Valor nutritivo da casca de café (Coffea arabica L.), tratada com hidróxido de sódio e/ou uréia suplementada com feno de alfafa (Medicago sativa, L.)

Imagem de Miniatura

Data

1995

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Federal de Lavras

Resumo

O trabalho foi realizado no Departamento de Zootecnia da Universidade Federal de Lavras - Lavras-MG, com o objetivo de avaliar o valor nutritivo da casca de café tratada ou não com hidróxido de sódio e/ou uréia, para ruminantes. Foram utilizados 20 carneiros adultos, num delineamento em blocos casualizados, com 4 blocos e 5 tratamentos, Os tratamentos foram constituídos de 50% de feno de alfafa e 50% de casca de café tradada ou não, assim distribuídos: T1 - feno de alfafa e casca de café pura; T2 - feno de alfafa e casca de café + 5% uréia (30 dias); T3 - feno de alfafa e casca de café + 1,5% NaOH (24 horas); T4 - feno de alfafa e casca de café + 1,5% NaOH (24 horas) + 5% uréia (30 dias); T5 - 100% feno de alfafa. O feno de alfafa foi utilizado para que se tivesse um alimento com digestibilidade conhecida. O tratamento da casca de café com uréia, propiciou apenas aumento no teor de PB, e com NaOH não provocou alterações na composição química. Os consumos da MS estiveram abaixo dos recomendados pelo NRC (1985), exceção daquele onde se utilizou apenas feno de alfafa, ou seja, a casca de café tratada ou não, provocou depressão no consumo. Houve diferença entre os tratamentos quanto ao consumo de proteína digestível (CPD), com T5 e T4 superiores ao T3 e semelhantes aos T2 e T1, que foram semelhantes aos T5 e T4. O consumo de energia digestível (CED) no T5 foi superior ao T3, sendo T4, T1 e T2, semelhantes ao T5 e T3. A digestibilidade aparente da proteína bruta (DAPB) foi diferente entre os tratamentos, com T2, T4 e T5 semelhantes entre si e superiores ao T1, que por sua vez foi superior ao T3. Possivelmente essas diferenças na DAPB, tenham sido devido a uréia, que é altamente digestível. Os balanços de nitrogênio dos tratamentos foram positivos e não apresentaram diferenças. Considerando-se a composição bromatológica e digestiblidade da casca de café pura, ela é um subproduto que pode ser aproveitado pelos ruminantes. Devido ao baixo consumo da casca de café tratada ou não, deve-se fornecê-la aos ruminantes, junto a outro alimento de melhor valor nutritivo, principalmente com um melhor teor de energia e para permitir melhor consumo. O tratamento com uréia dou hidróxido de sódio, não melhorou a digestibilidade da casca de café.
This work was conducted at the Animal Science Department of the Universidade Federal de Lavras - Lavras-MG, with the aim of assessing the nutritive value of coffee-hull treated or not with sodium hydroxide and/or urea for ruminants. Twenty weathers were utilized in a randomized block design, with four blocks and five treatments. The treatments were made up of 50% alfafa hay and 50% coffee hull treated or not, distributed in this way: T1 - alfafa hay and pure coffee hull; T2 - alfafa hay and coffee hull + 5% urea (30 days); T3 - alfafa hay + coffee hull + 1.5% NaOH (24 hours); T4 - alfafa hay + coffee hull + 1.5% NaOH (24 hours) + 5% urea (30 days); T5 - 100%. Alfafa hay e alfafa hay was used in order that a feed with digestibility known was available. The treatment of coffee hull with urea, afforded only a rise in the CP content, and with NaOH, it did not bring about any changes in the chemical composition. D M intakes were bellow those recommended by the NRC (1985), save that where only alfafa hay, this is, coffee hull treated or not, provoked reduction in intake. There was a difference among the treatments as to intakes of digestible protein (IDP), with T5 and T4 superior to T3 and similar to T2 and T3, which were similar to T5 and T3. Apparent digestibility of crude protein (ADCP) was unlike among the treatments, with T2, T4 and T5 similar among them and superior to T3. Possibly, those differences in ADCP, have been due to urea, which is highly digestible. The nitrogen balances of the treatments were positive and did not show any differences. Taking into consideration the bromatological composition and digestibility of the pure coffee hull, it is a by product which can be utilized by ruminants. On account of the poor consumption of coffee hull, treated or not, it should be fed to ruminants, along with another feed of higher nutritive value, chiefly with a improved energy content and to allow better consumption. Treatment with urea and/or sodium hydroxide, did not improve digestibility of coffee hull.

Descrição

Dissertação de Mestrado defendida na Universidade Federal de Lavras

Palavras-chave

Casca de café tratada Valor nutritivo Nutrição animal Ruminantes Alimentação e rações Hidróxido de sódio Uréia Alfafa Resíduos agrícolas, Treated Coffee hull Nutritive value Animal nutrition Ruminants Feeds and feeding Urea Alfafa Sodium hydroxide Agricultural residues

Citação

Leitão, Rodrigo Afonso. Valor nutritivo da casca de café (Coffea arabica L.), tratada com hidróxido de sódio e/ou uréia suplementada com feno de alfafa (Medicago sativa, L.). Lavras : UFLA, 1995. 60p. : il. (Dissertação - mestrado em Zootecnia, área de concentração: Nutrição de Ruminantes) Orientador: Paulo César de Aguiar Paiva

Avaliação

Revisão

Suplementado Por

Referenciado Por