores valores de contaminação foram as mesmas observadas em BDA. Foi observado também uma maior ocorrência de leveduras nos cultivos
de café cereja realizados com BDA do que com DG18. A porcentagem de fungos do grupo A. ochraceus foi ligeiramente superior nas amostras de via úmida (3,76%) em relação as de via seca (3,65%).
Descrição
Trabalho apresentado no Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil (3. : 2003 : Porto Seguro, BA). Resumos. Brasília, D.F. : Embrapa Café, 2003.
Palavras-chave
Café Contaminação fúngica Meios de cultura BPA
Citação
Freitas-Silva, Otniel; Costa, Roberto Alexandre; Corrêa, Tânia Barretto Simões; Farias, Antonio Xavier de; Rocha, Eliane dos Santos; Fraga, Marcelo Elias. Detecção de fungos em café do cerrado de via seca e via úmida pelos meios de cultura BDA e DG18. In: Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil e Workshop Internacional de Café & Saúde, (3. : 2003 : Porto Seguro). Anais. Brasília, DF : Embrapa Café, 2003. (447p.), p. 167-168.