Reprodutividade e sobrevivência de Meloidogyne exigua, em áreas de cafezal infestadas submetidas a alternância de culturas
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Data
1990
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Editor
Universidade Federal de Lavras
Resumo
A reprodução e danos de Meloidogyne exigua foram estudados em inoculação artificial com 14 culturas diferentes em casa de vegetação. Nove delas foram plantadas no campo onde o café infestado foi erradicado. A população de Meloidoqyne exigua
foi monitorada por 23 meses; quando então mudas de café foram plantadas para se avaliar a eficácia da erradicação do patógeno. Em parcelas separadas da mesma área infestada, cafeeiros foram cortados ao nível do solo. Vários sistemas radiculares foram eliminados e outros deixados e regularmente eliminados os brotos. A população de Meloidoqyne exigua foi monitorada por 22 meses nas parcelas com e sem eliminação dos sistemas radiculares dos cafeeiros infestados. A seguir plantaram-se mudas de café não infestadas para se avaliar a eficácia da erradicação do patógeno. Níveis de inóculo de Meloidogyne exigua foram empregados em plantas hospedeiras e não hospedeiras de Meloidogyne exigua em casa de vegetação para se simular uma mistura de hospedeiros em campos cultivados com café. O café (Coffea arabica) e tomate (Lycopersicum -especulentum) foram igualmente bons hospedeiros de Meloidogyne exigua de acordo com o número de galhas e ovos avaliados em casa de vegetação. As culturas e forrageiras testadas foram más ou não hospedeiras deste patógeno.
No experimento de campo Stizolobium aterrimum (mucuna preta), Crotalaria spectabilis e Sorqhum bicolor (sorgo forrageiro) plantados em áreas de cafezal erradicado eliminaram Meloidoqyne exigua em 6 meses. Zea mays (milho) erradicou este patógeno após 9 meses de cultivo. Contudo, nas parcelas cultivadas com Oriza sativa (arroz), Panicum maximum cv makueni, Phaseolus vulgaris (feijão) e Glycine max (soja) larvas de Meloidogyne exigua ocorreram esporadicamente após 6 meses de cultivo, o que pode ter sido uma falha na identificação da espécie do referido nematóide, pois, observou-se apenas larvas no solo. Os sistemas radiculares do café infestado deixados no campo, prolongaram a sobrevivência de Meloidoqyne exigua quando comparado com as parcelas em que tais raizes foram eliminadas. A simulação da mistura de hospedeiros de Meloidoqyne exigua em cafezal infestado obtida em casa de vegetação, mostrou a impossibilidade da eliminação deste patógeno em áreas infestadas cultivadas com diversos hospedeiros incluindo o café. Daí, a eficácia do plantio intercalar de Crotalaria ou mucuna preta para a eliminação deste patógeno ser questionável.
Reproduction of Meloidogyne exigua and damage were studied with artificial inoculation in 14 different crops in greenhouse. Nine of those were planted in field where infested coffee were eradicated. The Meloidogyne exigua population was monitored for 23 months and then coffee seedlings were again planted to check the eradication efficacy of the pathogen. In separated block of the same infested area, coffee trees were cut at soil level. Several root systems were also eliminated and others were set undisturbed. The Meloidogyne exigua population was followed for 22 months on plots with and without infested coffee root systems and then coffee seedings were again planted to check the eradication efficacy. Levels of Meloidogyne exigua inoculum were established in host and non hosts plants in greenhouse to simulate a mixed natural occurring hosts in coffee fields. Coffee (Coffea arabica) and tomato (Lycopersicum esculentum cv. Santa Cruz) were equally good hosts for Meloidogyne exigua according to galls and egg number per root system in greenhouse experiment. Grain and forage crops tested were bad or non hosts of this pathogen. In field experiment, Stizolobium aterrimum (mucuna preta), Crotalaria spectabilis and Sorghum bicolor (forace sorghum) cropped in eradicated coffee fields, eliminated the Meloidogyne exigua in 6 months. In Zea mays (corn) plots the pathogen was eradicated after 9 months. However in Oriza sativa (rice), Phaseolus vulgaris (bean), Panicum maximum c. makueni and Glycine max (soybean) plots, larvs of Meloidogyne exigua were sporadically observed after 6 months of cropping which can be explained by misidentification of the reffered species of Meloidogyne. The coffee root systems left in the field prolonged the survival of Meloidogyne exigua as compared to the plots where they were eliminated. The results obtained in greenhouse with good, bad and non hosts of Meloidogyne exigua to simulate a mixed host coffee fields showed impossible to eliminate this pathogen where coffee is growing. Thence the possibility of intercropping the infested coffee plantation with non hosts such as Crotalaria or Stizolobium to control this pathogen is questionable.
Reproduction of Meloidogyne exigua and damage were studied with artificial inoculation in 14 different crops in greenhouse. Nine of those were planted in field where infested coffee were eradicated. The Meloidogyne exigua population was monitored for 23 months and then coffee seedlings were again planted to check the eradication efficacy of the pathogen. In separated block of the same infested area, coffee trees were cut at soil level. Several root systems were also eliminated and others were set undisturbed. The Meloidogyne exigua population was followed for 22 months on plots with and without infested coffee root systems and then coffee seedings were again planted to check the eradication efficacy. Levels of Meloidogyne exigua inoculum were established in host and non hosts plants in greenhouse to simulate a mixed natural occurring hosts in coffee fields. Coffee (Coffea arabica) and tomato (Lycopersicum esculentum cv. Santa Cruz) were equally good hosts for Meloidogyne exigua according to galls and egg number per root system in greenhouse experiment. Grain and forage crops tested were bad or non hosts of this pathogen. In field experiment, Stizolobium aterrimum (mucuna preta), Crotalaria spectabilis and Sorghum bicolor (forace sorghum) cropped in eradicated coffee fields, eliminated the Meloidogyne exigua in 6 months. In Zea mays (corn) plots the pathogen was eradicated after 9 months. However in Oriza sativa (rice), Phaseolus vulgaris (bean), Panicum maximum c. makueni and Glycine max (soybean) plots, larvs of Meloidogyne exigua were sporadically observed after 6 months of cropping which can be explained by misidentification of the reffered species of Meloidogyne. The coffee root systems left in the field prolonged the survival of Meloidogyne exigua as compared to the plots where they were eliminated. The results obtained in greenhouse with good, bad and non hosts of Meloidogyne exigua to simulate a mixed host coffee fields showed impossible to eliminate this pathogen where coffee is growing. Thence the possibility of intercropping the infested coffee plantation with non hosts such as Crotalaria or Stizolobium to control this pathogen is questionable.
Descrição
Dissertação de Mestrado defendida na Universidade Federal de Lavras
Palavras-chave
Café Meloidoginose Rotação de cultura Meloidogyne exigua, Coffee Crop rotation Meloidogine exigua
Citação
Almeida, Vicente Ferreira de. Reprodutividade e sobrevivência de Meloidogyne exigua, em áreas de cafezal infestadas submetidas a alternância de culturas. Lavras : ESAL, 1990. 75p. : il. (Dissertação -mestrado em Agronomia, área de concentração: Fitossanidade, sub-área: Fitopatologia) Orientador: Vicente Paulo Campos T 633.73965182 A447r 1990